domingo, fevereiro 22, 2015

A Indireita





A "Direita betinha":
«Hoje, a direita atem-se a meia dúzia de pulgas mentais engendradas pelo scholarship americano, é cosmopolita, anti-Estado, oligárquica, odeia o povo (sobretudo os pobres), é protestante e nada sabe de Portugal. 

Antigamente, e porque era nacionalista - isto é, considerava a Nação o mínimo ético justificador da existência de uma sociedade feita Estado - tinha bem implantada uma ideia de missão no universal. 

Hoje, a direita é internacionalista, servidora do império e abraça a utopia de um mundo uniforme submetido ao mercado e ao modelo dito ocidental. 

Ou seja, no interim de uma geração, a direita passou a adorar tudo o que lastimávamos nos comunistas e nos amanhãs ridentes; pior, passou a procuradora de interesses que são inimigos da sobrevivência da nação portuguesa.»
        - Miguel Castelo Branco

Embora há muito, senão desde sempre, tenha prescindido desta categorização esquerdo/direito op dois, muito propícia à "ordem unida" das ideias, subcrevo no essencial o texto do Miguel , e apenas alteraria o título que, presumo, não é dele...  Porque, em bom rigor, bem mais que betinha, é "analfa-betinha", esta Indireita . A cultura que alardeia, com o foguetório próprio do rural deslumbrado, nunca é algo com mais profundidade que um spray  para dar consistência ao penteado do aleive (que neles passa por ideia). Isto, quando não funciona mesmo, e sobretudo, como uma espécie de desodorizante ideológico. Porque, na essência, não são de direita, dado que são progressistas - os verdadeiros, aliás  (e por perpétua contraposição aos falsos, os da esquerda ultrapassada e démodé) -, pelo que convém mascarar a grossura do fedor animal com as subtilezas do aroma sofisticado. Todavia, se lhe mascara os sovacos, já o mesmo não pode ser dito da caverna bocal, onde aquilo que se vê inibido nas axilas, jorra quintuplicado e nauseabundo em descargas de mau hálito (indício revelador das imundícies onde, por hábito e parque, se refastela).  Tão pouco nos encontramos, doravante, ao nível da mera ideologia: em rigor, trata-se simplesmente de poluição atmosférica hard, embrulhada em vapores de superstição pré-histórica. E anti-civilizacional.
Esta direita de contrafacção, mixórdia tóxica vendida a granel, é uma mistela extraída por síntese cumulativa de todas as aberrações da esquerda com nenhuma das virtudes da direita. E só podia ter sido destilada pelas caves marteleiras e respectivos alambiques grunhos do Além-Atlântico. Contrapõe-se, alarve e parlapatona, a todas as culturas em nome duma suinicultura global.


PS: Aqui há tempos diz-me um destes pato-bravos financeiros, com a arrogância balofa dos cadáveres adiados que investem (a propósito duma referência minha, desfrutadora, a Platão): "Dispenso filosofias!"
-"Sem dúvida. Enuncia com total propriedade: Vossência  Dis-pensa! É evidente que quem estafa a mente a  "Dis-pensar", não possui nem tempo nem disposição para o seu contrário."
Ora, esta Indireita ( Torta de vacuidade malévola,  seria igualmente apropriado) também é perita em dispensar, não apenas a filosofia, mas a inteligência e a justiça em geral.

6 comentários:

  1. Porque não é Direita. Não há.

    Há indireita neotonta e o resto é social-democrata (o que quer que isso seja mas que é igual ao socialismo na gaveta)

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  2. Indireita neotonta que tem todos os toques internacionalistas dos estrangeirados

    (Da Amazon)

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  3. ahahahahahahaha

    A porca de baton

    ":O)))))))

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  4. Baton e botox, ora essa.

    :O)))

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  5. "Putting lipstick on a pig" é meme-o-bife, mas tem graça.

    Deviam ter menos graça, esses cornos. A ver se o pessoal notava mais o veneno.

    ;-)


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