«O passado está ser reescrito tão depressa que não vamos saber o que vai acontecer ontem.»
- Piada soviética.
Os esquisitinhos têm muito que podar. Toda a civilização europeia, da Antiguidade Clássica à contemporaneidade e arredores está carregada de depreciações recorrentes (e curiosamente coincidentes) aos apartheidchiks milenares. Mas eles querem escrutinar. Fazemos assim: escrutinam os escritos das outras religiões; os das outras escrutinam os deles. O Talmud, por exemplo, vamos também colocar cordões sanitários ao racismo desenfreado, à misantropia impenitente, à pedofilia ufana, ao supremacionismo digno duma psicopatia paranóica. Temo bem que, no fim da poda, não reste quase nada.
Mas, já agora, uma questão cândida: afinal o que é um judeu? - É uma religião? É uma raça? É uma língua? É um projecto geopolítico?
Sabe-se bem, por exemplo, o que é um sionista. Mas nem todos os judeus são sionistas. E o sionismo remonta ao século XIX. Ora, o judaísmo, enquanto religião, é milenar. Enquanto "raça", todavia, já ninguém percebe nada: os sefarditas, que são os judeus originais, semitas, nem são os dominantes, por exemplo, em Israel. Os outros, os tais askenazi, ultra-dominantes, que nem semitas são, olham-nos de cima para baixo, como se de inferior pedigree, e eles, os neo-eleitos, uma excelsa espécie de judeus arianos, passe o paradoxo. Isto é denunciado no próprio Israel. Não há apenas apartheid com palestinianos, há discriminação racial com sefarditas.
Portanto, como é que raio um anti-semita honesto e bem intencionado vai sequer orientar o seu preconceito? Complicado. No mínimo, vai cobrir-se de ridículo. Vai bradar contra judeus que, a limite, e bem vistas as coisas, não são sequer judeus de religião, nem de raça, nem de língua. São, portanto, pseudo-judeus... Judeus postiços. De arribação. De judeus só têm o nome, a máscara. Em bom rigor, uma espécie de cucos que usurparam o ninho dos outros e que usam a identidade dos autênticos como disfarce e trampolim para sabe Ihavé que tranquibérnias. Aliás, algumas até são conhecidas e bem sangrentas por sinal.
Chegamos assim a um ponto alucinante e extremo em que o próprio anti-semitismo se torna uma impossibilidade. Até porque também foi usurpado pelos próprios cucos askenazi: odeiam semitas, sejam eles sefarditas sejam outros pencudos árabes quaisquer. Não obstante, são estes anti-semitas efectivos e fogosos que estabelecem, disseminam e financiam a nova superstição do "anti-semitismo" pandémico, endémico e sempre-viçoso. Mais, alimentam-se e vitaminam-se nisso. O que o define não é sequer uma religião, uma raça, uma língua, mas um ódio. Um ódio que precisam de projectar nos outros para justificar aquele que lhe corrói as entranhas, da tripa inferior à tripa mental que neles desempenha o lugar do cérebro. Um ódio que refinam num alambique de monomania convulsiva, cujas circunvoluções não se restringem ao presente, mas alastram e metastizam, em espécie de praga contaminante e infestante, pelo próprio passado. Não vão apenas reinventar e falsificar a história ou a cultura alheia, vão sobretudo, reinventar e recondicionar os "judeus", a sua história e a sua cultura. É a própria ideia e o próprio conceito da espécie "judaica" que urge refazer, recauchutar e reeducar. E um dos passos cruciais desse tenebroso empreendimento traduz-se na redução de todo e qualquer indivíduo judeu à espécie "judeu", isto é, cometem exactamente o mesmo abuso do anti-semitismo genuíno, só que agora com o intuito invertido. Poderíamos mesmo definir este pseudo/neo-anti-semitismo como o fato do anti-semitismo vestido do avesso. O orgulho ancestral é convertido na vitimização perpétua, inaudita, consagrante. Nesta nova pseudo-religião, o Holocausto representa a consagração mundana da super-vítima; o pacto, a arca da Aliança já não é entre Deus e o homem, mas entre uma "plutofacção iluminada e policiante" e o seu rebanho de portadores vitalícios de vitimização inoculada. Ser Judeu é ser a suprema Vítima, actual, potencial ou intemporal. Há neste pseudo-anti-semitismo qualquer coisa de método de vacinação compulsiva por injecção do agente patogénico: é nessa putativa imunização pela infecção, nessa permanente reacção ao vírus anti-semita, que se segrega e consolida a nova identidade judaica. A supremacia da Vítima pedala em tandem sincronizado com a sua perpetuação, isto é, a suprema vítima é também a vítima perpétua.
