Segundo o mais recente cômputo, 1% da população mundial detém 50% da riqueza global. Ou seja, tanto quanto os restantes 99%.
Este singular fenómeno pode ser encarado de duas perspectivas substancialmente diversas:
Para a esmagadora maioria dos humanos, há excesso de riqueza nas mãos de muito poucos.
Para os muito poucos, ou minoria possidente, há excesso de população para os recursos disponíveis.
Ora, como na actualidade, o poder político, mais que nunca, tende a submeter-se ao poder económico, a perspectiva dos muito poucos tende a prevalecer, senão mesmo, de alguma forma, a ver-se implementada com carácter de necessidade absoluta.
Depois, como a dinâmica intrínseca da economia global promove a a reprodução do dinheiro pelo dinheiro (leia-se onanismo financeiro), a inclinação, cada vez mais vertiginosa, é que os 50% disponíveis para os 99% diminuam progressivamente. De tal modo que daqui por, digamos, 20 anos, apenas estará disponível 40 ou 35% da riqueza. Até porque o aumento natural da população aliar-se-á ao acumulamento progressivo da riqueza.
Resulta então, de tudo isto, uma dedução óbvia: o grande e maiúsculo problema para a ultra-minoria possidente é, por um lado, ampliar a sua sempre escassa riqueza; e, por outro, reduzir o excesso de população que compete pelo restante bolo, de modo a contrabalançar o tamanho cada vez mais diminuto deste e a contrariar a erupção das tensões inerentes daquela. Quer dizer, como irá haver cada vez menos riqueza para cada vez mais pessoas, torna-se imperioso, na parte que pode alterar-se, promover essa alteração, ou seja, fazer com que os cada vez mais devenham cada vez menos, para que assim, de alguma forma, possam ajustar-se ao cada vez menos a que podem aceder.
A lei geral que de tudo isto decorre, pode traduzir-se nos seguintes termos:
Para que o dinheiro se possa reproduzir cada vez mais é necessário que as pessoas se reproduzam cada vez menos.
Ferramentas evidentes para a realização e concretização desta lei, são já manifestas algumas, entre as quais:
- Mito do aquecimento global;
- Depressão colectiva artificialmente induzida (através de austerizações absurdas e meramente punitivas, por exemplo);
- Terrorismo global confeccionado;
- Desestruturação das sociedades tradicionais e normalização do caos;
- Desligamento ao passado e infernização do futuro, de modo a justificar e perenizar uma reclusão num presente absoluto;
- Instauração dum totalitarismo económico, império duma tirania financeira global, sob pretexto de combate a despotismos nacionais, ou autocracias regionais.
A troco de ornamentos, confisca-se a vida.
Praticamente tudo o que parece é, quer dizer, as mentiras, as ficções, os receios, mesmo injustificados, criam estados de espírito que são realidades políticas: sobre elas, com elas e contra elas se tem de governar.
ResponderEliminarAOS
A família é a mais pura fonte dos factores morais da produção.
ResponderEliminarAOS - Como se Levanta um Estado
Se o mundo não conhece um longo período de idealismo, de espiritualismo, de virtudes cívicas e morais, não me parece que seja possível ultrapassar as dificuldades do nosso tempo.
ResponderEliminarAOS - Como se Levanta um Estado
O mundo parece ter perdido o hábito de pensar e a culpa talvez caiba a uma acumulação de sofrimentos. Convém reeducar este mundo, aliás afogado em intelectualismo.
ResponderEliminarAOS
Já não há para onde fugir!
ResponderEliminarO moderno Estado totalitário, tal como um polvo, estende os seus tentáculos e alcança todas as realidades da sociedade, através de um sistema educativo obrigatório, do domínio dos meios de comunicação de massas, com a imposição de leis e, mais importante do que isso tudo, retirando aos povos a sua verdadeira liberdade política, social e económica, com o seu sistema financeiro capitalista que nos reduz a meros assalariados apavorados pelo medo de perdermos as últimas liberdades.
Qualquer processo "comunitarista" não pode terminar senão num processo de sectarização, num desvio muito perigoso e numa aceitação da destruição da verdadeira comunidade humana e da ordem natural. É uma renúncia à civilização. Além do mais, esta saída "comunitarista" aos estragos individualistas e à selvatização da nossa sociedade, não pode separar-se dos efeitos destrutivos do futuro colapso económico-social do mundo liberal que já se vislumbra por detrás do falso mito do "final da história"
O caminho é a contestação Cristã ao mundo moderno, a partir da doutrina social e política da Igreja como custódia do direito das pessoas. Temos de nos preparar para a luta doutrinal e política.
O Tradicionalismo deve constituir-se, como fez no passado, numa espécie de contra-Estado, ou sociedade paralela à liberal-capitalista, mas em confrontação aberta, aspirando a substituí-la.
