segunda-feira, maio 07, 2012

Grandezas há muitas! Sobretudo, anãs.

Bem, ó Zazie,  cara amiga, e onde é que o termo "Pingo Doce" aparece escrito no meu inefável texto, hein?...  Mas já que te pôes com dúvidas e tergiversúcias, sempre te digo que o Pingo Doce é uma grande superfície e das piores, porque não ataca  apenas em modo calmeirão (como nas Telheiras, ou em Odivelas, por exemplo): ataca e infesta também às mijinhas, aos bochechos, mascaralhado de macro-mercearia de bairro. Em Campo de Ourique, um digno bairro, chega a haver dois. Mas vou mais longe: excepto nos víveres, onde tal seria humanamente impossível, e desumanamente também, o Pingo Doce consegue ser  ainda mais venenoso que o Continente: ataca em alcateia, opera em teia. O Continente cerca as cidades, o Pingo Doce mina-as.  Do ponto de vista do comércio, aquele representa a barbárie; este, o cancro metastisado. E quem diz o Pingo Doce, diz o Minipreço ou o Lidl, dois escantamentos urbanos da mesma igualha (embora menos virulentos). Uma coisa que eu não entendo nos cabrões dos merceeiros de Lisboa, os típicos, os tradicionais, é porque é não põem bombas naquela merda! Já não há galegos, é o que é. Por via das dúvidas, mandei o Ildefonso Caguinchas, feito repórter Flash, perguntar-lhes a razão para uma tal bizarria inexplicável. Voltou desolado e de mãos a abanar. Diz ele que não encontrou um único merceeiro disponível. Tinham ido todos às putas, ao Porto. O resultado dessa aventura mirabolante, à espera de testes de ADN, é toda uma prole de abortinhos tagarelas a escrevinharem blogues anarco-capitalistas. Onde é que este mundo vai parar?

E isto não fica assim. Terás mais notícias minhas!...    :O)

2 comentários:

  1. Típico erro de julgar uma coisa pela forma e não pelo principio. O comércio local desaparece mais rapidamente por questões urbanísticas do que propriamente por meia dúzia de "mauzões" que aparecem em bairros. Há muitos lugares onde convivem pingos doces com pequenas mercearias. Estes continuam não apenas porque são bons, mas porque a zona onde estão inseridas ainda privilegia o que dá origem ao pequeno comércio: zonas diversificadas, comunidades densas e utilização pedonal das ruas. Na minha zona convivem pingo doce, lidl e várias mercearias, juntamente com talhos e peixarias, simplesmente porque ainda não se destruiu essas características urbanas.

    tiago

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  2. O pingo doce e o lidl são mais fruto de um planeamento estatista das cidades baseado no automóvel. Coisa que devia criticar em vez dos sintomas. Mas provavelmente não vai conseguir chegar lá, e prefere o caminho fácil das "leis".

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