O Miguel Castelo Branco, no estilo bem ajaezado que o caracteriza e recomenda, entrega-se à maravilhosa apologia do capitalismo.
Quero apenas transmitir-lhe que o compreendo perfeitamente e, em certa medida, até reconheço alguns méritos à fantasia. Eu, toda a gente sabe, é mais a pirataria, porque, além do assalto e da pilhagem, há toda aquela imprescindível -e desopilante - violência preliminar e conclusiva, mas o capitalismo também não é mau de todo. É certo que se pilha muito mais, sem riscos nem sobressaltos, sem culpabilidades nem remorsos, sim, concedo; mata-se até em muito maior quantidade, não contesto; mas é tudo muito pela calada, pelo seguro, pela via burocrática, protegido pela polícia e pelos tribunais. A cavalo nos exércitos e nas ciências. Recorre-se mais à trafulhice, à vigarice e à mistificação do que ao bacamarte e à fateixa. À generalidade das pessoas e ao grosso dos negociantes isso poderá parecer muito conveniente, mas ao meu feitio aventureiro, de cavalheiro de fortuna, e sobretudo a esta minha índole empedernida de brutamontes e ferrabrás, não me quadra. À torpeza calculista sempre preferi a audácia transbordante. Quer dizer, mais que enganar ou torturar alguém, estimo de atirá-lo borda-fora. Padeço na massa do sangue, herdada de avoengos exaltados, esta tendência feroz. Quem me tira uma boa sarrafusca, tira-me tudo. Muito mais que do lucro, da bernarda é que eu gosto – do tumulto, da abordagem, da batalha campal! Para falar com franqueza, saquear o próximo só me interessa enquanto pretexto para lhe ministrar, no mínimo, uma valente carga de porrada. Arranjar financiamento para bugigangas e pinoquices com que lustrar a carcaça, o futuro cadáver, nunca me seduziu muito. Sovar, sim; encanta-me a valer. Sovar, quanto a mim, e ninguém me convence do contrário, é a mais bela forma de altruísmo. Aliás, é a única. Deus não nos sova o suficiente, embaraça-se naquela misericórdia toda; os padres andam numa balda miserável, quando não numa deriva progressista que só visto; pelo que alguém tem que dar uma ajudinha. Alguém tem que se ocupar seriamente do assunto. Isto é, tem que meter as mãos nas massas, aquecer-lhes o coiro ao rubro e depois malhar-lhes enquanto está quente. Isto só com catástrofes naturais já não vai lá. Mal o furacão ou o terramoto passam, voltam logo todos ao mesmo, senão pior. Retorna tudo ao enxame de roda da bosta. Sou um viciado em adrenalina da mais asselvajada? Pois, se calhar sou. Ou então é a testosterona que não me larga, que cisma de galopar-me a todas as horas. Na verdade, são as duas. É uma joint-venture, uma sacana duma sociedade levada da breca. Nem à noite tenho repouso. São sonhos atrás de sonhos, devaneios sobre devaneios, cada qual mais alucinado – e reincidente - que o anterior. Às tantas, já não sei se durmo, se prometizo agrilhoado a sessões contínuas dum Olímpia enxertado num velho Cine-Oriente – mocada de meia-noite. Mocada e mais mocada. Mocada na dupla acepção do termo: putas e tiros, guerras e gajas. Aquilo é non-stop, auto-replay. Em desespero, desejoso duma personalidade normal, ainda tentei atirar com livros à molhada, aplacar o fogo com literaturas e filosofias. Talvez aquilo me acalmasse, me serenasse os ímpetos bravios. Qual quê!, foi como atirar gasolina a um incêndio. Em menos de nada, descobri que eram escritos por gajos com a mesma obsessão que eu. Tipos ainda mais tresloucados, que ardiam em anelos de mergulhar de cabeça em zaragata e pancadaria. Um tal Fernando Pessoa, então, era fresco. Vai daí, desimaginei-me; acomodei-me ao meu destino, resignei-me à minha idiossincrasia. A pirataria, definitivamente, é o que me convém. O capitalismo, com as suas imensas vantagens - que o estimado Miguel tão bem, e com tão aprimorada verve periodicamente ilustra - não me dá jeito. Jeito mesmo nenhum. Evito pisar, é certo, mas pegar naquilo para levar para casa, e ainda menos para a alma, é coisa que não me passa pela cabeça. E matar à fome, ao longe, à distância – ou mesmo matar à bomba, a tiro, a peste -, por mais que tente, não me entusiasma lá muito. Devo dizer-lhe que não me entusiasma mesmo nada. Às vezes, veja lá bem, até dou comigo enojado. Tão bela e útil coisa chega a dar-me vómitos. Afigura-se-me mera e manhosa arte de poltrões, velhacos e cobardolas. De suínos em apoteose e bácoras em avalanche. É uma vergonha, eu sei, uma esquisitice destas. Mas anima-me a esperança de que tenha tratamento, esta disfunção tão deveras imprópria. Terrível disfunção, meu amigo. Resquício de escrúpulo, de estúpido pudor, de moral decrépita e obsoleta que já não interessa a ninguém e só me acarreta chatices e amargos de boca. Até porque, não raramente, mancumonada com as duas segregações anteriores, conspira uma terceira - não menos desvairada - que jurou dar com o que resta de pantanas: a lucidez, essa megera. Deus vos guarde duma tal erínea, que a mim, não adianta pedir-Lhe, já que me deixou completamente à sua mercê.
