"A filha do Ferro Rodrigues?! 'tou-me a cagar para a filha do Ferro Rodrigues!"
Mas tal desabamento não seria digno de um cavalheiro. Um cavalheiro, de joelho em terra, endereçar-lhe-ia, em vez de vociferações descabeladas, odes de enleio e afecto... Como por exemplo:
Desovando estava a Rita mais formosa
e nunca se viu cu de tanta alvura;
Porém o ver obrar a formosura
Mete nojo à vontade mais gulosa!
Ela a massa expulsou fedentinosa
Com algum custo, porque estava dura;
Uma carta d'amores de alimpadura
serviu àquela parte mal cheirosa:
Ora mandem à moça mais bonita
Um escrito d'amor que lisonjeiro
afectos move, corações incita:
Para o ir ver servir de reposteiro
À porta, onde o fedor, e a trampa habita
Do sombrio palácio do alcatreiro!
(soneto de Bocage, ao qual apenas alterei três palavrinhas).
Debalde um céu cioso, ó Drago, encobre
ResponderEliminarA espúria diatribe ao meu desejo
Tudo o que me esconde, tudo o que eu não vejo
O blog audaz e alígera descobre.
Por mais e mais que as sentinelas dobre
à sisuda Modéstia, ao sério Pejo,
a jornalista logra, em empolado ensejo,
re-exumar a ideia, afoita e pobre.
Inda que ao tema o meu rigor me negue,
De Bocage a glosa, a indómita lia,
A teu estro me rende, deixa entregue:
Que pod’rá contra tua verve e ironia
Quem as delícias da mente não consegue
E só no estulto insulto se aporfia?
(glosando um soneto de Bocage, ao qual alterei muitas palavrinhas!...) - Agradeço, Dragão, os óptimos momentos que tenho passado ao Dragoscópio. Saudações blogosauricas
Eu é que agradeço, gentil senhora: dignar-se perder o seu decerto precioso tempo com as minhas estouvadas flibusteirices.
ResponderEliminarAs minhas homenagens a tanta e tão esbelta benevolência
Caro Dragão, só lhe posso agradecer os divertidos momentos que consigo passo. A inteligência manifesta-se de muitas formas e você é excepcional com a Língua Portuguesa.Parabéns !
ResponderEliminarEheheheh!
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