Exagero? Nem um milímetro:
«Jewish Leaders Fear An End to Antisemitism Could Lead To A Loss Of Jewish Identity»/
«Anti-Semitism is strengthening the Jewish identity of young people»
Quando Gilad Atzmon diz, com imensa piada, que "antigamente, anti-semita era alguém que não gostava de judeus; mas agora é alguém de quem os judeus não gostam", está em parte a ser realista, mas num detalhe, penso eu, falta à verdade: quando refere "alguém de quem os judeus não gostam". Aqui devia corrigir para alguém que os pseudo-judeus, por qualquer motivo, interesse ou pretexto geralmente sórdido, detestam. E cancelam; tendo sido daí, aliás, que brotou toda a pimpona cultura do cancelamento que, qual olho de Sauron, tudo perscuta e envenena. Também, invariavelmente, processa-se a um nível muito rasteiro. Porque o anti-semitismo, o autêntico, derivava de estereótipos, isto é, generalizações abusivas com base em actividades pouco edificantes de parcelas do conjunto - tratava-se, grosso modo, do exagero duma característica concreta, de modo a torná-la identidade absoluta (do estilo, ser judeu é ser, única e exclusivamente, usurário; transpunha, violentamente, do "alguns judeus" para "todos os judeus"). Em contrapartida, o pseudo/neo-anti-semitismo decorre da pura ficção, do mero auto-engendramento de conveniência, "qualquer judeu é agora todos os judeus", a mínima crítica ou mera alusão menos ultrapasteurizada é agora crime de lesa-holocausto, conspiração latente para judaicídio. O judeu é degradado novamente a insecto, só que doravante insecto colectivo: vespeiro, mirmipolis. Reage em bloco, em forma de nuvem zumbidora ou marabunta desfolhante. Mas não exactamente na realidade (a nuvem ou a marabunta não são concretamente pessoas, mas apenas ruído, sound-bit, débito megafónico, ultra-amplificado e repetido nos mass-media levados pela trela). Resume-se tudo a uma espalhafatosa encenação em contínuo feedback. E quem trata disto são os auto-eleitos representantes dos "eleitos". A tal plutofacção sequestradora e ventríloqua. Que agita, brande e dá voz ao espantalho. E o espectáculo dura enquanto durar o feedback ensurdecedor e o aturdimento generalizado que daí resulta. Mas também o medo que entretanto se vai instilando e impregnando as "massas". Sejam estas as judaicas genuínas, sob permanente ameaça fantasmagórica, sejam as gentias (sobremaneira oxidentais), sob constante escrutínio e culpabilização.
Onde toda esta comédia bufa conduz, não sei exactamente. Sei apenas que, como tudo neste mundo, um dia acaba. E a fazer fé na lei geral, não vai acabar nada bem. E se já é péssima em vida, nem quero imaginar à hora da morte.
PS: quando eu escrevo, aí atrás, que o anti-semitismo, o autêntico, derivava de estereotipos fui incompleto. Derivou também, e bastante, especialmente no século XIX, no pré-nazismo, de arremedos. Macaqueações ao contrário. Os nazis e os sionistas são filhos da mesma cepa, para não usar uma palavra começada em p. São duas faces, opostas, da mesma moeda. Isso, aliás, está mais do que documentado.
Os judeus são os adeptos do Judaísmo, a religião Judaica, não são um Povo ou uma raça mas sim uma etnia.
ResponderEliminar«The only reason that the Jews play a role in the porn industry is that we hate Christ.»
Fonte: Al Goldstein
"Os nazis e os sionistas são filhos da mesma cepa."
ResponderEliminarDepois da II guerra mundial os piores de ambos montaram a tenda nos EUA e ainda hoje estão ao comando e a dar as cartas globais.
"A única certeza é a de que [o anti-semitismo] existe há séculos e, 74 anos depois do final da II Guerra Mundial, não cessou de existir. Discursos à parte, e a eles já lá vamos, os números demonstram que o antissemitismo no mundo tem vindo a aumentar. Os números, esses, são o que são e não permitem fuga possível."
