Há dois prémios de elementar justiça que compete tributar: um a Darwin, pelo conceito de evolução como não sendo necessáriamente um progresso; outro à academia e sobretudo, ao ensino universitário português por essa nova, robusta e pródiga eclosão na cadeia evolutiva para-hominóide: o asno sapiens.
«a Darwin, pelo conceito de evolução como não sendo necessariamente um progresso»
ResponderEliminarA evolução é sempre uma melhor adaptação do vivo ao meio ambiente. Donde, a evolução é sempre um progresso.
Diogo,
ResponderEliminarsó posso recomendar que leia "A origem das espécies".
Convém analisar bem "aptidão" e "adaptação"...
Em todo o caso, eu já tive ocasião de explicar bastamente onde conduz (e conduziu) esse conceito do "mais apto". Por exemplo, numa sociedade financeirizada o "mais apto" é o banqueiro. Como a evolução é sempre um progresso, eles são o resultado último desse progresso e têm pleno direito para se desembaraçarem dos menos aptos (entre os quais, julgo, vossência se circunscreve). Queixa-se então de quê?
Devemos é desobstruir-lhes o caminho, não acha? A bem da evolução e do progresso, passe o pleonasmo.
A minha colherada…
ResponderEliminarDo ponto de vista puramente “natural” parece pacifico que a evolução é sempre um progresso, num determinado ambiente tanto predadores como presas desenvolvem meios e estratégias de sobrevivência e mais importante de continuidade da espécie, neste sentido a evolução é sempre um progresso, parece-me!
Do ponto de vista do animal humano é que a coisa já não é bem assim, por causa precisamente da… evolução… da consciência, no meio ambiente humano, no “meio ambiente da consciência” desenvolveram-se estratégias alargadas de sobrevivência que conduziram a conceitos como comunidade ou solidariedade e aqui sim a aptidão do financeiro não revela obrigatoriamente a evolução da espécie ou da sociedade e muito menos progresso.
Só assim é entendível a máxima “ Não é medida de sanidade mental o facto de se estar bem adaptado a uma sociedade profundamente desequilibrada.”
Um abraço livre