A propósito deste infeliz depoimento:
Entre os Quiocos, povo particularmente feio da Lunda-Norte (nordeste de Angola), a menina, quando atinge a idade provecta de 9 anos é considerada apta para a sexualidade plena. Dessa forma, a extremosa mãe entrega-a ao irmão (e tio materno da criancinha) para que este a desflore. Cumpre-se assim a tradição lá do sítio.Por seu lado, os rapazes, entre os 12/13 anos, vêem-se submetidos a riruais de iniciação (a mukanda), durante os quais são, entre outros afagos rituais, circuncisados. Povo evoluído, o dos Quiocos.
Embora não tão evoluídos, mas quase tão pressurosos quanto eles, os Judeus também se lançam à maioridade com apenas 12 aninhos elas e 13 tenras primaveras eles. Já nós, portugueses, e europeus em geral, gente mais demorada, só pelos 18 anos atingimos esse trampolim jurídico. Embora, cada vez mais, a tendência moderna seja de baixar para os 16 (especialmente por imperativo eleitoral).
Ora bem, a verdade é que a minha cultura me cria alguns embaraços no que concerne ao acompanhamento da sofisticação das culturas alheias. Por exemplo, quando as tribos canibais da Nova-guiné ou os redutores de cabeças do Bornéu se esmeram em certas culinárias rituais, eu não consigo deixar de experimentar uma repugnância profunda. Vão desculpar-me, os meus tolerantes leitores, mas acho aquilo asqueroso e merecedor de séria reprovação. Quer dizer, no mínimo, não me partece adequado, só para demonstrar a minha modernidade e espírito ecuménico, desatar a macaqueá-los alegremente, ou a tecer-lhe apologias e panegíricos. Da mesma forma, quando os Quiocos, ou os Judeus, se entregam à legitimação do abuso, assédio ou matrimónio de criancinhas, para mim, aquilo é pedofilia pura - cultivada, forçada e empedernida. Não me passa, nem nunca me passou pela cabeça, desatar a escarafunchar meninas de 12 anos, quiocas ou judias que sejam, só porque uma qualquer cultura exótica o abençoa, propicia e descriminaliza. O aborto, por exemplo, na minha própria cultura já está descriminalizado e eu continuo a achar que não é empreendimento aceitável ou digno de elogio. Claro está, eu sei que o erro é meu. E é sobretudo a minha perspectiva cultural, o meu atavismo cívico, que me faz cair nele. Para mim eles serão pedófilos; para eles, pelo contrário, são apenas precoces. Precoces, despachados, avançageiros!... Até porque num mundo onde impera cada vez mais a prostituição sagrada (física, mental e moral), nada como começar a treinar o mais cedo possível! Começo até a suspeitar do real segredo para a crescente supremacia judaica desde a Idade Moderna, sobretudo nos meandros cada vez mais decadentes e corruptos da economia-política ocidental: eventualmente, não foi uma questão de génio - foi de calo.
Há ainda outra história que se conta em África. Tem a ver com a caça ao hipopótamo. Se queremos apanhar um, temos que, à noitinha, de preferência bem escura, atrai-lo fora de água. Para o efeito, acende-se uma fogueira na margem. O hipopótamo, que, pelos vistos, se considera uma espécie de bombeiro de serviço às selvas e savanas, não resiste às chamas: corre imediatamente a extingui-las com grandes bochechos líquidos.
O Ricciardi faz-me lembrar os hipopótamos: diz-se judeus (ou coisa que o valha - Stein, que seja) e ele corre a largar bochechos sobre o lume. Mesmo que não exista lume nenhum. Porque é um hipopótamo sofisticado (deve ser da tal hemo-percentagem, ínfima que seja funciona como catalisador): em não havendo fogo, ele imagina-o. O pequeno senão é que, geralmente, ao risco de ridículo acrescenta o de afogamento.
PS: esta ideia muito democrática de que os povos são todos a mesma coisa, muito iguais, especialmente no que toca a distribuição dos males (porque já quanto à distribuição dos bens e riquezas é uma aristocracite pegada), tem imensas pernas para andar, porque, na verdade, move-se como as centopeias e os miriápodes em geral.
PSS: E respondendo agora directamente à alegação: Pois, ó caro RB, a pedofilia não é exclusivo particular de nenhum povo, mas, em contrapartida, é costume arreigado de alguns.
":O))))))
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ResponderEliminarDragon, se não lhe conhecesse as intenções achava normal. Um homem é o que é, o que diz e o que disse.
ResponderEliminar.
Da mesma forma que já esperamos que o hipopotamo se chegue ao lume, eu adivinho logo, qual zandinga, que os indigenas o façam de noite. O motivo é simples, adivinho-lhes as intenções consbstanciadas na prática recorrente.
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Já agora, caro dragão, o que é que a pila tem a ver com o preservativo, o pau com a bordoada?
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Se as princesas dos reinos eram dadas em casamento quando nasciam, os ciganos, os das Lundas, os judeus de antigamente, etc.
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Há culturas especificas aonde proliferam práticas hediondas. Principalmente com as raparigas. Umas justificam-se, outras já não. Umas percebo-as, outras não.
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Percebo o conceito que se tem em Angola acerca das «Catorzinhas», por exemplo. A Catorzinha é denominação que simboliza que a rapariga está em idade fértil. Um país que tem uma esperança média de vida na casa dos 40 anos é obrigado a viver mais cedo todas as etapas da vida que nós, europeus, e com esperança de vida de 80 anos, temos. Vem de trás este conceito, tribal talvez, cultural, que só o tempo é capaz de modificar.
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Rb
"Judeus de antigamente"? Qual antigamente, qual carapuça: de hoje!
ResponderEliminarE as catorzinhas ainda não baixaram para dozinhas? Há mais de dez anos atrás já eram catorzinhas.
Poupe-me aos idílios. Eu conheço bem isso.Esses gajos vão em cima das miudinhas pela razão muito simples de que não estão ainda tão relaxadas. São mais apertadinhas, dizem eles. E o risco de apanhar escarépio ou sida é menor( porque os gajos camisinha nem vê-la). Para mim é pedofilia, pura e simples. Gorilice pegada. E utilitarista. Mas lá está, falta-me a tolerância, a sensibilidade ao exotismo. Sou pouco adesivo, em suma.
E, digo-lhe mais, é pedofilia, visto daqui à distancia, como era pedofilia quando vivia aí em Luanda (e lhes dizia isso literalmente nas ventas). Ao contrário da grande maioria dos portugueses, que, para onde quer que vão, aderem rapidamente aos costumes indígenas. Aliás, essa é uma característica típica destes labregos: cafrealizam-se mais lestamente do que civilizam.
O resultado não é difícil de adivinhar: indígenas postiços, ao primeiro solavanco, saem escorraçados.
«Eu conheço bem isso» dragao
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Claro que conhece. Eu tambem conheço. Visto à nossa luz é repugnante. Visto à luz deles é mais natural. Quer dizer, já não é assim; as coisas vão mudando com o tempo.
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Olhe, quando os portugueses por aqui andavam as empregadas domésticas eram Catorzinhas. Às vezes Dezinhas. A obrigação de um bom chefe de familia africano era colocar as suas filhas em casa de branco. Em portugal também já foi assim. Eu lembro-me perfeitamente.
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Não se pode dizer que isto é certo ou errado. É o que é. Foi o que foi. As coisas tem o seu enquadramento próprio e só podem ser julgadas com relatividade histórica e cultural.
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É-me repugnante as práticas islamicas ou de outras culturas em casar meninas e meninos com 5 anos de idade. É-me repugnante que as obriguem a uma vida de clausura e mais as burcas.É-me repugnante as mutilações genitais culturais.
