segunda-feira, maio 07, 2007

Fair-play

Proclamo daqui sinceros votos de que o capitão da frota tão rudemente depredada, esteja a recompor-se das febres maléficas. Às mesmas, provavelmente, devem assacar-se as excentricidades da rota, bem como o desnorte do rumo, que o levaram, em tão funesta hora, a tresmalhar-se por águas infestadas da pior escumalha dos oceanos. Uma tal digressão, sem escolta apropriada, só podia redundar em experiência traumatizante, senão mesmo completo desastre.
Para nós, é claro, tão angélica romaria soube que nem ginjas. Fundeados em aprazível atol, entregamo-nos agora à bebedeira e ao putedo, delapidando em velocidade record toda a mercadoria pilhada às generosas -e assaz peregrinas - naus de Vosselência. O regabofe é tal, a pândega tanta, que até já esquecemos a tremenda injúria com que, imponderadamente, fomos brindados - a de nos catalogarem na categoria de "corsário" (o pior insulto que se pode fazer a um pirata), ainda por cima inglês! - e, folgazões desbragados, brindamos à saúde e rápida convalescença do nosso benfeitor.

Reaparelhe a barca e volte em força! Os mares agradecem. E nós cá o aguardamos. Sempre infames. E sempre à espreita.
PS: Se bem que neste momento um pouco zonzos e derreados, por força da bebida e dos excessos forniculares com o rameirame.

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