ResponderEliminarComentários: 1) A palavra" anti-semitismo" foi inventada por Wilhelm Marr, em 1879, que lhe conferiu um sentido racial bem para além do conceito até aí vigente de "judeofobia", pelo que é errado dizer que o anti-semitismo "existe há séculos"; 2) Ninguém, à excepção dos colectores de informação "anti-semita", eles próprios judeus ou filo-judeus enquadrados em organizações judaicas (ADL, SPLC, SOS Racismo, LICRA, etc.), sabe como essas estatísticas são construídas; 2A) O movimento sionista tem um interesse especial na amplificação do número de casos com o intuito óbvio de convencer mais judeus a se instalar na Palestina para combater a "ameaça demográfica"; 2B) Creio que foi E. Michael Jones quem foi o primeiro a observar, por escrito, que se antigamente um anti-semita era alguém que não gostava de judeus, hoje um anti-semita é alguém de quem os judeus não gostam; 2C) É a esta luz que se compreende com facilidade por que razão a liberdade de expressão está cada vez mais ameaçada, até mesmo onde existe uma Primeira Emenda; 3) Tendo uma formação de base em Economia, a ideia de que os números, se forem eficientemente torturados (Ronald Coase), fornecerão sempre "evidência" para sustentar uma tese específica, é-me demasiado familiar; 4) Nos últimos 30 anos, a "ameaça demográfica" que impende sobre o estado de Israel foi adiada pela imigração de muitos cristãos com mãe judaica provenientes do ex-espaço soviético e de um milhão de indivíduos árabes-judeus do Médio Oriente e Norte de África (Mizrahim), mas ela está longe de estar resolvida na opinião do establishment israelita. A relativamente baixa taxa de natalidade face à dos palestinianos árabes (sem contar com os refugiados que vivem fora da Palestina) e a pouca capacidade de atracção da comunidade judaica residente no exterior (especialmente a dos Estados Unidos) mantém os dirigentes sionistas preocupados (esmagadoramente de origem Ashkenazi).
Por fim, um ponto pessoal: a afirmação capturada pelo título desta notícia constitui para mim, europeu e criado sob uma cultura cristã, uma profunda ofensa. Se ela traduz o sentimento da judiaria organizada, talvez esteja aí a resposta para uma pergunta que a intelligentsia judaica sempre endereçou para o domínio da "irracionalidade patológica". Percebem agora porque já há uns anos abandonei qualquer referência à tradição "judaico-cristã"?"
EF
Supremo Tribunal Federal dos EUA. em 2019 dos seus nove juízes, 3 são judeus, mais uma manifestação da habitual sobre-representação judaica nas instituições - os judeus representam cerca de 2.5% da população americana
ResponderEliminar"A ler a autobiografia de Nahum Goldmann, talvez a personalidade mais influente no movimento sionista do século XX embora nunca tenha tido um cargo político formal em Israel. A 1/3 do livro, sublinho esta notável passagem:
ResponderEliminar«Amigo íntimo do presidente Wilson, foi ele [Stephen S. Wise] que, com [Louis] Brandeis*, mais contribuiu para ganhar para o sionismo as simpatias da administração Wilson sem as quais a declaração Balfour teria sido impensável.»
* Conta-se que Wilson, a certa altura e já presidente, precisou de uma quantia significativa em dinheiro vivo num curtíssimo prazo para sanear um delicado problema de ordem pessoal envolvendo uma donzela. O dinheiro surgiria mas com a contrapartida de, em caso de vacatura no Supremo Tribunal, Wilson nomearia Louis Brandeis. Assim aconteceria em Junho de 1916, tornando-se Brandeis o primeiro judeu (e militante sionista) naquele tribunal onde permaneceria 23 anos."
EF
Uma estimativa, conservadora, de 150 mil descendentes de judeus participaram no esforço de guerra alemão durante a 2ª Guerra Mundial. Entre eles, uma trintena de generais e almirantes incluindo um marechal (Edward Milch, o cérebro conceptual e operacional da Luftwaffe, meio-judeu) que Hitler tinha ele próprio escolhido apesar de não desconhecer a sua ascendência. Uma história interessante onde observamos como figuras gradas do regime (Goering, Raeder, etc.) intercederam junto de Hitler para permitir que os "mestiços" (mischlinge) pudessem prestar serviço militar para, nessa condição, tentarem ajudar os seus familiares a escaparem a deportações e a trabalhos forçados. Hitler chamou a si a autoridade para decidir cada caso individualmente as respectivas autorizações que foram rareando à medida que a guerra se aproximava do seu fim.
ResponderEliminar«...Os nazis e os sionistas são filhos da mesma cepa, para não usar uma palavra começada em p. São duas faces, opostas, da mesma moeda...»
ResponderEliminarJunte aos nacional-socialistas e sionistas, os Ingleses.