É por via dela, dessa bruxa ignóbil, que me assalta esta ideia teimosa de que o capitalismo é excelente. Mas apenas para quem não tenha coragem de roubar, assaltar e matar com o rosto a descoberto. Ora, assim, poderá ser muito proveitoso, danado de lucrativo, mas perde a piada toda.
E agora retiro-me em boa velocidade, antes que o caro Miguel me fulmine -e converta, sem apelo nem agravo - com a beleza dos seus argumentos, nomeadamente em torno da “cultura de mérito e sucesso” (o tal sucesso que tanta inveja causa) inerente à nobre arte do capitalismo benemérito. O fulgor de tal laudatório, guarde-o, o caro e estimado amigo, para os ouvidos sempre atentos da Negra Ceifeira, no dia – oxalá longínquo! – em que ela comparecer à sua porta. Vai ver como ela se deleita a ouvi-lo.
Quero apenas transmitir-lhe que o compreendo perfeitamente e, em certa medida, até reconheço alguns méritos à fantasia. Eu, toda a gente sabe, é mais a pirataria, porque, além do assalto e da pilhagem, há toda aquela imprescindível -e desopilante - violência preliminar e conclusiva, mas o capitalismo também não é mau de todo. É certo que se pilha muito mais, sem riscos nem sobressaltos, sem culpabilidades nem remorsos, sim, concedo; mata-se até em muito maior quantidade, não contesto; mas é tudo muito pela calada, pelo seguro, pela via burocrática, protegido pela polícia e pelos tribunais. A cavalo nos exércitos e nas ciências. Recorre-se mais à trafulhice, à vigarice e à mistificação do que ao bacamarte e à fateixa. À generalidade das pessoas e ao grosso dos negociantes isso poderá parecer muito conveniente, mas ao meu feitio aventureiro, de cavalheiro de fortuna, e sobretudo a esta minha índole empedernida de brutamontes e ferrabrás, não me quadra. À torpeza calculista sempre preferi a audácia transbordante. Quer dizer, mais que enganar ou torturar alguém, estimo de atirá-lo borda-fora. Padeço na massa do sangue, herdada de avoengos exaltados, esta tendência feroz. Quem me tira uma boa sarrafusca, tira-me tudo. Muito mais que do lucro, da bernarda é que eu gosto – do tumulto, da abordagem, da batalha campal! Para falar com franqueza, saquear o próximo só me interessa enquanto pretexto para lhe ministrar, no mínimo, uma valente carga de porrada. Arranjar financiamento para bugigangas e pinoquices com que lustrar a carcaça, o futuro cadáver, nunca me seduziu muito. Sovar, sim; encanta-me a valer. Sovar, quanto a mim, e ninguém me convence do contrário, é a mais bela forma de altruísmo. Aliás, é a única. Deus não nos sova o suficiente, embaraça-se naquela misericórdia toda; os padres andam numa balda miserável, quando não numa deriva progressista que só visto; pelo que alguém tem que dar uma ajudinha. Alguém tem que se ocupar seriamente do assunto. Isto é, tem que meter as mãos nas massas, aquecer-lhes o coiro ao rubro e depois malhar-lhes enquanto está quente. Isto só com catástrofes naturais já não vai lá. Mal o furacão ou o terramoto passam, voltam logo todos ao mesmo, senão pior. Retorna tudo ao enxame de roda da bosta. Sou um viciado em adrenalina da mais asselvajada? Pois, se calhar sou. Ou então é a testosterona que não me larga, que cisma de galopar-me a todas as horas. Na verdade, são as duas. É uma joint-venture, uma sacana duma sociedade levada da breca. Nem à noite tenho repouso. São sonhos atrás de