Agora é o Caos; no princípio era apenas uma pequena confusão
quarta-feira, outubro 17, 2007
Descubra as semelhanças
(Catedral de Chartres, 1220)
(Igreja da Santíssima Trindade, 2007)
Religiosamente, não comento. É lá com eles, os católicos. Mas sempre medito: se a deterioração espiritual porventura acompanha a deterioração estética, então Deus lhes acuda.
Só não digo que é deterioração estética da arquitectura em geral (ainda que também o seja, desde essa época) porque na civil e no urbanismo existem coisas modernas muito boas. Agora basílicas, igrejas, catedrais, acabou tudo. O Gaudi foi o único que ainda era capaz.
Não era nas igrejas onde se tratavam dos assuntos de estado, ao contrário das sinagogas ou mesquitas? Daí ter nascido o termo igrejinha, que também significa conluio, tramóia, conspiração? Ora o estado está cada vez mais pobre, não há dinheiro para floreados... Carlos
Nem mais. É a era dos minimalismos e da falta de Arte e de Alma. Como é que pode haver verdadeira espiritualidade e recolhimento numa «sala de espectáculos» feita igreja? Ainda por cima ao gosto torpe desta tristíssima modernidade? Aí, a Zazie tem toda a razão.
Era exactamente isso que ia dizer, Luís. Tem muito de funcionalismo, adaptado à contemporaneidade (que se reflecte num duvidoso sentido estético revestido de elitismo transcendental)... sinais dos tempos que regressam; afinal, depois do outro ter ganho o concurso, diga lá vossa excelência quem não tem saudades dos três F's? E diga lá, ainda, se não caem tão bem neste chefão de Estado, e respectiva companhia? Enfim, um mimo!
Não sei porque é que V. Exas. não andam vestidos de pele de bisonte, moca na mão à caça, vivem numa gruta...a espiritualidade acompanha a vida. Certo?
Quem deu início a isto não construiu igrejinha nenhuma. Nasceu e morreu judeu, frequentava as sinagogas e esporadicamente foi ao Templo de Jeruzalém.
Lendo o evangelho de João, vê-se a importância que dava aos templos (nula). Mas adoradores de montes de pedras sempre houve para todos os gostos. (Não estou a desvalorizar a arte. Isso é outra conversa).
É claro que olhando as fotos da nova igreja ela me parece um gigantesco depósito para tratamento de esgotos. Mas não estive lá dentro, nem perto. E a espiritualidade não se mede pela emoção que se sente neste ou naquele lugar. Mas isso é outra conversa.
Ó Lagoa, atenção a um detalhe que é importante. Eu não gosto mas esta igreja foi paga com dinheiro de fiés, não tem nada a ver com o despesas públicas.
Essa treta dos 3 Fs ou do Deus Pátria Autoridade são chavões que nem se percebe para que se repetem em sentido depreciativo. Os 3 últimos até fazem muita falta.
(é claro que o local tem a ver com a espiritualidade. Se fosse de outra forma nem fazia sentido a existência de espaços sacros que é anterior às arquitecturas.
O contrário seria dizer que um centro comercial também é um excelente local de recolhimento para oração.
Há toinos que não entendem a diferença e depois também reivindicam modernices para lá oficiar tudo- mulheres, inclusive.
Confesso que é de grande significado entrar na basílica do Vaticano que nada tem a ver com Chartres e deparar, logo à entrada, com o lugar de coroação de Charlemagne.
Olhar à esquerda e deparar com a Pietá, a verdadeira, cinzelada pelo Miguel Ângelo.
Seguir em frente e se descermos, ir parar á cripta onde foi depositado o corpo do Apóstolo Pedro.
Olhar e reparar num tabernáculo desenhado na imaginação de Bernini cujo altar, se colocou no preciso lugar, vertical, onde metros mais abaixo repousa o túmulo de S. Pedro.
"Deus Pátria Autoridade (...) Os 3 últimos até fazem muita falta."
zazie, assim por acaso fui ter a um video com um excerpto de um discurso do cardeal Cerejeira. Nunca tinha ouvido ou visto o dito senhor a falar. So' tinha ouvido falar dele. Sendo ele um dos legitimos representantes desses "tres ultimos", devo-te dizer que, apos assistir a tal espectaculo (o discurso, pois claro), devo-te dizer que nao ficam muito a dever aos teus amigos Monthy Python. Na verdade, ate' me parece que os consegue bater - de longe, de longe - aos pontos.
