quarta-feira, outubro 11, 2006

Degrau a degrau

Das poucas certezas que permanecem imperturbáveis, desde a Antiguidade mais vetusta até hoje, é que a Ordem emerge e germina do Caos. Coerentemente, armados da mais imaculada lógica, todos os arquitectos e empreiteiros de Novos Mundos (mais ou menos canoros) sabem onde ir cavar os alicerces das suas edificações. Sabem e vão. Todos, unanimemente, nos transportam ao caos, para, a partir daí, como estipula o paradigma, nos elevarem à Nova Ordem. Para nos propulsionarem, quiçá em fogoso géiser, ao Novo Céu. Até hoje só ainda não descobriram como pôr o elevador a funcionar. Aliás, ainda andam à procura do patamar de embarque, que suspeitam ser sempre um pouco mais abaixo. E lá vão escavando, optimistas, confiantes, buliçosos. E nós descendo. Em paulatina derrocada.

6 comentários:

  1. O Nero também tinha essa "visão".

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  2. Sim, as Novas-Romas ainda são casos mais desastrosos que os Novos-Mundos...

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  3. A História não é mais do que a história de um homem a tentar sair de um buraco. quando está quase a conseguir aparece sempre um filho da puta qualquer que o empurra lá para baixo.
    não sei quem disse isto mas concordo com ele e ,creio eu, é também uma das poucas certezas que permanecem imperturbáveis, desde a Antiguidade mais vetusta até hoje.
    ...E nós descendo. Em paulatina derrocada.

    bem dito, César Augusto.

    danos colaterais

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  4. Em paulatina derrocada. , e saltitantes! depois o que varia são os tipos de borracha e a força com que a genitália nos cospe lá de cima. sem panorâmicas nem repetições nem cálculo. tudo em câmara lenta a comer o juízo.

    ^_^

    ch'an

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  5. É o chamado efeito "pau...latino". :O)

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  6. danos colaterais

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