sonhos, devaneios sobre devaneios, cada qual mais alucinado – e reincidente - que o anterior. Às tantas, já não sei se durmo, se prometizo agrilhoado a sessões contínuas dum Olímpia enxertado num velho Cine-Oriente – mocada de meia-noite. Mocada e mais mocada. Mocada na dupla acepção do termo: putas e tiros, guerras e gajas. Aquilo é non-stop, auto-replay. Em desespero, desejoso duma personalidade normal, ainda tentei atirar com livros à molhada, aplacar o fogo com literaturas e filosofias. Talvez aquilo me acalmasse, me serenasse os ímpetos bravios. Qual quê!, foi como atirar gasolina a um incêndio. Em menos de nada, descobri que eram escritos por gajos com a mesma obsessão que eu. Tipos ainda mais tresloucados, que ardiam em anelos de mergulhar de cabeça em zaragata e pancadaria. Um tal Fernando Pessoa, então, era fresco. Vai daí, desimaginei-me; acomodei-me ao meu destino, resignei-me à minha idiossincrasia. A pirataria, definitivamente, é o que me convém. O capitalismo, com as suas imensas vantagens - que o estimado Miguel tão bem, e com tão aprimorada verve periodicamente ilustra - não me dá jeito. Jeito mesmo nenhum. Evito pisar, é certo, mas pegar naquilo para levar para casa, e ainda menos para a alma, é coisa que não me passa pela cabeça. E matar à fome, ao longe, à distância – ou mesmo matar à bomba, a tiro, a peste -, por mais que tente, não me entusiasma lá muito. Devo dizer-lhe que não me entusiasma mesmo nada. Às vezes, veja lá bem, até dou comigo enojado. Tão bela e útil coisa chega a dar-me vómitos. Afigura-se-me mera e manhosa arte de poltrões, velhacos e cobardolas. De suínos em apoteose e bácoras em avalanche. É uma vergonha, eu sei, uma esquisitice destas. Mas anima-me a esperança de que tenha tratamento, esta disfunção tão deveras imprópria. Terrível disfunção, meu amigo. Resquício de escrúpulo, de estúpido pudor, de moral decrépita e obsoleta que já não interessa a ninguém e só me acarreta chatices e amargos de boca. Até porque, não raramente, mancumonada com as duas segregações anteriores, conspira uma terceira - não menos desvairada - que jurou dar com o que resta de pantanas: a lucidez, essa megera. Deus vos guarde duma tal erínea, que a mim, não adianta pedir-Lhe, já que me deixou completamente à sua mercê.
É por via dela, dessa bruxa ignóbil, que me assalta esta ideia teimosa de que o capitalismo é excelente. Mas apenas para quem não tenha coragem de roubar, assaltar e matar com o rosto a descoberto. Ora, assim, poderá ser muito proveitoso, danado de lucrativo, mas perde a piada toda.
E agora retiro-me em boa velocidade, antes que o caro Miguel me fulmine -e converta, sem apelo nem agravo - com a beleza dos seus argumentos, nomeadamente em torno da “cultura de mérito e sucesso” (o tal sucesso que tanta inveja causa) inerente à nobre arte do capitalismo benemérito. O fulgor de tal laudatório, guarde-o, o caro e estimado amigo, para os ouvidos sempre atentos da Negra Ceifeira, no dia – oxalá longínquo! – em que ela comparecer à sua porta. Vai ver como ela se deleita a ouvi-lo.
PS: É claro que o nazismo e o comunismo foram terríveis. Foram e são, porque um ainda aí anda, na China. Mas será que nasceram de geração espontânea? Qual era o sistemazinho virtuoso que os engendrou, nutriu e bolsou no mundo? Os cachorros filhos eram cegos e a cadela mãe não era apressada?...