Se hoje estivesse para falar a serio diria: que tristeza que era aquilo! Santa Maria!... :O))
(ainda nao consigo acreditar que aquilo nao fosse uma comedia 'a portuguesa chamada, sei la', "O Anjo de Portugal" ou qualquer outra cena do genero ahahahahah)
Quanto 'a catedral de Chartres e 'a arquitectura das igrejas modernas, estou de acordo com vocesselencias. A decadencia e' manifesta e inegavel.
O aparecimento da arquitectura funcionalista esteve ligado à emergência das ditaduras do séc. XX.
Como considero que estamos de regresso... mas não era no Salazar que queria pôr o foco. Quanto ao dinheiro dos fiéis e não o dos contribuintes, só posso, no mínimo, dizer: Graças a Deus!... só tenho pena dos estádios do Euro não terem sido feitos com o dinheiro dos sócios dos respectivos.
(como vê, não tenho muito jeito para me restringir a um único assunto; mea culpa - mas de ressalvar que de um antes para agora, estou bastante mais diplomático, não acha?)
Não sei qual era o antes, verdade, não me lembro de si sem ser de agora.
Quanto à arquitectura já separei a religiosa da civil. Não sou nada "antiquada" em termos estéticos. Simplesmente na arquitectura religiosa o modernismo só funcionará para os evangélicos- aquilo também nunca teve qualquer semelhança com uma igreja, por isso...
Em relação ao Vaticano é diferente. O que temos ali é um gigantesco palimpsesto histórico e artístico.
Agora se quisermos escolher uma obra que não tenha grandes alterações é diferente. Para mim só mesmo o românico e o gótico (mas é questão estritamente pessoal porque sei ver a beleza de uma obra do renascimento. Mas não a sinto, e isso é que conta).
Já sabemos que tu só tens olhinhos para as alegrias do presente desde que encasquetaste que o verdadeiro tuga ainda está para nascer
ehehehe
Fartei-me de rir. Vs. os científicos utópicos são sempre assim- o que está para vir é que é bom. Tudo o que aconteceu antes de mim não existe ou não presta. Portugal há-de nascer graças ao 25 de Abril e ao choque tecnológico.
Como é óbvio nunca seria preciso nenhum discurso de nenhum cardeal para se perceber que Portugal foi norteado desde a sua fundação pela crença em Deus e depois segui-se a Pátria. A autoridade existia quando existiu país. Achar-se hoje em dia que estas 3 noções são anedota à Monty Python é nem conhecer os Monty Python. Dois deles são excelentes historiadores e nunca diriam uma bacorada dessas.
zazie, disparas ao lado. A anedota nao e' a Historia de Portugal, nem o significado historico desses conceitos que foram importantes na escultura da nacionalidade portuguesa.
Anedota nao sao essas tres nocoes (embora sejam, de facto, anacronicas quando interpretadas como 'a 50 anos em Portugal).
Anedota eram aqueles (e.g. Cerejeira) que se auto-proclamavam os herdeiros de tais tradicoes e pergaminhos. Basta ouvi-los e ve-los a falar para reconhecer que nao passavam de uns pandegos. Umas anedotas ambulantes.
Nao, nao, fica sabendo que eu tambem adoro a catedral de Chartres, a Capela Sistina, os frescos do Giotto em Assis e em Padua, etc etc e abomino essas igrejas "americanizadas".
E tambem gosto muito das muitas capelinhas que se encontram em Franca por todo o lado, tao bem tratadas, tao bem anunciadas, e tudo no pais dos demoniacos jacobinos. Quem nos dera tais jacobinos em Portugal! ;-)
Não são anedota nenhum comparada com as boas das anedotas dos "cardeais dos nossos dias".
Olha uma coisa: já viste a capela de Ronchamp do Corbusier?
Não conheço mas seria das poucas que teria curiosidade em ver.
Mas olha que não tenho resposta para esta questão e acho que devia ter. Afinal de contas a arquitectura religiosa islâmica contemporânea funciona. A católica também poderia funcionar, mesmo que feita de raiz nos nossos dias.
Mas nunca indo buscar formas fora da sua história. Se calhar é por isso que, na arte religiosa, até os revivalismos do século XIX "funcionam" melhor que as macacadas pós modernas.
Sabes qual foi a diferença de França para Portugal: é que tinham muito mais igrejas. Foi apenas isto. Também preferiram sempre destruir e pilhar as estrangeiras nas famosas campanhas libertadoras.
Mas a razão é apenas esta- numérica. Por cá havia menos, bastou destruir por levas francesas, liberais e republicanas para, em alguns casos, ficarmos reduzidos a praticamente nada.
