Quatro séculos antes de Jesus Cristo. Qualquer semelhança entre isto e o céu/ inferno cristão não é mera coincidência. Santo Agostinho usou e abusou.
«E as almas, à medida que chegavam, pareciam vir de uma longa travessia e regozijavam-se por irem para o prado acampar, como se fosse uma panegíria; as que se conheciam, cumprimentavam-se mutuamente, e as que vinham da terra faziam perguntas às outras, sobre o que se passava no além, e as que vinham do céu, sobre o que sucedia na terra. Umas, a gemer e a chorar, recordavam quantos e quais sofrimentos haviam suportado e visto na sua viagem por baixo da terra, viagem essa que durava mil anos, ao passo que outras, as que vinham do céu, contavam as suas deliciosas experiências e visões de uma beleza indescritível. referir todos os pormenores seria, ó Gláucon, tarefa para muito tempo. Mas o essencial dizia ele que era o que se segue. Fossem quais fossem as injustiças cometidas e as pessoas prejudicadas, pagavam a pena de tudo isso sucessivamente, dez vezes por cada uma, quer dizer, uma vez em cada cem anos, sendo esta a duração da vida humana - a fim de pagarem, decuplicando-a, a pena do crime; por exemplo, quem fosse culpado da morte de muita gente, por ter traído Estados ou exércitos e os ter lançado na escravatura, ou por ser responsável por qualquer outro malefício, por cada um desses crimes suportava padecimentos a decuplicar; e, inversamente, se tivesse praticado boas acções e tivesse sido justo e piedoso, recebia recompensas na mesma proporção. Sobre os que morreram logo a seguir ao nascimento e os que viveram pouco tempo, dava outras informsações que não vale a pena lembrar. Em relação à impiedade ou piedade para com os deuses e para com os pais, e crimes de homicídio, dizia que os salários eram ainda maiores.Contave ele, com efeito, que estivera junto de alguém a quem perguntaram onde estava Ardieu o Grande. Este Ardieu tinha sido tirano numa cidade de Panfília, havia já então mil anos; tinha assassinado o pai idoso e o irmão mais velho, e perpretado muitas outras impiedades, segundo se dizia. E o interpelado respondera:"Não vem, nem poderá vir para aqui. Na verdade, um dos espectáculos terríveis que vimos foi o seguinte: Depois de nos termos aproximado da abertura, preparados para subir, e quando já tinhamos expiado todos os sofrimentos, avistámos de repente Ardieu e outros, que eram tiranos, na sua quase totalidade; mas também havia alguns que eram particulares que tinham cometido grandes crimes - que, quando julgavam que iam subir, a abertura não os admitia, mas soltava um mugido cada vez que algum desses, assim incuráveis na sua maldade ou que não tinham expiado suficientemente a sua pena, tentava a ascensão. Estavam lá homens selvagens, que pareciam de fogo, e que, ao ouvirem o estrondo, agarravam alguns pelo meio e levavam-nos, mas, a Ardieu e outros, algemaram-lhes as mãos, pés e cabeça, derrubaram-nos e esfolaram-nos, arrastaram-nos pelo caminho fora, cardando-os em espinhos, e declaravam a todos, à medida que vinham, por que os tratavam assim, e que os levam para precipitar no Tártaro. (...)[A Lotaria das Vidas futuras pelas Moiras]«Declaração da virgem Láquesis, filha da Necessidade. Almas efémeras, vai começar outro período portador da morte para a raça humana. Não é um génio (daimon) que vos escolherá, mas vós que escolherteis o génio. O primeiro a quem a sorte couber, seja o primeiro a escolher uma vida a que ficará ligado pela necessidade. A virtude não tem senhor; cada um a terá em maior ou menor grau, conforme a honrar ou desonrar. A rersponsabilidade é de quem escolhe, O deus é isento de culpa.»Ditas estas palavras, atirou como os lotes para todos e cada um apanhou o que caiu perto de si, excepto Er, a quem isto não foi permitido. Ao apanhá-lo, tornara-se evidente para cada um a ordem que lhe cabia para escolher. Seguidamente, dispôs no solo, diante deles, os modelos de vidas, em número muito mais elevado do que o dos presentes. Havia-as de todas as espécies: vidas de todos os animais, e bem assim de todos os seres humanos. Entre elas havia tiranias, umas duradouras, outras derrubadas a meio, e que acabavam na fuga, na pobreza, na mendicidade. Havia também vidas de homens ilustres, umas pela forma, beleza, força e vigor, outras pela raça e virtudes dos antepassados; depois havia também as vidas obscuras, e do mesmo modo sucedia com as mulheres. Mas não continham as disposições de carácter, por ser forçoso que este mude, conforme a vida que escolhem. Tudo o mais estava misturado entre si, e com a riqueza e a inteligência, a doença e a saúde, e bem assim o meio termo entre esses predicados.»- Platão, "Políteia" (vulgarmente traduzido por "República")
O equivalente cristão do daimon/génio que a alma escolhe é o "anjo da guarda". Eventualmente, o nosso investigador do espiritismo vai falar-me em "guia".