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O Dragão enviesa a questão e refere-se a práticas criminosas - as fechadinhas, sem sida etc - eu refiro-me a questões culturais.
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E, pese embora todas elas (culturais e criminosas) me repugnarem, não coloco as primeiras no mesmo grau que as segundas, porquanto umas tem um enquadramento (talvez não pudesse ter sido de outra forma) e as segundas são de origem fortuita, criminosa, velhaca.
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Sabe, converso amiúde acerca destes assuntos aqui com os angolanos. Tenho curiosidade em saber coisas. As Catorzinhas, por exemplo, é visivel, têm corpo muito mais desenvolvido que as nossas em idade equivalente.
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Desenvolvem-se mais rápido. Talvez seja uma resposta da natureza que se reflecte na cultura aos bébes que morrem prematuramente. Metade das crianças até aos 5 anos morrem. Por doença. As mulheres têm muitos mais filhos que as nossas porcausa disso. É natural que começem muito mais cedo a tê-los. Uma mulher em africa com 30 anos de idade é velha para ter filhos.
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Por acaso tenho bastantes reportagens e fotografias acerca de catorzinhas grávidas.
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É uma forma de sairem da casa dos pais e deixarem de ser um peso para a familia. Iniciam-se cedo. Pede-se-lhes isso. Muito cedo para os nossos padrões, mas eu pergunto-lhe caro Dragão, sem qualquer demagogia, poderia ser de outra forma?
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Rb
Porque é que acha que o actual Papa arrepiou caminho a seguir às infelizes declarações acerca do preservativo em Africa?
ResponderEliminar.
Ele deu-se conta que falar para o ocidente e falar para os africanos são coisas distintas.
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Um rapaz com 25 anos africano e que tem uma relação sexual com uma Catorzinha não tem a mesma gravidade que no ocidente. Uma coisa só é má quando lhe atribuimos maldade. Nem são coisas equivalentes. Por aqui as catorzinhas sentem-se mais mulheres, dizem as raparigas aqui do escritório, se o primeiro homem for mais velho. E o homem mais velho quer uma mulher mais nova e fértil por mais tempo. Que quer que lhe diga? que estão errados?
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Não posso. Compreendo-os, apenas.
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Isto nada tem a ver com práticas contra a vontade e usurpação da inocência, obviamente. Aí estamos todos de acordo. Mas isso nem merece qualquer discussão.
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Rb
Ricciardi,
ResponderEliminarEssa trêta das catorzinhas era impensável, aí em Luanda, nos anos oitenta. Já nem vou ao tempo colonial. O que aconteceu aí em Angola não tem nada que ver com "cultura". É precisamente o oposto: é a aculturação, a corrupção generalizada, o excesso de dinheiro nuns e a escassez mais degradante da maioria. A partir de Bicesse (e eu assisti de camarote) foi a degradação mais completa. Os tipos passaram da antiguidade à contemporaneidade em meia dúzia de anos e saltaram do afro-socialismo para o cafro-capitalismo numa noite. Não há milagres. Foi criminoso em elevadíssimo grau. Foi e continua a ser.
Por outro lado, você não pode falar em africanos, ou sequer em angolanos: cada tribo é um caso. Mesmo em Luanda,onde tudo se amalgama e confunde, os kimbundos distinguem-se dos ovimbundos, dos congoleses ou dos kenguelas. A começar pelo próprio dialecto que usam entre eles.
E vá a Moçambique ou à Guiné e é a mesmíssima coisa.
Ah, e a maior clientela das catorzinhas não são rapazes de 25 anos: são homens casados. Começaram por ser os generais e os amigalhaços. A elite, em suma. Depois, lá como cá, a merda escorreu em cascata. Sucial.
Relativista me confesso, mas tenho para mim que o mal que as coisas são se mede pelo mal que as coisas fazem. E o mal que as coisas fazem - o sofrimento e as sequelas que provocam - depende muito da sua aceitação social. Para a menina da Lunda-Norte desflorada pelo tio, este acontecimento pode muito bem ser uma transição ansiosamente esperada, em que um pouco de sofrimento físico é amplamente compensado pela oportunidade de se gabar e mostrar adulta perante as meninas de oito anos que ainda lá não chegaram. A mesma acção objectiva, na Europa, seria ocasião dum sofrimento intenso, de vergonha insuportável e de sequelas psicológicas para toda a vida.
ResponderEliminarE o nosso hábito de aprisionar crianças de seis anos manhãs inteiras, quando não dias inteiros, em salas de aula, impossibilitadas de brincar, com tudo o que dizem e fazem sujeito a regras e controlo? Aceitamos isto, achamos isto natural, porque estamos habituados e habituámos as crianças. Sem esta habituação, seria pura tortura, pura barbárie. Visto da Lunda-Norte, não seria talvez pedofilia: seria pedofobia, o que é pior.
Cá pra mim é mais básico.
ResponderEliminarMede-se pelo intuito com que fazem.
E isto de serem selvagens para umas coisas e modernos e ocidentais para outras, também é à escolha do freguês.
Eu acho que as pessoas defendem porque continuam a achar que é selvagem e coitadinho. São lá os hábitos de gente igual a nós, mas um niquinho diferentes por serem menos "evoluídas".
Se o tipo casado vais às catorzinhas, é para quê?
Há algum ritual de iniciação que explique, ou é vício igual a todo o que o pratica e apenas muda a lata.
Seja lá como for, é coisa que também não me provoca qualquer "flash mob".
ResponderEliminarIsto e ciganada e coisas no cu de judas, é lá com eles.
Ora, permitam-me uma achazinha para a fogueira:
ResponderEliminarOpen letter: we are all Greek Jews
Rb, especialmente para si.
Leia, pondere e reflicta.
Note, curiosamente, que nem poupam o Wilders. Embora em menor escala, também leva. Muito embora, ainda, seja completamente financiado por eles. Faz lembrar outros Goldmans, Sachs, etc que vendiam dívida e a a seguir iam apostar contra ela com os default swaps.
Isto reflecte bem a consideração que esta gente tem pelos outros.
Para terminar, e só para encalacrar, que tal reformular este parágrafo da cartinha assim:
We refuse to accept that in our country Israel, Palestinians, Christians, Muslims, immigrants and asylum seekers from the Sudan, Ethiopia, Eritrea and other black African countries might fear for their lives because of who they are. We invite all citizens, political parties, unions, civil society, intellectuals and artists to fight the extreme right by promoting and bringing to life the Israeli dream. We must always remember that this dream was built on the ruins of Nazism. We must not forget about the Nakba. Our dream is a country free from racism and anti-gentilism. It is a project of a society based on “togetherness” – beyond boundaries
Será que assinavam?
Fortress Europe não, mas Fortress Israel sim, com direito a muralhas e Iron Dome.
Que é como quem diz: multiculturalismo é bom, mas é para os outros.
Muja,
ResponderEliminar.
Vê a coisa pelo angulo errado. Israel é um país multiculturalissimo. Mais não podia ser. Cerca de 23% da população é arabe. Espante-se, pode ter a religião que quiser tambem. Vá ao mapa-mundi e om o dedo vá apontando todos os paises à volta de Israel e diga-me um aonde seria possivel ter uma população israelita daquela ordem de grandeza. Mais, diga-me um aonde os judeus não tenham sido expulsos. Mais, diag-me um aonde possa ter liberdade religiosa.
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O que mais chateia os anti-israel é exactamente isto. Os factos. O facto de ser uma democracia aonde parte dos deputados são arabes. Uma democracia com justiça, aonde se empreende, aonde se inova, aonde se produz, mesmo tendo vizinhos a rosnar.
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E como rosnam amiúde, não se espante com medidas defensivas por parte de israel em alguns assuntos. Nomeadamente os muros de betão, já que o Iron Dome é um sistema de defesa balistico.
