O sucesso não perdoa. Em Portugal, então, torna-se rapidamente um rastilho para reacções em cadeia. Atrás das universitárias já foram os universitátios; dentro em breve, atrás dos alunos hão-de vir os professores. Hão-de vir?, que digo eu, já lá estão!
Confiram no "Correio da Manhã", de hoje (passe a publicidade):
"Caparica...27a...Professora Universitária. Prazeres." ou, mais adiante "1.ª vez mesmo...Professora...loira...seios 44."
E eu a pensar que era rápido de ideias...
Chiça!, nos dias que correm, quando a ficção lá chega, já a realidade passou há muito tempo!...
Antigamente, quando um gajo se queria arrepiar todo, espantar ou estarrecer, comprava livros de terror ou ficção científica. Agora basta comprar o jornal. E a sensação é muito mais genuína e arrebatadora: um gajo percebe que está dentro da história, à deriva pelo enredo. Vivesse o Julio Verne neste nosso tempo e certamente que se refugiaria no campo, a cavar batatas: em literatura fantástica, qualquer pasquinzito lhe levaria a palma. E nem era preciso irmos às páginas dos consagrados; bastava abrirmos nas páginas dos anúncios.
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