Em termos de arte sacra desapareceram as grandes obras. Quando tu dizes que não se percebe porque motivo até nesse campo artístico somos menos que os outros, tens aqui uma resposta. Porque foi tudo, queimado, destruído, pilhado, vendido, espatifado. A pedra, como é mais dura, ainda serviu para quartel, quando não explodiam os paiois e lá ia o convento ao ar.
''Fico sempre admirada por existirem tantos portugueses cultos que ignoram em absoluto as pilhagens e destruições de arte sacra do seu país.''
- Vocês já ouviram falar daquele livro fantástico de uma tal ''Zazie'' sobre este assunto? Um livro que todos os portugueses precisam ler urgentemente...? (eu sei lá... não leve a mal... pelo menos é a manifestação de um desejo...:))
Cumprimentos. E lágrimas pela ''coisa'' lá em Fátima. Aquilo é para os discos voadores caberem lá dentro, ou quê? Pronto, não resisto a brincadeiras...
A nova catedral não terá muito espírito, mas os srs não acham que levantar uma nova catedral em frente à anterior ia confundir a imagem pela qual Fátima é reconhecida universalmente no mundo?
Tens razão. Arquitectura religioso só a medieval. A partir daí ainda é possível alguma coisa no barroco ou o Gaudi. Mais nada.
ResponderEliminarPode ser defeito religioso meu mas num lugar destes acho que não conseguia sentir nada de sagrado.
E passei por cima do renascimento de propósito.
ResponderEliminarTudo o que linha pura, geometrismo, matemática, simplificação de formas e ausência decorativa torna-se insuportável na arquitectura religiosa.
Agora a bizantina.... essa sim.
Só não digo que é deterioração estética da arquitectura em geral (ainda que também o seja, desde essa época) porque na civil e no urbanismo existem coisas modernas muito boas.
ResponderEliminarAgora basílicas, igrejas, catedrais, acabou tudo. O Gaudi foi o único que ainda era capaz.
Que estupidez, esquecia-me de dizer uma heresia que é uma grande verdade: arquitectura religiosa contemporânea, excelente, só a islâmica
ResponderEliminarehehe
A mesquita de Lisboa é lindíssima. Agora com a ampliação perdeu um bocado mas, ainda assim, é uma boa obra religiosa- linda.
A fotografia de Chartres é particularmente feliz e elucidativa: os fiéis acantonados entre o labirinto e o altar...
ResponderEliminarNão era nas igrejas onde se tratavam dos assuntos de estado, ao contrário das sinagogas ou mesquitas? Daí ter nascido o termo igrejinha, que também significa conluio, tramóia, conspiração?
ResponderEliminarOra o estado está cada vez mais pobre, não há dinheiro para floreados...
Carlos
Nem mais. É a era dos minimalismos e da falta de Arte e de Alma. Como é que pode haver verdadeira espiritualidade e recolhimento numa «sala de espectáculos» feita igreja? Ainda por cima ao gosto torpe desta tristíssima modernidade? Aí, a Zazie tem toda a razão.
ResponderEliminarO tempore! O mores!
E se por dentro podem alegar que é "funcional", por fora é perfeitamente estúpida... Mas já não é surpresa. Outra coisa não se esperava.
ResponderEliminarEra exactamente isso que ia dizer, Luís. Tem muito de funcionalismo, adaptado à contemporaneidade (que se reflecte num duvidoso sentido estético revestido de elitismo transcendental)... sinais dos tempos que regressam; afinal, depois do outro ter ganho o concurso, diga lá vossa excelência quem não tem saudades dos três F's? E diga lá, ainda, se não caem tão bem neste chefão de Estado, e respectiva companhia? Enfim, um mimo!
ResponderEliminarPois, e também é muito importante as estátuas dos santinhos, e os fumos mágicos, e as bolachas mais o vinho...
ResponderEliminarEntão, deixou de guardar os comentários? Já não tem medo da tal Tina? ahahahah
Não sei porque é que V. Exas. não andam vestidos de pele de bisonte, moca na mão à caça, vivem numa gruta...a espiritualidade acompanha a vida. Certo?
ResponderEliminarQuem deu início a isto não construiu igrejinha nenhuma. Nasceu e morreu judeu, frequentava as sinagogas e esporadicamente foi ao Templo de Jeruzalém.
Lendo o evangelho de João, vê-se a importância que dava aos templos (nula). Mas adoradores de montes de pedras sempre houve para todos os gostos. (Não estou a desvalorizar a arte. Isso é outra conversa).
