quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Mais prodígios e coisas assombrosas

Por motivos alheios à minha vontade, de vária ordem e quadrante, este blogue corre sérios riscos de ter que encerrar as portas.
Mas entretanto, e enquanto a espada de Dâmocles, o machado de Cronos e as correntes da Ananké não se abatem, lutaremos bravamente e sem tremor. Até ao último fôlego.
Nesse sentido, prosseguem as safras e prodígios. Remodelado o template, o webmonstro Ildefonso Caguinchas, levado de seiscentas audácias e outras tantas petulâncias, assumiu a pasta de Ministro das Entrevistas e, em perfeita sincronia com a gerência deste infame batel danado, abraçou a buliçosa indústria de repórter de exteriores.
Está neste momento, se não me falha o relógio, a caminho de entrevistar o Presidente da Liga dos Cateturéticos Anónimos. O resultado deste fantástico diálogo será publicado aqui brevemente. E em directo.
Aproveito para esclarecer a mudança última e inopinada de template. Tive que accionar o de reserva porque o principal, o dos veleiros na tempestade, motivou grande escândalo nos tipos (uns super-coninhas canadianos) onde eu tinha, como dignamente me competia, pirateado a imagem. Retiraram a dita e colocaram em seu lugar uma imbecilidade patética que grasnava mais ou menos assim:
«Beware!
This blogger steals graphics from websites. »
Honrou-me muito tamanha e tão justa publicidade. Mas é preciso ser estúpido para subir a bordo duma nave pirata, apontar histéricamente para o capitão e, em tom esganiçado, alarmajar: cuidado, este tipo pilha e assalta!"
Pena a coisa não passar-se ao vivo, que até lhes dava o tratamento do bom velho Capitão Low. Não o da primeira fase, aquele sensaborão de se lançar que nem um possesso a cutilar desenfreadamente os burgueses prisioneiros - desse, ele, em boa hora acabou por se entediar, até porque o salpicavam todo da merda que têm nas veias a fazer o lugar de sangue -; mas a variante mais calma, e infinitamente mais estética, em que apenas os obrigava a comer as próprias orelhas, devidamente cortadas, com sal e pimenta.
Gostava que isto ficasse bem claro: pilhei-lhes o graphic com todo o gosto, mais que merecidamente, e só não lhes subtraio a carteira, a conta bancária, a viatura e a mulher por nítida falta de tempo, pachorra e meios apropriados.
Eu ando a penar sem remissão
o extermínio que perpetrei p'los mares
quando, sob a bandeira de Mombars,
andei co'a alma em transmigração.

10 comentários:

  1. Caro Dragão, não se ofenda mas já ri que nem um perdido. Obrigado

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  2. Tal como eu. Aliás, o template até ficou mais expressivo, embora desconfie que é mais um acto de pirataria infame...

    Para a próxima dá-lhes a esmola, em vez de os obrigar a comer as orelhas.
    Seja como for, são moucos.

    Ahahaha!

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  3. ehehehe

    Não tinha apanhado essa. Mas já me fartei de rir e este roubo até foi mais conseguido

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  4. Desconfio que me andam a chibar. Daqui a nada tenho para aí mais outros queixinhas. O que vale é que já tenho outros dois de reserva.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Isso é sinal de que o Dragão tá ficando importante.

    Uma sugestão: crie uma conta no site de imagens www.photobucket.com e transfira todo o butim para lá e sirva-se à vontade das imagens capturadas.

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  7. Ou faça como eu e diga de quem é a imagem algures no template (lá para o fim). Mas duvido que Durer me deixasse usar a ilustração a belo prazer se fosse vivo...
    Graças a Deus, gosto mais dos artistas mortos. Não chateiam. :)

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  8. O Durer deixava pois. E deixou. Foi ele quem se fartou de fazer caricaturas a gozar com o Papa para depois serem espetadas à porta das igrejas.

    ehehe

    Não havia direitos de autor e a propaganda da Reforma foi feita assim.

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  9. Estimada Gotika,

    decidi seguir a sua sugestão. Pus lá uma nota de rodapé. Em resumo, autochibei-me. Sempre quero ver o que isto dá.

    :O)

    Zazie, por essas e por outras é que, duas letras adiante, o Dürer deu em Fürer.

    :O))

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  10. “Em resumo, autochibei-me.”

    Este mundo está perdido.
    Já nem os piratas têm honra... autochibam-se.
    Batemos no fundo... O abismo deve mesmo estar próximo...

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