quinta-feira, novembro 22, 2007

Escolha criteriosa




A confirmar-se que os "Bebés conseguem julgar os outros e preferem as pessoas boas", então devia decretar-se que apenas os bebés tivessem direito a voto.

Com os adultos está mais que visto que não vamos lá. Além de serem completamente destituídos da mínima faculdade de juízo, preferem, tendencialmente, pessoas más. Quando não péssimas. É certo que o cardápio também não oferece, por regra, outras alternativas: ou más, ou medíocres, ou péssimas - o que, aliás, constitui o principal argumento para escolherem os maus: como artimanha de recurso para evitarem os péssimos e derrotarem os medíocres. Mas com o voto reservado aos bebés, pelo menos nas próximas eleições, eu teria seguramente um especial prazer: o de ver a Abstenção alcançar os 100%.

6 comentários:

  1. :)
    Está impecável, o post. Parabéns.

    O artigo, com o seu ''julgam'', é que já não. Coitados, os que escrevem não são bébés!...o que é que se pode esperar? Haha Como é lento o entendimento.

    Beijo

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  2. PS - Há pessoas - embora muito poucas - que mantêm essa capacidade dos bébés. Algo menos decidida, e a custo de um preço imensurável, mas há-as, se ainda estão vivas, e comunicáveis...que se busquem! :)

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  3. "Mas com o voto reservado aos bebés, pelo menos nas próximas eleições, eu teria seguramente um especial prazer: o de ver a Abstenção alcançar os 100%."

    AHAHAHAH!
    E vão dois.

    Legionário

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  4. Bem visto.
    Também eu gostava de ver a abstenção nos 100%, mas como haverá sempre um animal que vote nele próprio...

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  5. Eu diria que entre os medíocres e os péssimos não há grande diferença. Além disso, discordo de si noutro aspecto: acho que os medíocres são invencíveis. Já viu o estado em que está o país? É que nem se pode dizer que esteja mal, na verdadeira acepção do termo: mal, está a venezuela, está moçambique, estaria portugal se tivesse tido uma catástrofe, uma erupção vulcânica no marquês de pombal, um novo terramoto de 1755, um tsunami, qualquer coisa; não.

    Até para dizermos que o país está mal, ficamos aquém das expectativas; é isto o ser português, no fundo, ser anestesiadamente medíocre, ou mediocraticamente anestesiado (sim, porque a nossa adaptação da meritocracia resultou justamente na mediocracia - uma questão de letrinhas e uma diferença tão grande, já viu? é como o filme de travestis do outro, a tentar imitar o almodovar: o resultado nunca é o mesmo, e é sempre... pior). Seja como for, apenas uma coisa é certa: a eles, ninguém os bate. Eles asseguram-se disso. Queres ser melhor? Vai para o estrangeiro, filho, vai, ou conforma-te. O que há aqui é isto. E - peço desculpa, aqui vai mais uma incorrecção politica - a geração do pós 25 de Abril nunca mais morre para deixar o país em paz. (é que eu não fumo há quatro dias - chamem a ASAE)

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  6. Caro Dragão
    Não resisto a deixar aqui uma notícia avançada pelo sr M. S. Tavares no expresso: http://expresso.clix.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/168730

    “4 ... Há um deputado que anda entusiasmado a preparar uma lei que vai regulamentar ao decigrama o teor máximo de sal permitido nos alimentos dos restaurantes. ...”

    Não sei se é anedota se o bom uso que dão ao ordenado que recebem
    Carlos

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