Peço aos leitores peritos em matérias científicas (e aos outros também, mas mais descontraidamente) que se debrucem sobre esta curiosa notícia:
«A scientific technique that could allow same-sex couples to create their own biological child in a laboratory should be allowed under law, a group of influential scientists said on Monday.
The experts, all international leaders in embryology research, called on ministers not to restrict such "important" research.
The laboratory creation of eggs and sperm from other cells could offer hope to thousands of people unable to have children of their own.»
Notem bem, os cientistas - não são poetas, nem filósofos, nem sacerdotes, suponho - estão a requerer aos políticos para não "restringirem tão importante pesquisa". Calculam que dentro de 15 anos, poderão estar a criar fetos humanos em laboratório.
Isto é ou não é ciência? Isto é neutro? É bom, é mau, podemos ter opinião sobre isto? A ética não é para aqui chamada? E se é ciência, cai do céu aos trambolhões ou é fruto de homens, com uma motivação e uma intencionalidade prévia, orientadas por critérios, no mínimo, intrigantes?...
Podemos imaginar humanários (aviários de homens) ao virar da esquina?...
Pegando na lógica da pura neutralidade do produto e do acto científico: os cientistas criam os galináceos humanos. Depois quem os utilizar é que pode fazê-lo mal ou bem?
:)
ResponderEliminarConseguiste arranjar um bom exemplo. Finalmente.
Pessoalmente ainda não formulei opinião sobre isto.
Posso dizer-te que uma colega lá do trabalho vai certamente adorar saber, já que, depois de tomar conhecimento que não pode ter filhos, ficou outra pessoa. Não sei é se virá a tempo para ela.
Podias ter evitado "os cientistas criam os galináceos humanos".
Vem aí os homosexuários? : - ))
ResponderEliminarLopo K.
Já conseguiram passar a perna à natureza.
ResponderEliminarIsto é só o inicio!
Com a pressa que levam a desembaraçar-se da moral,vamos com toda a certeza assistir a muitos outros feitos.
Uma boa nova para a panasqueira nacional.
Pode ser que não necessitem de falsas noivas...
Ah, meu caro:
ResponderEliminarSão todos paneleros.
Mas também há isto.
ResponderEliminarNão é para levar o debate para um ping pong de méritos ou deméritos. É só partilha de uma curiosidade sem nada de novo para o debate.
Caro dragão,
ResponderEliminarMais uma vez, volto a dizer que uma coisa é o amolador, outra é a facada.
Como se pode ler na notícia,
«Josephine Quintavalle, from Comment on Reproductive Ethics, a campaign group, said the technique went against the natural reproductive process and could result in passing genetic fertility problems on to offspring.»
Aqui podem ver-se duas questões éticas. Uma delas prende-se com a natureza do acto reprodutivo e em saber se é ou não aceitável que se procurem alternativas aos métodos já aceites. Outra prende-se com o grau de perigo envolvido em novas técnicas de necessidade eventualmente questionável. Só à segunda é que a Ciência pode responder - só esta é uma questão científica.
Portanto a questão de saber se no futuro casais homossexuais ou indivíduos a título pessoal podem recorrer a essa técnica para juntar material genético num indivíduo que nunca iria nascer de outra forma não é uma questão científica.
Saber se isso é possível de forma segura é uma questão científica. Saber se vamos ou não fazê-lo de forma generalizada já não.
Isto,
«The idea of babies being created without a biological father was "scary", she added.
»
muito dificilmente se considera um argumento... Uma opinião, talvez. Aceito que seja assustador para muitos.
Uma analogia da disparidade das questões seria dizer que a decisão de construir ou não o aeroporto na Ota é um problema de engenharia. Não é, é uma decisão política. Mesmo que alguns engenheiros defendam a Ota.
O link deixado pelo comentador "mama eu quero" é deveras interessante.
ResponderEliminarlolol
É porreiro (palavra na moda) verificar que os americanos (embora estejam a ficar sem cheta e com as bolsas em baixa) estão com sentido de humor em alta. alguns dos comentários são engraçados e pertinentes.
Vale a pena ver.
É vero!
Depois do possível buraco negro que os europeus do CERN podem bem vir a criar já no mês que vem os americanos, para não ficarem atrás, contrapõem com, nada mais nada nada menos que: uma estrela.
Princípio e fim, tese e antítese.
BRAVO!
É ainda de realçar que ambos os cenários são plausíveis , pois a tecnologia está perto de fazer com que a Humanidade consiga este tipo de feitos.
(comparado com isto, o noticiado no post é corriqueiro, sobretudo quando se preparam novos avanços na nanotecnologia e se pretende criar matéria VIVA a partir de matéria abiótica)
Motivações?!
Agendas?!
Nã: "Eppur si muove"!