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Eu não me espanto com o muro, embora lamente e não goste. Mas não sei se podia ser de outra forma em face da realidade.
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Olhe, eu tinha um vizinho na minha quinta que sistematicamente me deitava o lixo dele para lá. Pedi-lhe vezes sem conta a ver deixava de colocar lá o lixo. Nada. Só resultou quando lhe espetei um muro com dois metros de altura. Remédio santo.
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Rb
Agora imagina que o vizinho é que te tinha feito isso no teu próprio quintal que ele decidiu ocupar...
ResponderEliminarEra uma chatice. Lá havia evacuação de morgadinho da cubata para a lixeira
ResponderEliminar":OP
E aí o que é que fazias?
ResponderEliminarPropunhas um teste de antiguidade por ADN ou baixavam as calças para ver qual era o eleito com direito à cubata?
Israel reivindica o direito a existir como Estado Judaico. Imaginemos um país que reivindicasse o direito a existir como Estado Católico. Ou como Estado Evangélico. Ou não imaginemos: pensemos nos países que reivindicam o direito a existir como Estados Islâmicos. Porque diabo é que uma teocracia há-de ser boa e as outras todas más?
ResponderEliminarJosé Luiz,
ResponderEliminarpara os sionistas o conceito de "judaico" não é essencialmente religioso. Não digo o que é, senão o Ricciardi ofende-se.
Mas voltando lá atrás, ao seu relativismo...
Uma pequena questão: para si só existe delito contra a pessoa se houver delito contra a sociedade?
Sarmento,
ResponderEliminarJudaico não é apenas religião. Islamico não é apenas religião. Por isso é que quase todos os paises arabes são estados islamicos.
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Zazie, se o meu vizinho me mostrar a escritura de que a minha quinta é, afinal, dele, eu saio. ehehe. Até lá, a quinta é minha, porque eram dos meus pais, dos meus avós, dos meus trisavós, enfim, sempre foi da familia.
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Rb
«Judaico não é apenas religiã0»
ResponderEliminarEntão é o quê?
Mas ainda que fosse uma teocracia, que não é de facto, o que é que alguém tem a ver com isso?
ResponderEliminar.
As pessoas que lá vivem é que sabem se o querem. Apesar de que as Republicas não permitirem que o povo escolha regimes concorrentes.
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Rb
«O povo judeu não pode atualmente ser reduzido a sendo somente religião, raça ou cultura, porque ultrapassa seus limites conceituais aceites. Reduzi-lo a qualquer um desses pontos seria mero reducionismo, pois ele é na verdade uma miscelânea das três»
ResponderEliminar.
Rb
É Génesis
ResponderEliminar":O))))
Conta lá se não é no Testamento que está a escritura da tua cubata.
":OP
«a sendo somente religião, raça ou cultura»
ResponderEliminarQual raça?
Eheh.
ResponderEliminarRb,
Seja lá qual for a definição de judeus, Israel é o país deles. É o que é, e pronto.
Agora, porque é que os tipos que condenam certas atitudes e políticas no resto do Mundo, as aprovam em Israel?
Porque é que na Europa temos de ser todos greek jews, e em Israel não podem ser todos árabes israelitas?
Porque é que não escrevem cartas destas no país deles?
Então Israel tem direito a ser um estado judaico e os outros estados não têm direito a ser o que quiserem? E não venha cá com histórias de que Israel é uma maravilha para os árabes israelitas. Os judeus são muitíssimo privilegiados!
Olhe aqui:
http://articles.latimes.com/2012/may/27/world/la-fg-israel-africa-refugees-20120527
Substitua aí Israel, por França ou Italia, e os nomes dos envolvidos respectivamente, e diga lá se isto não era aí uma inquietação? E estes mesmos tipos eram os primeiros logo a indignar-se e a apelar às memórias e o resto da cantiga toda. Israel, não piam. Como é?
Até mais a propósito, substitua lá na notícia, Israel por Grécia, e o Bibi pelo tipo da Aurora Dourada e o que é que tem? Tem uma carta aberta. Onde é que está a carta a Israel?
ResponderEliminarO povo judeu não pode atualmente ser reduzido a sendo somente religião, raça ou cultura
ResponderEliminarPois... Que conveniente Sabe porquê? Porque se o povo judeu pudesse ser reduzido a raça, então Israel era um país racista por auto-definição. Se pudesse ser reduzido a religião, Israel seria uma teocracia. Se fosse reduzido a cultura, Israel não seria multi-cultural.
«Conta lá se não é no Testamento que está a escritura da tua cubata.» zazie
ResponderEliminar.
No Testamento Hereditário.
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A escritura de Portugal, essa, foi passada pelo Vaticano.
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«Qual raça?» Dragão
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Agora tramou-me. Não se pode dizer raça, mas sim etnia.
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Rb
Mujahedin,
ResponderEliminarPara quem usa o nome «guerreiro santo» vejo-o demasiado preocupado com teocracias. Preocupe-se com as que existem se quiser, todas elas, por acaso, em paises arabes.
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A mim não preocupam nada, desde que não seja no meu país.
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Quanto a Israel ser um país racista, meu caro, o melhor é mesmo visitar Israel. Vá lá porra e diga-me aonde é que existe racismo de estado. Vc confunde politicas de imigração com racismo. Não é justo.
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Multiculturalismo decorre apenas do facto de Israel ser um país de gentes de várias nacionalidades, arabes, gringos, russos, alemães, holandeses etc, enfim, os expulsos, os fugidos, e os voluntários que, todos juntos, colocaram Israel com a dinamica actual que tem.
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Dizem que está escrito no Livro que assim havia de acontecer. Uns acreditam muito nisso, outros nem pensam no assunto. Este ultimos são a grande maioria dos Israelitas que, como sabe, e para v.exa. não falar do que não sabe, são basicamente pessoas que não ligam nenhum à religião.
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Ya ali madat.
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Rb
«Não se pode dizer raça, mas sim etnia.»
ResponderEliminarA mesmíssima questão: qual etnia?
Se não sabe, assuma. Em vez de fugir à questão.
Mas eu adianto-lhe: não há raça, não há etnia: aquilo, como num outros sítio qualquer (da europa, por exemplo) é uma salganhada de raças e etnias. Uma mistura de grelos. Só que para sustentarem aquilo que noutro sítio qualquer seria escandaloso, têm que armar uma hiper-propaganda identitária. No fundo, não passa tudo duma construção política, cujo cerne reside num conceito central que tem que ser mantido a todo o custo: o "carácter excepcional" do empreendimento.
Testamento quantos?
ResponderEliminarConta lá onde está o teu testamento hereditário e onde posso encontrar o meu.
Aparentemente, tu e eu até pertencemos à mesma "raça" humana.
Ou não é assim?
E, se os meus antepassados até tivessem vivido na tua quintinha do Norte, eu sacava dos pergaminhos e ocupava-a, não é assim?
Já agora: tu, pelo Vaticano, és português, e tens direito ao solo português.
ResponderEliminarE por raça, mesmo que arraçada (imagino que já tenhas feito os testes), és Israelita, não é?
Portanto, sendo israelita, se quiseres também chegas lá, baixas as calças e okupas cubata de palestiniano.
Não é assim? Mesmo que o palestiniano até tenha por lá família e tu nunca a tenhas tido.
O sionismo é esta beleza.
ResponderEliminarLindo e de uma superioridade moral que mete inveja a qualquer palerma defensor da raça ariana.
«Ai daqueles que juntam casa com casa e emendam campo a campo, até que não sobre mais espaço e sejam os únicos a habitarem no meio do país.»
