Claro, claro...Também sou iberista. A minha ideia de iberismo, aliás, ficou bem exposta, já lá vão uns bons anitos, no postal que se segue:
OLIVENÇA É NOSSA!
Pronto, temos o caldo entornado! Li por aí, algures, qualquer coisa sobre a Olivença mártir, ocupada pelo castelhano ímpio. Está tudo estragado. Eis que um manto vermelho me tolda as vistas e ímpetos tigrinos me revolvem a figadeira. Esta, má de sua usual natureza, está agora péssima, segregando uma bílis capaz sabe-se lá de que homéricas façanhas e belicosas audácias. Um vulcão de rompantes homicidas envinagra-me os azeites e trepa-me à mioleira. Não, não me deviam ter falado numa coisa dessas. Agora aturem-me!...
Fez ontem quantos anos? Duzentos e quatro?!! E ainda tendes o descaro de me dizer uma coisa dessas?!! São duzentas e quatro punhaladas no meu coração!, são duzentas e quatro marretadas na minha cabeça!, são duzentos e quatro coices nos meus digníssimos testículos!
Mas somos homens ou larvas rastejantes?! Somos varões ou galinholas?! Estamos à espera de quê? Hem?!
Para Olivença e em força! Já! Imediatamente! A todo o vapor! E, de caminho, a título de juros de mora, tomamos também Badajoz. Aproveitamos e enfardamos caramelos –ou seja, em linguagem técnica, reabastecemos -, e aí vamos nós, direitos a Sevilha, a Algeciras, a Ayamonte se os cabrões dos espanhóis não ajoelharem prontamente, em rogo de misericórdia e juras cegas de vassalagem perpétua. Em se prostrando, os biltres, os cães, agarrados às mulheres e aos filhos, lavados em lágrimas, ainda vá que não vá: cobramos tributo, pagam uma choruda indemnização, (a fórmula será défice x 2 + total de anos de usurpação x Pi) e vamos comprar casacos de cabedal a Ceuta. Caso contrário, se armarem em esquisitos, se se puserem com procrastinanços, não me telefonem nos próximos doze meses: vou andar extremamente ocupado em razias pela Estremadura, a pôr a ferro e fogo a Andaluzia, a desertificar a Serra Nevada (sobretudo de turistas, para lhes arruinar o turismo parolo) e, nec plus ultra, a violar chicas ali prós lados da Meseta. Hei-de flagelá-los com tal rigor, que, diabos me levem, se, em menos de dois meses, não hão-de andar de joelhos, aos gritos, a implorar a Deus por tsunamis e dilúvios alternativos. (Nota: não esquecer de passar por Andorra para ver a que preço estão os Hi-Fis).
Entretanto, caso os olivenses (ou olivenceses, ou olivedosos, ou lá o que são) actuais, segundo malsinam certas línguas escamosas, não nos receberem com a aclamação e fanfarra devidas, e, pelo contrário, escandalosamente, nos presentearem com umas lúgubres trombas cravejadas de olhos de carneiro mal morto absolutamente remelosos, fazemos como os primeiros cruzados na Santa Jerusalém libertada: passamo-los de mal-mortos a bem-mortos. Em três tempos. É esse, aliás, um costume típico destas romarias, um procedimento que fica sempre bem em qualquer festividade, e como "ética" quer dizer "segundo o costume" tratamos de fazer "segundo a ética". Sobretudo, para que depois não apareçam aqueles estrábicos torcicolados da ONU, que só vêem para um lado, filhos da puta, com conversas parvas de crimes contra a humanidade e queixinhas palermas de famílias pulverizadas sem mandato internacional ou valas comuns desrespeitadoras do PDM. Que pandilha! Julgam eles que quando um herói está com a mão na massa, assoberbado num alto empreendimento, tem tempo e disponibilidade para minudências?!...Irra, paladinos do ar condicionado, é o que eles são. Ordenhadores do palanfrório! Burocratas de merda, sempre com a mania dos alvarás, das resoluções, das assembleias gerais. Beija-cus dos americonas, um pénis os fecunde!
Creiam-me: nunca as circunstâncias, cá e lá, e em toda a parte, foram tão propícias. Basta reparar, com olhos de ver, nos astros e respectivas confluências. Perguntem ao Delgado, à Helena Matos, ao Almôndega Prado Coelho, ao João Miranda (a pedido da Zazie, não digam nada ao VPV). Ide mais longe, se a certeza científica vos apoquenta: matai um galo preto e espreitai-lhe as vísceras; depois um galo branco; depois, uma galinha careca e, finalmente, por via das dúvidas, uma carpa dourada. Mesmo as fezes dos recém-nascidos, emulando Picasso, ultrapassando Miró, não falam doutra coisa. Multiplicam-se os prodígios.
É a hora! Às armas!
Tanto desempregado que anda para aí ao alto, a coçar a micose; mais outros tantos funcionários públicos, do quadro, inamovíveis, sedimentários, obesos, a precisarem de exercício; e igual hoste de gays e ateus suicidas, habituados aos rigores da campanha e ao trabalho de sapa; para já não falar nos políticos ociosos, nos jornalistas sanguinários e nos - sobretodos ferozes, impiedosos, carniceiros - bloguistas liberais (incluindo-se neste termo geral todas as diversas e incontáveis seitas, estirpes e castas: neoliberais, anarcoliberais, conoliberais, pimboliberais, liberais gays, liberais ML, liberais TDI, liberias DDT, 605 Forte, SOS-prostituta, cartel de Medelin, "A Mão Invisível", "O Pé Invisível", esquisoliberais, Testemunhas de Bush, Igreja Universal do Reino do Tio Patinhas, Fãs do Capitão América, etc, etc, etc). Basta mobilizar toda esta gente, que diabo, municiá-los dum objectivo, documentá-los da peregrina táctica e inseri-los numa estratégia mirabolante, mas vencedora. Dai-me uma ideia fixa, que eu dou-vos uma alavanca capaz de jogar bilhar com planetas!...
Dir-me-ão, os cépticos bananas do costume, que eles, os Castelhudos, têm a Divisão Não Sei Quantos, mais o Batalhão Fulano de Tal e ainda um Porta-Aviões todo equipado, pintado de novo e com muitas bandeirinhas, enquanto nós nem submarinos decentes e modernos temos: os que submergem não emergem, e o que submerge e emerge não navega.
