Faleceu ontem, com 100 anos. Não é para todos. Goste-se muito, pouco ou nada, foi um dos políticos americanos mais influentes da segunda metade do século XX. Neste momento, como lhe compete, lá segue à toa, rebocado pela barca do diabo.
Deixou-nos, não obstante, várias expressões lapidares. E deveras educativas.
Uma, muito conhecida, é aquela "ser inimigo dos Estados Unidos é perigoso; ser seu aliado é fatal".
Outra, menos conhecida, mas igualmente límpida: "control energy and you control the nations".
Algumas mais:
- «O que importa não é a verdade, mas aquilo que é percepcionado como sendo a verdade":
- « O Poder é o maior dos afrodisíacos»;
- « Dos políticos, 90% de corruptos dão mau nome aos restantes 10%»
E a melhor de todas:
«Para as outras nações, utopia é um passado grandioso e irrecuperável; para os Americanos, está apenas para lá do horizonte».
Refiro-me, como já devem ter calculado, a Henry Kissinger.
PS: Aquela do Poder como afrodisíaco (necro-transudação fétida do Marquês de Sade) deve estar na origem da violação em série de nações e na fornicação compulsiva de povos e governos.
Assim uma espécie de Metternich, a presidir à política externa do império justamente antes de este se tornar impotente?
ResponderEliminarEventualmente.
ResponderEliminarQuando se é elogiado por Putine e Xi só mesmo a barca do diabo para o rebocar!
ResponderEliminarQuanto ao poder ser o maior dos afrodisíacos e as supostas violações em série de nações e fornicações compulsivas, julgo que o Sr Dragão faz análise com visão metoo. Aquele Wenstein em tempos eram só apaixonadas … foi-se o poder, desfez-se o querer, passaram a fornicadas!
Anónimo da poesia
Faltou esta:
ResponderEliminar«...é indiscutivelmente o pior Primeiro-Ministro na recente história política, mas será o nosso homem na Europa...» - Henry Kissinger sobre Durão Barroso
Levará o cabrão à trela?
ResponderEliminarMuja,
ResponderEliminarEssa não é uma questão pacífica. Talvez sim, talvez não.
Não sei se sabe, mas o Kissinger estava na Shit List.
Em determinada altura terá mesmo declarado: «If it were not for the accident of my birth, I would be antisemitic.... Any people who has been persecuted for two thousand years must be doing something wrong.'"»
Anónimo da poesia,
ResponderEliminardevo inferir que o Poder funciona enquanto afrodisíaco para as nações, que correm a fazer-se copular à descrição pelas mega-potências (neste caso, Estados Unidos), dado que com isso entendem melhorar as respectivas carreiras e saldos bancários? Portanto, não há violação, apenas sedução geo-política?...
É uma perspectiva que não deixa de ser interessante.
Salazar afirmou em tempos mais ou menos isto: “um povo que tenha a coragem de ser pobre é invencível.” Portanto sedução ou ambição no fácil é a reposta certa.
EliminarCertamente que Putine é o grande copulador do momento, Irão, Síria, RCAfricana e uns quantos na região do Sahel estão em forte orgia!
Anónimo da poesia.
Resta saber se esse something wrong significa alguma coisa de mal ou apenas alguma coisa mal... Se fazem a mais ou não fazem que chegue...
ResponderEliminarPois... Não me surpreenderia muito que fosse a segunda.
ResponderEliminarE essa é, sem dúvida, a mais enigmática e abissal afirmação de Salazar. Uma nação deve ser como uma senhora honrada.
ResponderEliminarMas acho que não está a ver bem o S.Vladimiro. Soa demasiado parecido à RTP1. Ou então, se está, sou eu que estou a ver completamente errado. Não seria a primeira vez, mas tenho uma montanha de dúvidas a esse respeito (até porque venho observando e estudando a figura há muitos anos).
Quanto ao fácil, convém sempre rememorar aquela anedota da prostituta perante o juiz, no tribunal:
Juiz - Então a ré é uma mulher de vida fácil...
Prostituta - Fácil, senhor dr. juiz? Experimente vossa excelência cartar com um bêbado por dois vãos de escadas acima, metê-lo na cama, despi-lo e depois tentar fazê-lo endireitar a gaita até se vir, e diga-me se é fácil!...
:O)
Para mim nada tem de enigmático, apenas a percepção de que a frugalidade, a humildade e o desapego material tornam o Homem, a sociedade, uma força capaz a qualquer provação e liberta de medos ou estorvos.
