Será que os militares israelitas, maravilhados com a espantosa eficácia e os êxitos retumbantes dos americanos no Iraque, decidiram imitar-lhes entusiasticamente os passos?
Depois duma primeira fase de verdadeiro "Shock and Awe" ( a velha Blitzkrieg com outro nome), não é que se preparam já para, com todo o afã, erigir o seu Abu-Ghraib...
Curiosamente, parece que este hábito remonta a outras peregrinações. Pelo menos é o que afirma a Human Rights Watch:
«Israel Responsible for Abuses in Khiam Prison».E especifica: "Since the facility opened in 1985, hundreds of Lebanese have been arbitrarily detained in Khiam without charge for indefinite periods of time. Many of the detainees, including women, have been tortured during interrogation and subjected to abysmal conditions of confinement."
Naturalmente, as democracias, quando em guerra, vêem-se constrangidas a torturar pessoas para detectar quais delas são infames terroristas. Bem como a instaurar Censura na informação, de modo a contrariar os espiões subversivos. Nada disto nos deve espantar. Fascinante mesmo, na notícia, é aquela parte em que o Exército, a pretexto da urgência da infraestrutura, teve que pedir uma autorização especial ao -registem bem - Chief Military Rabbinate (para que este, dizem eles, permitisse o trabalho ao sábado).
Chief Military Rabbinate? Mas que raio vem a ser isto? Então o exército tem que pedir autorização ao Capelão-Mor?! Mas que diabo de Forças Armadas são aquelas? Então o Capelão tem poderes de Ayatolla?... Já não percebo nada.
E outra dúvida estapafúrdia, mas que doravante não me larga: será que eles para bombardearem e metralharem, ao sábado, também têm que ter uma autorização especial do tal Rabbinate?
Ou matar e estropiar não é considerado trabalho?...
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