quinta-feira, janeiro 19, 2023

Emmanuel Todd e a Crise Ocidental

 Mais uma voz serena contra o ruído ensurdecedor.




4 comentários:

  1. "Mil e quinhentos novos blindados. Mísseis de longo alcance. Agora, ao que parece, a permissão formal da América para o uso de armas suas contra a Crimeia russa. Pela primeira vez desde 1942, a Rússia instala defesas anti-aéreas nas ruas de Moscovo. A tragédia iniciada há um ano, com a absurda recusa da América e respectivas satrapias em oferecer garantias de segurança à Rússia, aproxima-se rapidamente do ponto alto. Por muitos anos, o Kremlin alertou pacientemente para os perigos de encostá-lo à parede. Cumpriu o prometido na Geórgia, e depois na Ucrânia. Hoje, Medvedev, cada vez mais o número dois do governo, recorda que as superpotências nucleares não são derrotadas em guerras 'cruciais para o seu destino'. As armas atómicas servem para a defesa dos interesses mais sagrados das nações que as possuem, e serão usadas quando e se necessário. O Ocidente insiste em ignorar os avisos generosamente repetidos - tal como fez na Geórgia e na Ucrânia. Mas os últimos anos sugerem que a Rússia nunca falta às suas promessas.
    Sim, a detonação de armas nucleares no continente europeu já não é uma possibilidade remota e delirante. É uma probabilidade forte, grande e real em 2023. A primeira será, evidentemente, demonstrativa. Mais cedo ou mais tarde, Moscovo sentir-se-á forçada - e está a sê-lo - a recorrer à força invencível do átomo para lembrar o mundo de que as suas linhas vermelhas o são realmente. Fá-lo-á no Árctico ou no Mar Negro. Sem vítimas, numa última tentativa de lembrar ao jardim de infância que somos - é dizer, ao semi-cadáver da Casa Branca, ao verboso PM espanhol, ao cobarde chanceler alemão, ao bufão narcómano de Kiev - o quão perto nos puseram do fim de tudo. Daí para a frente, ou uma epifania colectiva de sensatez, ou prego a fundo até ao precipício. Façam bom proveito."

    RPB

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  2. "Muito embora o recém-empossado ministro da Defesa alemão tenha reiterado ao longo do dia que a questão dos carros de assalto não foi abordada em Ramstein, o que surge como evidente é que a Alemanha, que tão bem conhece a Rússia - sua aliada natural e também sua inimiga em tantos momentos da história - resistiu à chantagem dos carros e inclinou-se para aquela sábia expressão atribuída a Bismarck e que rezava que o «segredo de uma boa política é fazer um bom tratado com a Rússia.»
    A chantagem americana continuará nas próximas semanas, acicatada pelos odiosos pinschers baltas, mais os insuportáveis polacos sempre em busca de inimigos, pelo que, talvez, a Alemanha acabará por ceder. A autocracia da UE, os agentes americanos na cúpula da NATO e os neocons reconvertidos pela administração Biden ainda não compreenderam que um dia os alemães cansar-se-ão de tanto assédio moral e responderão seguindo o seu interesse nacional. Quando a Alemanha desperta maldisposta, é sempre imprevisível. Basta que se volte a passar os olhos pelos Discursos à Nação Alemã, de Fichte, entre nós disponível em língua portuguesa graças a Alexandre Franco de Sá."

    MCB

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  3. Não se ouve falar em quotas para as trincheiras. Nem as mulheres nem homos querem igualdade? Logo agora que teriam toda a receptividade.

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  4. Não tarda nada, as quotas vão ser gerais e compulsivas. Criancinhas e tudo, mesmo aquelas que já estejam em transição... :O)

    Quanto aos homos, parece que um terço daquilo, sobretudo os chefes, já se converteu. Andam por aí uns filmes e depoimentos no rumble...

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