Espero, sinceramente, que Platão esteja atestado de razão no que respeita àquela parte negritada. Temos por aqui, à beira mar plantada, abundante freguesia.
Não por acaso, vários filósofos lúcidos referem-se ao cristianismo como um platonismo para uso popular. Portanto, se querem crucificá-lo por ter inspirado algumas perversões comunistas, lembrem-se que antes disso arcou com a Igreja em peso e forneceu estrutura e consistência ao pensamento cristão.
Dragão, não me atormento muito com as nomenclaturas...
ResponderEliminarSó um apontamento sobre o santíssimo, aquele que é em parte responsável pelo afastamento do género feminino da igreja católica pelas suas crenças doutrinárias, a que muitos pontífices foram beber. Segundo o mesmo, a mulher seria o elemento carnal, a que a serpente foi primeiramente tentar, pela pouca racionalidade que teria. Um ser inferior ao homem, portanto...
Também a história dos daemones gregos parece relevante...
pois , o esprito da maior parte dos homens eh tao elevado q ate doi... eh ve los meditarr na catedral do BenficA ; e sao tao pouco carnais e tao racionais q nem ha historias de horripilar por causa de n conseguirem conter os implsos..
ResponderEliminarmuitos reis pasmados e assessores parece que ha :)
Muito tempo antes de Platão, as ideias de alma e migração para céu, inferno, purgatório como pena pelos pecados, assim com a ideia do messias etc foram estruturadas por Zaratrusta ou Zoroastro q esteve na Origem da 1a religião monoteista, entre o irao e a Pérsia. Mazda era o nome do Deus.
ResponderEliminar.
Foi esta religião q deu origem ao judaísmo, cristianismo e muçulmanismo. E foi a mais importante religião durante 1000 anos. Não acabou, mas sofreu um golpe tremendo por Alexandre e tb porq se tornou numa estrutura eclesiástica corrupta.
.
Rb
.
Muito tempo antes de Platão, as ideias de alma e migração para céu, inferno, purgatório como pena pelos pecados, assim com a ideia do messias etc foram estruturadas por Zaratrusta ou Zoroastro q esteve na Origem da 1a religião monoteista, entre o irao e a Pérsia. Mazda era o nome do Deus.
ResponderEliminar.
Foi esta religião q deu origem ao judaísmo, cristianismo e muçulmanismo. E foi a mais importante religião durante 1000 anos. Não acabou, mas sofreu um golpe tremendo por Alexandre e tb porq se tornou numa estrutura eclesiástica corrupta.
.
Rb
.
«pois , o esprito da maior parte dos homens eh tao elevado q ate doi...»
ResponderEliminarDE facto, é cá uma destas elevações!...
Esses, e em especial os da catedral do Benfica, na próxima encarnação vão expiar à brava, provavelmente numa qualquer forma de vida rastejante. Decerto não lhes acarretará qualquer lição nem arrependimento, porque nem vão notar a diferença.
:O)))
PS: imagine-se agora os da política, quando esta decorre abaixo do nível do futebol. Então aqui na blogosfeira...
É uma peixeirada permanente entre os apaniguados do Pinóquio I e os acólitos do Pinóquio II !...
mama aqui
ResponderEliminare esses sao o modelo a seguir pelos q vem por ai , o arquetipo de politicos de sucesso .. estamos perdidos :(
ResponderEliminarMarina, se errou quanto à natureza da mulher acertou quanto à do homem.
ResponderEliminarPara o santo Augustinus, Adão apenas comeu o fruto proibido por solidariedade para com Eva...