Vivendi fez uma importante referência «...à tradição "judaico-cristã"...» - que não existe nem nunca existiu na tradição ou valores dos Povos Europeus - e com isso permitam-me usar o mote desta questão para assinalar o seguinte:
O Partido Chega (CH) fala em «...matriz judaico-cristã...», defende a «...castração química de pedófilos reincidentes...», no entanto o Judaísmo promove e pratica amplamente a pedofilia.
Esta força política liberal/maçónica apoia os liberais-nazis ucranianos liderados pelo sr.º Zelenski (que é judeu), e o seu regime liberal, nacional-socialista, genocida, narco-traficante, degenerado, e pedófilo.
Posto isto, quem quiser que faça um reflexão.
O tripé da civilização europeia é Greco-Romano-Cristã.
ResponderEliminarTudo o resto é enganação.
O Chega precisa de aprender muito com o VOX España.
Falta ao Chega o domínio da cultura portuguesa e ibérica.
Quem ainda pensa que o grande aliado de Portugal são os Beefs ainda não percebeu nada da história.
“Si nous somme les gentils, alors qui sont les méchants?”
ResponderEliminarSoral
Qui? Qui?! Quiii?!!
Figueiredo et al:
ResponderEliminarA “direita” pulhítica, que nunca deveu muito à inteligência, fez um acordo faustiano que se resume assim: nacional-sionismo.
E ainda há uns abaixo de sefardita, os “orientais” ou mizrahim.
ResponderEliminarÉ toda uma pirâmide de inclusão e tolerância…
A maior fraude que os Portugueses viram no Século XX, foi o Partido Comunista Português (PCP).
ResponderEliminarO Partido Chega (CH) é a maior fraude do Século XXI, foi criado na sequência da «Solução de Governo» apresentada pelo Partido Socialista (PS) que viria a governar - por ter eleito mais deputados - após as Eleições Legislativas de 2015 onde a força política mais votada tinha sido a coligação «Portugal à Frente» (PAF).
O objectivo é criar um partido com um falso discurso de Patriotismo, Identidade, Valores, anti-emigração, e anti-corrupção, que fosse buscar a Maioria Silenciosa dos cidadãos Portugueses representados pela Abstenção, uma espécie de engodo, e assim fazer o mesmo que o Partido Socialista (PS) fez com a chamada «Solução de Governo» garantindo assim o bipartidismo do actual regime liberal/maçónico.
Os elementos que integram o Partido Chega (CH) não são Patriotas, Republicanos, Identitários, Tradicionalistas, ou Conservadores, são simplesmente liberais, vindo do mesmo esgoto de onde saiu o antigo Primeiro-Ministro Pedro Coelho e outros; são lacaios dos Anglo-Sionistas, repetindo o seu discurso anti-China e anti-Rússia, quando é o regime da Inglaterra e a união europeia (ue) que pretendem impor uma ditadura liberal global, e não o contrário.
Defendem com unhas e dentes a liberalização do mercado de trabalho que traz desemprego em massa ou a chamada «Lei das Rendas» que é ilegal, inconstitucional, e criminosa, criada pela ex-Ministra Maria Graça para cumprir com a privatização da habitação e dos espaços e vias públicas seguindo assim o programa do Fórum Económico Mundial (FEM) e o mote «...não terás nada e serás feliz...».
Fazem parte do sistema, não querem fazer as verdadeiras reformas que o País precisa, querem antes manter este corrupto e anti-democrático regime liberal/maçónico, pois no dia em que o mesmo for derrubado acaba-se a mama e os esquemas para os partidos que se encontram na Assembleia da República (AR) e todos os que deles dependem.
Basta ver as pulhices que fizeram ao Presidente Rui Rio, o único candidato não liberal que se apresentou a Eleições e teve a coragem de denunciar/enfrentar a maçonaria, e agir em nome do Interesse Nacional.
Figueiredo,
ResponderEliminarVocência, quem o ler fica a julgar que ser "lacaio Anglo-Sionista" é alguma espécie de conspiração em vez de, simplesmente, o normal corriqueiro nos tempos que correm...
Mas até aí, tudo bem. Eu que, qual Obelix, caí no caldeirão quando era pequeno, conheço bem esse estilo de retórica inflamada e me faz sempre lembrar o Rolão Preto que, aliás, figura muitas vezes nela. O grande nacional-sindicalista que não era lacaio de ninguém, ao contrário do frouxo Salazar que nem a bandeira mudou, nem nada. Depois acabou na campanha do general Coca-Cola, presumivelmente demokrata desde pequenino.
Agora, o remate que lhe deu Vocência é que eu não estava nada à espera e me fez dar uma boa gargalhada. Bem haja por isso!
Sr.º ou Sr.ª «muja», você confunde tudo.
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