«(...)Eu queria-me entender com o sr. Deputado, a fim de tirarmos algum proveito deste debate; mas S.Excª, pelos modos por me ver assim minguado de afeites poéticos, acoima-me de absurdidade, e despreza-me!...Valha-me Deus! Se o sr. dr. Libório me não lançasse da sua presença com tamanho desamor, havia de perguntar-lhe por que foram Atenas e Roma bem morigeradas quando pobres, e corrompidas quando ricas e luxuosas. Havia de perguntar-lhe que artes e ciências progrediram entre os Sibaritas e Lídios, povos que a mais elevado grau de luxo subiram. Havia de perguntar-lhe por que foi que os Persas acaudilhados por Ciro, cortados de vida áspera e privada do necessário, subjugaram as nações opulentas. Havia de perguntar-lhe por que foram os Persas, logo que se deram às delícias do luxo, vencidos pelos Lacedemónios.
A suprema verdade, sr. Presidente, a verdade que os arrebiques da retórica não sofismam é que, à medida que os impérios antigos se locupletavam, o luxo ia de foz em fora, e os costumes a desbragarem-se gradualmente, e o pulso da independência a quebrantar-se, e os cimentos das nações a estremecerem. Depois, era o cair do Egipto, da Pérsia, da Grécia e Roma. »
- Camilo Castelo Branco, "A Queda dum Anjo"
«Um país, um povo que tiverem a coragem de ser pobres, são invencíveis».
- A.O. Salazar
«A verdade é que parece haver timidez ao falar no Ultramar nos planos económico e financeiro; se se compreende que assim seja, se atendermos à divisão de competências ministeriais, já esta timidez ou respeito não se justifica ao nível exigido pela coordenação das economias. Pior será que a omissão do Ultramar em aspectos fundamentais da política económica corresponda a uma opção, que nem o eleitorado tomou, nem o interesse nacional autoriza. Aqueles que têm uma visão rectangular do País e procuram os grandes espaços no mercado ibérico ou, mais ambiciosamente, numa Europa que ainda não está realizada, deviam recordar-se das palavras do Sr. presidente do Conselho no jornal Figaro, onde se afirma, de modo inequívoco, que a opção europeia não pode sobrepor-se à opção nacional.
(...)
Mas o principal problema é de natureza política, e é à luz dele que se devem estimar os resultados no plano económico. Até agora, no caso português, não dispomos de estudos, que eu conheça, sobre o problema, e para aqueles que, virando as costas ao mar, procuram uma integração peninsular ou continental, para esses só existem livros negros da nossa não participação no Mercado comum. Gostaria que os entusiasmos intervencionistas, as fúrias liberais ou os deslumbramentos europeus encontrassem base no estudo claro, ponderado, das nossas alternativas económicas e partissem dos factos essenciais da nossa escolha política.»
- Teixeira Pinto ( discurso na Assembleia Nacional, Primavera de 1970))
«A verdade é que parece haver timidez ao falar no Ultramar nos planos económico e financeiro; se se compreende que assim seja, se atendermos à divisão de competências ministeriais, já esta timidez ou respeito não se justifica ao nível exigido pela coordenação das economias. Pior será que a omissão do Ultramar em aspectos fundamentais da política económica corresponda a uma opção, que nem o eleitorado tomou, nem o interesse nacional autoriza. Aqueles que têm uma visão rectangular do País e procuram os grandes espaços no mercado ibérico ou, mais ambiciosamente, numa Europa que ainda não está realizada, deviam recordar-se das palavras do Sr. presidente do Conselho no jornal Figaro, onde se afirma, de modo inequívoco, que a opção europeia não pode sobrepor-se à opção nacional.
(...)
Mas o principal problema é de natureza política, e é à luz dele que se devem estimar os resultados no plano económico. Até agora, no caso português, não dispomos de estudos, que eu conheça, sobre o problema, e para aqueles que, virando as costas ao mar, procuram uma integração peninsular ou continental, para esses só existem livros negros da nossa não participação no Mercado comum. Gostaria que os entusiasmos intervencionistas, as fúrias liberais ou os deslumbramentos europeus encontrassem base no estudo claro, ponderado, das nossas alternativas económicas e partissem dos factos essenciais da nossa escolha política.»
- Teixeira Pinto ( discurso na Assembleia Nacional, Primavera de 1970))
> «Um país, um povo que tiverem a coragem de ser pobres, são invencíveis»
ResponderEliminarEra a receita dos espartanos, e rendeu-lhes 600 anos de hegemonia entre as cidades gregas. Sabiam, antes do camarada Mao, que o poder estava na ponta da arma.
A república romana também não se impressionava demasiado com as fortunas comerciais de equites e libertos, e lá tirou outros seis séculos de domínio dessa indiferença.
Mas de há uns séculos para cá, há quem teorize que o PNB per capita decide as guerras. Falta, claro, ter a vontade de o arregimentar. Deve ser por isso que somos tão incessantemente bombardeados com a ideia de que "dulce et decorum est pro libertas mori".
Olhe o que lhe digo. Você é um desperdício de talento num blogue. A não ser que seja muito doente ou muito novo, lance-se ao Mundo e mesmo que não lidere, apoie quem julgue que o pode fazer. Seria uma pena o Dragão ser apenas mais um Kashiputnikslov. Sabe quem foi? Ninguém sabe pq ele era muito sábio mas nunca teve a coragem de o mostrar e liderar.
ResponderEliminarTivesse eu o seu talento e... ;)
Neyhlupjosand@gmail.com
Foi para o Dragão mas olhe que o Euro2cent, um pouco menos niilista e era outro que tal :)
ResponderEliminarKashiputnikslov... ahaha
ResponderEliminarJosand, não chague o juízo ao homem... Olhe que escrever não é fácil... já nos aqui juntou e isso já não é mau de todo. Primeiro temos de saber que existimos.