PS2 : E por mais que tente, ó Miguel, a sua apologia do capitalismo nunca chegará aos calcanhares desses que critica. Porque a crítica ao capitalismo por parte da esquerda materialista é a maior apologia do mesmo que se conhece. Alíás, suspeito bem, é precisamente para isso que ela serve.
dragão
ResponderEliminaro homem é um solipsista
segundo ele, o "capitalismo selvagem" não existe, presumo que tu também não existas e eu muito menos
só existe ele (e talvez o seu computado - gloriosa oferta do capitalismo mecenas)
sempre me admiro como é que perdes tempo com certos delírios autistas
mas, enfim, antes ele que eu
"Muito mais que do lucro, da bernarda é que eu gosto – do tumulto, da abordagem, da batalha campal! Para falar com franqueza, saquear o próximo só me interessa enquanto pretexto para lhe ministrar, no mínimo, uma valente carga de porrada.
ResponderEliminarIsto é que tem sido bombarda para recuperar a colheita mais parca do ano!
E essa boca final à esquerda cuja única finalidade é alimentar o mesmo monstro, foi uma maravilha
ResponderEliminarà esquerda materialista, sublinhou ele zazie
ResponderEliminaro dragão está a virar à esquerda, está a virar à verdadeira esquerda
(só por isso não o tornei a chamar de proto-fascista)
estás na hora de também passares pà esquerda zazie e deixares o ur-fascismo
ahahahaha
ResponderEliminarO Dragão há-de ser tanto de esquerda como eu.
Ia jurar que temos antepassados com o mesmo gosto da espadeirada.
O que ele é, é anti-burguês! ora pergunta-lhe. E há-de ter tanto gostinho por esse internacionalismo proletário quanto eu.
O meu passatempo favorito é amarfanhar esquerdalhos contra a evidência de que trabalham todos para o mesmo.
Com a agravante de nem ser progressista.
":OP
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarehehe
ResponderEliminarQuando ele escreve estas coisas lembro-me sempre do capitão Haddock a recordar os feitos do Rackam o Terrível
Para trás flibusteiros!
":O)))
mas o social-capuchinho anda sempre a ver se converte aluguém
ResponderEliminarahahahha
O Tim é um bacano. Como é que ele mistura a hóstia com a Internacional é que me faz espécie.
ahahahaha
agravante, não. Com a vantagem (minha) de não ser progressista.
ResponderEliminare antes ur-fascista que ur-holista esquerdalha
ResponderEliminar":OP
PROTESTO!
ResponderEliminarO dragão olvidou-se do progenitor dos "três irmãozinhos": o Feudalismo (esse ganda malandro)
Em todos os três estão presentes os traços de carácter do progenitor, se bem que me diferentes doses.
Vestem-se, os três malandrecos de forma também diversa, mas, se desnudos, apresentam sinais de nascença que lhes revelam a ancestralidade.
O ser humano parece-me naturalmente feudal, variando apenas os aparelhómetros carros com tecto de abrir e faróis de nevoeiro.
Eu gostava era de um retorno ao original, (nem mais) até porque aquelas armaduras, cotas de malha e fatiotas da época medieval nos deveriam ficar a todos muito bem. :-)
Só duas coisinhas:
- Por mais anti-burguês que um gajo seja o mais certo é ser burguês, mesmo que involuntáriamente, pois nada de mais burguês existe do que estar aqui, do alto dos nosso "privilégios" a lançar impropérios e esconjuros filosóficos uns sobre os outros.
Para uma boa parte da humanidade (faminta e/ou sofrendo todo o tipo de opróbrios e vexames existenciais) somos uma cambada de burgueses em frente a computadores. MAIS NADA!
Pergunto ao Timshel o que é que tem contra o tal de Fa*cism*?
(vai com asteriscos, pois não quero ferir as susceptibilidades visuais de ninguém)
Também é dos "pavlovianos" que se estrebucham e espumam todos só de ler ou ouvir a palavra?!
Vai a correr benzer-se é?!
A esquerda?!...Oh!!,la gauche, la gauche....não tenho adjectivos para qualificar a esquerda......
Ou melhor, não me chegam.
:o))
(Ab) :)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarNi!
ResponderEliminarNi, meu grande rabino!
Não querias mais nada que uma armadura.