Nós homens, realmente somos umas almas caridosas!
Alguém que diga o contrário? ;)
com as opinioes de santo agostinho sobre mulheres eh preciso muito cuidado...atribuir a culpa dos nossos pecados aos outros eh muito comum :). digamos que fez projecçao da devassidao dele em nos , pobres inocentes , para se desculpabilizar do passado pouco recomendavel , um maroto.
ResponderEliminarCaro Dragão, a minha formação é numa área da Ciência. Em Filosofia, sou um mero curioso. Mas recordo que li uns textos da Maçonaria onde vêem Platão com um grande mestre, e o Comunismo e o Socialismo como ideias muito daninhas. E pelo que percebi, há duas maçonarias... e acho que o Dragão iria gostar das ideias de uma das Maçonarias, e iria odiar a outra, a Franço-Maçonaria daqueles cujo nome não pode ser dito...
ResponderEliminarPosso dizer-lhe que o regime mais próximo das ideias de um certo Cristianismo... é o nacional-socialismo.
ResponderEliminar- Defesa do ambiente e dos animais (os nazis... eram dados a isto);
- Liberdade económica;
- Solidariedade voluntária, dar apenas quando se tem fartura, dar do excesso (os socialistas chamam-lhe pejorativamente «caridadezinha»);
- Vida frugal, moderação nos prazeres terrenos (ora vejam Salazar...);
- Rejeição do sionismo, desconfiança em relação aos semitas;
- Aceitação da ideia de raça e da superioridade dos Indo-Europeus, e dentro destes dos povos europeus;
- Família como núcleo central;
- Sacrificar-se para deixar um mundo melhor para as gerações vindouras;
- Não pedir emprestado nem emprestar...
E há mais.
Platonismo, Cátaros, Templários, Jesuítas... o Regime que está mais próximo deste Cristianismo não é o comunismo nem o socialismo. É o Fascismo.
PS: eu sou simpatizante, muito até... do Fascismo...
Já que o tema o permite, tomo a liberdade de deixar uma opinião muito pessoal sobre a importância que a religiosidade desempenha na vida dos humanos. Há uma necessidade absoluta de nos socorrermos em todas as fases da nossa vida, tanto nos momentos de paz como nos tormentosos, de uma Entidade Superior, de um Ser que nos transcenda. Qualquer Deus consoante as religiões que cada um professa e o nome que se Lhe queira atribuir, mas de um Ser sobrenatural, de uma Entidade Superior. No meu caso, como católica que sou, creio firmemente em Deus Todo Poderoso e em Seu Filho unigénito Jesus Cristo Nosso Senhor. Um Deus que sei, porque acredito, que nos protege e nos orienta e a Quem podemos sempre recorrer em todos os momentos da nossa vida. Vida que, comparativamente com a imensidão do Cosmos e a longevidade do Planeta que habitamos, tem a duração de escassos segundos e porque a tem, deve ser encarada como um dom sagrado mas passageiro cujo curto espaço de tempo que nos foi concedido pela Graça de Deus, deve ser aproveitado em todos os segundos da nossa vida para praticarmos o bem e pautarmos a nossa conduta pela rectidão e honestidade, respeitando os mais velhos e o próximo, as normas sociais e a autoridade.
ResponderEliminarNão posso compreender as pessoas que não têm Fé. A Fé, repito-o, pode ter-se num Ser Superior independenteente do nome pelo qual Ele possa ser designado. Porque Deus é só Um e ele é Único e indivisível. Deus, segundo a Bíblia, é Omnipresente, Omnipotente e Omnisciente. Deus pode tudo. Quem tem verdadeira Fé sabe que Deus está presente em todos os momentos da sua vida e este simples facto torna-la feliz.
É curioso, mas as pessoas que não acreditam em Deus, que O renegam, as mesmas que se afirmam agnósticas ou ateias, são pessoas extremamente infelizes. Eu conheço duas ou três. Passam pela vida sem de facto a viverem, desprezam-na por completo e estão sempre à espera de desaparecerem deste mundo. Estas pessoas não têm grande apreço à família nem aos amigos, isto é, quando os têm, porque raramente os fazem ou conservam. Isso nota-se perfeitamente nos seus percursos de vida, nas suas atitudes e comportamentos sociais e perante o próximo, nas suas relações inter-pessoais e até nas relações de trabalho. Em poucas palavras, são pessoas que amaldiçoam o facto de terem nascido, odeiam a vida e o próximo e tudo em seu redor.