ResponderEliminarIsaías (5:8)
Quanto a Israel ser um país racista, meu caro, o melhor é mesmo visitar Israel. Vá lá porra e diga-me aonde é que existe racismo de estado. Vc confunde politicas de imigração com racismo. Não é justo.
ResponderEliminarEu confundo, caro Rb? Eu?
Mas não sou eu que ando aí a escrever cartas abertas!
Visito Israel é o tanas é o que visito! Deve pensar que eu não tenho dignidade... Conheço algumas pessoas que lá foram e não gostei do que me contaram. Não estou para aturar interrogatórios e invasões da minha privacidade por hipócritas. Ainda no outro dia vi notícia que pediram a password do email a duas americanas que lá foram. E seguir correram com elas e não as deixaram entrar. Eram de descendência palestiniana... Mas não é preciso ir tão longe. Conheço pessoalmente casos de gente que passou horas em interrogatórios em que até o nome do liceu quiseram saber. Noutro caso, de que tenho conhecimento directo - repito - ficaram com o portátil duma pessoa e enviaram-lho uns dias depois. E há mais. Muito mais.
Epá, Rb, eu não ponho lá os pés. Que vão bardamerda. É que é mesmo assim. Isso é que era bom. Mas depressa me apanha na Mongólia do que lá.
V. sabia que os israelitas da mossad ou do shin bet ou do raio que os parta andam armados na Portela? Então, quer dizer, eu não posso armar-me, mas uns estrangeiros quaisquer podem? E se fossem espanhóis?
Quanto às teocracias, Rb, eu não me preocupo com as árabes porque não têm o hábito de andar a impor aos outros o que eles hão-de pensar e fazer. E quando o fazem, são frontais e honestos e dizem logo ao que vêm.
Porque é isso que me irrita. É a hipocrisia desses sujeitos. Criticam aos outros tudo aquilo que eles próprios fazem de pior.
Olhe faz-me lembrar uma história que li no livro da Patrícia McGowan, sobre um médico que ouviu rumores de que os médicos comunas "sabotavam" o tratamento de indesejáveis e inimigos do partido (isto a propósito de um certo "tratamento" que Delgado foi fazer à Checoslováquia), mas ficou incrédulo. Mais tarde encontrou um comunista que tinha medo de ser tratado por médicos não PC. Isto fê-lo raciocinar, e bem, que ninguém são da cabeça teme semelhante coisa por parte de um médico, a não ser que os seus o façam (ou saiba que façam) aos outros.
Não diga que eu não sei nada sobre Israel, caríssimo Rb. Sei mais até do que aquilo que gostaria. Mas V. quer provas? Eu arranjo-lhas. Dá-me trabalho mas elas aparecem, não duvide.
Repito. Nem tem que ver com a legitimidade ou nao de Israel como país ou nação ou lá o que é que queira ou pretenda ser. Tem que ver com a hipocrisia de porem a guarda avançada de agit prop deles a explorar condutas que, em Israel, são apoiadas e sancionadas pelo estado e são justificadas com o tal carácter excepcional de que o dragão fala acima. Em tudo se aplica essa excepcionalidade.
Os outros cometem crimes contra a humanidade, mas eles não reconhecem o Tribunal lá da Haia. Os outros têm que gramar inspecções nucleares, eles não confirmam nem desmentem o arsenal que toda a gente sabe que têm. Os outros não podem ter colónias, mas eles podem ter colonatos. Os outros se atacarem navios em alto mar são piratas, eles não. E é sempre assim.
Como diz a zazie, desorelhem porra! Vão bardamerda para o paīs deles e apliquem lá as teorias de que tanto gostam! Mas sabe porque é que não fazem isso? Porque aquilo não durava mais 50 anos. Ia tudo co galheiro que era um rápido. E, no entanto, acham-se no direito de vir para aqui arengar essas mesmas tretas. Ora porra.
Como esse palhaço do Bernard-Henri Lévy que tudo fez para que bombardeassem a Líbia.
ResponderEliminarSe se aplicassem os mesmos critérios a Israel que foram aplicados à Líbia, ao Iraque ou à Sérvia, aquilo já tinha sido riscado do mapa de tanto bombardeamento que lá tinham de fazer. Mas não era pelos "malucos" do Irão. Era pelos multiculturais da NATO.
Zazie,
ResponderEliminarSe a Igreja, que representava o poder, pode «passar escritura» ao rei Português, porque raios não pode a Liga das Nações, investido com poderes semelhantes, definir e repartir um território aonde os judeus tiveram apenas a infima parte do mesmo. Tu não vês?
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É evidente que existem laços históricos com aquela região. Nunca existiu outro país naquela terra que não se chamasse Israel.
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E não é preciso ir muito longe. Cristo era judeu e praticava os rituais do judaismo religioso. E o país aonde nasceu chamava-se ISRAEL; esse povo, tinha uma lingua própria (aliás duas), diferente de todos os vizinhos. Além da lingua tinha hábitos e rituais próprios. E é isto que define um povo.
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O facto de terem sido expulsos em conquistas sucessivas não invalida nada disto. Um povo tem direito à sua auto-determinação. E não é porque se usa a força para o subjugar que se ganha direito moral. Lembro-te de que Angola foi território portugues durante 500 anos. Subjugamos este povo por via da força e até abusamos dele, mas a legitimidade que os angolanos tiveram em escolherem o seu próprio caminho não me oferece dúvidas.
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Podemos, isso sim, questionar o modo e a forma como se faz este processo. Não é justo que aqueles Portugueses especificos tivessem sido escorraçados. Não é justo, podia ter sido feito de outro modo, mas é assim a vida... a ultima geração paga pelos erros da primeira.
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Na refundação de Israel até foi diferente. Os arabes continuaram no território. E tinham direitos legais à propriedade, como qualquer judeu. E ainda o têm. O que aconteceu foi uma coisa simples, mal se constituiu ISrael os vizinhos atacaram com toda a fúria. Os arabes residentes fugiram e foram aconselhados a fugir por parte de quem ia atacar. Os que quiseram ficar, ficaram e hoje são cidadãos normais, deputados até. Os que fugiram foram atraiçoados pelos agressores arabes e ficaram num limbo sem pátria - os refugiados.
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Vens-me agora com a estória das casas ocupadas nos colonatos. Já te disse que não concordo com nada disso. Mas a verdade é que se ocuparam terras depois de agredidos. Começou por ser uma ocupação estratégica militar de defesa para se transformar numa arma de negociação. E devolveu-se a terra a quem quiz fazer a paz. Ao egipto e a faixa de gaza. O resto é conversa. Falta apenas retirar os colonatos da cisjordania e isto só será feito se houver gente de bem na contraparte e não terroristas.
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Porque é que os palestinianos arabes não se entendem? eles tiveram mandato da ONU para se constituir como nação. Não quiseram. A luta de poder nas facções palestinianas impede a paz. Entendam-se. Tem de viver com Israel. Uma facção aceita e outra não.
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Vou-te dizer uma coisa para pensares: se por acaso os arabes decidisse, de supeton, que não mais iriam fazer a guerra, Israel guardava as armas no dia seguinte e festejava com eles a paz. Mas se fosse o inverso, se Israel anunciasse que abdicava da sua defesa militar, no dia seguinte era dizimados todos os israelitas.
ResponderEliminar.
Quanto ao Dragão e as Etnias e Raças e não sei mais o quê, dizer-lhe apenas que se trata de meras palavras para traduzirem a ideia de um povo com determinadas caracteristcas próprias, linguisticas, culturais, históricas, religiososas etc.
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Um tipo abre a Biblia e a primeira coisa que vê é toda uma linhagem até Cristo. Mas há ali uma parte que é decisiva e importante no nascimento de grandes realidades: Abraão.