Realmente os submarinos davam jeito, um jeito do caraças...certamente para irmos Tejo acima e atacarmos Toledo. Depois, criada a testa de ponte, retrocedíamos até Alcantara (em Espanha, não confundir com aquela zona de discotecas em Lisboa) e fazíamos um desembarque anfíbio, precedido do desfile da Banda da GNR, para dar mais colorido à cena. Aposto que seria este o plano do Loureiro dos Santos, se alguém caridoso não o amordaçasse e acorrentasse a um poste de electricidade qualquer, de modo a poupar-lhe figuras tristes, mas compulsivas, diante das câmaras duma qualquer televisão. Francamente, e depois queixam-se estes gajos que são os rabejadores da Europa!... Mas alguém precisa de submarinos, tanques, bombardeiros, mísseis, porta-aviões ou sequer porta-chaves daqueles tipo 007, capazes de tudo e mais alguma coisa, quando dispõe de "políticos de destruição maciça", várias Brigadas deles; "gays e ateus suicidas", um leque completo de Batalhões de Choque, capaz de se fazerem enrabar ou cobrir de infâmia em qualquer ponto do globo; e, verdadeiro suprassumo bélico, arsenal único no mundo, "uma Mão e um Pé invisíveis" susceptíveis de todas as assimetrias e chacinas mais retumbantes?!... Tenham juízo.
Basta atentar na nossa Ordem de Batalha para perceber como estamos condenados a uma hegemonia, para já, ibérica, logo de seguida europeia e, finalmente, mundial. Considerem, fora as tropas convencionais que são despiciendas e podem ficar de piquete aos incêndios, considerem, dizia eu:
- 5 Brigadas de Políticos de Destruição Maciça
- 4 Batalhões de Choque Suicidas (o 1º -Gay Homos; o 2º-Gay Lesbos; o 3º -Ateus Furiosos; o 4º - Logística, simpatizantes e acólitos)
- 1 Corpo de exército de Jornalistas nosferatus e Necrófagos
- 1 regimento de bombeiros pirómanos
- 1 Escola Prática de Infantaria Metrossexual
- 1 Escola Prática de Cavalaria e Pingarelho
- 3 esquadrões aéreos, com destaque para os F.Abaixo-de-zero, o famoso "Esquadrão de acrobacia aérea "Os Patos Bravos""
- 1 Task Force de bloguistas Liberabundos (constituída por Gabinete de Agiprop; D.I.T.A -Departamento de Intoxicação e Técnicas de Automutilação; Brigada de Lorpas Paraquedistas e Comandos Peregrinos; Grupo Especial de Fogueteiros Pirotécnicos, etc)
- 1 Agrupamento Zootécnico, formado por um regimento de papagaios louros; quarenta pelotões de macacos de imitação; duas companhias de varejeiras jet-set e um batalhão de insectos tele-rastejantes )
- Arsenal Top-Secret das armas estratégicas de persuasão: os já lendários "Mão e Pé invisíveis".( Depois da dissuasão, eis que Portugal retoma a liderança global através do conceito de persuasão, congratulemo-nos!...)
Estais estarrecidos, não é?... O caso não é para menos. Nunca tal arsenal bélico, tal potência destrutiva, se reuniu e congregou sob o auspícios e as fronteiras duma mesma nação. São o sonho de qualquer marechal de campo em tirocínio para Deus. Mas serenai: não estarrecereis sozinhos. Em breve, todo o mundo, a começar nos Castelhudos, se estarrecerá também. Depois do polícia global americano, esse bandalho inoxidável, chegou a hora do GNR global português, esse enigma biodegradável. E onde os badamecos anglonóicos falharam na instauração forçada de democracias (ou seja, convenientes badernas na casa alheia), nós triunfaremos na sementeira de Alentejos (inexcedíveis parques de gastrópodes assimilados) até à Taprobana.
Quanto ao plano de operações para esta epopeia inaugural –o resgate de Olivença mártir, não esqueçam -, é matéria de elementar estratégia.
Em primeiro lugar, enviamos as quintas colunas infiltradas, que vão minar a vontade e a organização inimiga, já de si, segundo rezam as notícias, deveras debilitadas e previsivelmente claudicantes. Os espanhóis masculinos estão ocupadíssimos defronte do lavaloiças, a pilotar fogões ou aspiradores; enquanto os femininos fumam cigarros, mimam a carreira e vão ao psicanalista. Todos eles dormem religiosamente a sesta. Depois de almoço é todo um país prostrado no leito, a ressonar. Óptima ocasião para as nossas manobras hostis.
Para não fatigar o leitor pouco familiarizado com o léxico militar, passo a resumir o programa de festividades.
- Infiltração do Grupo Especial de Fogueteiros Pirotécnicos, disfarçado de contrabandistas de tabaco ou cabedais. Associam-se às feiras religiosas locais, sempre abundantes em honra deste ou daquele santo, e, sincronizadamente, à hora H, de dentro dos arraiais, lançam os seus engenhos infernais e pegam fogo às matas.
- A pretexto de ajuda, o Regimento de Bombeiros Pirómanos entra no país vizinho e ajuda a alastrar os incêndios, de modo a que estes irrompam alegremente pelas aldeias e vilórias.
- Entretanto, o 1º e o 2º Sub-Batalhões de Choque Suicidas (Gay-Homos e gay-lésbicas), numa ofensiva motorizada, assediam e seduzem as forças de segurança espanholas, em especial a Guardia Civil. Os Homos fazem-se enrabar heroicamente por tudo quanto é berma, gerando o pandemónio nas estradas; e as lésbicas chafurdam e lambuzam-se com não menos valentia, até à morte, de roda das chicas fardadas e das oficialas, arruinando de vez com a disciplina nas fileiras. Ao mesmo tempo, o 3ºBatalhão Suicida, o dos Ateus furiosos, imobiliza e transtorna, infernizando com argumentos absolutamente imbecis, o poderoso clero espanhol. Desamparada dos seus presbíteros, barricados e cercados nas suas sacristias, a população espanhola cairá num completo desnorte, logo seguido dum pânico generalizado, que lançará o caos nas comunicações inimigas, mergulhadas, é mais que certo, numa overdose de notícias contraditórias.