EliminarPutine foi um líder admirável naquilo que fez pela Rússia. Fora o que vejo é orgias com ditadores e senhores de guerra, miséria e indiferença. Dele tenho uma certeza: quem não o serve cai da varanda ou explode no avião!
Quanto à suposta vida difícil da dita ou outros queixosos, tem bom remédio, troque de vida. Se não troca é porque está contente!
Anónimo da poesia
Considerando o contexto da frase, de 1962, a minha interpretação é:
ResponderEliminarAs opções que temos perante nós: manter a independência e continuar a construir o Portugal pluricontinental, sem o qual caímos na exiguidade ou
Vender a soberania aos americanos, a troco de apoio político/financeiro, a opção generalizada na Europa pós 1945 (a França ainda tentou resistir uns anitos.
Recorde, Caro Draco, que o embaixador americano propôs isso mesmo a Salazar , que o mandou pastar.
Imagino os passarocos a esvoaçar nos gabinetes da altura, felizes por trocar o Ultramar (dava muito trabalho) por sinecuras e prebendas em Bruxelas etc…
Miguel D
Miguel,
ResponderEliminarisso mesmo; e também o que refere o anónimo poético. Agora tentem explicar ou defender isso perante a generalidade dos "portugueses" (hoje ou mesmo em 1962). Entendem ser pobre como uma obscenidade e a pior das condições raciais que imaginar se possa.
Anónimo da poesia,
ainda bem que reconhece o essencial. E uma Rússia forte é essencial para a Europa e o mundo.
Quanto às defenestrações e explosões aeronáuticas, ainda não vi nenhum que não estivesse a pedi-las encarecidamente. E aquilo na Rússia não é brincadeira de meninos - a distância entre o santo e o mártir é muito ténue. Todavia, o homem, à boa maneira do nosso D.João II, tem tratado dos oligarcas como convém.
De resto, com S.Vladimiro estou eu descansado. O meu problema é o sucessor. A seguir a um grande homem raramente sucede outro.
PS: Não sei se já reparou no que ele está a enfrentar à escala global.
Essencial para a Europa é que os europeus arregacem as mangas, se façam gente e arranjem líderes desassombrados e lúcidos. Não precisamos cá de americanos, russos ou outra coisa qualquer para nos farolar a existência.
ResponderEliminarÉ que para mim o problema não é a influência ou poder americano, é não sermos capazes de tomar o nosso destino. E pela amostra dos desejos sinto que muitos querem é um paizinho novo!
Pois eu não estou nada descansado com S. Putine. O Prigozhin parece que já tem um ícone!
E mais a mais, um grande Homem, um grande líder, vê-se na forma como consegue projectar e estruturar um futuro sólido/válido para lá da sua existência. Toda a perversidade, arbitrariedade, sofrimento e intolerância semeadas acabarão por vir ajustar constas.
Anónimo da poesia
PS: inferno por Francisco Bingre
“Há no centro da Terra ampla caverna,
Reino imenso dos anjos rebelados,
Lago horrendo de enxofres inflamados,
Que acende o sopro da Vingança eterna.”
«Essencial para a Europa é que os europeus arregacem as mangas, se façam gente e arranjem líderes desassombrados e lúcidos. Não precisamos cá de americanos, russos ou outra coisa qualquer para nos farolar a existência.»
ResponderEliminarEstamos então de acordo. Eu também não preciso dos russos para nada, a não ser ajudar a correr com os actuais suseranos parlapatões daqui para fora. O tal Putin não é da minha devoção: é do meu interesse. Faço-me entender?
É que uma coisa é o plano ideal, das ideias, virtudes fantásticas e abstracções; outra é a realidadezinha suja e porca onde acordamos todas as manhãs, enterrados até ás orelhas.
Por outro lado, permita-me a sinceridade: quero que os europeus se fodam! Sou português. Não sei que treta é isso da "europa". Europa também é e sempre foi a Rússia. Contentava-me já com o milagre de nos aparecer um líder lúcido e desassombrado. Português, essencialmente. Enfim, alguém minimamente vertebrado também já fazia a festa.
Nem rei nem lei,
nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro
é a hora!
Dispenso-me de indicar o autor.
De acordo, com a ressalva de que ajudas ou alianças podem acarretar facturas indesejáveis. A mais antiga aliança do mundo está aí como aviso!
EliminarDepois, interessante ou triste como o “nevoeiro” de Pessoa, tal como nessa época de pós-falência da república, ainda permanece actual.
Anónimo da poesia
https://youtu.be/SIOn2WsSHw8?si=Ul1h2Jbr-BjQjEIv
ResponderEliminarUm híbrido Nazi/Sionista que tramou bem Portugal.
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