(cont.)
(conclusão)
ResponderEliminarHá um episódio precioso, da série antiga "Quinta Dimensão", que vi em repetição aqui há uns anos e que retrata ponto por ponto os traços característicos que definem às mil maravilhas a personalidade deste género de pessoas. O episódio mostra-nos determinado homem que odiava tudo e todos à sua volta, os colegas de trabalho, a multiplicidade de gente com que se cruzava nas ruas, o inferno do trânsito, etc., só querendo que toda aquela gente desaparecesse da sua vista e se possível da face da Terra. Pois bem, Deus fez-lhe a vontade. Fez desaparecer todas as pessoas à sua volta, deixando-o completamente sózinho no emprego, nas ruas, na sua cidade, no mundo. Passado pouco tempo, sentindo-se endoidecer dado o isolamento insuportável que o rodeava, pediu aos Céus que lhe devolvessem a vida anterior, já que, por horrível que ela pudesse ter sido, era incomparàvelmente melhor do que a que estava a viver. Deus mais uma vez veio em seu auxílio e as multidões voltaram a encher as ruas, os inúmeros colegas a ocupar os lugares ao seu lado no escritório, os intensos ruídos dos automóveis a processarem-se d'igual modo, etc. Claro que a moral da história é de fácil dedução.
Camilo José Cela, um ateu mundialmente conhecido, visceralmente contra as Igrejas, sobretudo a Católica e totalmente descrente do sobrenatural, já às portas da morte teve a lucidez suficiente para afirmar "A religião é uma grande chatice durante a vida, mas é de extrema utilidade à hora da morte".
Com o decorrer dos tempos vão-se sucedendo as conversões, uns porque vão descobrindo a religiosidade, outros porque recuperam a Fé perdida. Neste cômputo tanto há famosos como, cada vez em maior número, desconhecidos.
Maria
“…assim com a ideia do messias etc., foram estruturadas por Zaratrusta ou Zoroastro q esteve na Origem da 1a religião monoteísta, entre o Irão e a Pérsia. Mazda era o nome do Deus.
ResponderEliminar.
Foi esta religião q deu origem ao judaísmo, cristianismo e muçulmanismo.” [Ricciardi]
Muçulmanismo? Não será melhor escrever em português?
Zaratrusta? Ou será Zaratustra?
Zaratustra terá nascido por volta de 660 a.C., apenas cinco anos antes de Jeremias, profeta, Hebreu, monoteísta. Cem anos antes deles já Isaías (profeta monoteísta) tinha anunciado a futura vinda do Messias. Os doze “Profetas Menores” (todos monoteístas) são quase todos cerca de cem anos mais velhos que Zaratustra. Mas antes deles, muitos outros monoteístas se destacaram, como Moisés (que terá nascido em 1592 a.C.) ou Abraão (que terá vivido cerca de 2000 anos antes de Cristo e que costuma ser apontado como tendo estado na origem do judaísmo, do cristianismo e do islamismo). Mas recuando ainda mais, no tempo, antes de chegarmos a Adão, ainda passamos (entre outros) por Noé (que terá nascido por volta de 2940 a.C.)
Até os primeiros reis de Israel, todos monoteístas são 300 a 400 anos mais velhos que o astrólogo persa.
“E foi a mais importante religião durante 1000 anos. Não acabou, mas sofreu um golpe tremendo por Alexandre e também porque se tornou numa estrutura eclesiástica corrupta.” [Ricciardi]
Sofrer um “golpe tremendo” ao fim de trezentos anos e ter-se mantido mais 700 como a religião “mais importante” é obra.
"Estas pessoas não têm grande apreço à família nem aos amigos, isto é, quando os têm, porque raramente os fazem ou conservam. Isso nota-se perfeitamente nos seus percursos de vida, nas suas atitudes e comportamentos sociais e perante o próximo, nas suas relações inter-pessoais e até nas relações de trabalho. Em poucas palavras, são pessoas que amaldiçoam o facto de terem nascido, odeiam a vida e o próximo e tudo em seu redor."
ResponderEliminarCara Maria, para mim a questão é se isto não pode também ser aplicado aos outros que se auto proclamam religiosos, cristãos ou não?
