- Mateus, 6, 24
Quando o Comendador Berardo, a propósito deste triste espectáculo do BCP, vem denunciar putativas irregularidades - que, diz ele, geraram uma transferância anual de lucros para o bolso de Jardim Gonçalves no valor de 50 milhões de euros -, ficamos maravilhados com as virtudes imensas deste capitalismo que nos alumia. Ao contrário do que geralmente se pensa, o dinheiro não nasce da retórica nem dum qualquer "fiat money". Alguém paga os fabulosos lucros de outrém. Alguém contribui. Ora, os bancos, que vêm paulatinamente tomando o lugar do Estado, têm vindo a transformar os depositantes em contribuintes. Congratulemo-nos então: A quantidade de gente (eu, entre milhares de outros otários) que se quotizou em prol dos lucros fabulosos do beato Jardim Gonçalves!...
O Problema das actuais elites é que nos conduzem alarvemente ao abismo, mas cobram-nos o preço subtil duma viagem ao Sétimo Céu.
Noutra passagem de S.Mateus, Jesus responde a um jovem rico: "Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me.»
Diante desta passagem, Francisco de Assis não hesitou e foi um dos mais perfeitos cristãos de que há memória. A Opus Dei, destes banqueiros sanguessugas e hipócritas, é o quê?... A que porcaria de elites anda a Santa Sé a dar cobertura?...
Se a Fé anda por estas ruas e, sobretudo, por estes becos e vielas, até o ateísmo está mais próximo de Deus. Pior que duvidar de Deus é servir ao diabo. Pior que ignorar o Sagrado é conspurcá-lo.
"A caneta é uma arma?"
ResponderEliminarDurante a ditadura nada podia ser dito (escrito)sem o controlo das gentes do dinheiro que não hesitavam sequer em matar para, escudados atrás do ditador, dominarem e escravizarem todo um povo.
A caneta era a arma usada na guerrilha do dia a dia.
Agora em Democracia, pode-se dizer(escrever) o que se quiser, mas há muito tempo que as gentes do dinheiro souberam controlar os sitios onde o podemos fazer. A arma passou a disparar pólvora seca.
Quando a caneta deixa de ser uma arma para ser apenas uma caneta, então a Democracia já também só o é de nome.
Meu Caro Deagão,
ResponderEliminarValerio Marcu dizia que nunca confiaria num general judeu ou num banqueiro cristão. Antes de Israel, claro. Embora a tónica do Autor fosse para a primeira metade, talvez seja altura de recuperar a segunda.
Abraço
Pois é, meu caro, parece que a Igreja também se entregou às maravilhas do progresso e da Evolucinha. Já lá vai o tempo em que a usura dava direito a excomunhão.
ResponderEliminarabraço
Dragão
"O Problema das actuais elites é que nos conduzem alarvemente ao abismo, mas cobram-nos o preço subtil duma viagem ao Sétimo Céu."
ResponderEliminarEsta vou copiar e colocar em papel onde toda a gente possa ver.
Legionário
Neste espectáculo BCP-Millenium há um elo em comum que não passa despercebido; os " litigantes" desta paródia são crentes da seita de Navarra, que por sua vez estão infiltrados no sector financeiro espanhol, veja-se internacional, a tal ponto de negociarem as finanças do Vaticano e garantirem a sua sustentabilidade. Sendo isto factos do conhecimento público, e conhecendo o Opus Dei pelo reverso, imaginar que um ou outro protagonista se " enfrentam" por teimosia, ou orgulho ferido, é inimaginável. Tanto a hierarquia do Opus Dei, e milhares de adeptos trabalhadores no Banco, como a parte accionista da Prelatura sabem para onde isto deve de ir, e como manobrar para afastar um que outro grupo de accionistas da liderança do Banco. Este aparente " Caos" tem uma Ordem na aparente desordem. Durante os últimos anos, principalmente depois dos anos 75, o Opus Dei recrutou e posicionou nas estruturas do Estado os seus peões, cujo caso mais visível foi o de Amaro da Costa, mas não o mais importante. As peregrinações a Huesca, e a Pamplona, sobretudo no Verão, o estrito controle da consciência religiosa de mil de adeptos e suas famílias, e o acesso aos postos de trabalho das Familiares nas organizações afins à chamada Obra, sem citar os estabelecimentos de ensino, internatos," lares" e afins que pouco a pouco se instalaram discretamente por toda a parte na Península, (um exemplo de sucesso disto se concretizou na Comunidade Valenciana, entre outras) cada um com programas de sustentabilidade garantida em forma celular, supõe e urge saber, por parte dos serviços de informação do Estado – se ainda estão sob controle e garantias do dito Estado como supra Entidade Reguladora que garante a imparcialidade de todos os sectores da população num Estado de Direito – qual é o " plano que tem o Opus Dei para a Península Ibérica" a curto e médio prazo, pois certamente não se trata de religião, no sentido de crença de cada qual, mas da cimentação de um autêntico e viável reduto peninsular onde determinadas opções político-religiosas seriam instaladas para a chamada " reconquista cristã da Europa". Portugal ao lado de Espanha, infiltrado e agonizante, deixar-se-ia arrastar pelo influxo, e servia de plataforma na comunidade lusófona, ao lado do Brasil, na nova Ordem moral que se pretende projectar para a supremacia das crenças em detrimento do Direito dos Povos. Tendo esta breve exposição como hipótese de trabalho, o que se passou e vai passar na Alfândega do Porto, é uma simples parodia de mau gosto, em que os Vasconcelos deste País olham ao largo a ver o futuro pós 2013, já acomodados na nova perspectiva Ibérica, onde os saramagos de todas as índoles já têm cadeira com estofo vermelho. O Povinho, esse já habla português e só quer governar a vidinha que isto de História, ele, o Povão, nada percebe, nem quer perceber. São coisas de " doutores e engenheiros” e neste País é o que não falta em cada esquina, à espera de um esquema qualquer, fora ele leiloar a Pátria.
ResponderEliminarBruder
Apre! Tantos saramagos por aqui.
ResponderEliminarEste post pega o demo pelos cornos... Jesus veio e está entre os pobres e os simples para servir
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