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Um dos filhos dele ISMAEL deu origem ao islamismo, o outro filho ISAAC (o legitimo, dizem) deu origem ao Judaismo ( e portanto cristianismo). Foi Ismael, junatmente com Abrão que construiram a Kabbab, com as suas próprias mãos, aonde os muculmanos actuais vão em perigrinação. Isacc está na origem de toda a promessa.
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Pode-se argumentar que isto está tudo errado e assente em estórias da carochinha, mas a realidade é que as duas partes aceitam e acreditam na mesma biblia... até que chega um novo profecta - Maomet - que coloca em causa a legitimidade dos judeus. Ele achava que o filho da promessa era Ismael e não Isaac, porque Ismael seria o mais velho e preferido. Diz tambem que o filho dado ao sacrificio a Deus não era Isaac, mas sim Ismael. E pronto a coisa foi por aí adiante.
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A grande questincula dos dias actuais tem a ver com a mesquita da Rocha no monte do templo em jeruslem.
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Os arabes fizeram questão de construir aquela mesquita por cima das ruinas do 2º templo de Israel. Foi a forma que encontraram para tentar arrumar com os judeus. Ficou ainda o muro das lamentações. E essa é a grande guerra. A legitimidade em construir uma mesquita em solo que sempre foi judeu e precisamente no local mais simbolico de todos.
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Argumentam os arabes que Jerusalem tambem lhes pertence para efeitos religiosos. Que foi Maomet que assim o quiz. Mas é falso. Falso.
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Quem quiser comprovar faz o downaload do AlCorão e faz uma simples busca às palavras Jerusalem em todo o texto sagrado. E apenas encontra referencia à cidade uma única vez. Uma só. Dizem que quando Maomet morreu o espirito percorreu 40 kilomteros e foi parar a Jerusalem e daí subiu ao céu.
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Ora, se fizer a mesma busca nos textos da Biblia, Jerusalem é referido milhares de vezes como sendo parte integrante dos judeus.
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Rb
Resumindo:
ResponderEliminarPelo facto de existirem "laços históricos"v com uma relgião, alguém tem o direito de ocupar casas e terras de quem lá vive?
Outra coisa- todos os grupos culturais são obrigados a ter países?
Têm-nos?
E a nacionalidade bem moderna e de papel passado que os judeus tinham, sendo russos, italianos, espanhóis, portugueses, ingleses, franceses e por aí fora?
É falsa- porque não faz parte dos "laços históricos" que tiveram nessa região.
Então deviam ser expulsos- para a única terra que vem lá nos ditos textos sagrados.
Muja,
ResponderEliminarNão sou capaz de argumentar nas bases com que o faz comigo. Epá desculpe lá, mas já vi que confunde práticas e exemplos isolados com vista a obter razão demagogica.
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Um tipo pode discordar com politicas, mas a essencia da coisa mantem-se inalteravel. Agora se vamos partir para a retórica das acusações deslocadas acerca do nuclear e mais «irem para a terra deles», e mais as colonias, não leva a lado algum.
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Epá, está no seu direito pensar o que quiser, gostar de quem quiser, mas a realidade é uma só, Israel é um pais de direito.
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Pode ainda não querer conhecer a realidade. Se a conhecer vai ver que muda de opinião. Basta visitar Tel Aviv para lhe passar esses preconceitos todos. Mas enfim, quando não se quer conhecer a verdade, quando uma pessoa se recusa a sentir a realidade, a verdade passa a ser acessória em serviço ao ódio gratuito.
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Rb
Já agora: quais is laços históricos dos
ResponderEliminarcananitas com Canaã?
Dos samaratinas com Samaria
Dos fenícios com a Fenícia:
Dos hurritas com a Mesopotâmia
Dos hititas com a Anatólia
Dos filisteus com a Filistía
Dos selêucidas com a Seleucia
E muitos outros que habitaram na mesma região.
Quem são eles, esses desgraçados sem-terra e que holocaustos tiveram que a Comunidade Internacional esqueceu de pagar e atribuir também Nação.
E agora aplica esta tua frase: " para traduzirem a ideia de um povo com determinadas caracteristcas próprias, linguisticas, culturais, históricas, religiososas etc."
ResponderEliminarA todos esses agrupamentos existentes no mundo, e justifica lá o facto de centenas deles não terem qualquer país em função disso.
Precisamente, porque foram assimilados por outros que os englobaram e as nacionalidades nunca foram dadas por identidade milagrosa que recuasse à pré-história.
Zazie,
ResponderEliminarClaro que tem. Têm e está dado com direito internacional assente no direito à auto-determinação dos povos. Toda a gente acha bem este direito, excepto quando se trata dos Judeus. O pessoal gostou da libertação de Timor e do direito conceddido a auto-determinar as suas vidas. O pessoal acha que que os Curdos também devem ter esse direito, mas aos Judeus não. Desmembrada a URSS o pessoal achou bem que ressurgissem as várias antigas nações de leste. O pessoal compreende a luta dos Tibetanos contra a China. O pessoal compreendeu a independencia nas Africas inglesas, portuguesas, francesas depois de seculos de subjugação. But hei, os judeus não são gente, não tem esse direito.
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Rb
E faço-te eu a pergunta que fez o Dragão:
ResponderEliminarOnde está a raça ou etnia dos ditos "judeus".
Onde?
O que são os ditos "judeus"?
Como é que historicamente podiam existir milhões deles no planeta se se limitassem a ser uma "etnia" descrita na Torah em textos com mais de 2 mil e até 4 mil anos
Já respondi a isso Zazie.
ResponderEliminarIsso de está dado, por decreto, não é resposta alguma ao teu argumento.
ResponderEliminarEu nem sequer entrei nem vou entrar a perder tempo com a burocracia de há cerca de 50 anos atrás que inventou um país.
Eu apenas te pedi para sustentares os teus argumentos.
E esses não se baseavam na burocracia moderna,
Esses baseavam-se numa "identidade cultural, religiosa e de etnia com milénios".
E eu pedi-te para me explicares se todas essas identidades com gente, têm países.
A segunda pergunta até foi mais longe- pedi-te para me explicares onde existe o genuíno judeu- enquanto coisa de sangue, religião e local onde antepassados e povo, com língua própria viveu.
E deixei-te aí uma listinha de muitos outros que também podiam, pela mesmíssima lógica que usas, dizerem-se "israelitas".
Não respondeste, não.
ResponderEliminarFugiste à resposta.
Tu tanto sacas da Torah para o que não está escrito em escritura alguma; como sacas da burocracia moderna que inentou Israel, quando te sobra gente e povos para poderem ser também "israelitas".
«Toda a gente acha bem este direito, excepto quando se trata dos Judeus.»
ResponderEliminarCá está, a litania do "carácter excepcional" (que é dois em um, shampoo e amaciador de ideia: tanto funciona positiva, como negativamente). É constante e principal na propaganda.
Quando o Ricciardi, no seguimento da conhecida cassete, nos vem com declarações vagas de "religião, etnia, cultura" está a fumegar a questão. Na verdade, não há nada de essencial disso, como já referi - nem religião, nem etnia e muito menos cultura. O que está por detrás do estado de Israel é ideologia pura. Não assenta em nada de concreto, escusado será pedi-lo. Funciona a emoção, a birra, a gana, a capricho fruto dum qualquer oportunismo histórico que a conjuntura e a hegemonia reinante permitam. Como todas as ideologias.
É inútil perdirmos justificações ou argumentações racionais ao nosso amigo Ricciardi. Para ele não é uma questão lógica: é estritamente afectiva. Quem feio ama, bonito lhe parece.
Se eu lhe disser "pá, estás embeiçado por uma bruxa desdentada e badalhoca", ele acha que eu conspiro contra o amor da vida dele e tenho é inveja da sua desbordante felicidade.
