segunda-feira, janeiro 22, 2007

Esquemas e cleptomanias

«Para onde foram os milhões de dólares despejados no Afeganistão?»
- Um artigo deveras instrutivo, que merece ser lido na íntegra.

Apenas algumas passagens mais eloquentes:
- «During the past five years, the United States and many other donor nations pledged billions of dollars to Afghanistan, yet Afghans keep asking: "Where did the money go?" American taxpayers should be asking the same question. »
- «Millions of $ has been given to Afghanistan by donor countries but much of it is being grabbed by warlords, NGOs and UN workers.»
- « Much of the money is thrown away on "overpriced and ineffective technical assistance," such as those hot-shot American experts, the report said.»
- «And big chunks are tied to the donor, which means that the recipient is obliged to use the money to buy products from the donor country, even when -- especially when -- the same goods are available cheaper at home.»
- «Last year, for example, when the president sent his wife to Kabul for a few hours of photo ops, the New York Times reported that her mission was "to promise long-term commitment from the United States to education for women and children." Speaking in Kabul, she pledged that the United States would give an additional $17.7 million to support education in Afghanistan. But that grant had been announced before; and it was not for Afghan education (or women and children) at all but for a new private, for-profit American University of Afghanistan. (How a private university comes to be supported by public tax dollars and the Army Corps of Engineers is another peculiarity of Bush aid.)»

Moral da história, e como resume o próprio artigo:
«Cada vez mais privatizada, a Ajuda Americana tornou-se apenas mais um esquema tortuoso para transferir o dinheiro dos contribuintes para os bolsos dos Americanos ricos.»

2 comentários:

  1. Aquando uma reunião informal sobre as políticas adoptadas pelo Presidente Bush, para o Afeganistão, lembro de haver perguntado a uma determinada pessoa bem posicionada, e perspicaz da política americana: como entender a admistação Bush? Sem um segundo de hesitação, respondeu-me: " it´s oil and military" ( é o poder do petróleo e o das indústrias de armamento ). Toda a gente à volta da grande mesa concordou.
    Os principais dirigentes e as eminências pardas da admistação Bush, multimilionários na sua maioria, vêm directamente dos meios petrolíferos texanos. Muitos deles conservam relações estreitas com os antigos patrões das grandes sociedades transcontinentais petrolíferas de perfuração, de transporte e de produção. A guerra no Afeganistão, as suas alianças no mundo Árabe, a sua politica do Médio Oriente explica-se quase exclusivamente por meio dessas relações.
    Bush, seu irmão Jeff e o pai têm acumulado a sua fortuna colossal graças às empresas petrolíferas. Além desta "coincidência" é importante, para perceber a rota dos doláres, o facto de Dick Cheney, Donald Rumsfeld, Condolezza Rice, terem sido todos antigos directores de sociedades petrolíferas texanas, sem esquecer a nomeação, como delegado especial, de Zalmay Klalizad para o Afeganistão. Este tem o título de embaixador e é mulçumano de nível mais elevado de toda a admistração.
    Não sei se isto ajuda a perceber a política tortuosa...que no final, não é tortura nenhuma: é um simples processo de passe!

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  2. Outra explicação, geoestratégica, prende-se com a localização do Afeganistão. Principalmente, pela importância que vem assumindo na bacia petrolífera do Mar Cáspio. Esta posição, é fundamental para o domínio de uma posição central que permite controlar os fluxos do ópio e a rota dos hidrocarbonetos.
    Mais para mais quando o Afeganistão é um protectorado da ONU.
    Com tudo isto, é facil perceber "Where did the money go?"

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