É claro que olhando as fotos da nova igreja ela me parece um gigantesco depósito para tratamento de esgotos. Mas não estive lá dentro, nem perto. E a espiritualidade não se mede pela emoção que se sente neste ou naquele lugar. Mas isso é outra conversa.
Ó Lagoa, atenção a um detalhe que é importante. Eu não gosto mas esta igreja foi paga com dinheiro de fiés, não tem nada a ver com o despesas públicas.
ResponderEliminarEssa treta dos 3 Fs ou do Deus Pátria Autoridade são chavões que nem se percebe para que se repetem em sentido depreciativo.
Os 3 últimos até fazem muita falta.
(é claro que o local tem a ver com a espiritualidade. Se fosse de outra forma nem fazia sentido a existência de espaços sacros que é anterior às arquitecturas.
O contrário seria dizer que um centro comercial também é um excelente local de recolhimento para oração.
Há toinos que não entendem a diferença e depois também reivindicam modernices para lá oficiar tudo- mulheres, inclusive.
Templos...lugares.
ResponderEliminarConfesso que é de grande significado entrar na basílica do Vaticano que nada tem a ver com Chartres e deparar, logo à entrada, com o lugar de coroação de Charlemagne.
Olhar à esquerda e deparar com a Pietá, a verdadeira, cinzelada pelo Miguel Ângelo.
Seguir em frente e se descermos, ir parar á cripta onde foi depositado o corpo do Apóstolo Pedro.
Olhar e reparar num tabernáculo desenhado na imaginação de Bernini cujo altar, se colocou no preciso lugar, vertical, onde metros mais abaixo repousa o túmulo de S. Pedro.
Querem ver o que é um templo?
Sintam-se em casa. Vejam esta maravilha
"Deus Pátria Autoridade (...)
ResponderEliminarOs 3 últimos até fazem muita falta."
zazie, assim por acaso fui ter a um video com um excerpto de um discurso do cardeal Cerejeira. Nunca tinha ouvido ou visto o dito senhor a falar. So' tinha ouvido falar dele. Sendo ele um dos legitimos representantes
desses "tres ultimos", devo-te dizer que, apos assistir a tal espectaculo (o discurso, pois claro), devo-te dizer que nao ficam muito a dever aos teus amigos Monthy Python. Na verdade, ate' me parece que os consegue bater - de longe, de longe - aos pontos.
Se hoje estivesse para falar a serio diria: que tristeza que era aquilo! Santa Maria!... :O))
(ainda nao consigo acreditar que aquilo nao fosse uma comedia 'a portuguesa chamada, sei la', "O Anjo de Portugal" ou qualquer outra cena do genero ahahahahah)
Quanto 'a catedral de Chartres e 'a arquitectura das igrejas modernas, estou de acordo com vocesselencias. A decadencia e' manifesta e inegavel.
zazie:
ResponderEliminarFuncionalismo também tem F.
O aparecimento da arquitectura funcionalista esteve ligado à emergência das ditaduras do séc. XX.
Como considero que estamos de regresso... mas não era no Salazar que queria pôr o foco. Quanto ao dinheiro dos fiéis e não o dos contribuintes, só posso, no mínimo, dizer: Graças a Deus!... só tenho pena dos estádios do Euro não terem sido feitos com o dinheiro dos sócios dos respectivos.
(como vê, não tenho muito jeito para me restringir a um único assunto; mea culpa - mas de ressalvar que de um antes para agora, estou bastante mais diplomático, não acha?)
Não sei qual era o antes, verdade, não me lembro de si sem ser de agora.
ResponderEliminarQuanto à arquitectura já separei a religiosa da civil. Não sou nada "antiquada" em termos estéticos. Simplesmente na arquitectura religiosa o modernismo só funcionará para os evangélicos- aquilo também nunca teve qualquer semelhança com uma igreja, por isso...
Em relação ao Vaticano é diferente. O que temos ali é um gigantesco palimpsesto histórico e artístico.
Agora se quisermos escolher uma obra que não tenha grandes alterações é diferente. Para mim só mesmo o românico e o gótico (mas é questão estritamente pessoal porque sei ver a beleza de uma obra do renascimento. Mas não a sinto, e isso é que conta).
MP-S,
ResponderEliminarJá sabemos que tu só tens olhinhos para as alegrias do presente desde que encasquetaste que o verdadeiro tuga ainda está para nascer
ehehehe
Fartei-me de rir. Vs. os científicos utópicos são sempre assim- o que está para vir é que é bom. Tudo o que aconteceu antes de mim não existe ou não presta. Portugal há-de nascer graças ao 25 de Abril e ao choque tecnológico.
