Escrevia aqui eu, em Outubro de 2015:
«O franshising terrorista, em prol da "segurança americana" funciona em duas componentes: a dos terroristas avulsos e a dos governos terroristas (enquanto não se implanta o governo terrorista, recorre-se ao terrorismo avulso).»
É verdade que escrevo muitas asneiras, como, aliás, é fatal à minha condição humana. Infelizmente, devia escrever muitas mais. Por mim, se só escrevesse asneiras e absurdos seria óptimo. Era sinal de que o mundo iria bem melhor: era prova de que os meus vislumbres pessimistas não passavam disso mesmo: blagues literárias, geralmente bem redigidas (enfim, tem dias), mas sem qualquer âncora na realidade. Garanto-vos, ficaria eu bem mais feliz se, passados uns anos, descobrisse que, afinal, tudo não tinha passado de ficção minha, excesso de imaginação, ou singular estupidez. Seria um pouco como quando se acorda dum sonho mau.
O problema é que, cada vez mais, e para grande desespero meu, dou com o mundo a coincidir com os meus pressentimentos e presságios. Acreditem que, longe de me encher de qualquer espécie de tola vaidade intelectual, antes me inunda de tristeza e angústia. É como se fôssemos num comboio que vai, descarrilado, a despenhar-se num abismo e não pudéssemos fazer nada para impedi-lo.
A frase em epígrafe foi inspirada na guerra da Síria (teve novas edições na Líbia, como antes no Iraque, no Afeganistão e pelos quatro cantos do mundo... Angola, lembram-se?). Mas agora cai que, nem luva, no (des)Governo da Ucrânia, da Alemanha, da Polónia, dos Países Bálticos, da Holanda, da França, enfim da União Europeia em geral, excepto a Hungria. Só que na Europa, a implantação do (des)Governo terrorista nem carece do prévio (e sanguinolento) terrorismo avulso: basta a chantagem organizada, a confeitaria mediática eleiçoeira, a ameaça velada ou o baixo comércio de carreiras, cargos e favores. As "democracias" europeias dispensam o chicote: vão de trela, coleira, açaime e, à maneira dos S.Bernardos alpinos, até com a barriquinha ao pescoço, atestada da prestável vaselina.
A tradução da actual manobra americana na Europa, para mal dos nossos pecados, não anda muito longe disto: a transformação duma guerra civil a leste numa guerra civil europeia, onde os governos terroristas europeus (da Nato, mas não só) promovem, operam (e subsidiam) a tentativa de derrube do único Governo legítimo e ainda em funções no continente europeu: o Governo Russo.
Como vêem, não é nada de muito complicado.
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