sexta-feira, dezembro 08, 2006

Para o Iraque e em força!...

O IRAQ STUDY GROUP REPORT - o relatório que está a dar que falar e que deixou os israelitas à beira dum ataque de nervos. Aliás, eles estão sempre à beira dum ataque de qualquer coisa...
Mas não nos dispersemos.
Uma das conclusões mais interessantes e, quanto a mim, mais meritórias do relatório resume-se ao seguinte: No Iraque, país trasladado ao perfeito caos, há militares a mais e civis a menos.
Começo por dizer-vos que estou completamente de acordo com este painel de sábios liderados por James Baker.
Os militares, convenhamos, são óptimos a instalar o caos, mas péssimos a geri-lo (só reconhecem dois extremos: ou instalar o caos, ou acabar violentamente com ele; não dominam minimamente as delícias intermédias). Ora, instalado o caos - com grande brilhantismo, reconheça-se-, a presença militar torna-se inútil, senão mesmo contraproducente (agora começariam com a mania de querer implantar a ordem). Torna-se, pois, manifesta, direi mesmo urgente, a presença generosa, abundante e entusiasta de civis peritos na gerência da balbúrdia. Não é por acaso que, ao contrário do ser humano, o civil, na bandalheira, se sente como peixe na água, ou girino no charco das águas matrizes. Por outro lado, até por um mecanismo lógico de compensação, tal é plenamente desejável: à medida que, em grande velocidade, os civis iraquianos diminuem, convém que os civis americanos aumentem, preencham os espaços vazios, não vá gerar-se algum desequilíbrio demográfico de consequências imprevisíveis. O ideal seriam até colonatos. De judeus americanos, por exemplo.
Mas não requeiramos para já a perfeição. O óptimo, lá diz o povo, é inimigo do bom. Razoável, portanto, nesta primeira fase de rescaldo, seria a Administração Bush nomear para comissões de serviço no Iraque, e despachá-los para lá em passo de corrida, todos aqueles peritos de geopolítica do Médio-Oriente que infestam as colunas dos jornais e os painéis televisivos. Os oráculos das revistas e os think tanks em barda. Todos os evangelistas da democratização a tiro. Não há nada como experimentar as próprias teorias na prática. É, de resto, esse, um requisito científico elementar, que essas almas positivistas certamente apreciarão.
Vou mais longe (que, neste caso, até é bem perto): se o presidente Bush precisar mesmo de entusiastas frenéticos, comissários políticos a toda a prova, até de bala, então é nos americanos em comissão de serviço em Portugal que deve recrutar os novos colonos-gerentes do Iraque. De modo a colaborar com tão útil e premente medida, facilito-lhe até, de antemão, uma lista sucinta de alguns candidatos ansiosos, fanáticos ululantes (todos eles) desde a primeira hora:
1.Os Vascos (O Graça Moura, o Rato e o Pulido Valente)
3. A puericaterva da "revista Atlântico" (aquilo funciona em enxame, não é passível de individualização)
5. O Luciano Amaral e o Pedro Lomba (operam em parelha)
6. O Zé Manel Fernandes
7. E, finalmente, o Paulo Portas. (Se levar também, de brinde, a família toda - a mãe, o pai, o irmão e a irmã-, erigimos-lhe uma estátua em praça pública, ao George W.).

Nota: Agradecemos, não obstante, que nos deixe ficar o João Miranda. Fará decerto imensa falta em Bagdad, mas a nós ainda nos faz mais. Agora que os Fedorentos entraram em decomposição acelerada, resta-nos ele, o truão*-mor, para adubo das nossas gargalhadas. Isto sem ele ficava sepulcral.

* Truão significa aquele que cavalga (e subjuga) a "true", em todas as suas vertentes e especialidades. Ou, em sinonimia alternativa, "aquele que titila o truísmo".

17 comentários:

  1. AHAHAHHAHA

    Tira aí o VPV que nunca defendeu qualquer invasão do Iraque. Antes pelo contrário. Sempre esteve, desde a primeira hora, contra


    Quanto aos outros, e ao post, em grande.

    ":O)))

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  2. o truão também é o vagabundo e o bufão ou bufarinheiro, que anda a vender aldrabices.

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  3. O Durão é bem lembrado, mas já não está na nossa órbita. :O)

    O VPV em matérias domésticas é uma coisa. Em matérias internacionais é um desastre. Vai no pacote por causa disso.
    É claro que estar no mesmo embrulho dos outros dois vascos é um castigo desumano e quiçá excessivo. Mas se há coisa que eu não sou, nem nunca reclamei ser, é modelo de virtudes. Aos justos, neste manicómio, crucificam-nos!...
    Por isso mesmo, antes ser eu injusto com ele, que a outra pandilha toda comigo. Ou em português mais sintético: que antes se foda ele, que eu!...:O)

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  4. Tá bem, tá bem...

    Só que é treta porque ele foi dos que mais escreveu a dizer a asneira que ia ser a guerra do Iraque.


    Até é bem capaz de ser desastre mas, neste caso, se o foi, foi por não acreditar na exportação da democracia.
    Tudo o que aconteceu já ele tinha previsto.

    Ir ao lado do Rato que é um idiota e que sempre disse o oposto...

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  5. A guerra, não. A invasão. Sempre contra. Não encontras um único texto em que ele tenha estado pelo nim, quanto mais pelo sim.

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  6. Por acaso até tem escrito últimamente mais disparates que na altura.

    Agora, com a guerra do Líbano é que escreveu para aí umas tontices como aquela do Hezbollah qualquer dia atingir Londres com katiuskas.

    Mas quanto ao Iraque foi sempre certeiro. Totalmente contra.

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  7. É verdade: who the fuck is Pedro Lomba?

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  8. «A guerra, não. A invasão. Sempre contra.»

    Preliminares, tudo bem. Mas nada de penetrações. :O)

    Zazie, isto foi só para matar saudades. :O) Eu raramente leio o gajo, não tenho acesso on-line ao "Público". Mas, logo por azar, quase sempre que calha lê-lo, à boleia de algum bom samaritano, dou com ele nessa postura ao estilo "líbano". E o tom meio histérico com o Islão também não ajuda muito.
    Mas é evidente que não merec estar ao lado do rato. Nenhum ser humano merece.

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  9. Ah, o Lomba... é aquele estrábico, físico e metafísco, que garatuja no DN.
    Talvez o opinador mais insípido da balhelhosfera.

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  10. ehehe eu sei quem é o estrábico mas também pensava que nem era "gente"

    ehehehe

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  11. dá ideia que está tentar aquelas redacções da 2ª classe: "a vaca serve para pastar e o leite dá o senhor prior"

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  12. Esqueceu o Luís Delgado...

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  13. O Zé pereira à frente, com os bombos a anunciar.

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  14. Sim, sr. dragão faltam de facto o sr. "cherne" durão, e o sr. intestino D..
    O VPV mal conheço, aliás nem me interessa, a esposa é muito mais interessante. Lol!

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  15. "aquele que titila o truísmo" é uma boa definição.
    Realmente.

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  16. O ab, aliás leclerq, aliás... é que devia interrogar-se sobre o que seria de si sem os americanos e os israelitas. Ficava sem casulo mental, digo mentol. E sem totem tribal.

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  17. olha quem ele. Já andava com saudades do nosso aprendiz de judeu yankee

    ";O)

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