quinta-feira, junho 29, 2023

Debaixo da Cobertura

Stockwell era o chefe de operações da CIA para Angola, durante e o pós descolhonização portuguesa. Fala-nos de métodos e artifícios da Agência. A Guerra Civil Angolana foi, revela ele, uma "Covert operation" americana. E o 25 de Abril, já agora, também andou lá perto? Ou foi só a terraplenagem subsequente?

Por outro lado, também é bom (embora péssimo) saber que esta mentirorreia concertada já vem lá muito de trás. E os "livros de História", designadamente pós Segunda Grande Guerra, com que "espírito" - isto é, sob influência de que medidas espirituosas - foram escritos (e continuam a ser: é uma enxurrada deles todos os anos, especialmente sobre aquele assunto fetiche, para excitação ideológica e masturbação necrófila dos mentecastos).




17 comentários:

  1. Figueiredo11:58 da manhã

    «...E o 25 de Abril, já agora, também andou lá perto?...»

    Existem três nomes importantes que estão por de trás do golpe de Estado da OTAN de 25ABR74, em Portugal: Joseph Luns (Secretário-Geral da OTAN), Woodypecker (General Norte-Americano), e Paul-Henri Spaak (Secretário-Geral da OTAN).

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  2. É sempre bom lembrar estas coisas.
    Nos nossos dias, a imagem que se guarda do papel dos Estados Unidos durante o sec. XX encontra-se totalmente distorcida.
    Convém não esquecer alguns factos básicos:
    - 1945 marca o fim de um período secular de centralidade europeia e a vitória de forças declaradamente anti-europeias
    - a expressão anti-europeia das duas superpotências foi o ataque frontal à presença europeia fora do continente, elemento essencial para a projecção de poder
    - entre americanos e soviéticos, Salazar sempre atribuiu maior relevância ao papel dos primeiros (em Angola e em Moçambique)
    - os Estados Unidos não são uma potência que vise a defesa do "Ocidente", nem do anti-comunismo nem do capitalismo, são um poder ao serviço dos interesses e valores da sua elite. Os interesses e os valores dessa elite, sobretudo das elites emergentes a partir dos anos 20/30, são frontalmente anti-europeus

    Miguel D

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  3. caro Miguel,

    no geral, de acordo. Ou quase.

    A pequena achega:
    a) Não sei se podemos chamar anti-europeus aos russos. Aos actuais, não; de todo. São, pelo contrário, eles, o que resta da Europa e ainda esperneia. Os Soviéticos eram aquela grande porcaria que se sabe, mas "sabe-se" muito distorcido pelos tais.
    b) Quanto ao anti-europeísmo propriamente dito, o problema é que os americanos não são os mais anti-europeus. Ocupam até um modesto terceiro lugar: atrás dos ingleses, em segundo, e dos burrocratas da UE (a nova sovietização de conveniência), em destacado primeiro. :O)

    Parece um paradoxo, mas não é. É a puta da realidade.

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  4. Figueiredo1:45 da tarde

    «...os Estados Unidos não são uma potência que vise a defesa do "Ocidente"...» - Miguel D

    Pois não, visam a defesa do regime da Inglaterra.

    «...Os Soviéticos eram aquela grande porcaria que se sabe...» - Dragão

    Foram eles que destruíram e derrotaram a besta Nacional-Socialista que queria acabar com os Estados e Povos Europeus, os seus Costumes, Tradições, e Identidades, que colocaram em prática a teoria da "raça superior" ou "raça pura" desenvolvida pelos Ingleses.

    À Rússia e à União Soviética (nome oficial pelo qual a Rússia era conhecida na época) deveu e deverá a Europa, a sua Liberdade e a Paz, graças a esse Povo que sempre vem em socorro dos Europeus e da Civilização Europeia quando estes são ameaçados.

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  5. Dragão,
    De acordo com o que refere sobre os ingleses.
    Uma achega sobre essa questão: é engraçado ver com parte da elite inglesa pré-1900 via os Estados Unidos como o grande rival do futuro.
    Basta pensar que os ingleses deram apoio à Confederação durante a guerra civil de 1861-1865 e nas pressões frequentes para uma política proteccionista face à indústria americana.
    No final do sec. XIX ainda havia responsáveis ingleses (minoritários, é certo) a prever um futuro confronto com os americanos, com os ingleses a liderar uma coligação de potências europeias.

