Onde raio fica a Moldávia, perguntará a leitor arguto. Mais misterioso ainda: onde raio na Moldávia fica a Transnistria?
Acontece que romperam magnos protestos na praça principal lá do sítio. Déjà vu noutras vizinhanças. E porque protestam eles? Porque desapareceram mil milhões do sistema financeiro lá do sítio (para um pequeno e pobre país daqueles, uma pipa de massa - 1/8 do produto interno bruto). Aqui explicam melhor:
«Massive Protest Held in Moldova Over $1 Billion That Mysteriously Vanished»
Acontece também que na tal Transnistra, um enclave dentro do enclave, estão tropas russas, uma pilha imensa de material bélico e uma população pouco sensível aos encantos da EURRSS.
Como é fácil de constatar, há aqui material suficiente para um filme do estilo Ucrânia/Crimeia e coisas assim. Aguardemos. Mas não é isso que aqui me traz. Trata-se apenas de um detalhe mais prosaico e, há que reconhecer, bastante mais pitoresco. Resumindo numa pergunta: Para onde foi o busílis da questão, isto é, a massa? (registaram aquele referência às "oligarquias" lá do sítio?...)
Pois parece que foi para os bolsos do costume (a notícia acima omite, mas rapidamente se chega lá, com os cumprimentos do Times of Israel...)
«Israeli-born businessman at the center of a suspected embezzlement scam that spirited $1 billion from Moldovan banks was set to appear in court on Monday as growing outrage raised fears of backlash against local Jews.Ilan Shor, 28, has been under house arrest for a week and was expected to show up for a court hearing in the capital, Kishinev.The businessman, who was born in Tel Aviv but moved to the Eastern European country with his family when he still a toddler, was accused of embezzling the funds through a group of companies that took over three local banks.The Unibank, Banca Sociala, and Banca de Economii then allegedly gave him collateral free loans on the money that amounts to about one eighth of the impoverished country’s gross domestic product.As the money was moved offshore, the banks were brought to the brink of insolvency.»
Não é um gajo querer entrar em estereotipos. Mas se os estereotipos estão sempre a acontecer, e sempre da mesma forma, cumprindo um esquema mais obsessivo e rotineiro do que a chuva em clima temperado marítimo, é caso para um gajo, no mínimo, entrar em estado de cepticismo crónico. Convenhamos, para que nós, os gajos, não desatemos a pensá-los, aos tais estereotipos, não seria da mais elementar conveniência e módico decoro, os coisinhos deixarem de praticá-los tão despudorada e freneticamente?
Entretanto, a comunidade judaica lá do sítio, diz ela, está preocupada. Com os estereotipos. A população sabe que o tal é um eminente judeu e está furiosa com o mega-desfalque. Resta saber o que é que a "comunidade judaica" tem feito para desautorizar esses estereotipos, nomeadamente não corporizando em massa as tais oligarquias cleptocratas tão frequentes nestas "novas-democracias" à pressão.
Outro estereotipo notório e recorrente é o alarido do "ai o anti-semitismo!"... Da parte das vítimas, a coisa traduz-se mais por "ai os gatunos!..."
Finalmente, outro estereotipo mimoso: o Ilan Shor fez fortuna com esquemas de contrabando e tratou de comprar logo duas estações de televisão. Isso e tripular administrações bancárias.
Caramba, podiam variar um bocadinho de vez em quando. Ainda acabamos a suspeitar de tortuoso estratagema... para fazer esfarinhar o escândalo sob o peso esmagador do tédio.
> fazer esfarinhar o escândalo sob o peso esmagador do tédio.
ResponderEliminarHã, o quê? Trans quê?
Ah, tá bem. Já viu aquele video do gato empoleirado na porta?
hehehe!
ResponderEliminarComo dizia o outro, "isto anda tudo ligado."