Mais algumas pérolas sobre a Grécia Syrizada...
Que devemos apedrejá-los e cobri-los de cuspo porque o tal Syriza é um coio de ex-maoistas e ex-stalinistas e coiso e tal.
A gentalha que proclama isto é a mesma que elegeu um Durão Barroso para primeiro-Ministro, depois o lambuzou a Comissário Europeu e, se a deixarem, acabatá a vociferar para que o elejam Presidente da República. Como sabemos todos, Barroso é um ex-conservador da linha Burkeana. Esta mesma gentalha é constituída por indómitos sabujos da qualidade do tal JMF (disseram-se que ainda esta semana desovou nas pantalhas em representação da merklagem) que, à semelhança do Barroso, também é um ex-monge católico. Poupo-me à listagem completa por tédio. A própria fuhrerzinha Merkl, é sabido, foi nascida, criada e educada no colégio de Odivelas, onde vivia exilada e preservada daquele tugúrio comunista que era a Alemanha de Leste.
Que a Grécia anda aos ziguezagues e não tem estratégia. Pois, que a Grécia não tenha estratégia não me admira e até concedo. Já a Europa tem uma estratégia do caraças. Servir de capacho aos Estados Unidos é uma grande e brilhante estratégia. Semear o caos à sua volta, da Ucrânia a Marrocos é sublime e augura o melhor dos mundos. Destruir o consumo para acudir ao casino da Banca também é brilhante. Até para a própria Alemanha, que é o maior produtor/exportador do capitalismo europeu. Ter deslocalizado a produção para a China também foi extraordinário de inteligência estratégica e amor benemérito aos povos europeus.. A China, recordo, que não é nada comunista nem nunca foi maoista, graças a Deus.
Em contrapartida, Portugal, em matéria de estratégia, dispensa comentários. Mais que esquizofrenia (oscilações de sabujice rastejante entre a Alemanha e os Estados Unidos, dependendo de que lado sopra a brisa), é já a polifrenia: entre Angola, a China, a Alemanha, os Estados Unidos e o Brasil, a nossa estratégia balança.
Outro greguista. Você também tem pena de aldrabões? Se fosse a Croácia ou a Eslovénia a fazer esta cegada toda, você pensava o mesmo?
ResponderEliminar« Você também tem pena de aldrabões? »
ResponderEliminarMas eu falei de Israel?...
E quanto a aldrabões preocupe-se mais com os seus e não se distraia tanto com os alheios.
Ah ah ah!
ResponderEliminarEstoirada já ficou a Europa na primeira metade do século XX. Isto são destroço de um Continente adormecido.
ResponderEliminarForças estranhas e ocultas tomaram a roda da Fortuna no século XVIII.
Por cá quanto temos um Príncipe que dá a independência à colónia contra os interesses dos lá e dos de cá e depois volta para ser Rei «liberal» num povo que estava com D. Miguel então temos tudo dito.
ResponderEliminarO povo era católico e impingiram-lhe o Liberalismo. O povo era monárquico e impingiram-lhe a República. O povo é dado ao comércio e proprietário, tentaram impingir-lhe o comunismo e andam a ladrar todos os dias a ver se o povo é de Esquerda à força.
Há uma máquina que move uma alteração premeditada do inconsciente colectivo português.
A mudança das cores da bandeira e os acordos ortográficos não vêm por acaso. O azul e o branco estão ligados à nossa fundação cristã. A ortografia tem um forte lado esotérico (por oposição a exotérico).
Alguém disse um dia que o mundo é governado por símbolos, não por palavras ou leis.
Caro Dragão, quem pára a Máquina? Em Espanha o Franco pôs a canalha no sítio mas agora renascem mais hippies, mais modernos, consomem ervas, são jovens aos 40 anos e desempregados, alguns levam no rabo e têm orgulho nisso, juntaram-se e temos o Podemos.
ResponderEliminarPor cá Salazar tirou poder à coisa.
Mas e agora?
Até a Igreja... dizem que o outro que lá estava era da Máquina, mas este do Porto não é, mas é muito brandos costumes.
Estamos perdidos.
Caro Dragão: Este texto de 1852 pode interessar-lhe, no seguimento do outro dia.
ResponderEliminar‘What to the Slave Is the Fourth of July?’ by Frederick Douglass
http://www.thenation.com/article/what-slave-fourth-july-frederick-douglass/
(fonte jacobina, claro, mas o contexto é interessante.)
«Por cá quanto temos um Príncipe que dá a independência à colónia contra os interesses dos lá e dos de cá e depois volta para ser Rei «liberal» num povo que estava com D. Miguel então temos tudo dito.»
ResponderEliminarPois, nos últimos duzentos anos (ou coisa que o valha) o país tem sido (des)governado de fora para dentro. Com a excepção do consulado de Salazar, e por isso ele é tão vituperado pelos estrangeirados de vária ordem.
«Estamos perdidos.»
ResponderEliminarEntão, ó meus amigos, desânimo é que não. No meio das tempestades é que se vêem os marinheiros. Vamos deixar que o Espírito se deixe contagiar pela matéria?
E mesmo que a Igreja ande aos papéis, a nossa fé tem que estar acima. Hoje já muitos esqueceram o que meia dúzia tudo faz por soterrar: foi a Fé que conduziu as naus.
O problema esteve (e está) sempre quando se troca a Fé pela vã cobiça.,