- Largada das Brigadas de Políticos de Destruição Maciça nas principais cidades espanholas. Rapidamente reforçados pelos políticos e aspirantes a políticos locais, devorarão recursos e energias, desviarão fundos e receitas, inventarão desculpas e subterfúgios, desmoralizarão à esquerda e à direita. Os sindicatos organizarão marchas e greves, os partidos farão comícios, o parlamento apelará ao Rei que, em desespero, chamará Julio Iglésias em socorro da pátria. No entanto, Julio Iglesias, conforme previsto, estará retido por uma brigada de Jornalistas Nosferatus, reforçada a uma companhia aérea de Varejeiras Jet-set e dois batalhões motorizados de insectos tele-rastejantes. Finalmente, de modo a impedir definitivamente que o colosso cante, o que seria catastrófico, senão mesmo mortífero, para as NT (Nossas Tropas), em especial para os F.Abaixo-de-Zero "Patos Bravos" e o Agrupamento Zootécnico, forças mistas da Brigada de Lorpas Paraquedistas e Comandos Peregrinos silenciarão a mais perigosa arma inimiga, através do lançamento de Misses teleguiadas que o neutralizarão sem dó nem piedade, castrando-o. O timbre vocal ficará irremediavelmente arruinado, excepto para trinados maricas, mas inofensivos, estilo "Ala dos Namorados".
- Por esta altura, já só o poderoso Estado Maior General Espanhol ainda resistirá. O general chefe estará reunido com os seus oficiais, tentando accionar o plano de emergência que movimentará as tropas e o porta-aviões que, em seu néscio entender, irão devolver a ordem e a soberania ao país. O risco da emergência dum novo Franco é por demais evidente. Momento crucial da nossa estratégia, este: o derrube do baluarte derradeiro da resistência inimiga. Terrível hora, essa, em que, com a inexorabilidade dum super-poder, faremos avançar a "Mão Invisível". (Benzamo-nos e afastai de fronte do monitor as crianças e os idosos mais sensíveis a certas cenas!...) Mas eis que a tremenda arma avança. Lá vai ela, sem que ninguém a veja... O general castelhudo debruça-se sobre mapas, traça azimutes, apascenta blindados e fragatas, orienta raides e bombardeamentos devastadores. Os outros bebem-lhe, reverentes, a peroração tonitruante; estremecem aos murros na mesa, aplaudem as retaliações arrasadoras. Lisboa não perde pela demora. A Mão, porém, invisível, já entrou descontraidamente na sala. Horror!, aproxima-se do General-Chefe e, mais inteligente que qualquer bomba inteligente, que qualquer míssil catedrático, e até mesmo que José Pacheco Pereira, não hesita e apalpa o cu ao grande estratego. Sacrílega, profana-lhe, sem remissão, o templo da dignidade máscula. Talvez seja melhor não descrever o caos subsequente; o escândalo que, primeiro, a murro e, depois, a tiros de pistola, o emérito cabo de guerra, furibundíssimo, tentará aliviar. Certo é que cinco minutos mais e com cinco coronéis a menos, o mesmo cavalheiro, na mesma zona superiormente determinada, é, podemos estar certos, de novo alvejado. Em cheio. O sistema de pontaria da "Mão" é infalível. Aí, se já tinha passado das palavras aos actos, agora, com a lógica própria da corrida aos armamentos, passa da pistola à granada. À medida que o Estado-maior, por artes auto-redutoras, vai descambando em Estado-Menor e, por fim, Estado-Mini, a "Mão Invisível", pré-programada, prossegue a sua missão aniquiladora. Já só resta o General-em-Chefe, arquejante, espumado, de olhos esbugalhados e a retaguarda dorida. Entre a caliça e o fumo levantados pela última explosão, fita, alucinado, em redor... "Puercos! Maricóns! Sodomitas!", urra, descabelado. A "Mão", ainda e sempre, "invisível", inexorável, vai aplicar o cheque-mate. Insinua-se, por baixo, entre os joelhos, sibilina, e sobe...lentamente, letal, como uma tenaz impiedosa. A vítima continua aos urros, ignorando o fatal desenlace que a espera. A "Mão Invisível", esqueci-me de dizer, tem dedos de aço invisível, é inodora mas não é molengona nenhuma. Pelo contrário, possui uma força descomunal, é mão de Hércules, com força de prensa e ganas de alicate. O efeito dominó está prestes a consumar-se. A última peça tomba no preciso instante em que a "Mão" se fecha, invisível como sempre, mas tendo com reféns (bem espremidos) os mui dignos –e notáveis à vista desarmada - tomates do bravo General. Rendição incondicional, como é evidente.
- Decapitados os exércitos, restará o Rei. Como no xadrez, não é detalhe despiciendo. Uma palavra sua pode ainda ressuscitar um país; uma interjeição sentida pode ainda reacender a resistência (o que para nós, há que reconhecê-lo, como forças invasoras, não é nada conveniente). É a torre de menagem da alma dum povo, o monarca. Pois bem, o rei não é tão poltrão como o pintam. Mais que a pátria, sente o trono em perigo. Teme pelas mordomias, tanto quanto pelos vândalos abrutalhados que aí vêm. Ouviu falar das desumanidades mentais de que os Bloguistas Liberabundos são capazes. Teme o Gulag psicológico, a deportação para o Limbo. Suspeita que, em comparação, Hitler, se calhar, até merecia o Nobel da paz. A multidão imensa, consternada, suspensa, lacrimejante, aguarda defronte do palácio. Toda a praça geme, suspira, reza. Até que o rei, num brio que foi pescar às estranhas, assoma à varanda... Clamores, gritos, delíquios... O povo, em delírio, aclama, pressente o milagre. A Espanha, firme e orgulhosa, não ajoelhará diante do invasor. No limiar da História, fitando a eternidade, o rei emociona-se. Ao fervor tumultuoso do povo, responde com uma vénia emocionada, debruça-se do parapeito para recolher as flores rubras, os olés apoteóticos, para prestar homenagem à fé inabalável das simples almas...
Sem saber que, secreto e letal, como a "Mão", bem atrás de si, se embosca, armado e catapultante, o "Pé Invisível"... (Tumph!...)
Que ninguém duvide: Olivença é nossa!
A rainha, a (o) monarca decisiva na história de Espanha era uma filha da mãe de uma portuguesa.
ResponderEliminarÉ escusado inventar planos mirabolantes de conquista de Espanha porque Portugal sempre que quis entrou de tapete vermelho no centro de poder...
Filipe I, também era um filho da mãe de uma portuguesa... e até foi criado por portugueses.
A nível de tomates e ainda antes do aparecimento do maior crápula de Portugal:
https://www.vortexmag.net/o-dia-em-que-o-exercito-portugues-conquistou-madrid-2/
A nível artístico também demos um show em terras castelhanas:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diego_Vel%C3%A1zquez
Segue também uma listagem de portugueses que impuseram a raça geniosa em Espanha no medievo:
http://www.filorbis.pt/colombo/indexPTColomboEsp06.html
Vivendi,
ResponderEliminaro Camilo e o Ramalho também abominavam o Marquês. E a Maria louca, essa, então... Eu, pessoalmente, e por falar nisso, nem aprecio nem abomino; nunca foi personagem que me ocupasse muito. Cá em casa, ao contrário, o meu pai era um adepto incondicional.
