O Money Laundering funciona do seguinte modo: por cada milhar de USD, o banco cobra cerca de 300 como comissão de branqueamento. O restante, fora a percentagem que o cliente retira para despesas imediatas, segue para os Fundos de Investimento. Que é para onde vai, com maior prioridade ainda, a comissão dos 300. Em relativamente pouco tempo, o banco lava a comissão e o cliente recupera boa parte da espórtula. Entretanto, convém ter sempre em conta que a acção das polícias não visa combater nem diminuir o tráfico de drogas: visa apenas garantir duas coisas: o preço alto; e o exorbitante valor das comissões bancárias de branqueamento (a chamada taxa de mercado)..
Assim, por cada multa ou apreensão que surja nas notícias, há todo um iceberg submerso que prossegue, sereno e incólume, a sua rota no business as usual. No xadrez existe um nome para a manobra equivalente: sacrifício do peão,. Ou dos peanuts.
Meditem, todavia,. no seguinte: o que os super-traficantes entregam à banca por branqueamento é da ordem dos 30% (ou mais); o que os mesmos cavalheiros da fortuna entregam (ou facilitam) às polícias para apreensão é da ordem, no máximo, dos 3%. Ou seja, por cada quilo que as piranhas abocanham a juzante para televisão ver, há uma tonelada de gado que atravessa a montante, nas calmas.
PS: Muito ilustrativa (e edificante), no artigo, a viagem arqueológica aos primórdios da HSBC.
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