Daqui a uns 20 ou 30 anos imagino isto bem parecido com um cruzamento entre o Robocop, o Startrek o Trainspotting e o Planeta dos Macacos, todos governados pelo INGSOC!
(se, por uma qualquer experiência ficar o planeta desprovido de satélite natural, podem acrescentar o Espaço 1999, :-)
Duvidam!?
(ponto da situação: agnóstico, claro.)
"Já conseguiram passar a perna à natureza."
OHH! Faz tempo, meu caro. Muito tempo.
(e as coisas que nem devemos saber)
isto e' 'ciencia' 'a la revista Maria, na minha modesta opiniao.
ResponderEliminarMP-S
Depois
ResponderEliminarhá que saber ler as estatísticas. Sempre as estatísticas.
E aqui estão algumas bem interessantes.
Seriam estes valores os mesmos se não fosse a ciência? Ou seriam iguais à idade média?
Se por acaso ou necessidade ou outra nobre razão que me escapa o Criador criou os humanos como são e estão hoje e agora, não há dúvida que houve qualquer coisa que falhou, por isso o futuro homem criado in vitro, se falhar, e se se virar à La Jekill e Hyde contra nós, terá a desculpa que se tão ilustre precedente falhou, why not me?
ResponderEliminarQuanto à Ciência tenho vindo a notar que é um "touchy spot" Parece um condómino algarvio. Tem uns tantos donos, uns quantos guardas dos costumes e da ideologia e inúmeros cães e autómatos.
A ideia de que toda a gente tem de procriar é absurda. Pode haver linhagens com non sequitur, por uma razão ou por outra. O artigo parece-me ser feito por "escuteiros" da procriação assistida- E então a energia do orgasmo? Vai para aonde?
Causa-me no mínimo perplexidade ver uma futura humanidade concebida fora da juridisção do orgasmo. Vem aí o fim dos prazeres sexuais? Uma nova era de monges procriadores? O tema é diabólico. Mas tem tudo a ver com aviários e caixas de petri.
Lopo K.
Os cientistas tem hoje uma religião: a religião da ciência.
ResponderEliminarPara a fecundação artificial puseram o nobre nome de "dador de esperma" a um tipo que bate uma punheta paga. Para a mãe, inseminada por uma punheta paga, o nome de "receptora de esperma".
Cientificamente falando, bem aproveitadinho, o conteúdo dos meus testículos daria para inseminar todas as portuguesas válidas uterinamente. Que sonho à Jarry! O meu élan reprodutivo certamente desejaria isso, o meu orgulho masculino também. O espermatozóide maximizado, nem um desaproveitado! Que gestão do património genético! O Belmiro-Champalimaud-Espírito Santo do Banco do Sémen & Sémen.
Quanto a mim acho que a ciência arranjou uma semântica do óbvio fabulosa, mas a sua linguagem é pobre e jurídica.
Dinis Lança
«Pegando na lógica da pura neutralidade do produto e do acto científico: os cientistas criam os galináceos humanos. Depois quem os utilizar é que pode fazê-lo mal ou bem?»
ResponderEliminar[suspiro]
A ciência dá aos cientistas ferramentas para criarem galináceos humanos. Quem decide criá-los é que pode fazer mal ou bem.
[/suspiro]
Vê lá se atinas com as frases :)
«não são poetas, nem filósofos, nem sacerdotes»
Até porque não conseguiam, mesmo que quisessem :)
«A ética não é para aqui chamada?»
Claro que é! Devemos sempre discutir o que se faz com tudo (seja recorrendo à ciência ou não). Devemos usar a ciência para inventar peidinhos engarrafados? Devemos usar o cinema para explorar artisticamente a miséria humana? Devemos usar a música para prostituir cinco gajas bem boas?
A minha resposta é sim ao último ponto.
Ninguém vos está a proibir de fornicarem à vontade.
ResponderEliminarFornicai até cair para lado que é saudável!
Proibir outros de ter mais uma opção (para muitos a única) para gerar e criar um filho é que me causaria perplexidade.
despotismo da descendência! Ditadura dos vindouros que-se-tem-que-ter-à-força! Porquê? Há obviamente linhagens non sequitur. Ha linhagens que se extinguem - porque praticar "artificial selection"?
ResponderEliminarOu vamos contrariar (ou corrigir) a natureza avançando para uma selecção não natural?
Lopo K.
"Porquê?"
ResponderEliminarBom a minha colega aqui do trabalho está a pedir que lhe chame ignorante, egoísta e idiota.
Não sou eu palavra.
"Ou vamos contrariar (ou corrigir) a natureza avançando para uma selecção não natural?"
Não fazemos isso há mais de 100 anos?
Cumpts
«Ou vamos contrariar (ou corrigir) a natureza avançando para uma selecção não natural?»
ResponderEliminarAgora é que lhes foi ao nervo, ó Lopo!...