É hora de todos os católicos viverem, pensarem e actuarem como tal, rompendo com o paradigma do neo-liberalismo, onde estamos afundados numa espécie de cativeiro.
GK
PELA DEMOCRACIA MUNICIPALISTA E FORAL - PELA MONARQUÍA POPULAR!
ResponderEliminarO liberalismo e a esquerda consideraram sempre o campesinato e a vida rural como realidades contra-revolucionárias e, como tal, favoreceram e impuseram a concentração urbana, cujo objectivo era o desenraizamento, a massificação, a perda das tradições e da vida comunal para criar um "novo homem" da modernidade cosmopolita.
A vida natural, tranquila e equilibrada do campo tinha de ser destruída.
A obsessão dos revolucionários passou sempre por retirar os homens do seu ambiente natural, destruir a sua liberdade, retirar-lhe a propriedade e concentrá-lo em grandes urbes anónimas
O grande inimigo e as grandes resistências ao liberalismo e ao capitalismo apareceram sempre entre o campesinato e as comunidades tradicionais enraízadas na terra, na propriedade, nas suas liberdades e tradições.
Por tal razão os revolucionários não tiveram escrúpulos e recorreram ao genocídio - La Vendée e os Cristeros - para imporem os seus planos "iluministas".
GK
O Integralismo Brasileiro e Lusitano, o Tradicionalismo Hispânico e Lusitano, e a Monarquia Tradicional, são de uma realidade muito superior a quaisquer teorias, sistemas ou doutrina política moderna, as quais foram engendradas pelos primórdios da filosofia iluminista. Apesar de parecerem às enciclopédias gerais simplesmente ''alternativas políticas'' para às épocas, essas teorias políticas demonstram em sua integralidade que são comprometidas com o Eterno - e não apenas com o porvir, são inclinadas à Verdade - e não a experimentação, e afinal contém o espírito de povos que chegaram à uma grandiosidade sobremaneira que, os seus inimigos tiveram que apelar para artimanhas e façanhas das mais sanguinárias para derrubar-lhes dos seus postos no Mundo Ocidental.
ResponderEliminarSó a restauração social dos órgãos naturais - Família, Município e Corporação - com poder e liberdade pode ser um entrave à consolidação efectiva do totalitarismo tecnocrático e da sociedade de massas.
ResponderEliminarNa realidade, o Municipalismo e o Foralismo, chaves do Tradicionalismo, são a base e a possibilidade de haver uma sociedade livre, pois contrariam o estado moderno e o centralismo em que nos encontramos imersos.
Há que redescobrir, na sua total radicalidade, o princípio da subsidiariedade, um dos pilares da Doutrina Social da Igreja, hoje tão desvalorizado e desconhecido, intimamente ligado ao Municipalismo e ao Foralismo, como tal ao Tradicionalismo. É a lógica social e política contrária ao liberalismo e ao socialismo, sendo estes a sua antítese total.
É o único caminho para as liberdades reais e concretas.
O Estado totalitário, centralizador e burocrático ao serviço da alta finança e do economicismo materialista burguês, é o poder que impede a restauração da Monarquia Social que contempla a sociedade a partir de uma federação de organismos naturais, vivos e livres.
GK
As bases da organização política.
ResponderEliminarO Município e a Família provêm de uma só realidade humana: a condição iniludível do homem ser um ser concreto, de viver a sua existência dentro de um quadro de valores construídos ao longo dos tempos e que assimilou pelos simples facto de ter nascido no meio deles..
O sangue, o solo, a família e o município, quer gostemos quer não, fazem-nos ser o que somos. A força dos factores sociológicos é mais eficaz do que o oportunismo das decisões arbitrárias. Jamais o homem foi um algo abstracto como procuraram fazer crer as repetidas Declarações dos Direitos Humanos que apareceram no pós-revolução.
A ordem harmónica das sociedades consiste em que a sociedade total, regida pelo poder supremo do Estado, é composta por muitas sociedades políticas menores e que a sociedade geral não é uma congregação de indivíduos, mas um ajuntamento de famílias.
Daí a primazia destas entidades menores sobre o Estado, encarnação e sujeito do poder político supremo que não é mais do que o coordenador do funcionamento total do organismo comunitário fundindo as vontades essenciais e harmonizando os diversos sectores do conjunto colectivo com os quais nos identificamos, pelo simples facto de termos nascido.
As pretensões modernas de lhes pôr fim são o reflexo da vontade de destruição que anima as revoluções. Mas a Família e o Município são mais fortes do que todas as revoluções, pois sem eles o homem nunca seria aquilo que é.