Os ateus ou agnósticos, não se formam por geração espontânea, falo por mim que também já o fui. Esta forma de estar/ser surgiu como contraposição a uma religião que me tentaram impor (cristã), a qual vendo eu que quase todos os praticantes, apenas consideravam Deus como uma marca, digo, a Marca. Algo digno de respeito, tal como conduzir um Mercedes, vestir roupa de alta-costura, etc, a Deus-Marca refresca o hálito, como bom elixir bocal, à lapela, no dedo anelar depois de um casamento faustoso pautado por promessas a não se sabe bem quem, as missas por alma de alguém como forma de negociata para entrada no reino divino, etc... Tal coisa, desde cedo me enjoava, enojava, digo, bastante, aquelas pessoas que seguiam todos os ritos católicos a preceito, baptizados, casamentos, funerais, sem nunca terem pegado sequer na base da doutrina, a bíblia, aquelas que se designavam cristãs durante o culto à Marca-Deus, e nos restante tempo se consideram cristãs não praticantes, sabe-se lá o que é isso...
Só passado algum tempo, é que voltei a acreditar na existência de algo mais, tanto pela literatura cientifica e os casos de relatos pós-morte, a que os cientóinos relatam como mera manifestação da consciência, que ainda nem sabem explicar bem onde se situa. Mas segundo os mesmos, se manifesta pela visão do escroto, a audição do intestino, o olfacto dos joanetes. A segunda razão, foi a própria razão, basta olhar para a vida com olhos de ver e assistir ao milagre que é...
Posso então afirmar que prefiro um ateu ou um agnóstico, que tentam encontrar um sentido, mesmo pela negação, para a espiritualidade, do que essas pessoas ditas religiosas, que cultuam apenas a Marca-Deus todo poderoso, tais pessoas que relegam o papel de Deus a um canivete suíço, desenrasca a qualquer hora...
..."A religião é uma grande chatice durante a vida, mas é de extrema utilidade à hora da morte".
ResponderEliminarOra se o conceito Deus, quando não é imposto à criança, esta o desenvolve como algo/alguém, a que se faz qualquer juramento, se limpar a borrada feita e nos livrar do cinto como quem nos livra do mal... O verdadeiro sentido de fé pura e dura, que normalmente renasce na hora da morte como forma de redenção. Estas duas formas de fé, são para mim, a forma mais pura de religião...
Tanta ideia "perene" lOl
ResponderEliminarHoje por causa do Olavo :)
"A timidez cristã ante os dogmas da modernidade chega a ser obscena"
(midia sem mascara A Igreja humilhada (II) )
Cheguei aqui:
http://www.iep.utm.edu/eckhart/
*
É então, a própria religião católica, que quando não forma iconoclastas, jacobinos, forma a maioria dos ateus, agnósticos, que por aqui populam no ocidente.
ResponderEliminarE não vejo forma de reverter a coisa, já que à medida que o vulgo vai ganhando razão, as metáforas, alegorias, e maus costumes cristãos vão transformando a Marca-Deus em algo démodé...
Ps: Por razão, entenda-se pseudo-razão.
Apache,
ResponderEliminar1.
mu·çul·ma·nis·mo
(muçulmano + -ismo)
substantivo masculino
Religião muçulmana. = ISLAMISMO
"muçulmanismo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/mu%C3%A7ulmanismo [consultado em 04-08-2015].
.
2. O Avesta, espécie de bíblia do zoroastrismo, terá sido escrito em 600 AC. O profeta, Zoroastro, é muito anterior. Provavelmente nasceu 2000 AC.
.
Abraços
.
Rb
"In the Gathas, Zoroaster sees the human condition as the mental struggle between aša (truth) and druj (lie). The cardinal concept of aša—which is highly nuanced and only vaguely translatable—is at the foundation of all Zoroastrian doctrine, including that of Ahura Mazda (who is aša), creation (that is aša), existence (that is aša) and as the condition for free will.
ResponderEliminarThe purpose of humankind, like that of all other creation, is to sustain aša. For humankind, this occurs through active participation in life and the exercise of constructive thoughts, words and deeds.
