«Lenine morrera em 1924, Trotsky fora exilado em 1929; e Staline consolida na Rússia a sua ditadura. A partir de 1930, procede à liquidação dos inimigos, dos dissidentes, dos teorizadores como Plekhannov ou dos moderados como Bukharin; impõe a colectivização maciça; e a terceira internacional apresenta-se como garante da vitória da revolução comunista na Rússia e no Mundo. Recebem novo ímpeto os partidos comunistas em cada país, organizam-se as quintas colunas, lançam-se movimentos sindicalistas de combate. Por toda a parte, o comunismo de inspiração e obediência russa apresenta-se aos homens como arauto exclusivo da justiça social, único paladino dos oprimidos, promotor singular do desenvolvimento rápido. É um novo messianismo, em nome da unidade invocada para ligar em todo o mundo as "vítimas" da burguesia e do capitalismo. Mas em face da experiência russa ergue-se a experiência italiana. Esta tem agora dez anos, afirmou-se internamente, elaborou a sua doutrina. Mussolini é ditador indisputado da Itália, e o seu fascismo aponta aos homens novos valores: a ordem pública, a reparação das injustiças internacionais, o engrandecimento nacional, a vida heróica. E por toda a parte é estimulada a criação de partidos ou movimentos fascistas. Simultaneamente, é fundado o partido nacional-socialista na Alemanha. Hitler ataca de um só golpe o comunismo de obediência russa, o liberalismo tradicional, a social-democracia de raiz ocidental. E convida os homens ao culto dos valores que proclama: a construção da nova ordem europeia, a superioridade da raça alemã, a libertação de uma Germânia escravizada em versalles. Estes três totalitarismos, no fundo, identificam-se com os interesses nacionais dos países em que germinam: a revolução mundial de base comunista está ao serviço do expansionismo soviético que mergulha as suas raízes em Pedro o Grande, e em Catarina; o fascismo italiano mascara a reconstituição do mare nostrum romano; e o nazismo alemão baseia a sua nova ordem na conquista do espaço vital para dilatar o povo germânico.»- Franco Nogueira, in Salazar, Vol. II
É uma evidência que qualquer pessoa com dois dedos de testa entende: os internacionalismos não passam de meras fachadas para a mandíbula do interesse de certas nações. Outro fenómeno persistente traduz-se na invariável tendência do internacionalismo para o totalitarismo. Foi assim no passado (com os três atrás expostos); e é assim no presente. Cortinas de fumos como ONU, FMI, Banco Mundial, Globalização, não passam, efectivamente, de meras correias de transmissão do interesse anglo-saxónico; puro e duro. A parvoeira (e capoeira) europeia foi concedida como recreio aos alemães (até que ao interesse hegemónico convenha; o gatilho da guerra civil europeia está sempre à mão).
O que torna este Totalitarismo anglo-saxónico mais perigoso que os outros é o facto de se mascarar melhor e de intoxicar com meios maciços, desembaraçados e ininterruptos. Isso e, sobretudo, o facto de ter absorvido e sintetizado hegelianamente o que de pior havia nos outros três.
Quem tiver olhos que veja, quem tiver ouvidos que ouça.
> a mandíbula do interesse de certas nações
ResponderEliminarQue falta de fé no esclarecimento internacionalista dos nossos donos.
Não é gente para se ater a coisas mesquinhas como locais de nascimento e comunidades de língua ou religião. Transcenderam essas fraquezas próprias de classes inferiores.
Não quer dizer que de vez em quando não formem facções ou tendências, que diabo, ainda são humanos (por enquanto, por enquanto) ...
Eu ouço e vejo. Mas não tiro exactamente à mesma conclusão.
ResponderEliminarÉ uma evidência que qualquer pessoa com dois dedos de testa entende: os internacionalismos não passam de meras fachadas para a mandíbula do interesse de certas nações.
Eu tiro-lhe o "não". Portanto - os internacionalismos passam de meras fachadas para a mandíbula do interesse de certas nações.
Porquê? Porque não são sempre, nem em princípio nem em prática, no melhor interesse dessas nações. Há vezes em que é mesmo pelo contrário.
Outro fenómeno persistente traduz-se na invariável tendência do internacionalismo para o totalitarismo.
Bom, tendência poderá ser. Até mesmo atracção. Mas só se for aquela que irmãos sentem um pelo outro (eu cá não sei, sou filho único). É uma relação que transcende a mera simbiose e se situa no plano da reacção química, que necessita dos dois reagentes.
Por fim, o busílis:
Globalização, não passam, efectivamente, de meras correias de transmissão do interesse anglo-saxónico; puro e duro.
