quarta-feira, novembro 01, 2023

O salto em frente

 O Bibi Nataleão (de hospício) não deve ser desconsiderado nem destituído do justo mérito pelos extraordinários prodígios que tem realizado: conseguiu unir chiitas e sunitas (isto, depois de todo aquele esforço e investimento no ISIS precisamente para o desiderato oposto); conseguiu congregar na mesma barricada a Turquia e o Irão; conseguiu pôr de acordo os rebeldes do Iémen e o governo do Iémen; enfim, dum modo geral, logrou aquilo que, desde, sensivelmente, Saladino, nunca tinha sido restaurado nem revisto: a união de todos os muçulmanos numa causa comum. 

Vem-me assim à mente aquele célebre aforismo do Nietzsche: "Quando olhas dentro do abismo, o abismo para dentro de ti". A reformulação do Bibi é mais ou menos esta: "O abismo saltou para dentro de mim; e eu vou atirar-me para dentro dele."

E, realmente, parece estar a convocar e atrair um belo tsunami para o efeito. De tanto bradar ao holocausto, um dia destes ainda lhe bate o dito cujo à porta. Os negócios com o diabo têm esse proverbial senão: um dia ele comparece com a factura.

PS: Que o Bibi se despenhasse no abismo não traria grande mal ao mundo nem me ocasionaria, a mim, qualquer lamento ou preocupação. O problema é a rataria que ele leva  atrás, em suicidário cortejo (como aquele flautista famoso). Permito-me apenas recordar-vos que, à frente deste, cheios de garbo e entusiasmo, marcham os vossos queridos líderes oxidentais (e os súbditos destes, convém nunca esquecê-lo, é que pagam...e amortecem). Vão imaginando o resto, que eu, como sou mauzinho, tratarei de fantasiar num próximo postal.

PS2: A única certeza do momento é outra das proezas do Bibi: alcançou, também com todo o mérito e justiça, o título de maior Antissemita ao cimo da Terra.

3 comentários:

  1. Bibi, nome de peidófilo e sem qualquer misericórdia para esse asco, pois é um lacaio globalista e destruidor de povos e nações.

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  2. Ao Bibi vai acontecer algo muito comum: as vitórias tácticas, quando construídas sobre o lodo, são a origem da derrota estratégica.
    Durante anos mercadejou (como agora se diz) tudo e mais alguma coisa para ir enchendo os bolsos e cozinhando maiorias no parlamento.
    O objectivo evitar central era evitar o estado Palestiniano. Como? Apostar na divisão política de Gaza e da Cisjordânia e assim "inventaram" o Hamas como arma para usar contra a Fatah. Exactamente como apoiaram os maiores psicopatas da guerra da Síria para fragilizar o regime de Assad. Considerações éticas e morais? Vontade de rir.
    A coisa funcionou por um tempo.
    O problema é que, a menos que surja um coelho gigante na cartola (o que é raríssimo), os próximos episódios adivinham-se lúgubres:
    americanos a distanciarem-se discretamente e a procurarem novos líderes políticos, a economia a ressentir-se de uma mobilização prolongada, os investidores a hesitar.
    E depois o resto: a liderança do Hamas combalida mas viva, o Hezbollah a pairar, o Irão preparado e cada vez mais acarinhado por China e Rússia, etc... E os amaricanos a procurar a forma mais elegante de irem deixando cair aquele primo que embaraça os jantares de Natal.

    Miguel D

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  3. "E os amaricanos a procurar a forma mais elegante de irem deixando cair aquele primo" e o sistema insustentável do petro-dalar. Espero que não seja a Europa o zé pagante de tudo isto.

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