«In an attempt to fill the gap between the demand for professional forces and the limited number deployed, an array of traditional military and intelligence roles have been outsourced in Iraq, all without public discussion or debate. There are up to 20,000 private contractors operating in Iraq, carrying out military roles from logistics and local army training to guarding installations and convoys. »
«Among the most stunning decisions taken is the handover of the interrogation of prisoners of war to private firms. Employees from the firms Caci and Titan now reportedly fill such roles as interrogators and translators. The work can be quite lucrative. Titan just won a $172m deal to supply "analytical support" for US military operations; its employees can make over $100,000 a year. »
«The lack of rules and regulations for the industry has serious ramifications. A US army investigation found behaviour that went well beyond accepted interrogation tactics, including making prisoners perform simulated sex acts and putting glowsticks in bodily orifices. The perpetrators even took over 60 pictures, including the infamous shot of an Iraqi prisoner standing on a box with his head covered and wires attached to his hands. He was told if he fell off the box he would be electrocuted. One civilian contractor is accused of raping a young man.»
«Soldiers are accountable to the military code of justice wherever they are located, but contractors are civilians - not part of the chain of command. »
«Normally, an individual's crimes would then fall under the local nation's laws. But there are no established Iraqi legal institutions - that is why we are running their prisons in the first place - and, in any case, coalition regulations explicitly state that contractors don't fall under them. In turn, because the acts were committed abroad, and also reportedly involve some contractors who are not US citizens, the application of US law is problematic. As one military lawyer said: "There is a dearth of doctrine, procedure, and policy."
Em resumo: O Outsourcing militar é uma coisa maravilhosa. Parece que se ganha muito dinheiro, as guerras tornam-se ainda mais rentáveis do que já eram e, ainda por cima, existe um vácuo legal que coloca os operadores fora de qualquer alçada jurídica. O caso Iraquiano é paradigmático a esse respeito. Os torcionários contratados da "Caci International e da Titan" exercem impunemente o seu mister. Pra quem conheça minimamente estes meandros, é mais que certo que essa "impunidade" está lavrada no próprio contrato de prestação de serviços.
Os advogados dos militares entretanto arguidos no processo de Abu Gharib, afirmaram que «os seus constituintes não passam de bodes expiatórios num sistema ignóbil de prisões militares, em que os mercenários dão ordens sem nenhuma responsabilidade legal».
Por outro lado, para quem julgue que é apenas o exército que entrou em regime de outsourcing, desengane-se: parece que a CIA também. Quem duvide é só visitar a CaCi International Inc...
O que também parece cada vez mais evidente é que não só as mega-empresas ou oligopólios (via outsourcing) apresentam capacidades de intervenção militar, a vários níveis, como, não deve tardar muito, poderão encomendar tarefas completas: como golpes de estado ou acções de desestabilização em larga escala.
Dos escombros do WTC, parecem estar a germinar plantas deveras curiosas. Uma das ideias mais propaladas e repisadas, por relatórios, declarantes e comissões, foi a de que os serviços nacionais de segurança, dos Estados Unidos, não funcionaram (e funcionam mal). Este, é um leitmotif recorrente nos nossos dias, onde a verborreia neo-liberal impera. Mas neste particular caso parece estar a dar os efeitos desejados e a muito curto prazo: a "privatização" desses serviços públicos disfuncionais.
A Caci Inc é clara nas "intelligence solutions" que disponibiliza:
*Help America’s intelligence community collect, analyze and share global information in the war on terrorism
*Focus on two distinct customer categories
*National Strategic and Law Enforcement
*Tactical and Military Service
*Support multiple disciplines
*Uncover terrorist activity by providing capabilities ranging from complex space-based operations to human source intelligence
Francamente, não sei se o Bin tem percentagem no negócio.
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