Eu, ao bacano do nosso morgadinho da cubata só faço esta pergunta:
ResponderEliminarÉs judeu?
Se sim, porquê.
Se não, idem, porquê?
Pois, é uma questão afectiva.
ResponderEliminarMas, mesmo com essa afectividade toda, ele que pergunte ao Benjamin Netanyah se, à conta dela, também é cidadão israelita.
E, de caminho, consulte um rabino na Alexandre Herculano e pergunte-lhe se tem direito a sepultura em cemitério judaico.
http://lifeisreallybeautiful.com/tag/marc-vermeeren/
ResponderEliminar.
Curioso, não é?
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Dou de barato o que a ciencia vai descobrindo acerca dos nossos ancestrais.
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Mas eu nem me ligo muito a questões genéticas. Se portugal precisasse de se reconstituir por uma qualquer razão, o mais natural era oferecer a nacionalidade a todos os descendentes de portugueses emigrados pelo mundo. Alías é assim que as coisas se processam. Portugueses de sangue.
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Hoje é necessário provar que se é filho ou neto de um portugues emigrado para se obter a (dupla) nacionalidade portuguesa. Da mesma forma, os Israelitas exigem o que podem exigir já que o país de direito é recente. Então pede um teste genético aonde determinam quem proveio de familiares judeus ou não e oferece-lhes a nacionalidade Israelita. Em Angola os portugueses que cá nasceram também podem conseguir a nacionalidade angolana se fizerem prova de nascimento.
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Há marcadores especificos que só existem neste povo especifico - os judeus. E não se confundem com outros, apesar de cada vez mais se tornar mais misturada a coisa. Mas os Judeus até são dos povos 'emigrados' que mais ligações com a tradição mantiveram e isso facilita os testes.
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E mantiveram ligações pela história afora porque nunca deixaram de ser judeus nas práticas e rituais, embora se adaptem bem em qualquer país e muitas vezes escondam essa condição.
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A religião teve um papel importante nisto. Mas não só. A mãe judia é chata com a putaça e obriga os filhos a saber e entrar na cultura. À mesa do jantar, nas sinagogas, na educação, na alimentação, na religião, nos rituais. Tu própria me disseste que moraste com um judeu que tinha alguns hábitos ritualistas judaicos.
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Rb
Que testes?
ResponderEliminarehehehe
Que testes são esses?
Os da operação Josué? os da operação Moisés?
samaritanos excluídos
ou os das infinitas clínicas de ADN que existem em Israel?
Conta lá, com base nos tais laços culturais, étnicos, religiosos e histórico-territoriais, em que diferiu a
ResponderEliminarOperação Moisés da Operação Salomão.
Também é um teste.
Lindas essas operações de falaste. Magnifica a forma como Israel conseguiu retirar milhares de judeus étiopes do massacre anunciado. Não é qualquer povo que tem a determinação que Israel teve. Determinação, inteligencia e bom jogo de cintura politica.
ResponderEliminar.
São estes exemplos de heroismo que demonstram o quanto enraizada está a cultura do povo Judeu em Israel. Ninguém fica para trás. É por este tipo de coisas e exemplos que adivinho que é impossivel eliminar os judeus enquanto povo.
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Rb
Pronto ò Rb, eu não argumento mais.
ResponderEliminarComeçou aí a invocar ódios gratuitos e não sei quê, é o suficiente para eu me sentir já melindrado. E também não vale a pena chatearmo-nos por causa disso, até porque estimo muito lê-lo.
Duas coisas, apenas.
mas já vi que confunde práticas e exemplos isolados com vista a obter razão demagogica.
Eu não quero a razão para nada. Nem a demagógica nem outra qualquer. Quanto muito, pretendo apenas que a veja V.
Agora se vamos partir para a retórica das acusações deslocadas acerca do nuclear e mais «irem para a terra deles», e mais as colonias, não leva a lado algum.
As acusações são tão deslocadas como quaisquer outras, nomeadamente as que Israel invoca em relação aos seus adversários. O irem para a terra deles parece-me lógico. Então tantos milénios à procura da terra prometida e agora que a têm andam aqui a fazer o quê? De qualquer forma, e mais a sério, referia-me especificamente ao botar faladura nos media. Que a vão botar para lá.
Porque eu discordo completamente da política e da conduta do governo e do estado israelita e acho que é extremamente censurável. Como tal, acho despropositadas e insultuosas estas iniciativas, vindas de gente que aprova essa conduta e que é, inclusivamente, agente desse estado. Esta é a minha posição tanto quanto me é dado o direito de a ter como Europeu. Não reconheço qualquer legitimidade ou autoridade a israelitas para interferir nos assuntos internos europeus. O que não é nada que eles não façam por sua parte.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEsta é uma história verídica.
ResponderEliminarHavia um amigo do Ildefonso que trabalhou em Isreal, na construção duns quaisquer bunkers, que arranjou para lá uma isrealita.
O tipo tinha cá mulher e filhos, mas embeiçou-se a sério pela tal cuja. Quando regressou, expermimentou o seguinte dilema existencial: continuar português ou tornar-se israelita. Para este efeito, tinha apenas que regressar à israelita, formalizar a coisa e fazer uma comissãozinha nas IDF. E ei-lo israelita de gema. Tão simples quanto isso.
E Vêm-me estes líricos com testes genéticos... Os realmente judeus, sefarditas entenda-se, nem sequer são lá muito bem vistos pelos dominantes lá do sítio. É como esses escuros que foram importar das áfricas. Tudo mera maquilhagem propagandística. Marketing ideológico. Esgotado o show-off largam-nos para lá feitos cães ou sub-produto.
Agora o engraçado, no caso do amigo do Ildefonso, é que o Ildefonso convenceu-me, durante a diáspora do outro, a escrever-lhe as cartas de amor à "judia" distante. Em inglès, imagine-se. A preço dumas imperiais e respectiva guarnição, lá dei uma de Cyrano e colaborei no romance. Duas ou três epístolas depois, a moça (que começara por se apaixonar pelo físico, presume-se) descobria agora uma alma ainda mais fascinante. Durante anos suplicou-lhe, cada vez mais encarecidamente, que voltasse.
:O))
Non est inventus
Ahahahaha.
ResponderEliminarQue grande dragão! A aquecer o coração da donzela abandonada com a sua verve flamante de cospe-fogo literário! De espantar é o ela se não ter atirado logo ao mar de alma inflamada e vir a nadar todo o caminho até esta ponta da Europa!
Muja, não me interprete mal. Não sou inimigo de ninguém, pese embora muita gente se sinta meu inimigo. Prezo muito conversar e discutir - o exilio em Angola também ajuda a este desiderato. Mas, caraças, podia aparecer aqui alguém para me ajudar.
ResponderEliminar.
Respondendo à Zazie, dizer apenas que não sou judeu. Sou portugues e mui católico nos valores e tradição. Sinto-me portugues e não quero ser outra coisa. Sei que tenho familia judia. Da parte do meu pai, já que a mãe é Bifa. Uns estão na Holanda e outros no Brasil. Nem sequer tradição ou ritual judaico tive. A minha avó paterna com 96 anos mantém vasta biblioteca acerca do assunto e de outros assuntos. Mas ainda hoje não me deixa lá entrar. Ainda me acha incompetente e suficientemente criançola para mexer nos livros dela.
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A ultima vez que lá entrei escorraçou-me à estalada, isto porque quando era miúdo me apanhou a sublinhar e pintar umas cenas nos livros da biblioteca. Nunca me perdou. Nem lhe consigo fazer frente - Miúdo, vai me buscar as muletas. Miúdo vai-me cortar rosas vermelhas. Miúdo vai para casa que estou cansada dos teus filhos. Nem discuto. Ai de mim. É velha mas não hesita em dar-me com uma muleta.