O cofre debaixo da cama, a bolsa à cinta, o bode pela trela, era o que usavas na época
":OP
Timshel,
ResponderEliminareu virei à esquerda, mas foi só para lhe assestar melhor. O mesmo acontece quando viro à direita. Sendo eu o Nacionalismo em Pessoa, estou acima dessas coisas. :O)
Leclercq, para mim, e já aqui o expliquei, estou mesmo farto de explicar, mas posso explicar outra vez, o "burguês", essencialmente, é uma mentalidade, não é uma questão de propriedade ou de materialidade. Eu não me rejo pela xaropada marxista, seja pela posição, seja pela contraposição. Não considero que seja a riqueza material que constitui o "burguês". Um tipo pode até ter determinadas posses e patrimónios e não ser absolutamente nada burguês. Pelo contrário, é a pobreza - a pobreza de espírito. Nos melhores casos. Porque, na generalidade, nem sequer é a pobreza: é a ausência.
O Aristóteles explica bem isso - "De Anima -Livro III": Há tipos que nascem sem intelecto activo. Tão simples quanto isso. São os chamados "intelectuais passivos". No mundo actual, são às manadas. As massas actuais, por exemplo, são todas intrinsecamente burguesas, mesmo os pobrezinhos, mesmo os santos operários. :O))
Dragão
Caríssima e não menos ilustríssima Zazie lamento desapointá-la, mas não tenho a ascendência "étnico-religiosa" que insinua.
ResponderEliminarSe tivesse seria o primeiro a asumi-lo (há que dizer isto com frontalidade) mas não tenho e parte dos meus antepassados, vindos (ao que sei e há muito tempo) do "hexágono" que vai a eleições amanhã, usavam cota de malha e elmo :-))
O Dragão tem TODA a razão no que escreve mas, como por certo compreenderá, não resisti a tão grande tentação (é que é mesmo uma tentação). :)
É óbvio que o meu comentário não tinha como destinatário o ilustre "dono" deste "tasco". Foi um comentário à Urbe e ao Orbe :o))
O acontecimento porventura mais horrendo da história humana foi o momemnto em que meia dúzia de filósofos (mais por falta do que fazer do que por talento9 acharam que era possível estabelecer um qualquer "paraíso na Terra" (à revelia das mais elementares constatações e do mais simples bom senso) e arranjaram toda uma horda de palermas que se lembraram de por em prática os ensinamentos, levando a cabo todo o tipo das mais desvairadas e diversas "engenharias sociais" que, como é NATURAL, fracassaram ou estão em vis disso.
Toda esta "manada" de "filósofos" só tiveram seguidores porque: stultorum numerus, infinitus est.
:o)
Há dias ouvi algo do género:
ResponderEliminar"Por vezes as acções humanas são boas, mas os instintos não o são"
e
"Ou Deus não existe ou é incrivelmente cruel"
Estou tentado a concordar,
Essa da "crueldade" divina vai merecer postal. Aguarde só. :O)
ResponderEliminardragão
Ahahah. Boa!
ResponderEliminarQuem fala assim é Dragão.
O sr. MCB é um direitinha, ou seja, um labrego armado em fino.
As hienas uivam, mas nada como um leão para as despedaçar.
...
Al-face? Eu que pensava que era antes: al-foi-se (ou seria antes al-foice?).
não seria antes safardanas de al-cova?
ResponderEliminar":O?
"Ni, meu grande rabino!
ResponderEliminarNão querias mais nada que uma armadura.
O cofre debaixo da cama, a bolsa à cinta, o bode pela trela, era o que usavas na época"
G'anda elogio para o Al-fa-rabino, ó Zazie! ahahahahah!
"E por mais que tente, ó Miguel, a sua apologia do capitalismo nunca chegará aos calcanhares desses que critica. Porque a crítica ao capitalismo por parte da esquerda materialista é a maior apologia do mesmo que se conhece. Alíás, suspeito bem, é precisamente para isso que ela serve."
*****, caro Dragão
Legionário
Esquerda materialista - é?...como se diz...pleonasmo!?
ResponderEliminarLegionário
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar"não seria antes safardanas de al-cova?"
ResponderEliminarEngana-se.
"Porque a crítica ao capitalismo por parte da esquerda materialista é a maior apologia do mesmo que se conhece. Alíás, suspeito bem, é precisamente para isso que ela serve."
Como retórica não está nada mal mas, infelizmente, é apenas isso: retórica.
ó dragão..
ResponderEliminar"Arranjar financiamento para bugigangas e pinoquices com que lustrar a carcaça(...)"
isto é arte gramatical! estou absolutamente fascinada.