    Miguel D

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  6. Figueiredo4:35 da tarde

    «...No final do sec. XIX ainda havia responsáveis ingleses (minoritários, é certo) a prever um futuro confronto com os americanos, com os ingleses a liderar uma coligação de potências europeias...» - Miguel D

    O plano dos Ingleses para os Estados Unidos da América do Norte (EUA) é fazê-los desaparecer quando já não servirem os interesses do regime da Inglaterra, por isso é que para os bifes o Presidente Trump é o seu maior pesadelo, mas o verdadeiro obstáculo não é este último mas sim a Rússia, a quem os Ianques devem a sua existência, mas isto é outro assunto...

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  7. Miguel,

    suspeito que os ingleses e os americanos padecem da mesma maleita intestina. Que lhes causa uma grande - enormíssima! - diarreia mental e histórica. Acho que é um vírus rinocoiso. O mesmo que se apoderou do Clinton, do Bush, do Biden e, lá mais atrás, e duma forma fulminante, do Churchill.

    Existe uma obra apologista da infecção, dum tal & mui lambuzado Martin Gilbert, intitulada "Churchill and the Jews" que é altamente esclarecedora sobre o assunto. Basta ler nas entrelinhas...

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  8. Aprendi muito com os comentários. Por outro lado, sempre tive uma grande dúvida sobre o papel dos ingleses na batalha de Aljubarrota.

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  9. Em acordo com todos os comentários dos ilustres.

    Saliento apenas a grande aberração da CIA neste atual momento de cariz nazi-sionista e como bem lembrado pelo Dragão onde só a Rússia está disposta a defender a Europa.

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  10. "After the Wagner rebellion, Westerners said Putin is "weak." Now Macron's cities are burning and he has deployed armored vehicles and over 40,000 policemen just to keep himself in power. Who's weak now?"

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  11. O Dragão não disse que a Rússia está disposta a defender a Europa... Disse que a Rússia é o que resta da Europa, que é um pouco diferente...

    A Rússia defende-se a si própria, o que já não é mau. Se a Rússia defendesse a Europa, não teria este bico de obra à porta de casa.

    A ex-Europa não passa já de, conforme a utilidade, pretexto, bode expiatório, latrina, piaçaba e zona tampão entre a Rússia e o Império Anal.

    Seja como for que isto acabe, seremos nós a pagar as favas, merecidas ou por merecer.

    Mas a utopia dos libertadores pegou de estaca com a moral forno crematório... Mais valia acabar com a miséria a isto.

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  12. Muja,

    "Império Anal" passa a ser uma das grandes revelações de 2023. :O)

    Vou pagar-lhe direitos de autor, mas vai passar a ser utilizada aqui na casa, sempre que o menu o requisitar. O que, reconheça-se, não é raro.

    A "moral forno crematório" (que também está muito bem esgalhada) não tarda é substituída pela moral mictaondas (fruto, em boa medida, da incontinência senil do império anal).

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  13. "O Dragão não disse que a Rússia está disposta a defender a Europa... Disse que a Rússia é o que resta da Europa, que é um pouco diferente..."

    Aceito a correcção!


    "Império Anal" hehehehe
    Não faltam as bandeirinhas a celebrar esse império.

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  14. > "Império Anal" hehehehe

    Serão mil ou dez mil ânus?

    Desde as origens que os libertadores profissionais, independentemente da oratória, obtiveram sempre o mesmo resultado: redução da esfera de influência europeia.

    Nas psy-ops é hilariante que tenham inventado o rótulo de "caixa de ressonância" para os dissidentes que se atrevam a discordar da verdade oficial do regime. Sentido de humor muito apurado ...


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  15. Portugal é um sub producto do imperialismo anglo-saxônico. Haverá Portugal sem esse imperialismo?

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  16. Fale por si, ó anónimo. Se se sente um semi-chouriço dessa fábrica de enchidos, olhe, que lhe faça bom proveito.

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  17. Bom, também se pode entender como tautologia.

    Dessa perspectiva todo o pequeno país é um sub-produto do "imperialismo" ou geo-política dos grandes. Mas o converso também tem de ser verdadeiro, e assim todo o grande é forçosamente sub-produto da geo-política dos pequenos. E assim temos o equilíbrio de cada um ser o produto daquilo que sabe e pode.

    Portanto, a pergunta pode ser despida do acessório e limitar-se ao essencial: haverá Portugal?

    Ao que eu acrescento: para quê?

    Responda quem souber e puder...

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