Olhem-me só para a poesia disto:
«The 50 biggest US companies have more than a trillion dollars hidden offshore according to a new report published by Oxfam today. This is more than the entire GDP of countries such as Spain, Mexico or Australia.»
Detalhes ainda mais crocantes:
«Oxfam found that from 2008 – 2014, the top 50 US corporations, cumulatively:
- Paid $1 trillion in taxes globally, $412 billion of which was paid to the US federal government;30
- Received $11.2 trillion in support in the form of loans, loan guarantees and bailout assistance from the federal government;31
- Made $4 trillion in profits;
- Reported an average overall effective tax rate of 26.5%, 8.5% lower than the statutory rate of 35%;32
- Received $337 billion in tax “breaks”;33
- Currently hold $1.4 trillion in offshore cash reserves;
- Disclosed 1608 subsidiaries in offshore tax havens;34and
- Spent $2.6 billion on lobby expenditures.These 50 companies collectively earned $4 trillion in profits from 2008 - 2014, and receivedapproximately $27 in federal government loans, loan guarantees and bailouts for every $1they paid in federal taxes during that period (figure 2). »
Portanto, também já temos uma fotografia interna do País dos Anjos (ou Angelcountry). Mas nada disto reflecte qualquer indício de corrupção ou fuga aos impostos. Bem pelo contrário, é prova inequívoca duma saúde moral, política e económica que faz a inveja deste mundo e daquela parte mais quente do Outro.. Todas estas entidades, empórios e associações altamente virtuosas (porque devotas fervorosas do lucro e da ganância , virtudes cardinais da ética actual) não fogem, em modo ou tempo algum, aos impostos porque isso lhes seria de todo impossível e deveras contraproducente. E não se lhes furtam porque, precisamente, os absorvem em sobrepujantes golfadas. Autênticamente perseguidos pelos impostos dos contribuintes, enfrentam-nos com pundonor e coragem, represando-os com enorme sentido de dever público e impedindo assim que, por força da enxurrada desabrida, causem danos irreparáveis e maus hábitos entre as população desprevenidas e impreparadas para uma tão calamitosa eventualidade.
Senão, reparem bem na perfeição imaculada da lógica: o Estado é péssimo a gerir o dinheiro dos contribuintes; os contribuintes são uma desgraça a gerir (controlar, escrutinar, ou o que seja) o seu próprio dinheiro e ainda mais os negócios do Estado. Resta , portanto, quem, nesta hecatombe generalizada? Pois, evidentemente: os não-contribuintes-nem-Estado. São óptimos a transformar os prejuízos, desvarios, delapidações e esbanjamentos de ambos - do Estado e dos contribuintes -, em lucros e riquezas fabulosas. Poderá haver sistema mais perfeito? Não, certamente, neste mundo.
Ao Estado pede-se que cobre; aos contribuintes exige-se que paguem. Aos não-contribuintes-nem-Estado não se pode reclamar mais do que a grande obra solidária (e sumptuosa) que já realizam.
O contribuinte não pode ir atrás da conversa dos parolizadores de contribuintes - estes, ao mesmo tempo que se armam em arautos/milagreiros em economia etc ), por outro lado, procuram retirar capacidade negocial ao contribuinte!!!
ResponderEliminarOra, ao não reivindicarem mais capacidade negocial... os contribuintes/consumidores estão otariamente a colocar-se a jeito dos lobbys que pretendem aplicar 'Golpes Palacianos'...
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P.S.
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