E eu entendo bem porquê: porque o Marquês foi "reabilitado" e recuperado pelo Estado Novo. Salvo erro, a Estátua e a referida (e ex-libris) praça são de 1937. Ora, se o preclaro e augusto Salazar a ergueu, não sou eu que vou deitá-la abaixo.
Mas fico curioso, qual a parte cabeluda desta equação simples que agora, a desoras, tanto o amofina e o despacha em comboio expresso para os braços enchifrados de Espanha?
Explique-me como se eu fosse muito burro. A mim e a um painel de fantasmas intrigados, aqui na sala: D.Afonso Henriques, Nuno Álvares Pereira, D.João II e um tipo que perdeu as duas mãos na batalha de Toro, esquece-me agora o nome. Ah, e o Dr. Oliveira Salazar, em espectro. :O)
Faltou apenas esclarecer um ponto: Porque é que o Marquês nunca me fascinou nem interessou muito.
ResponderEliminarPorque, desde tenra idade, aprendi, com a minha mãe e a mãe dela até aos professores da escola primária, a apreciar mais aqueles que iam em pessoa batalhar e matar mouros e espanhóis. D.Afonso Henriques, Nuno Álvares, Afonso de Albuquerque e outros ferrabrases sempre congregaram todo o meu interesse e atenção devota. Ora, o Marquês era mais de "mandar matar", e isso nunca me entusiasmou muito. Nada, aliás.
«...um tipo que perdeu as duas mãos na batalha de Toro...»
ResponderEliminarDuarte de Almeida, o Decepado.
Vamos lá dissecar por partes que este assunto do Iberismo e do Marquesismo é delicado e mexe muito com Portugal.
ResponderEliminar"Porque o Marquês foi "reabilitado" e recuperado pelo Estado Novo. Salvo erro, a Estátua e a referida (e ex-libris) praça são de 1937."
Voilá, meu caro, Dragão!
Aqui está algo que também me intrigou, o mesmo Salazar que proibiria as sociedades secretas em 1935, e que no entanto deixou concluir a edificação da estátua em 1934 e não em 1937 que se arrastava desde 1882 (um processo já em curso).
Inaugurado na Praça Marquês de Pombal, em 13 de Maio de 1934, este conjunto da autoria dos escultores Francisco Santos, Simões de Almeida (sob.), e Leopoldo de Almeida, com projecto dos arquitectos Adães Bermudes e António Couto, teve uma construção atribulada e demorada, pois a 1ª pedra foi lançada pelo rei D. Luís em 1882, a 2ª foi colocada em 1914, a 3ª em 1926 e só 8 anos mais tarde o monumento viria a estar concluído.
https://informacoeseservicos.lisboa.pt/contactos/diretorio-da-cidade/marques-de-pombal
(continua)
O Portugal antes do Marquesismo:
ResponderEliminar"A tomada de Ceuta, em 1415, envolveu uma frota 212 navios, constituindo a maior operação anfíbia desde o fim do Império Romano. No início do século XVIII, Lisboa era a quarta cidade com mais população na Europa, depois de Londres, Paris e Nápoles. Em 1976, o historiador Bairoch considerava Portugal como um dos cinco países mais ricos da Europa até ao princípio do século XIX. No início do século XVIII, em 1717, na batalha naval de Matapão, a nossa esquadra enfrentou a frota do Império Otomano, algo impensável para um país pobre."
O Portugal depois do Marquesismo:
"O grande declínio ocorre a partir das reformas desse grande iluminado em países protestantes, com uma estátua no final do parque Eduardo VII. A expulsão dos jesuítas, por si decidida, representou um desastre sem igual na educação em Portugal. Os jesuítas forneciam educação gratuita a perto de 20 mil alunos, tendo praticamente o monopólio da educação não superior. Portugal só volta a ter este número de alunos no início do século XX, quando a população era o dobro da daquela época. Além disso, encerrou a então melhor universidade do país: a Universidade de Évora, por onde passaram professores como Luis Molina ou Pedro de Fonseca, mas que tinha a infelicidade de ser controlada pela Companhia de Jesus.
Em 1850, em resultado do atraso causado pelo maior facínora da história de Portugal, 85% da população portuguesa era analfabeta (Fonte: Alfabetização e escola em Portugal no século XX). Para o mesmo ano, apenas 5% da população dos Países Nórdicos, da Alemanha, da Escócia, da Holanda e da Suíça era analfabeta! Algo que apenas lográmos em 2018! 170 anos depois!"
Retirado de: A grande mentira
Para alguém que procura a verdade, se há algo que o Estado Novo não promoveu foi a pobreza, nem tão pouco a ignorância dos portugueses.
https://eco.sapo.pt/opiniao/a-grande-mentira/?fbclid=IwAR0Y14X12SILjxV3raFMWCzYdiZXRrc154F_PcYLXQFb1Bzpze8dYXY8NDk
(continua)
«...um tipo que perdeu as duas mãos na batalha de Toro...»
ResponderEliminarDuarte de Almeida, o Decepado.
Foi considerado uma figura heróica da mítica Batalha de Toro por ambos lados e que até teve tratamento hospitalar durante vários meses por espanhóis.
Em homenagem ao seu heroísmo, a sua armadura encontra-se pendurada na catedral de Toledo.
Um ex-libris do Catolicismo Ibérico onde também está lá sepultado o Rei D. Sancho II.
(continua)
E já agora, onde os portugueses e a nobreza portuguesa iam peregrinar na época medieval?
ResponderEliminarFátima? (na cabeça dos que não pensam)
Roma? (destinado às elites do Clero)
Santiago de Compostela?
A grande afinidade cultural entre os habitantes do território que veio a ser a
Galiza e os do norte de Portugal, em virtude, nomeadamente, de todos falarem a mesma
língua, que veio a ser definida como galego-português, e da qual proveio o português
dos nossos dias e o famoso caminho português.
Existe também um registo da peregrinação do Conde D. Henrique e da sua esposa Dona Teresa no ano de 1097 a Santiago. O processo de reconquista, e a paz que dele advém, acompanha a
Peregrinos a Santiago de Compostela.