:O))
"Agora é que lhes foi ao nervo, ó Lopo!..."
ResponderEliminarEssa agora Dragão! Porquê?
Uma coisa é aceitar a teoria da evolução como verdadeira.
Outra é tomar um antibiótico.
É aquela conversa para boi dormir, o mito urbano do "conhececimento puro da natureza". Mas você até nem é dos que vende mais essa banha, portanto não corra a enfiar a carapuça.
ResponderEliminarEu depois dedico postal à patranha e nessa altura conversamos melhor.
Mais uma achega: depois desta notícia, não sei como é que alguém, no seu juízo perfeito, pode negar o valor da ciência.
ResponderEliminar8-)
:-)
ResponderEliminarA ciência tem valor, embora nada de muito importante se tenha desenvolvido graças a ela. (Afirmação escaldante que me vai atrair as iras e fulminações de todos os Candides do Progresso e da Técnica - mas eu até tenho jeito para párarraios).
ResponderEliminarMas a Ciência - qiue tem valor, repito - é um ramo da literatura visto que se desenvolve a partir da construção de narrativas ou se quiser de descrições axiomáticas sobre a realidade.
PS para Mama eu quero : A sua colega de trabalho é uma crente na ciência como valor absoluto. Há muitíssimos crentes como ela, endoutrinados no cientificismo dominante. Uma crença, apenas. Elevada ao estatuto de Religião Final. E que dá Grande Moncos Intolerantes.
Lopo K.
ResponderEliminarassina o último comentário
Vendo o habitat do Neandertal e o do homo sapiens actual a doutrina da Involução parece ser a verdadeira.
ResponderEliminarMama eu quero
ResponderEliminarfazemos isso há uns séculos: "Vis contra natura", com péssimos resultados : a China, exemplo máximo de sociedade científica em grau menor todas as actuais sociedades industriais decadentes que se empenharam em ir contra a natureza.
Suecede que somos parte e parcela da natureza e ao ir contra ela é contra nós que vamos.
Lopo K.
Cumprimentos
PS A sua colega é muito rápida a confessar os meus defeitos e pecados. A Inquisição dos modernistas todos os dias tem novos aderentes.
Como há gente a mais no planeta há linhagens non sequitur, e mais haverá. Ou então à Jonathan Swift comer-se-ão uns aos outros, cientificamente modificados, com sabor a caça, p.ex.
Lopo K.,
ResponderEliminara minha colega só quer ser mãe.
Tentou durante uns anos até que faz uns meses foi-lhe dito preto no branco que não havia nada a fazer.
Alguma vez pensou porque raio as meninas brincam tanto com bonecas? Consegue conceber o que uma nova dessas faz à vida de uma mulher (algumas pelo menos)?
É Católica praticante (ao contrário de mim).
Ela já não está aqui para lhe responder.
Quanto ao resto do seu comentário a ciência não anda à guerra com a Natureza. Quanto muito talvez a tecnologia, a economia e a politica.
O que se faz com o conhecimento sai fora dos domínios da ciência não acha?
Continuo na minha (tb não estou aqui para converter ninguém), não vejo aqui uma critica ao uso de carros que são o instrumento que mais mortes causou em toda a história da Humanidade.
Cientistas, esses malandros que inventaram o motor a combustão.
Mas para rebater essas criticas dos péssimos resultados recomendo-lhe o vídeo aí num comentário meu referente a estatísticas.
"Mas a Ciência - qiue tem valor, repito - é um ramo da literatura visto que se desenvolve a partir da construção de narrativas ou se quiser de descrições axiomáticas sobre a realidade."
ResponderEliminarA Bíblia também é um belo livro cheio de Deus e trovões e infanticídios e amor e perdão e milagres. É lindo! E reconheço também o valor da religião. Segundo as suas palavras não é um ramo da literatura. Estamos de acordo aqui mas não na sua citação.
À ciência o que é da ciência.
À religião o que é da religião.
Nenhum é o bicho papão.
Aqui a malta é o bicho papão. As primeiras são os bodes expiatórios mais à mão.
O deus da Bíblia, o trovejante Yahvé, um deus tribal promovido a Deus dos Exércitos e Senhor Absoluto é inteiramente uma criação da Literatura.
ResponderEliminarA Literatura fundou a Ciência e fundou a Religião. Pode refundá-las, como e quando e da maneira que quiser.
O Evangelho de São João não tem a menor dúvida sobre isso: "Ao princípio era o Verbo..." Este é
o postulado base deste e de todos os Evangelhos. Confirma que tudo provem da Literatura.
Lopo K.
Cumprimentos e sans rancune
os melhores votos para a sua colega
Vi parte do video com o mago das estatísticas, a subir como balões que lhe saiem da cartola.