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O meu pai não queria saber de religião alguma e a mãe é bifa católica. Curiosamente o meu pai gostava de caça e os amigalhaços de casa e de caça eram padres católicos com quem ele sempre se deu muitissimo bem.
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Se quiseres tenho qualquer coisinha judaica por via do meu pai. Mas não partilho qualquer costume. Seja qual for.
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Mas recentemente resolveu-se criar um grupo de familiares perdidos pelo mundo, no facebook. E tenho ficado espantado e agradado com a quantidade de primos e primas que tenho por esse mundo fora dos quais nem sabia da existencia. Um deles está a tentar fazer a arvore geneologica da familia. Vamos ver no que dá.
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Rb
Portanto, não és judeu por uma questão religiosa.
ResponderEliminarE em termos de raça ou etnia? és judeu ou és goyim?
Outra coisa:
Apesar de não te considerares judeu puro por falta religiosa, apesar de em termos de ADN teres pinga que até desse, consideras-te mais judeu por seres sionista que um judeu com a pinga mais preenchida no ADN e até com a religião que lhes corresponde, mas que seja anti-sionista?
ahahahahaha
ResponderEliminarEsse Caguinchas tem cada amigo
De qualquer modo é como o Dragão conta- bastava uma comissãozinha no IDF para passares a ter esse famosos substrato identitário que dá direito a colonizar em nome de uma "descolonização" por retroactivos milenares.
ResponderEliminarEhehe.
ResponderEliminarAtão o Rb quer ajuda? Ahah.
Olhe, hoje em dia, só se forem os neo-tontos que sabem tanto do que quer que seja como eu de lagares de azeite ou uma certa direita iludida - tipo Le Pens - que acha que ao fazer por agradar a esses tipos eles os deixam tocar na chicha um dia destes. Mas enganam-se...
Se esperar algum tempo, é certo que há-de chegar a altura em que vai dar mais jeito à esquerdalhada de ser prò-Israel, como já o foi no passado. Aí poderá contar com as hordas imensas deles! Mas não lhe vou estimar a companhia nessa altura! :)
Aliás a esquerdalhada é toda pró-Israel, por ser jacobina e republicana. Mesmo a que ainda não sabe porque só começou a receber a lavagem entretanto...
Mas olhe, tome ao menos consolo no facto de eles terem lá as bombas de átomos, o que significa que, tão cedo, ninguém lá vai meter o bedelho. Israel terá o mesmo destino que as outras nações: a decadência. E eles sabem-no, daí o adoptarem posições cada vais mais fascistas para atrasarem isso o mais possível... Se há coisa que eles não são, é serem estúpidos...
O amigo do Caguinchas já morreu, paz à sua alma. Cometeu um grande erro em não se ter convertido à sua amada judia.
ResponderEliminarEu própria o incitei: vai-te embora , pá. Dás umas quecas valentes e ainta te deixam dar tiros à fartazana! Que mais queres tu desta vida?!...
Mas não. Tolhia-o o fado lusitano.
ehehe
ResponderEliminar--------------
Morgadinho:
Queria eu dizer que podias manter essa mística toda judaica, sem precisares de defender o sionismo, que não te caíam os parentes na lama.
«Queria eu dizer que podias manter essa mística toda judaica, sem precisares de defender o sionismo.»
ResponderEliminarÉ a chamada vertigem do abismo. Um desporto radical do género daqueles tipos que mergulham duma grua com os pés atados por um elástico.
Zazie, não sou judeu. E não é por questões religiosas. Nem penso nisso. Ser judeu, assim como portugues, é comungar de várias cenisses culturais e de tradição, e essas eu não tenho porque a minha familia se desligou dessas coisas. Nós somos o que somos devido, em grande parte, à educação que tivemos. Muito para além dos laços de sangue existe o amor... ou ódio.
ResponderEliminar.
Repara bem, como é que Hitler identificava os judeus naquela época em que não haviam testes geneticos? fazia-o através da demosntração dos costumes. E depois a familia ia por arrasto. A primeira impressão, a aparência do fisico, dá-va o primeiro sinal, os costumes o segundo sinal, e a associação familiar o terceiro e ultimo sinal. Depois destes sinais os judeus eram marcados com tinta permanente usada para porcos. Separados e devidamente aprisionados e expoliados de património seguiram para o exterminio em massa.
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Na verdade, Hitler, admirava os Judeus. Não havia povo ou etnia que lhe causasse mais inveja do que os Judeus. Ele achava que os Arianos e os Judeus eram raças superiores, mas como se julgava Arinano desatou a eliminar a raça concorrente directa. Quem leu o Mein Kampft percebe isto facilmente.
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Ventilou ainda a existência de uma terceira raça superior - os Japoneses. Mas disse que os Japs era fruto de influencias Arianas históricas, e portanto uma raça com boas caracteristicas porque influenciada pelos Arianos. Não estou a investar nada, é o que está escrito por ele.
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Sobravam, pois os Judeus, cuja história não podia ser confundida com qualquer Arianismo.
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Eu não sei bem o sentido que dás ao que é ser sionista. Deduzo que entres pelo lado das facções radicais decorrentes do movimento inicial e que são, de certa forma, racistas.
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Eu considero-me Sionista no sentido do qual resultou o primeiro movimento sionista. A auto-determinação de um povo especifico.
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Todas as facções extremistas deste movimento são-me estranhas como o são qualquer movimento extremista de qualquer outro movimento.
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Mas não foram os movimentos extremistas que vingaram. Atingiu-se o objectivo traçado: Reestabelcer Israel em terras de Israel. Muito ajudou a este desiderato o holocausto. Após o exterminio não havia argumentos para não conferir ao movimento o direito tão básico à auto-determinação. Não havia, nem houve. Escorraçados da europa só podiam voltar à terra de Israel.
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Aliás umas decadas antes do holocausto grande parte da terra em Israel foi comprada por judeus aos turcos que então dominavam as terras. Eles vendiam tudo. Grandes movimentos a nivel mundial foram feitos para ajudar a comprar terra aos turcos. Grandes somas de dinheiro foi doada por judeus de todo mundo para ajudar a que outros judeus comprassem a terra conquistada pelos turcos.~.
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Queres prova maior de que existe uma ligação entre todos?
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A terra foi comprada e começaram os primeiros movimentos migratórios de judeus para Israel. Transformaram aquele deserto fruto de muito trabalho e engenho. Vieram judeus russos que constituiram as primeiras explorações agricolas Kibutz. Deu-se o holocausto e tudo mudou. Migrações em massa. Pessoas a fugir do exterminio tinham Israel como destino. Fintaram e desafiaram os Ingleses e desembarcaram aos milhares. A cominidade internacional, atravésda Liga das Nações decide então repartir o vasto território Otomano em vários paises coincidentes com a história. Os sirios, os Jordanos, O Libaneses, Os Iraquinanos, os judeus e, finalmente, decidiram atribuir aos arabes residentes naquela zona o direito de constituir nação - a Palestina repartindo com os Judeus uma pequena parte.
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Sim, estou em absoluto acordo com isto. Sim, partilho o ideal sionista.
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Rb
«Aliás a esquerdalhada é toda pró-Israel, por ser jacobina e republicana» MUja
ResponderEliminar.
É rigorosamente ao contrário. A esquerda é toda pró-palestinianos.
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Rb
Olhe que não... Olhe que não...
ResponderEliminarParece. Mas nem tudo o que parece é.
Olhe aqui:
http://mondoweiss.net/2012/04/an-account-of-the-guardians-racist-endorsement-of-the-balfour-declaration.html
É uma questão de para onde sopra o vento, Rb.
Ontem soprava a favor. Hoje sopra contra. Amanhã pode soprar a favor novamente...
