terça-feira, outubro 26, 2004

Links e Anonimato

É uma coisa que trago aqui atravessada há já uns tempos e que aproveito para descarregar...

Acerca de links quero dizer o seguinte:
Eu, Dragão, “linko”:
a) Aqueles que me dão prazer ler, sobretudo pelo seu humor, ironia e bons tratos da Língua Portuguesa, essa princesa guardada na torre onde cumpro vigília;
b) Por cortesia, todos aqueles que me “linkam”.
c) Não “linko” o “abrupto”, é verdade. Nem por cortesia o faria. Nem esse nem outros brutos da mesma igualha. Censura? Cuidados de higiene, simplesmente.
d) Prezo muito que a generalidade dos “bem pensantes” e “adiantados mentais” da paróquia blogopédica não me linkem. Reconforta-me. No dia em que a choldra invadir as instalações, o melhor mesmo é fechar a porta. A última das intenções disto é o proselitismo.
e) Como é óbvio, não sou nenhum modelo de virtudes. Para ninguém.
f) Tenho o maior dos apreços e considerações por quem discorda comigo, olhos nos olhos e, se for preciso, até ao ponto de andar à porrada. Aviso, no entanto, que sou hábil com a bengala.
g) Se alguém, até agora, eventualmente pensou em propôr-me para sócio do que quer que seja, e já foi preenchendo até a ficha de inscrição, aceite um conselho útil: rasgue-a.

Quanto às ideias e opiniões de todos eles, os que linko, não me meto nisso. É lá com eles. Repito: Se são democratas, socialistas, liberais, fascistas, salazaristas, salazarentos, comunistas, stalinistas, nazis, o diabo que os carregue, ou o que muito bem lhes dê na real gana, não sou polícia. Muito menos do pensamento. Um blogue, como vazadouro positivo, pode ser uma boa forma de exorcismo. Do que sei, com certeza, é que nenhum deles, desses todos, está totalmente certo nem totalmente errado. Politicamente, se ainda não perceberam, sou aristotélico; e, consequentemente, nietzschiano: estou “para lá do bem e do mal”, ou, traduzindo para crianças: para lá da “esquerda e da direita”. Portanto, o obsoleto e anacrónico não sou eu. Nem o patetinha alegre.
Quanto ao autor, este blogue não é anónimo. Eu chamo-me mesmo Dragão. Podia só assinar “D”, (ou “DR” – Dragão Rex) como “JPP”, ou “JCD”, mas não gosto de me confundir com siglas partidárias juvenis (ou desígnios nacionais) . Se não me conhecem, eu também não vos conheço de parte nenhuma, nem nunca vos vi mais gordos. Para aqueles que analizam* e catalogam as opiniões a partir da “cara de quem as defende”, deixem que vos pergunte: “E porque não o cu?”
Sim, porque quem começa a pedir a cara, não tarda pede também o cu. Ou partindo do princípio do peregrino com invariável cara de cu, o pedir a cara é já pedir o cu. E para peditórios desses não dei nem dou. E se insistem replico: Pegai no vossa opiniãozinha, embrulhai-a bem embrulhada, e, já que isso tanto vos obseca, ide vós dar a a cara, aliás, cu, por ela!... Ninguém se aflige e já estais habituados.
Para os restantes, pessoas normais que tenham o azar de por aqui passar, estejam à vontade: a casa é -e será sempre - vossa. Mas o pavio é meu. E é curto.

*Nota - Não é lapso, é mesmo assim, com z (não de "fazer análise", mas de "usar a função anal", isto é "borrar").

9 comentários:

  1. Pá...não te enerves! Eu também não quero saber quem tu és, desde que escrevas como és.
    Se há uma certa curiosidade?! Há, claro que há! Porém, a simples ideia de dar de caras com uma cara conhecida, leva-me logo a preferir o anonimato. A ideia de ser alguém desconhecido, não faz diferença alguma. Por isso, torna-se indiferente a identificação do escrito com impressão digital.

    Quanto ao anonimato, também em tempos reivindiquei na minha loja de acolhimento, o direito a escrever sob pseudónimo.
    Não obstante, um filho da puta bem conhecido, além de me injuriar, andou a procurar saber quem era e mandou umas atoardas lá no blog. Ossos do ofício...


    E agora, muda lá o analizar...que fica mal a um Dragão, ilustre cultor da língua portuguesa.
    E continua na senda da iconoclastia que é por isso que venho aqui espreitar.

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  2. Caro José, se fosse "analisar", de "análise", terias toda a razão e eu seria o primeiro a agradecer-te o reparo do lapso ortográfico. No entanto, dadas as criaturas em questão, é "analizar" mesmo com "zê". Não é lapso. Se nos lembrarmos que se trata, regra geral, de gente com a fase sado-anal mal resolvida, cumpre-nos atribuir-lhes a "análize" que merecem.

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  3. Pois fazes muito bem rapaz! És Dragão e chega que essa do ser-se conhecido tem a proporção do nosso quintal. Mas é verdade que há por aí cada porteira ...

    Quanto aos links, o bacano do Memória uma vez escreveu sobre o assunto de um modo muito bonito. Ele chama-lhe abraços e, de facto, o que é feio é retirar sem mais nem menos, um abraço que se deu.

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  4. Mas nota bem: isso não quer dizer que os meus textos, por regra, não tenham gralhas. Têm e não devem ser poucas. Basta procurar com atenção. Muitos dos postais são escritos a correr. E além do mais, um texto sem gralhas é como um jardim sem flores... Especialmente, nos dois meses atrás, quando o fdp do computador me fazia guerra. Mas não é questão que me melindr; um texto sem gralhas é como um jardim sem flores... :O))
    Por isso, obrigadinho na mesma.

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  5. josé, fiquei biurça com esse anormal lá na GL. Mas ele é gajo conhecido? pois então se é devia ter escarrapachado o nome do imbecil!

    Vou-lhes confessar uma coisa acerca disso, que aqui deve sr dos poucos lugares onde não me chamam nomes por isso.
    Eu acho coisa de maricão, um gajo andar à cusca do nome de outro gajo eheheh.

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  6. Zazie:

    Por causa da última frase, não vou denunciar o ratola...ahahahah!
    Mas tenho a certeza de quem se trata, pois é sempre o mesmo artolas que se desequilibra sempre que o tema é da casa pia.

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  7. ahahahaha que gaffe a minha ":O))))

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  8. Para um bom nietzschiano não é “para lá do bem e do mal”, mais sim “para lá do bem e mal”...

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  9. Por conseguinte, eu sou um mau Nietzschiano (ou Nietzscheano). Vou pouco à igreja.

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