A evolução da peregrinação. Associado ao culto de Santiago, e às peregrinações em
Portugal estão também os cultos de Santo Amaro, São Roque (peregrinos jacobeus
segundo a tradição) e de São Cristóvão e São Gonçalo de Amarante, padroeiros dos
caminhos, dos caminhantes e das travessias de rios.
Depois de formado o Reino de Portugal, os nossos monarcas demonstraram uma
contínua devoção pelo Apóstolo: D. Afonso II peregrina a Compostela em 1220, o
infante português Afonso de Bolonha faz o trajecto em 1243 e em 1244 segue-lhe os
passos D. Sancho II. Por esta altura surgem também os primeiros registos da prática da
peregrinação "por substituição" – pagando a alguém para ir em seu nome ou deixando
em testamento a atribuição de uma verba a quem fosse a “a Santiago da Galiza” em seu
nome. Foi o caso de Dona Maria, filha de D. João I.
A mais famosa peregrina que partiu de Portugal é sem dúvida Isabel de Aragão.
A Rainha Santa Isabel peregrinou a Compostela duas vezes, na primeira, em 1325, seis
meses após a morte de D. Dinis, foi acompanhada de um séquito real, em 1335, tentou
uma abordagem mais modesta e um certo anonimato, e os relatos contam que fez todo o
percurso a pé. Muitos monarcas embora não tenham peregrinado a Santiago,
contribuíram para a peregrinação com doações para mosteiros, hospitais e albergarias
que cuidavam dos peregrinos no Caminho, já que a peregrinação era muito intensa no
final da Idade Média. Foram os casos de Penajóia (Lamego), Canavezes, Vila Nova de
Cerveira, Ponte de Lima, Guimarães e Chaves que tinham como principal obrigação o
cuidado dos peregrinos.
https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/299/1/20587_ulsd_dep.17914_M_1.pdf
Guadalupe?
Monasterio Real de Nuestra Señora de Guadalupe
O culto de Nossa Senhora de Guadalupe difunde-se em Portugal e Castela a partir da batalha do Salado, em 1340, quando os castelhanos, com a ajuda de portugueses derrotaram um poderoso exército muçulmano.
A vitória dos cristão foi atribuída à intervenção divina desta virgem, cuja imagem, segundo da lenda, tinha estado enterrada séculos até ser descoberta no século XIV por um pastor, junto ao Rio Guadalupe (Cáceres).
Afonso XI, rei de castela e a sua esposa D. Maria de Portugal-, tomaram sob a sua protecção a pequena capela onde estava a imagem, transformando-a num mosteiro. Entre os primeiros frades que em 1373 entraram no mosteiro contavam-se portugueses. Em 1389 foi entregue aos frades Jerónimos.
Tornou-se talvez, por esta razão, um dos locais privilegiados de encontro entre a nobreza portuguesa e a castelhana.
Século XV
Este mosteiro já no século XIV estava ligado à nobreza portuguesa. Em meados do século XV foi aqui sepultado um dos filhos de D. Pedro I e Dona Inês de Castro, o Infante D. Dinis de Portugal (1354-1397). Na crise de 1383-85 foi um dos pretendentes ao trono de Portugal, juntamente com a sua irmã Beatriz de Portugal (casada com o rei Juan I de Castela).
D. Nuno Alvares Pereira, depois de combater os castelhanos em Valverde de Mérida (1385) veio em peregrinação a este santuário, o revela como o culto de Guadalupe estava acima das rivalidades entre Portugal e Castela.
http://www.filorbis.pt/lusotopia/indexOPEspanhaGuadalupe.html
Curiosa a história não é meus queridos?
Não deixem de ler os links para complemento de leitura.
(continua)
Como já escrevi aqui Portugal e Espanha são os genuínos herdeiros de Roma, os criadores da Nova Roma, ou seja aqueles que mais capacidade tiveram de expandir a civilização Greco-Latino-Cristã pelo mundo.
ResponderEliminarSó mais tarde vieram os piratas, os traidores e a serpente com a vestimenta da contra-reforma e propagadores da Lenda Negra e que ainda hoje estão entranhados na destruição da civilização ocidental.
Em termos de conhecimento a Escolástica Ibérica ainda é hoje superior a qualquer merda liberal ou progressista.
https://o-tradicionalista.blogspot.com/2023/02/a-escolastica-iberica.html
https://o-tradicionalista.blogspot.com/2022/12/dia-da-restauracao-da-escolastica.html
(continua)
Quem conhecer os principais monumentos espanhóis, as catedrais, os castelos, os palácios, as universidades antigas e até às vezes em povoados mais pequenos e remotos e transfronteiriços conseguimos encontrar a alma portuguesa e até o nosso escudo, as quinas, ou seja, é bastante mais influente o português em Espanha do que o espanhol em Portugal.
ResponderEliminarAssim com que fundamento se odeia a União de Portugal e Espanha?
Porque te ensinaram assim?
Mas quem te propagou isso?
E com que fundamento?
Mas de que Espanha falamos afinal?
A Ibéria dos Gregos ou a Hispânia dos Romanos?
Está Espanha completa e forte sem Portugal?
Ainda existe uma mensagem civilizadora?
Que União faz sentido e para quê?
Será as das várias Nações fortes, que geram Regiões fortes. E de Países fortes que gerarão uma Europa forte?
> aprendi, com a minha mãe e a mãe dela até aos professores da escola primária
ResponderEliminarAinda bem que em matéria de assuntos correntes é mais resistente ao conhecimento fornecido ao público em geral pelas entidades competentes ;-)
Vivendi,
ResponderEliminarsem querer de modo algum desincentivá-lo nessas fantasias, e apenas na parte que toca a assuntos, que, enfim, minimamente alcanço, a escolástica espanhola e a escolástica em geral são uma valente trampa. A prova mais eloquente disso é a prole cartesiana e toda a idade moderna a cavalo. Portanto, não é melhor que os excrementos liberais: é a tripa incubadora.
Quanto aos jesuítas, essa lenda maravilhosa de que são o supra-sumo da educação, suspeito muito bem que estamos perante mais um daqueles milagres recauchutados de trazer por causa. O colégio S-João de Brito é jesuíta, não é? Pois produz uns belos chouriços. Aliás, o jesuitismo sempre se distinguiu por isso: por engendrar "revolucinhários" e puguessistas. Basta lembrar uns quantos "peixinhos de água benta" do tempo do crepúsculo do Grande Homem e subsequente desastre marcelista.
Digo e repito: sou resultado vivo da escola pública do Estado Novo, da primária da Penha de França (varre-se-me agora o número, pois foi há um porradão de tempo), ao Liceu Nacional D.João de Castro (porque não havia vaga no Gil Vicente, e ainda bem).