Elements of Zoroastrian philosophy entered the West through their influence on Judaism and Middle Platonism and have been identified as one of the key early events in the development of philosophy.[33] Among the classic Greek philosophers, Heraclitus is often referred to as inspired by Zoroaster's thinking.[34]
Zoroaster emphasized the freedom of the individual to choose right or wrong and individual responsibility for one's deeds. This personal choice to accept aša or arta (the divine order), and shun druj (ignorance and chaos) is one's own decision and not a dictate of Ahura Mazda. For Zarathustra, by thinking good thoughts, saying good words, and doing good deeds (e.g. assisting the needy or doing good works) we increase this divine force aša or arta in the world and in ourselves, celebrate the divine order, and we come a step closer on the everlasting road to being one with the Creator. Thus, we are not the slaves or servants of Ahura Mazda, but we can make a personal choice to be his co-workers, thereby refreshing the world and ourselves."
Ricci
ResponderEliminarolhe aqui:
http://www.maconaria.net/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=50
Phi, vamos lá ver se me explico melhor. Concordo e até compreendo algumas das suas afirmações, mas não com o conceito que atribui à religião (sobretudo a Católica). Nem podia.
ResponderEliminarNota-se que não me tem lido ao longo dos anos que levo como comentadora nos espaços blogosféricos que mais aprecio, porque segundo li é novo nestas lides. Espaços cujos textos, de uma elevação singular, só podem sair das teclas de autores extremamente talentosos, que continuo a guardar no meu coração de leitora apaixonada pela erudição e cultura e admiradora incondicional do bom português e está claro que o Dragão se situa sem dúvida entre os primeiros nesta escala de valores.
Phi, note bem, quando eu falo de pessoas que não praticam qualquer religião e que estranhamente rejeitam, chegando a criticar desdenhosamente aquela na qual foram criados e educados - no caso a Religião Católica, que é aquela que conheço bem - refiro-me única e exclusivamente aos que nos estavam próximos e também a vários amigos de família e até a alguns familiares por afinidade. Sobre as características definidoras de pessoas de outras religiões, praticantes ou não do seu credo, não me pronuncio porque não as conheço suficientemente.
Cinjo-me apenas a dois exemplos ainda que em extremos opostos tanto nas nacionalidades como no meio social em que nasceram e cresceram e não obstante com antepassados da mesma origem rácica (ou religiosa, como se queira), que creio traduzirem à saciedade o que anteriormente escrevi.
Os meus Pais tiveram vários casais amigos de família, sendo os elementos masculinos todos judeus não praticantes e todos, como disse, de nacionalidades diversas, porém todos com a mesma origem genética - um russo, um polaco, dois norte-americanos d'origem alemã e um inglês casado com uma filha de pai judeu e mãe inglesa católica e ambos não praticantes e todos curiosamente (ou não...) casados com senhoras não judias, duas norte-americanas e uma italiana e todas católicas, com a excepção de uma com ascendência meio-judaica mas não praticante. Todos eles com os defeitos intrínsecos à raça, isto é, muito reservados, pouco sociais (sobretudo o polaco, refugiado da Guerra), muito desconfiados, inteligentes, muito amigos de fazer dinheiro e com imenso jeito e sucesso nos negócios. No que se refere ao feitio prazenteiro e bem-disposto e de relacionamento fácil, embora com um certo mau génio e muito agarrado ao seu dinheiro, a excepção era o americano já nascido e criado nos E.U. Este era aliás expansivo e cordial e amigo de festas e de reuniões, assim como o era o casal inglês - ele filho de pais udeus e ela filha de pai judeu-russo e mãe inglesa (como frisei acima). Este casal, por exemplo, era de uma afabilidade indescritível e de uma simpatia extrema e nada desconfiado nem interesseiro, o que convenhamos é raro neste género de pessoas. Era ainda miúda mas recordo-me do Pai falar da fraterna convivência que com eles mantinha (por motivo de negócios) e de todos eles os meus Pais nunca tiveram de que se queixar, davam-se lindamente, ainda que reconhecendo os defeitos que eram notórios e, segundo o nosso Pai, para lidar com eles por vezes era necessária uma paciência de Cristo, reflectindo-se não raro no trato diário.
(cont.)
