domingo, fevereiro 26, 2017

Apocalipses de alguidar

«* Some 1,271 government organizations and 1,931 private companies work on programs related to counterterrorism, homeland security and intelligence in about 10,000 locations across the United States.
* An estimated 854,000 people, nearly 1.5 times as many people as live in Washington, D.C., hold top-secret security clearances.
* In Washington and the surrounding area, 33 building complexes for top-secret intelligence work are under construction or have been built since September 2001. Together they occupy the equivalent of almost three Pentagons or 22 U.S. Capitol buildings - about 17 million square feet of space.
* Many security and intelligence agencies do the same work, creating redundancy and waste. For example, 51 federal organizations and military commands, operating in 15 U.S. cities, track the flow of money to and from terrorist networks.
* Analysts who make sense of documents and conversations obtained by foreign and domestic spying share their judgment by publishing 50,000 intelligence reports each year - a volume so large that many are routinely ignored.»
Este trecho, onde transparece todo um aparato algures entre um 1984 rilhafolesco, um dédalo kafkiano e um scketch montypytonesco, não foi retirado de nenhum alfobre de teoria da conspiração. Não, foi mesmo do Washington Post. De 2010. Ou seja, bem antes do Washington Post se ter dedicado, em exclusivo, a debitar teorias da conspiração. Cada qual mais descabelada e alucinada do que a anterior. E descreve, o trecho em epígrafe,  a IC americórnia. A IC, que é como quem diz, a Inteligence Community da Democracia Liberal mais xpto e modelar do universo. De tal ordem que se viu transformada em produto de exportação global à força de tiro e bomba. Só que, de liberal, com uma hipertrofiação estatal destas, não tem nada; e de democracia, com uma obesidade subterrânea e inescrutivável destas, também não. Aliás, como a recente e excêntrica alcandoração do Donald vem demonstrando às escâncaras. A Coreia do Norte e o seu querido líder viram-se subitamente ultrapassados no concurso para a maior anedota do planeta: os Estados Unidos, com o seu abominado, vituperado e por todos os meios desancado e gozado presidente, ultrapassou-a. E, realmente, entre um país onde um povo lobotomizado idolatra o mandarim, ou um outro onde uma súcia de funcionários públicos e prostibulares se serve do  legitimamente eleito pelo povo como saco de chacota, palhaço de feira e penico de necessidades, convenhamos, os norte-coreanos sempre dão ao mundo uma imagem mínima de ordem e lógica (poderá ser a pior governação do universo, mas sempre patenteia uma arrumação à vista de todos - o querido líder, rei-deus na terra, absolutismo sem Deus, decide e quando decide está decidido). Pelo contrário, os norte-americanos da hora que passa exibem um líder ao mundo que, afinal, revela-se agora sem margem para mais tretas, não decide nem comanda (nem nunca decidiu ou comandou) grande coisa. Só que, doravante, a fantochada degenerou em carnaval desatado, com lançamento de excrementos e frutas podres a céu aberto e ao desbarato. Porque, de facto, bem mais ridículo, grotesco e pavoroso do que ver os órgãos de comunicação social duma nação a fazerem a permanente apologia do seu dirigente máximo, é assistir a esses mesmos canais a executarem a mais completa, ininterrupta insidiosa e descarada pelourinhação pública do mesmo. Em suma, mais estapafúrdio ainda que ter deus no trono é fazer deste retrete pública e sentar nela o diabo eleito.

3 comentários:

  1. Os americanos sempre foram doidos. Agora está à vista de todos.

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  2. Então Dragão? Esta longa ausência significa que já partiu para as férias da Páscoa? Se foi o caso, fê-lo por antecipação:)

    Para quando essas suas brilhantes crónicas, textos, análises filosóficas, o que for? Pelo visto vamos ter de esperar...

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  3. Dragão, deixo-lhe aqui um texto do dono de um blogo norte-americano (insuspeito, portanto) sobre umas raparigas francesas que formaram um grupo musical nacionalista, contra-a-corrente do polìticamente correcto (e outras coisas mais) que é do mais original e oportuno - e corajoso - que se pode querer, num momento em que os povos estão subjugados pela pata do mundialismo e sentindo-se impotentes perante a onda infernal que se abateu sobre eles sem que aparentemente nada possam fazer para a travar. Este terror abrange sobretudo a Europa, mas já se estendeu aos outros Continentes e até, imagine-se, a países não democráticos de África e da Asia.

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    Les Brigandes:
    French Nationalist Pop
    Patrick Le Brun

    544 words

    Marianne Radio Brigandes 1 - Juillet 2015 - YouTube (02)A revolutionary movement seeking to destroy the current system and replace it with something better must contain within it both destructive and creative forces. In “How Traditional Catholics are Taking Back the Visual Culture of France” I featured a vital, masculine cadre which destroyed the Piss Christ and the Christmas Buttplug. Shortly after this was posted, the opposite side of that coin manifested itself in an all-female group of Nationalists, Traditionalist Catholics musicians, Les Brigandes.

    Les Brigandes specialize in catchy pop tunes, kitschy choreography, and lyrics that even Marshall Petain would approve of. These young women are just as strident as their male counterparts in their critique of the Anglo-American-Zionist hegemony over the culture and politics of Europe, they mock the post-war myths of the good guys winning, and they reject the anti-Catholic foundations of the Republic. At the same time, they manage to always keep their sense of humor intact. There is no taint of Puritanism that occasionally seeps into SSPX parishes in the US. From one video to the next they have steadily raised their production values and choreography.

    Traditionalist families produce talented and beautiful children ready to defend their ideas and attack the system. There are over a dozen activists involved in this project including musicians, producers, editors, and actors. At least two of them have been evidently pregnant over the course of the group’s six months of activity. Below I will highlight a selection of their work. There are many talented Americans who are sitting on the sidelines. I hope Les Brigandes will inspire you (in particular female readers) to don the bandit’s mask and start producing original counter-cultural works that will, in turn, inspire a generation to expel the parasitic elite from all countries where Our People have been and will again be sovereign.

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