Agora apresente-me um qualquer desses chouriços, escaganiço-béticos do jesuitismo encartado (tipo o untuoso público Ricardo A. Pereira) e vai ver o que eu lhe faço.
Ao nível do chouricismo jesuiteiro, suspeito outra vez muito bem, só mesmo a culinária espanhola.
Caramba, ó Vivendi, eu e aqui os mais antigos, esperávamos qualquer coisa que se apresentasse. Mas vossência só fez foi atirar-nos com fumo de escape para as vistas. Ora bolas! Vá lá, mais um esforço. Tente lá alguma coisa que se veja. Gostaríamos mesmo de tentar compreendê-lo.
PS: ao nível (baixo e nefasto) do jesuitismo na educação, cá no rincão, só mesmo o seminarismo sebento: quantos quadros do PCP lá foram (de)formados! :O) E pior ainda que isso: anti-comunistas de sofá e (re)penico, ao retardador. :O))
Então Dragão.
ResponderEliminarNão percebeu que tem um antes e depois do Marquês.
Só Salazar foi capaz de reerguer novamente a empreitada civilizacional.
Leia tudo com calma e visite os links.
Sem eles não entende nada.
Sobre a Escolástica ibérica não deixe de assistir a este vídeo.
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=2fjoJXfiqy8&t=10s
Vou mais longe, e mais fundo, ó estimado Vivendi:
ResponderEliminarse vossência me colocasse a alternativa entre ser "educado" pelos jesuítas ou ser analfabeto, eu acho que arriscava o analfabetismo. Sempre tinha mais hipótese de ser um homem. Aliás, o povo português da minha infância, podia ter até níveis superiores de analfabetismo, mas era infinitamente mais culto e educado que estes chouriços diplomados da hora a correr. Tinha sentido de família, sentido de nação e sentido de respeito para com a condição humana e o seu semelhante: as virtudes sociais cultivavam-se. A solidariedade e o civismo, sobretudo.
E na religião eram dum ecletismo milenar: a minha avó, por exemplo, pura transmontana (de quem herdei parte do mau feitio): ensinou-me as orações todas, em português e latim, mas, junto com a sua filiação ao Deus católico, manifestava também alguma descendência de Zeus Pai, pois exprimia e desferia "raios desconchavantes" a torto e a direito. Sobre a filha mais nova e minha tia, sobretudo. "Um raio te parta! Um rrraio te parta e refunda para o quinto dos infernos!" Eu, confesso, desde que me lembro, bebia-lhe maravilhado as alocuções e regionalismos geralmente devastadores. Em boa medida, foi dela que devo ter herdado a verve.
«Só Salazar foi capaz de reerguer novamente a empreitada civilizacional.»
ResponderEliminarO preclaro e augusto Salazar parece que apreciava o Marquês... nunca reparou? O meu amigo blogosférico, e pessoa de valor intelectual bem acima da média, Bruno Oliveira Santos, também execrava o Marquês e criticava o preclaro por isso.
Agora, alvitra-me se eu nunca reparei que havia uma antes e depois do Marquês... Não, sou daqueles obnubilados que nunca repararam. Só reparei numa outra ocorrência: Alcácer-Quibir. Depois foram os Braganças.
Hehehehe!!!
ResponderEliminar"O preclaro e augusto Salazar parece que apreciava o Marquês..."
Como assim?
Não está fácil hoje... Se as suas raízes são transmontanas as minhas também.
Acha que eu apresento os jesuítas como alguma solução para o agora?
Ou a Universidade de Coimbra, Évora ou até de Salamanca...
O meu ênfase é que já existiu produção de conhecimento superior mas bem lá no passado. Hoje é tudo terra queimada. Já não há escola que se safe, nem as primárias.
Leia lá alguns links.
Comece por este:
https://eco.sapo.pt/opiniao/a-grande-mentira/?fbclid=IwAR0Y14X12SILjxV3raFMWCzYdiZXRrc154F_PcYLXQFb1Bzpze8dYXY8NDk
7 de Julho às 18:30
ResponderEliminarNa Biblioteca Municipal José Marmelo e Silva, em Espinho.
Os padres desterrados
Bruno Oliveira Santos.
Aqui diz que Salazar não foi à inauguração da edificação e que não apreciava o marquês.
ResponderEliminarE Salazar naquele tempo vivia na mesma zona, na rua Bernardo Lima...
https://24.sapo.pt/vida/artigos/pedro-sena-lino-a-governacao-do-marques-de-pombal-foi-um-trono-invisivel-sobre-uma-sobreposicao-de-cadaveres
«https://eco.sapo.pt/opiniao/a-grande-mentira/?fbclid=IwAR0Y14X12SILjxV3raFMWCzYdiZXRrc154F_PcYLXQFb1Bzpze8dYXY8NDk»
ResponderEliminarLi. Por ser para si.
«tratou-se de um regime que objurgava o pensamento livre da população, promovendo a existência de uma rede de “bufos” que visava identificar, denunciar, torturar e encarcerar aqueles que se lhe opunham»
Isto é rigorosa mentira, pelo que começa mal. A Pide (como qualquer polícia, a Judiciária actual, por exemplo) mantinha uma rede de informadores, geralmente nas tascas, cujo grande objectivo era detectar "agência de subversão organizada e externa" - entenda-se comunistas. Esses, a dado momento, podiam ser e eram detidos e interrogados. Sobre restantes variedades de oposicionistas, a pesquisa era apenas informativa, sobretudo com intuitos, julgo, de filtragem para a administração pública.
O resto é a "lenda negra" do Marquês. Como lhe digo, essa questão do Marquês, nunca me interessou, pelo que não sou adepto nem apupador. Mas sempre que avisto lenda negra fico de pé atrás. É como a lenda negra do Salazar. Aliás, assim de relance, até se avistam algumas similaridades entre ambas.
Quanto a estes peritos em radiografias económicas transeculares é o costume. De repente, somos informados, afinal, que quem nos demolhou na miséria não foi o Salazar: foi o Marquês de Pombal... cada maluco, sua mania. Admira-me até não falarem e zurzirem no Pina Manique mais seus muchachos. :O)
Mas esta não é a questão de fundo, ó Vivendi. Embirra com o Marquês, tudo bem, respeito. A questão do "iberismo" é que me dá urticária... :O)
Aliás, qual seria o seu plano de união?
