Elucida-me o leitor Pmn (no que sintetisa, parece-me, com rara beleza, a crença geral dos devotos epistemófilos):
Poderemos então também dizer o mesmo em relação à religião (à filosofia ou até à ideologia) - "Uma coisa é o produto da religião, outra é a forma incorrecta de a usar, sendo o seu uso algo que está fora do campo da religião.»
Assim, nem a ciência pode ser responsabilizada por Hiroshima, nem a religião pelas fogueiras inquisitoriais. Foram apenas formas incorrectas de usar as suas imaculadas produções.
Entretanto, cientificamente, podemos ainda, por via das dúvidas, pegar no exemplo empírico da bomba atómica a testar com ele a teoria do leitor Pmn: quando a ciência a produziu, todos sabemos, foi para colocá-la no Louvre. Os homens maus e incorrectos (políticos, militares e alguns poetas), é que foram atirar com ela aos civis japoneses.
Podemos, pois, dormir descansados.
Uma ogiva de argumentos nucleares. Abriguem-se!
ResponderEliminarConfundes ciência com cientistas*.
ResponderEliminarA bomba atómica foi construída por cientistas. Há cientistas todos os dias a trabalhar em novas formas de armamento. Há cientistas bons, maus, assim assim, feios, gordos, magros, cientistas que gostam de John Woo e cientistas que gostam de Alain Resnais. Enfim, cientistas são homens e podem ser tão filhos-da-puta como qualquer homem - principalmente quando não gostam de Resnais.
Mas a ciência nem é boa, nem má, nem assim-assim: a ciência é um método, um método que nos permite estudar o átomo e os modos como podemos usá-lo para estoirar uma cidade inteira, por exemplo.
A única discussão que vale a pena ter é se é ou não o melhor método para estudar o real.
Já religião não sei bem o que é, mas concordo contigo: seja lá o que for, não é responsável por homens-bomba ou por cruzadas.
* Embora seja notório que todas as tuas "confusões" são fictícias e utilizadas para dares umas risadas às custas das contradições dos outros.
Agora é um "método". Tinha de vir outro bruxedo. Há um qualquer método que é património da Ciência, com maiúscula e do qual mais ninguém pode saber do que se trata ou alardear com ser sinónimo do que se faz.
ResponderEliminarImagine-se se dissesse_ a propaganda é um método- o que dela sai não é conosco.
Por mim, já gozei o suficiente com o Fiolhais quando também mandou essa "boutade" do método para explicar que "acreditava na teoria da relatividade". Porque a Ciência tem um método em que ele acredita. Claro que bastava perguntar-lhe se acredita nos cientistas que negam Einstein e se usam um método religioso para o fazerem.
Mas, o Leandro é muito engraçado e deve ser um grande teórico destas coisas de bode.
Também fez esta afirmação noutro lado: "«A filosofia não pode escolher a ciência que mais lhe agrada (como a que lhe permite discorrer sobre tretas em blogs) e descartar a outra. Se formos realmente produto de uma evolução sem propósito, então a filosofia tem é mais que se reconstruir com base nessa ideia. Um computador não deixa de funcionar só porque isso é incompatível com a filosofia.»
Restaria perguntar- ele sabe o que é um método e sabe em que consiste a Filosofia?
Quem tiver pachorra que responda.
A filosofia a reconstruir-se por causa da macacada
ResponderEliminarahahahahah
Eles são ignaros. Absolutamente ignaros e o problema sempre foi esse. Há coisas que desconhecem e que fazem parte do dogma da boa ignorância positivista- em que consiste a filosofia e o que foi a Idade Média.
Neste último campo, então, a ignorância está tão generalizada que até se torna conrangedor assistir aos disparates que se dizem.
ah, é verdade, o Leandro também já resolveu o famoso problema do início do mundo. Estupidamente ainda não foi publicado mundialmente para lhe atribuirem o Nobel.
ResponderEliminarNada destas tretas se colocava nem havia qualquer razão para questões metafísicas se fossemos todos inteligentes e tivessemos a brilhante ideia que ele teve- o universo criou-se a si próprio. Kaput- embrulhem. O resto é evolução porque sim, porque quem se cria a si próprio lá tinha dons especiais para fazer o que bem lhe deu na gana.
E nós temos "o método" para descobrir as ganas de quem se criou a si próprio.
Mais do mesmo.
ResponderEliminarEste post deve ter sido escrito para "massajar" a zazie.
Só ela para ver algum argumento válido acerca do que quer que seja neste post.
E criou os métodos de autofagia, chamados buracos negros.
ResponderEliminarAndam agora a assustar gente, a dizer que um acelerador, no CERN, vai ser o fim do mundo.
Dantes, dizia-se: "em cuecas!"
Agora, é qualquer coisa "tron".
«Só ela para ver algum argumento válido acerca do que quer que seja neste post.»
ResponderEliminarEntão, ó "mama eu quero" está a descambar. O argumento, mais uma vez, nem sequer é meu. Limitei-me a desenvolvê-lo logicamente. E você quando o viu na fonte não refilou. Pelo contrário até disse, todo cordato e bem comportadinho:
«PMN,
não me causa confusão nenhuma e concordo consigo.»
Então a validade dos argumentos depende de quem os cospe?
Ou então lá está, baba-se com a causa, mas agonia-se com a consequência.
Eu concordei com o facto de não se poder responsabilizar a ciência pelo uso de ferramentas que esta nos possibilitou construir. Nem que se deva responsabiliza-la pelo que os homens das acções (investidores tal quais caçadores) e da politica de direita americana (tão religioso que eu sou) fazem com o potencial que se abriu.
ResponderEliminarE também concordo com o aproveitamento da religião pelos mesmos e por outros.
A culpa não é da religião.
(Apesar de achar que o Deus do antigo testamento é... bom mas também não duvido que estamos de acordo no que a Ele diz respeito.)
Diria eu :
ResponderEliminaruma coisa é a produção de Deus , a vida, o homem e a natureza humana , outra coisa é o uso bom ou mau que se faz disso. Isso já não é da responsabilidade de Deus.
Pois..Que feio , não é?