(conclusão)
ResponderEliminarHá sempre excepções à regra. De todos estes judeus só o polaco era extremamente reservado (talvez por ter sido refugiado da Guerra) ainda que afável mas só quando ciente de estar perante alguém da sua total confiança - e com ideias muito próximas das que descrevi no meu comentário anterior - era pessimista, desconfiado de tudo e todos e evitando relacionamentos sociais e os profissionais só aqueles estritamente necessários, contando-se pelos dedos de uma mão os seus amigos íntimos, dentre estes estavam os meus Pais.
Por outro lado e em contraposição ao exposto, havia uma família nossa amiga, portugueses de várias gerações, porém descendeste de cristãos-novos, quase todos baptizados e alguns deles católicos praticantes, outros indiferentes à religião. Alguns dos mais novos, embora tivessem tido uma infância e juventude de prática religiosa, uma vez chegados à idade adulta afastaram-se completamente da Igreja e dos preceitos religiosos, chegando inclusivamente a ser críticos ferozes de certos rituais e tradições intrínsecas a esta religião. Ora, quatro destas pessoas faziam parte daquele grupo de ateus que, a despeito da prática religiosa anterior, uma vez desligados da Igreja chegaram ao ponto de desdenhar a religião em que foram criados, criticando inclusive a própria doutrina e é claro, detestando o próximo e encontrando defeitos em todos à sua volta até na própria família, indo ao limite de amaldiçoar o dia em que haviam nascido. Só abriam uma excepção no seus relacionamentos sociais, isto se encontrassem algum judeu nos empregos ou negócios, sobretudo e preferencialmente se fossem de outra nacionalidade, nestes casos e sòmente nestes, eram capazes de confraternizar..., porém nunca por muito tempo e isto devia-se ao facto de, odiando todos os seres humanos no geral, no mesmo saco caberem os seus iguais, levando-os a afastarem-se mesmo daqueles com os quais partilhavam indubitàvelmente afinidades rácicas e culturais. Daqui se deduz uma de duas coisas: ou o meio - e a religião - em que haviam nascido e sido educados não tinha contribuído em nada para apagar (afastar/neutralizar) a parte genética que fazia parte do seu DNA, a mesma que iniludìvelmente jamais os havia abandonado; ou este facto, aparentemente natural mas extremamente delicado, que entrando em conflito e contradição com as suas raízes ancestrais, sempre presentes ainda que latentes no seu sub-consciente e afectando-os psicològicamente de um modo demasiado profundo e traumatizante, tornava-se completamente impossível de ser ultrapassado. Eu creio que a resposta se pode fàcilmente encontrar na junção destas duas equações.
Não é necessário pensar muito para constatar a veracidade destes factos concretos. As particularidades não só físicas, porque imediatamente reconhecíveis, como os defeitos de personalidade intrínsecos à raça/religião judaica, são fàcilmente detectáveis em muitas personalidades mundialmente conhecidas e famosas (portuguesas e estrangeiras), particularmente as ligadas ao cinema, teatro, imprensa falada e escrita e reconhecidamente na comunidade científica e no meio literário, designadamente norte-americanos, etc. Os seus nomes são por demais conhecidos pelo que se tornaria fastidioso mencioná-los.
Maria
Boas Maria,
ResponderEliminarNão me leve tão a sério, às vezes só gosto de espicaçar as hostes... Mas sim sou de facto um neófito na coisa, e pelo que vejo, para alcançar tanto os comentadores como o autor do sítio, ainda me falta um século. Não, um milénio... Mas como diz o vulgo, o caminho faz-se caminhando... Não perdes pela demora, lagartixa fumegante maldita!
Mas lá no fundo, lá no fundo, não há religiões... Há tão só e simplesmente, seres humanos, com suas virtudes e defeitos inerentes... Se há coisa que não concordo é com aqueles que querem rebaixar o ser humano a animal, se bem que por vezes se rebaixa bem mais que este, e aqueles que querem elevar o animal a ser humano... Portanto, nem uma coisa, nem outra, sou da opinião que o ser humano é uma criação à parte...
Se é para crer em Deus, que seja pela razão. Se tal existir, só deverá apoiar uma religião, a do Amor... Crentes, pseudo-crentes e cretinos, não poderão alterar isto... julgo eu de que...
É sempre um prazer, ler a história de vida de pessoas, que julgo eu, nasceram à frente do seu tempo...
Bem haja, Maria.
Phi
Phi, não tem nada que agradecer, o prazer foi todo meu.
ResponderEliminarMande sempre.
Maria