Em boa hora o Marquês de Pombal deu cabo da Ordem Militar dos Jesuítas, escumalha da pior espécie, Inácio de Loyola era um Marrano e criou essa entidade para infiltrar os Judeus "convertidos" ao Cristianismo na Igreja Católica Romana.
ResponderEliminarNa Primeira-República também tiveram o devido tratamento.
Os Jesuítas controlam a Maçonaria, o símbolo da pirâmide e do «olho que tudo vê» está presente em Igrejas - existem algumas em Portugal com essa simbologia -, é um símbolo Jesuíta ou utilizado pelos mesmos.
«...Os jesuítas são uma organização militar, não são uma ordem religiosa. O seu chefe é um general de um exército, não um mero Padre ou Abade de um mosteiro, e o objectivo desta organização é exercer o Poder no seu exercício mais despótico -Poder absoluto, Poder universal, Poder de controlar o Mundo pela vontade de um único homem, isto é, o Papa Negro, o Superior-Geral dos Jesuítas.
O jesuitismo é o mais absoluto dos despotismos – e ao mesmo tempo o maior abuso (de Poder, nota do tradutor)...» - Napoleão Bonaparte
Querem ver que agora somos todos transmontanos? Mau...
ResponderEliminarSó por coisas, ficai sabendo que eu, para além de advir de transmontanos por um lado, venho de freguesia vizinha à de Oliveira Salazar, por outro.
Agora vede lá se vindes todos de Santa Comba, também...
Ehehehe!
Bom, eu acho que a estátua do Marquês é fácil de perceber. O indivíduo distinguiu-se como português ilustre - mal ou bem, pouco importa - e prestigiá-lo é prestigiar-lhe a pátria, que é o que interessa.
ResponderEliminarDo que sei, pouco que seja, era um português típico. Acabou com os jesuítas mas depois não fez melhor que eles.
Percebe-se o que diz o Dragão, mas eu duvido que fossem as escolas dos jesuítas a tirar o "sentido de família, sentido de nação e sentido de respeito para com a condição humana". Em todo o caso, conviria substituí-las, não apenas acabar com elas como parece que foi. Reduziu-se o número de alunos das universidades em 90% segundo li de gente que me parece rigorosa. Dificilmente pode ter sido coisa boa ou melhor que o que estava.
Quanto à união ibérica, convinha primeiro saber se os espanhóis querem... No lugar deles, pensava umas poucas de vezes. Dantes isto ainda trazia um território jeitoso, para além do mar. Agora só mar, mesmo. Mas com dez milhões de pedintes atrelados. Ainda por cima mal habituados. Só por água não sei se é assim tão bom negócio...
ResponderEliminarMais do que em uniões convinha ver primeiro para o que é que ainda servimos, diria eu... Ou para onde queremos ir, se é que para algum lado...
ResponderEliminarPorque se é para aqui ficar, no cantinho à beira-mar plantado, é melhor não ter grandes ilusões: isto é de quem cá chegar.
Os franceses demonstraram-no eloquentemente. Já lá vai o tempo do Nun'Álvares. E o que interessa é Lisboa, para quem cá chega. O resto é paisagem que se pode desertificar mais ou menos, conforme convenha. De resto, já vai o trabalho metade feito...
«Reduziu-se o número de alunos das universidades em 90% segundo li de gente que me parece rigorosa. Dificilmente pode ter sido coisa boa ou melhor que o que estava.»
ResponderEliminarSe reduzissem hoje o número de alunos das universidades em 90% era excelente. Tente agora demonstrar-me o contrário. :O) Naquele época não sei: não testemunhei. Mas a fazer fé nos dias que correm, e como agora está na moda transpor para o passado com base nas taras do presente, porque não seguir-lhes o exemplo?...
Estou numa de advogado do diabo. E parece que até nem sou mau nisto.
«Mais do que em uniões convinha ver primeiro para o que é que ainda servimos, diria eu... Ou para onde queremos ir,»
ResponderEliminarAqui em casa, esforçam-se desalmadamente a tentarem convencer-me que já não tenho idade para ir para a Ucrânia, alistar-me no PMC Wagner. Pendem sobre mim várias ameaças e ultimatos do sector feminino: divórcio sumário; desfiliação completa. Bem tento demonstrar-lhes que a idade é um mero conceito pequeno-burguês, e um simples "estado de espírito". Mas isto é gente obstinada e intratável. Ainda ontem, com garbo, perfiz os testes físicos para o antigo curso de Comandos (candidatos de entre 20/30 anos) com 20 valores. Non est inventus. Aliás, superei mesmo a escala. Continuo com os músculos dum tigre e a silhueta dum falcão peregrino. A mente, essa, é de um titã (algures entre Prometeu e Epimeteu). Subo e desço montanhas como quem palita um dente. Portanto, a minha grande questão existencial é: o que é que ainda estou aqui a fazer?
Ainda para mais, a ucrânia nem sequer tem montanhas, não excede um reles baixo-alentejo hipertrofiado...
ResponderEliminarDebalde se esgrime com a razão às mulheres.
Bem-vindo também ao para lá do Marão, caro Muja!
ResponderEliminarQuanto a União Ibérica... vamos lá!
A questão política:
Se em ES é uma monarquia e em PT uma República, uma suposta União política de capricho político seria algo assim para o transgénero, ou seja uma aberração.
Sou adepto da Ibéria dos povos, das nações e das suas culturas.
Um só povo, uma só nação numa mescla de culturas, nunca existiu nem nunca irá existir.
Talvez exista algum espaço para uma confederação Ibérica onde existam várias autonomias e regiões com uma elevada descentralização face aos poderes centrais... de Madrid e de Lisboa.
Destaco ainda o ressurgimento dos foros, coutos e municipalismo da qual fizeram parte da tradição medieval na Ibéria, onde pode existir assim a descentralização administrativa, tributária e da justiça.
Mas a questão política deverá sempre emanar de uma ordem espontânea e não de uma qualquer planificação.
A questão religiosa:
O grande cimento da paz entre Portugal e Espanha foi a religião e a defesa comum das várias nações da ibéria para expulsar o Islão da península.
A religião é também uma das formas de melhor conservar as tradições e a cultura de um povo.
As ordens religiosas e as interligações religiosas devem ser assim novamente estimuladas.
As peregrinações também e o consequente estilo de vida comunitário de apoio ao próximo e ao bem comum.
A questão da morte é o lugar privilegiado da questão do homem e também da questão e da afirmação de Deus como Esperança última do Homem.
Adenda:
Se o Dragão que é fã do Nuno Álvares Pereira devia ir conhecer o monastério de Guadalupe.