Um dia, não muito distante, os furacões da Grande Revolução que hoje desmantelam a humanidade e as noites do actual vandalismo passarão para voltarmos a contemplá-los de pé, aprumados e seguros, como guardiões firmes da História viva que é a Tradição perene, exemplos vivos da forma como os povos vivem a sua vida, indiferentes aos caprichos revolucionários que sacodem os meandros do poder político.
A Família Cristã e o Município romano continuarão a existir enquanto caem a cada geração monarquias, repúblicas, impérios e senhorios porque a sua supremacia está na sua radical e única autenticidade.
"Poder e liberdade. Uma visão do tradicionalismo hispânico", F. Elías de Tejada.
Distributismo - A 3ª via.
ResponderEliminarChesterton e Belloc defendiam a distribuição equitativa da propriedade, para além da restauração do controle do trabalhador sobre as suas actividades comerciais, agrárias e industriais. Denunciaram os horrores da sociedade industrial massificante, ao mesmo tempo que avisavam sobre o crescente poderio de controlo da sociedade cívil por parte do Estado.
Para os distributistas, no sistema socialista os meios de produção são absorvidos pelo Estado, enquanto no capitalismo os meios de produção estão nas mãos de uma minoria da população, vivendo a restante a expensas de uma pequena proporção de ricos. O socialismo e o capitalismo são igualmente injustos, pois não permitem às pessoas desenvolver-se por si próprias.
A teoria distributista incorporou sugestões da Encíclica "Rerum Novarum", do movimento de crédito social, dos neo-corporativistas e do movimento agrário. Os distributistas diziam que se podia restaurar a sociedade orgânica à escala humana, através de pequenas unidades de produção e consumo, segundo estamentos socio-económicos naturais, do tipo das "guildas" (associações de pessoas com interesses comuns) medievais. O ideal seria conseguir uma economia equilibrada, com agricultores independentes, pequenas empresas em autogestão e uma sociedade descentralizada, com um povo solidário e famílias autosuficientes.
Está chegado o tempo de pôr em prática estas propostas, pegar na doutrina social da Igreja e dos clássicos tradicionalistas para se conseguir uma alternativa global ao neo-liberalismo que mergulhou o Mundo numa crise sistémica, cujo rumo vai acabar num verdadeiro colapso.
GK
Marx previu quase a mesma coisa que o Dragão agora constata. Que o capitalismo originaria uma concentração de riqueza...
ResponderEliminar-
E, se o Dragão constata, então poderíamos dizer que Marx tinha razão?
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Nada disso.
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Vejamos:
1º Não sei se a concentração de riqueza é maior agora do que era noutras épocas. Parece-me que não. Cheira-me que não. Não tenho dados, ninguém os deve ter. Mas a fidalguia sempre existiu em reduzido numero em relação ao povo.
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2º Assim, se sempre foi concentrada a riqueza num punhado de gentes, o que devemos procurar perceber é outra coisa. Como evoluiu a riqueza dos outros 99%. Será que estão melhor hoje do que estavam ontem?
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3º Porque é que o Dragão intuirá que os mais ricos querem na prática eliminar os menos ricos para lhes poder ir à quota de riqueza que falta conquistar?
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Parece-me uma intuição ilógica, compreensivel dentro de um espírito, digamos, conspirativo.
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Eu acho o contrário. Que os mais ricos querem cada vez mais gente. Se tiverem menos gente (consumidores) a riqueza cai-lhes. Os ricos não querem quotas. Querem dinheiro.
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E depois, bem, e depois não estou propriamente a ver os ricos a falarem uns com os outros sobre métodos de eliminar a sua própria clientela. Não sei, o Soares Santos a falar com o Bill e o Bill a falar com o Mexicano das telecomunicações e este a falar com os Rothchisld acerca de um assunto que os prejudica?
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Não creio. É mais provavel que intentem intrometer-se na legislação de ALGUNS países para baixar os custos do trabalho. Selectivamente. Colonizam alguns países para produzir barato. E depois têm os outros onde se pretende vender o que ali se produz. De um lado e do outro quer-se muita gente. De um lado gente barata e do outro gente com bom poder de compra.
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Quando o preço do trabalho daqueles países começa a ser carote (como agora na china), muda-se a produção para outro na calha e vende-se para aquela. Its a never ending business.
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Rb
É precisamente pelo motivo contrário.
ResponderEliminarRiqueza atrai riqueza. A dita emergência do terceiro mundo fez isso- muito mais gente com bens que nunca tinha tido.
Muito necessidade de crédito- abertas as portas para a ganância dos onzeneiros globais.
Nada de novo.
As pessoas não procriam devido ao feminismo e à destruição da família.
ResponderEliminarOs animais domésticos estão em alta e os passeios que o digam.
Errata- muito maior necessidade de crédito, etc...
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