Como é óbvio nunca seria preciso nenhum discurso de nenhum cardeal para se perceber que Portugal foi norteado desde a sua fundação pela crença em Deus e depois segui-se a Pátria. A autoridade existia quando existiu país. Achar-se hoje em dia que estas 3 noções são anedota à Monty Python é nem conhecer os Monty Python. Dois deles são excelentes historiadores e nunca diriam uma bacorada dessas.
ResponderEliminarzazie, disparas ao lado. A anedota nao e' a Historia de Portugal, nem o significado historico desses conceitos que foram importantes na escultura da nacionalidade portuguesa.
ResponderEliminarAnedota nao sao essas tres nocoes (embora sejam, de facto, anacronicas quando interpretadas como 'a 50 anos em Portugal).
Anedota eram aqueles (e.g. Cerejeira) que se auto-proclamavam os herdeiros de tais tradicoes e pergaminhos. Basta ouvi-los e ve-los a falar para reconhecer que nao passavam de uns pandegos. Umas anedotas ambulantes.
"o que está para vir é que é bom."
ResponderEliminarNao, nao, fica sabendo que eu tambem adoro a catedral de Chartres, a Capela Sistina, os frescos do Giotto em Assis e em Padua, etc etc e abomino essas igrejas "americanizadas".
E tambem gosto muito das muitas capelinhas que se encontram em Franca por todo o lado, tao bem tratadas, tao bem anunciadas, e tudo no pais dos demoniacos jacobinos. Quem nos dera tais jacobinos em Portugal! ;-)
Beijocas
Não são anedota nenhum comparada com as boas das anedotas dos "cardeais dos nossos dias".
ResponderEliminarOlha uma coisa: já viste a capela de Ronchamp do Corbusier?
Não conheço mas seria das poucas que teria curiosidade em ver.
Mas olha que não tenho resposta para esta questão e acho que devia ter.
Afinal de contas a arquitectura religiosa islâmica contemporânea funciona. A católica também poderia funcionar, mesmo que feita de raiz nos nossos dias.
Mas nunca indo buscar formas fora da sua história. Se calhar é por isso que, na arte religiosa, até os revivalismos do século XIX "funcionam" melhor que as macacadas pós modernas.
Sabes qual foi a diferença de França para Portugal: é que tinham muito mais igrejas. Foi apenas isto. Também preferiram sempre destruir e pilhar as estrangeiras nas famosas campanhas libertadoras.
ResponderEliminarMas a razão é apenas esta- numérica. Por cá havia menos, bastou destruir por levas francesas, liberais e republicanas para, em alguns casos, ficarmos reduzidos a praticamente nada.
Em termos de arte sacra desapareceram as grandes obras. Quando tu dizes que não se percebe porque motivo até nesse campo artístico somos menos que os outros, tens aqui uma resposta. Porque foi tudo, queimado, destruído, pilhado, vendido, espatifado. A pedra, como é mais dura, ainda serviu para quartel, quando não explodiam os paiois e lá ia o convento ao ar.
Fico sempre admirada por existirem tantos portugueses cultos que ignoram em absoluto as pilhagens e destruições de arte sacra do seu país.
ResponderEliminar''Fico sempre admirada por existirem tantos portugueses cultos que ignoram em absoluto as pilhagens e destruições de arte sacra do seu país.''
ResponderEliminar- Vocês já ouviram falar daquele livro fantástico de uma tal ''Zazie'' sobre este assunto? Um livro que todos os portugueses precisam ler urgentemente...? (eu sei lá... não leve a mal... pelo menos é a manifestação de um desejo...:))
Cumprimentos. E lágrimas pela ''coisa'' lá em Fátima. Aquilo é para os discos voadores caberem lá dentro, ou quê? Pronto, não resisto a brincadeiras...
Já me esquecia que aqui as brincadeiras são entendidas...
ResponderEliminarehehe
ResponderEliminarSe quiser indico-lhe o siteisso está.
":OP
Quanto a Fátima só me pronunciei pela arquitectura. De resto, até podia ser ao ar livre que o santuário não sofria uma beliscadura.
A boca era para os científicos que acham que o jacobinismo fez muito bem à saúde artística.
A propósito: parabéns pelo blogue. Tem para lá Callas que faz favor. E bem que sou fã.
ResponderEliminarA nova catedral não terá muito espírito, mas os srs não acham que levantar uma nova catedral em frente à anterior ia confundir a imagem pela qual Fátima é reconhecida universalmente no mundo?
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