A questão cultural:
A filosofia medieval designa as doutrinas filosóficas que se desenvolveram desde o século VIII até ao século XVII da nossa era.
A filosofia medieval significa Escolástica e a Escolástica significa a verdade: a religião é a verdadeira filosofia e a filosofia é a verdadeira religião.
Como já referido em comentários anteriores a escolástica ibérica deve ser despertada e a partir daí a Ibéria e a Ibero-América devem encontrar novas soluções para os problemas presentes foram da corrente anglo-saxónica e sionista.
A questão económica:
Na escolástica ibérica também encontramos excelentes respostas à questão do dinheiro e ao equilíbrio para um bem-estar económico sem tiranias.
E neste momento já temos em curso a tirania da agenda 2030.
Uma agenda apoiada na ideologia de género, no aborto, na eutanásia e contra as famílias tradicionais;
contra a mobilidade;
contra a exploração dos recursos naturais das nossas terras e na incapacidade de obtermos a soberania alimentar e a soberania energética;
Na destruição de barragens e reservatórios;
No fanatismo climático;
E no fim das soberanias nacionais;
É a dependência e a submissão e o totalitarismo em estado puro.
Agora, eu, quem faço as perguntas:
ResponderEliminarDe que paragens de Trás-Os-Montes o Dragão descende?
E o Muja?
Oh, Dragão!
ResponderEliminarDeixe-se lá de Ucrânias e de teatros de aberração Nazi-Sionistas.
O ildefonso que importe umas ucranianas e a gente dá-lhe com a filosofia ibérica em força.
Foque-se nas peregrinações.
Santiago de Compostela e Guadalupe chamam por si!
Um abraço fraterno de Paz e Superação espiritual!
Se vê moinhos, são moinhos; se vê gigantes, são gigantes.
ResponderEliminarmantenho-me fiel aos meus princípios: o cavalinho de pau de cada qual é sagrado.
Carrazeda de Ansiães.
«... mas eu duvido que fossem as escolas dos jesuítas a tirar o "sentido de família, sentido de nação e sentido de respeito para com a condição humana"...»
ResponderEliminarDeixo-lhe aqui a visão dos Jesuítas sobre o assunto:
- A revista Jesuíta mais antiga da América escreve que a Igreja Católica precisa de "Santos" LGBT:
https://russian-faith.com/news-trends/oldest-jesuit-magazine-america-writes-catholic-church-needs-lgbt-saints-n6819
As minhas são de Chaves, umas paragens mais raianas e onde os galegos foram sempre mais amigos que inimigos.
ResponderEliminar"Cala a boca, amigo Sancho - Respondeu D. Quixote;
As coisas das guerras são de todas as mais sujeitas a contínuas mudanças..."
"Deixo-lhe aqui a visão dos Jesuítas sobre o assunto:"
ResponderEliminarFigueiredo,
Vivemos num tempo sem garantias de uma nova existência meta temporal e meta-histórica.
A decisão não nos pertence e não sabemos como resolver o dilema da vida... o campo da memória infinita.
Na verdade, são os homens que criam as instituições e não as instituições que criam os homens.
Se reduzissem hoje o número de alunos das universidades em 90% era excelente.
ResponderEliminarExcelente, mas para quem?
Ahahahah!
Eu, por mim, era mais campos de concentração. Mais ou menos como os americanos, mas com mais arame farpado.
Bragança
ResponderEliminarMuja,
ResponderEliminarExcelente para o futuro da nação e o bem de todos nós.
Vivendi,
Quando eu digo "espanhóis" subentenda "castelhanos". Eu próprio, por parte do meu avô materno, parece que tenho sangue leonês.
Las Cortes de León de 1188
ResponderEliminarhttps://es.wikipedia.org/wiki/Cortes_de_Le%C3%B3n_de_1188
«el testimonio documental más antiguo del sistema parlamentario europeo»
Qual carta magna, qual quê.
El Fuero de León de 1017
ResponderEliminarhttps://es.wikipedia.org/wiki/Fuero_de_Le%C3%B3n
Uma das cópias está em Braga.
Trás-os-Montes em peso aqui na tasca, muito bem.
ResponderEliminarDa minha parte, beirão do lado do pai e da mãe, dos 4 avós, 8 bisavós etc etc.
Sobre a questão ibérica, digo apenas isto: o meu princípio político, do qual tudo o mais depende e lhe é subordinado, é a independência de Portugal.
É certo que a sua aplicação prática já conheceu melhores dias, mas não esqueço que as coisas já estiveram muito negras em momentos do passado e houve quem não baixasse os braços.
Por isso, sempre que a questão se colocar, estarei do lado de D. Afonso Henriques, Nuno Álvares, D. João II, D. Sebastião, Fernando Pessoa, Oliveira Salazar e não só. E dizer o óbvio: esta posição não implica qualquer desgosto da Espanha ou qualquer ilusão sobre os interesses ingleses na questão ibérica.
Nada é eterno e Portugal também não. Mas, tendo que acabar, que não seja hoje e pela nossa mão.
Miguel D
Vivendi, os Jesuítas foram expulsos de Portugal e de outros Países não por capricho mas por serem uma organização criminosa, com uma agenda política, económica, e de engenharia social, com a qual a maioria dos Povos, Civilizações, e Estados, nunca se identificaram, principalmente após darem o benefício da dúvida, aperceberam-se do que realmente estava por de trás dessa seita e organização militar.
ResponderEliminarOs Jesuítas na América-Latina influenciaram, manipularam, e treinaram os Povos Indígenas para atacar e matar os Europeus que se estabeleceram nesse Continente, nomeadamente os Portugueses e Espanhóis.
O Papa Clemente XIV acabou com a Ordem Militar dos Jesuítas, e morreu envenenado.
Em finais do Século XX, e isto para ter uma ideia, Leo J. O'Donovan, Jesuíta, entrou para a «Walt Disney» como director dando o verdadeiro impulso para a introdução de conteúdo obscuro, Satânico, homossexualista e pedófilo, nas produções (desenhos-animados, séries, e filmes) da «Disney».
O Sr.º Dragão fez referência a um indivíduo perturbado e confuso - o sr. Ricardo Pereira - que é o exemplo vivo do que essa organização criminosa e seita é capaz de produzir, e como ele existem mais no panorama audiovisual e "cultural" Português.
Para terminar, a Neoescolástica não tem nada a ver com a Filosofia Portuguesa.
Sendo assim já nem o Padre António Vieira se salva ou o Francisco Xavier.
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