Bem Muja, os ultimos sinais da decandencia de Israel tem a ver com a descoberta de reservas imensas de petroleo e gas. Reservas aos niveis dos paises mais importantes na matéria.
ResponderEliminar.
Espero que a bomba de átomos se mantenha nas mãos de Israel, já que nas mãos de outros provavelmente já tinha sido usada.
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Para já a guerra tem passado por usar a inteligência cibernética usando virus informaticos que atrasam a obtenção da bomba por parte dos Iranianos.
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Espero que consigam desta forma que não implica mortes de ninguém eliminar qualquer veleidade daqueles tipos que governam o Irão lograrem obter bombas atómicas. Para bem dos Iranianos e dos Israelitas.
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Israel não a usou, nem a usará, mas que mantém os inimigos afastados, lá isso mantém.
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Rb
ehehehe
ResponderEliminarA sério que não entendo. Só pode ser isso- como estão de fora, compram logo o pacote todo.
Eu não entendo isto pela simples e pura razão que o sionismo é e foi uma ideologia que fede.
Só mesmo de mergulho é que acredito que alguém sem ser racista nem ter pancadas nazis pode ficar tão acrítico e defender aquela trampa.
Ah, e claro, escusado será dizer que esta treta para mim nada tem a ver com presente ou com a barricada de ter de ser amiga de turbantes ou de kipahs.
ResponderEliminarSe eu sou portuguesa, que raio de treta tenho a ver com isso.
Nada de nada.
Mas já dei uam boa gargalhada com aquela da "auto-determinação de um povo todo".
ResponderEliminarÉ que a pancada de estrangeiros russos e alemães e americanos e do leste, terem colonizado aquilo, é agora comparada ao MPLA ou à Fretilin do povo eleito.
":O))))))
E essa malta toda que emigrou e lhes deu para pegarem em armas para descolonizarem os gregos e os romanos que estavam mortos há milénios, falavam todos que língua, já agora?
ResponderEliminarahahahahahahaha
Pelas barbas do profeta, bem dizia o Isaías, são malucos com as mãos cheias de sangue.
ResponderEliminarA propósito, são os sionistas com a auto-determinação do povo genuinamente eleito e o Rui a com os neotontos da Bayer.
ResponderEliminarOra vão lá ver como os habsburgos ainda estão aí para as curvas
eheheheheh
Caro Ricciardi
ResponderEliminar“As Catorzinhas, por exemplo, é visivel, têm corpo muito mais desenvolvido que as nossas em idade equivalente.”
Bom, as nossas de 14 anos de agora também já têm um corpo mais desenvolvido do que as de 14 anos de há 30 anos atrás.
Também já sabem mais do que as de há 30 anos, como das catorzinhas.
Mas, parece-me pobre, falarmos só em corpo, no físico, “carne para canhão” (ou só no dinheiro). Só no materialismo das coisas. É redutor, o ser humanos não é mais do que isso? Claro que é!
Será que a nível intelectual/emocional está preparada? (em termos gerais, claro)
As culturas, as tradições, são criadas conforme as conveniências dos vários momentos, ou interesses, das elites governantes. Exemplos não faltam.
Pedofilia é pedofilia por mais que intelectualizemos a questão.
*
Não há nenhum estudo que demonstre que determinado grupo, sociedade, etc, que tem uma esperança de vida de 50 anos, faça com que as pessoas se desenvolvam mais rapidamente que noutra em que a estimativa de vida seja de 80 anos. Mas se houver, gostaria de lê-lo.
Não há causa efeito.
O que há são estudos que demonstram que um grupo, sociedade, etc, com muitos baixos níveis de higiene, má alimentação, etc, têm uma estimativa de vida mais curta.
Há causa efeito.
Carlos
« Uma pequena questão: para si só existe delito contra a pessoa se houver delito contra a sociedade?» É claro que não, meu caro. Vou até mais longe: não há delito contra a sociedade se não for possível mostrar que um determinado acto redunda em delito contra as pessoas.
ResponderEliminarO meu ponto era outro: as pessoas são condicionadas pelo seu contexto social, e sofrem muitas vezes na medida em que esse contexto lhes diz que devem sofrer. Se eu obrigar um chinês a comer cão ele não sofre nada, se obrigar um europeu ele sofre desalmadamente. Onde for socialmente aceite que as meninas se casem aos treze anos, a maioria das meninas de treze anos não se importará nada com isso. Não há aqui sofrimento, nem trauma, nem mal, nem "pedofilia".
A nossa sociedade adia o início da vida sexual para os 16 ou 18 anos porque o seu desenvolvimento tecnológico lhe permite dar-se a esse luxo. Ninguém está à espera de morrer aos vinte anos de tifo ou tuberculose. Se Romeu tinha quinze anos e Julieta catorze, é porque se tivessem vinte já estariam desdentados e a caminho da meia-idade: a história não seria verosímil para o público da época.
Estas coisas espantam-me sempre, dado desconhecer África.
ResponderEliminarAinda assim, alguém me explica como é que aquilo, que deixou de ser primitivo há tanto tempo, e até se tornou um local cheio de prosperidade para quem faz a lei, regrediu agora nestes hábitos?
E, se tiverem paciência, expliquem-me lá se a população luandina e assim, ainda tem ritos iniciáticos e daí os velhos lúbricos que até são casados, aproveitarem para irem às catorzinhas.
Ou catorzinha é estatuto matrimonial entre jovens?
Ainda em relação aos hábitos que tiram o efeito físico e, vá lá, psicológico, porque parece que as meninas africanas já têm psiquê, também, para além de corpo e tribo, como é no caso da famigerada excisão do grelito?
ResponderEliminarÉ crime apenas se for entre turbantes, ou deixa de doer se for hábito?
Mas continuem e contem mais que isto para mim são pequenas revelações.
ResponderEliminarE andava desactualizada. Ainda tinha a mania de ler aquela literatura de viagens e encontros mais exóticos em Bornéu.
E isto com ilustração, porque faltavam as fotografias.
Ora temos casos tão idênticos e bem actuais, nem sei como não há video no youtube.
Zazie, a excisão é sempre uma barbaridade, mesmo que a vítimanão sofra muito na altura e nunca se venha a dar conta do que perdeu. E este nunca se dar conta é cada vez mais improvável, porque cada vez mais os grupos humanos têm contacto uns com os outros e as pessoas vão-se apercebendo de que o mundo não tem necessariamente que funcionar pelas regras da sua aldeia.
ResponderEliminarUma barbaridade, portanto.
Recordo-me dum caso que veio nos jornais dum guineense que vivia em Portugal e teve de ir à pressa à terrinha para salvar as filhas da excisão. Conseguiu salvar uma. É trágico que não tenha salvo as duas.
Mas isto não tem nada a ver com a idade mínima para se dar uma queca. Se formos por aí, chegamos a casos como o do miúdo americano que foi condenado a uma daquelas penas de prisão que por lá se usam porque, tendo 16 anos e mais uns meses, deu umas quecas com a namorada que tinha dezasseis anos menos uns meses.
«a excisão é sempre uma barbaridade»
ResponderEliminarIsso será o tal relativismo, não? Porque é que uns costumes exóticos são cool e outros são barbaridade? Os quiocos também praticam excisão (uma espécie de excisão suavisada, temporária, ou seja, quando o marido vai dar uma grande volta e deixa a mulher em casa, ministra-lhe para lá um golpe qualquer que a deixa infrequentável por uns tempos. Funciona assim como uma espécie de micro-cirurgia de castidade...)
A minha posição pesoal nisto tudo é de não ingerência. Os costumes dos outros é lá com eles. Agora a minha perspectiva desses costumes é a minha, relfexo dos meus valores e da minha cultura, e não anda ao sabor das modas, dos ruídos nem das conveniências.