segunda-feira, outubro 15, 2007

Estranha cooperação

Walter Schellenberg, para quem não saiba, foi o chefe da Contra-Inteligência Alemã, durante o Terceiro Reich. O que a seguir se transcreve são duas passagens do seu livro de memórias, "A confissão do Silêncio" (trad.port. da Ulisseia).

«Por isso mesmo recebi no Outono de 1938 a ordem para iniciar a primeira missão de espionagem activa. Heydrich pretendia um relatório completo sobre o porto de Dacar, principal base francesa em África. Ninguém, nem a minha família mais chegada, deveria ser posta ao corrente, foi a ordem que recebi.(...)
Em Dacar instalei-me, conforme fora previsto, em casa de uma família portuguesa de origem judia. O hospedeiro era um comerciante de ouro e diamantes e, tal como o sócio de Lisboa, trabalhava para a Alemanha. Fora informado da minha missão por "correspondência de negócios" com Lisboa e preparara tudo para a chegada.»

E mais adiante, por altura duma outra missão em Lisboa (raptar o Duque de Windsor), o mesmo Schellenberg recorda:

«Para estar pronto a partir mandara comprar e encaminhara para Lisboa um carro americano e um outro mais rápido dos serviços secretos. Um alto funcionário português que contava entre os meus amigos tomara todas as disposições para que, uma vez ali, residisse em casa de uma eminente família de judeus holandeses.»

12 comentários:

  1. Ohh diabo! Então havia judeus a colaborar com o "mal absoluto"?

    E também tinham direito a enterro em cemitérios kosher?

    Humm, isto começa a cheirar a m..., ou antes, a protocolos...

    ResponderEliminar
  2. até me doeu a mim, que sou gentio...

    ResponderEliminar
  3. "Não digas tudo quanto sabes
    não faças tudo quanto podes
    não creias em tudo quanto ouves
    não gastes tudo quanto tens

    porque
    quem diz tudo quanto sabe
    quem faz tudo quanto pode
    quem crê em tudo quanto ouve
    quem gasta tudo quanto tem

    muitas vezes
    diz o que não convém
    faz o que não deve
    julga o que não vê
    gasta o que não pode"
    -- Provérbio Árabe

    ResponderEliminar
  4. «Sábio é aquele que descortina a vasta imensidão da sua ignorância".
    - Provérbio dragoniano

    ResponderEliminar
  5. "Para quem só tem um martelo tudo lhe parece um prego"

    ResponderEliminar
  6. Casa de ferreiro, enche a galinha o papo!

    Puro azeite virgem

    ResponderEliminar
  7. a tradução portuguesa estava errada...

    ResponderEliminar
  8. Caro Dragão
    Do outro lado também parece que houve uma estranha cooperação.
    Stalin's Jews
    “And us, the Jews? An Israeli student finishes high school without ever hearing the name "Genrikh Yagoda," the greatest Jewish murderer of the 20th Century, the GPU's deputy commander and the founder and commander of the NKVD. Yagoda diligently implemented Stalin's collectivization orders and is responsible for the deaths of at least 10 million people.”
    É interessante ler também os comentários.
    http://www.ynetnews.com/articles/
    0%2C7340%2CL-3342999%2C00.html
    Carlos

    ResponderEliminar
  9. Não será para admirar, já que muitos membros do Partido Nazi, e mesmo das SS, eram judeus. O próprio Heydrich, autor da «solução final», e de quem até o Himmler tinha medo, era meio-judeu, consta que circuncisado, e cuja alcunha na escola era «Jacob», devido ao seu perfil nada ariano.

    Outro judeu «mischling» de realce foi Ehrard Milch, secretário de estado da Luftwaffe.

    A este propósito, vale a pena ler «Os Soldados Judeus de Hitler», de Bryan Mark Rigg. Ou «A Indústria do Holocausto», do (judeu) Dr. Norman Finkelstein. São de arregalar os olhos e mandar muitos dos disparates que se dizem sobre o nazismo para o caixote do lixo. Porque a História Real nunca é a «preto e branco».

    ResponderEliminar
  10. No Telegraph de 18-10-2007 :

    «Daniel Barenboim, the Israeli pianist and conductor, will lead his orchestra in a performance of Richard Wagner's The Valkyrie.

    The production is to be staged at the Waldbuhne, the outdoor arena built for the Berlin Olympics in 1936 at which some athletes gave the Nazi salute in front of Hitler.

    Barenboim, who has previously sparked controversy by performing Wagner in Israel, said his production would have stunned the Nazi leader and his muse.

    "Can you imagine that?" he said. "The Waldbuhne was built by Hitler. The music is Wagner. Played by us!».

    A Orquestra é composta por Judeus e Muçulmanos.
    Cada doido com a sua mania.

    ResponderEliminar
  11. "...stunned the Nazi leader and his muse."
    Claro!!!!!!!!!!!

    ResponderEliminar
  12. Boa dica, esse livro. Tudo o que meta queijinho ajudará a esclarecer o mundo. Cumprimentos

    ResponderEliminar

Tire senha e aguarde. Os comentários estarão abertos em horário aleatório.