ResponderEliminarEle, ao que me pareceu, contrasta a subida da taxa de mortalidade infantil com o aumento da riqueza. Os dados começam desde os anos 1820. Logo atribui à pobreza a responsabilidade da falta de esperança de vida para os infantes. Cheguei ao minuto 12 quando ele começa a falar de que temos que mudar o clima.
Bem. Foi a ciência que levou a baixar a morbilidade das deonaçs infantis. Muito bem. Apoiado. O que demonstra que os ramos da literatura podem funcionar muito bem. A ciência pode contribuir opara o combate à pobreza? Pode, sem dúvida. Não é isso que está em causa. O que está em causa é a visão hipercientóide do mundo.
Lopo K.
Lopo K,
ResponderEliminar..."se quiser de descrições axiomáticas sobre a realidade."
Foi daqui que conclui que a Bíblia e as religiões em geral não poderiam ser um ramo da literatura.
Como explica, melhor que eu, o Ludwig essas proposições só são verdadeiras se corresponderem à realidade.
“ah e como sabes que não é real?”
Não tenho forma de saber que é real. E aí está a resposta à pergunta.
Agora se me está a dizer que a palavra escrita está na base de tudo, tal qual tronco principal da árvore, como forma de expressão da razão (pensamento) e veiculo catalisador aumento e transmissão do saber (religioso, cientifico, filosófico, etc.) então estou de acordo consigo.
"O que está em causa é a visão hipercientóide do mundo".
ResponderEliminarEu entendo e é essa a razão dos posts do Dragão.
Mas este blog e outros que tais mascaram no entanto a critica à ciência no meio da critica ao cientoide. A prova são os últimos posts.
E depois ao mesmo tempo (sei que não tem nada a ver com este espaço) temos os Idiotas a fazerem papel dos perseguidos dos filhos de Israel tal e qual na Bíblia a usar todo o poder da desonestidade intelectual para baralhar os cientoides e levá-los à sua razão.
FOD%-&%. Eu prefiro que toda a gente seja cientóide. Fanáticos do livro é que não!
É que o Zé martelo que anda por aí a ler não distingue nada de nada e qualquer dia ainda pensa que se anda tanta gente de uma forma ou de outra a criticar o ciência (cientoide – ele não distingue) então se calhar são todos uns malvados.
A ciência está a ficar bode expiatório não percebo bem do que nem porque.
É por isso que ando a ler este blog, para ver se entendo o que causa isso, de onde vem essa visão. E que visão é essa tão grande que eu não a vejo assim tão cientoide. Quer dizer, vejo muita gente a aceitar quase às cegas (como a caricatura que o Dragão faz) tudo o que venha da ciência nem que seja um peido mal cheiroso. Mas talvez seja porque sintam que esta os conforta mais que a religião. Ou simplesmente porque a malta trabalha de manha à noite e tem os putos e a sogra e o pirilau que não levanta e querem é sentir-se aconchegados no quentinho da sua tv plasma e no seu dvd e na sua viagem ao Brasil nas férias e no seu doutor mágico que lhe resolve o tema com a aspirina ou o viagra ou com a possibilidade de lhe conseguirem o milagre da procriação.
Não querem saber, estão-se nas tintas, querem é viver. O que isso tem de mal? A Moral e a ética vão mudar? DAHHHH e a que vir para outra e para outra e para outra.
So what?
«É por isso que ando a ler este blog, para ver se entendo o que causa isso, de onde vem essa visão»
ResponderEliminarCuidado. Já dizia um certo filósofo: "Quando olhas para o abismo, o abismo também olha para dentro de ti."
«É que o Zé martelo que anda por aí a ler não distingue nada de nada»
Este blogue só tem leitores dessa qualidade, em quantidade significativa, desde que eu varejei as colmeias ateísto-cientificóides. Acorreram aqui em grande número (ou pequeno, mas com vários disfarces), dispostos a manifestarem-me o seu completo e ruidoso desacordo pela minha afronta aos seus queridos educadores.
Dragão,
ResponderEliminar«Este blogue só tem leitores dessa qualidade, em quantidade significativa, desde que eu varejei as colmeias ateísto-cientificóides.»
Era previsível (contra mim falo!) :)
Já leio o canto do Ludwig há bastante tempo, mas só quando ele começou a focar mais as questões criacionistas é que a caixa de comentários ficou cheia.
Leandro,
ResponderEliminar«Já leio o canto do Ludwig há bastante tempo»
Força, ainda chegas a pastor!...
Mas se continuas a vir aqui, ainda te expulsam da congregação.
:O))
«Mas se continuas a vir aqui, ainda te expulsam da congregação.»
ResponderEliminarAchas que me podem bloquear o IP?
:')
Essa é uma questão que deveria por a Deus , pois foi ele que começou essa fúria criativa , não? Suponho que os motivos de Deus sejam semelhantes aos dos que se propõe criar homens. Pergunte-lhe a ele.
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