Muja: Tem de se chagar até ele não aguentar mais e ganhar juízo. Neste caso ganhar juízo seria que em vez de apenas escrever, também tivesse acção e estratégia. Só análise e mais análise para quê? Para nos deliciarmos? Depois ficamos diabético e Kaput.
ResponderEliminarTem de ter consequências... O Muja nisto parece-me mais esclarecido e pragmático, de longe melhor argumentador que eu e portanto, mesmo sem nos conhecermos, devia convencer aqui o Dragão.
A não ser que ele seja ou muito novo( ainda tenha muita coisa a perder ao meter-se em politiquices) ou muito doente( impossibilitado de dar a sua energia regularmente)... Porque então é duma grande falta de sentido de dever não se chegar à frente quando as coisas estão más e se sente que se sabe mais do que os outros.
Pode apagar Dragão porque a casa é sua, mas aos anos que o leio tinha de lhe dizer isto.
Mesmo que o Dragão não faça mais nada do que continuar a escrever neste espaço e nunca desistir de o fazer, nem queira dedicar-se à política activa, já contribuiu com o seu grão d'areia para o engrandecimento de Portugal.
ResponderEliminarDe qualquer modo ele não está sózinho nestas suas lucubrações magníficas, tem sempre os seus leitores fiéis, que, pela atenção genuína que gratamente lhe dispensam, são quem, através do passa-a-palavra, o leva ao conhecimento de muito mais gente do que ele próprio imaginaria. Falo por mim e ele saberá o que quero dizer:)
Assim como assim ele já é conhecido em toda a Blogosfera e fora dela. Se ele nunca quiser dedicar o seu fabuloso talento aos artigos e crónicas de jornal, pode perfeitamente continuar com este seu brilhante "passsatempo" e eventualmente escrever mais uns livritos... Ambos os trabalhos compensá-lo-ão do esforço e estou certa de que lhe garantirão reconhecimento e prestígio para a vida.
Concordo com o que Josand e Euro2cent escreveram. A política é que era. Mas não com este regime/sistema, seria um desperdício incomensurável um português Maior como o Dragão queimar o seu nome e pessoa neste completo lodaçal. Ajudar a derrubá-lo, sim. Depois começar tudo de novo, com o contributo de um punhado de patriotas destemidos e valentes e outros tantos portugueses de Lei.
Maria
desmistificar as vacas sagradas q nos impingiram , tentar desligar as pessoas do matrix , ja eh um grande trabalho. o principal , ate , pq se a massa continuar a acreditar a pes juntos na realidade fabulada nao havera nada a fazer.
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminar««Um país, um povo que tiverem a coragem de ser pobres, são invencíveis».»
ResponderEliminarE por que não ricos em ouro mas com vida austera?
E sempre sabendo: quando os cofres estiverem cheios, eles vêm. Como o dragão da obra do Tolkien. Eles virão sempre, quando houve ouro. E pegarão nos descontentes, financiarão a revolução por dentro, divulgarão a sua versão ao mundo. Assim nos fizeram nos anos 60 e 70. Foi o que fizeram ao Irão de Pahlavi, à Síria, à Líbia, ao Iraque. Eles virão pelo ouro.
Vamos livrar-nos dos judeus.
ResponderEliminarDo povinho.
Criamos um Estado e emigram todos para lá.
Ficam lá concentradinhos. Depois matam-se todos uns aos outros, judeus e árabes.
Porquê o Cazaquistão? O que tem o Cazaquistão Dragão?
Mas sabe Dragão nem eu nem você poderemos fazer algo.
ResponderEliminarFaça por si e pelos seus.
Compre ouro. Poupe. Aliás, enriqueça, se souber como se faz.
Não venda as suas terras ou casa.
Não se endivide.
Coma saudável. Previna as doenças. Leia sobre saúde.
Esteja preparado para mudar o dinheiro de país, se o euro estoirar.
Ensine estas verdades aos seus. Você deve saber o segredo. Guarde-o e use-o.
Ninguém acredita em nós. Dirão que somos loucos. Fiquemos então calados.
Está tudo decidido e nada poderemos fazer.
Roma cairá. O Médio Oriente cairá. O Império Global do Admirável Mundo Novo virá.
Primeira Guerra: Sociedade das Nações.
Segunda Guerra: ONU e UE.
Terceira Guerra: The Hunger Games.
A parada já subiu.
ResponderEliminarComeçou nos gays.
Agora vai nos trans. O outro capa da Vanity Fair. A Conchita. Por acaso? Por acaso? Foi?
Sabe o que vem a seguir aos trans?
Não queira sequer imaginar. É muito sujo.
A parada já subiu.
ResponderEliminarComeçou nos gays.
Agora vai nos trans. O outro capa da Vanity Fair. A Conchita. Por acaso? Por acaso? Foi?
Sabe o que vem a seguir aos trans?
Não queira sequer imaginar. É muito sujo.
«Um país, um povo que tiverem a coragem de ser pobres, são invencíveis» - A.O. Salazar
ResponderEliminarÉ muito duro, mas é a vida real.
Foi isto que fez que Portugal tivesse a posse do maior Império nos últimos 500 anos.
Agora estamos sujeitos a merdosos traidores e ignorantes.
Traidor qualquer monhé é, por definição. Perguntem a quem viveu em Moçambique.
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Vamos com calma, ó caros leitores.
ResponderEliminarA palavra chave chama-se "equilíbrio". E traduz-se tanto em não subestimar as minhas faculdades como em não sobrestimar os meus super-poderes.
Na medida da disponibilidade de tempo, que actualmente não é muita (melhores dias virão), lá tentarei ir respondendo a tamanho bombardeamento de questões.