Para mim não é puro nem duro. Bem pelo contrário. Não estou muito bem a ver onde está o interesse anglo-saxónico. Enfim, é com os anglos que a gente tem de se haver, para o bem e para o mal (quase sempre para o mal), aí não há questão; o que já me parece mais duvidoso é que eles representem os próprios interesses. Tão duvidoso, aliás, que me parece que agem, enquanto anglos constantemente contra o próprio interesse.
Por exemplo: sabemos que a chamada ISIS é frankenstein de origem anglo. Sabemos que são eles - ou seus associados, lacaios, ou serventes - que pagam e armam a coisa. Mas pergunto eu: é realmente do interesse anglo que aquela chusma de bárbaros mercenários a soldo ateie o fogo a todo o Médio Oriente? Que interesse existe nisso para os EUA (ou para o RU)?
Mas podemos ir recuando: toda o período da chamada guerra fria, dir-se-ia, se se não conhecesse o fim, que foi um desfile de erros, lapsos, burrices e o mais acabado exemplo de completa inépcia diplomática, militar e, no geral, estratégica por parte dos anglos. Derreteram toda a influência que o chamado ocidente (do quais se fizeram chefes) tinha tanto na Ásia como na África e entregaram tudo à esfera soviética, incluindo o Médio Oriente.
Onde demónios estava o interesse disso?
Mas podemos recuar mais ainda: a segunda guerra mundial e o respectivo saldo. Sabemos que os soviéticos açambarcaram metade da Europa porque os americanos deixaram, literalmente parando no sítio onde estavam quando podiam avançar. Sabemos que Eisenhower tinha ligação directa com Moscovo. Sabemos, também, que pelo meio dos 14 mil milhões de dólares de ajuda de guerra americana à URSS, passaram, basicamente, todos os meios industriais (fábricas, refinarias, etc) que a URSS havia de usar para se reconstruir; passou igualmente informação de todo o género sobre a infraestrutura americana e, com toda a probabilidade, passaram também os segredos da bomba atómica.
Onde estava o interesse americano nisso? Não estava, evidentemente.
Portanto, não pode ser - e eu digo que não é, desde pelo menos a 2ª GG (para não ir à 1ª) - o interesse anglo-saxónico que está por detrás desses tais fenómenos. Pela simples razão de que quase tudo o que têm feito os ditos anglos resulta em tanto prejuízo para eles como para todos os outros.
Fomos alegremente para o matadouro. Fomos avisados e ninguém quiz saber, desde que corra o marfim.
ResponderEliminarNão existe ninguém com carisma, para dar a volta a esta situação, se aparecer, que tenha cuidado, para não ser aniquilado. Esta monenkulatura, não perdoa.
Vivemos numa ditadura, mascarada de democracia, e bastante musculada.
Basta ler o livro do Generalmajor Gerd Helmut Komossa, para se perceber as linhas com que nos cosem.
Os donos da república romana, o senado, ocasionalmente dividiam-se em partidos, normalmente os 'optimates' e os 'populares'.
ResponderEliminarDo primeiro lado os que tinham mais propriedade, do outro os que compensavam o défice com promessas aos gado proleta. Por exemplo, entre os segundos, os manos Grachii, que falharam tenebrosamente duas tentativas de capturar a República, e o camarada Caius Julius que conseguiu - um aristocrata falido que pediu emprestimos até se tornar "too big to fail", e depois, mandado saquear a Gália, se mostrou inesperadamente competente militarmente, voltando a casa na crista da onda de legiões repletas de saque.
Os iluministas têm andado a reencenar esta peça com mais tecnologia.
Muja,
ResponderEliminarJá reparou na desproporção militar entre os americanos e o resto do mundo?
Como era em 1900?
E em 2000?
Vai-me dizer que eles não trataram da vida, que não defenderam os interesses deles?
Lideres de quê - do Ocidente?... Vossência acha que a Mafia lidera os bairros onde exerce?
:O))
PS: A "nação" americana tem as suas (chamemos-lhe assim) idiossincrasias muito peculiares. Penculiares, dirá Vc. Eu acho que aquilo é o mais antigo dos "internacionalismos" e a sua dinâmica particularmente avassaladora resulta do caso de serem uma praga em movimento: os "estados Unidos da América" têm como destino manifesto o devirem "Estados Unidos da Terra". Parece que a Maçonaria chegou lá antes dos seus amiguinhos. Convém não subestimar este caldo de gnose e calvinismo. Garanto-lhe que é uma receita explosiva. Como, de resto, podemos comprovar a cada telejornal que passa.
Eu acho os partidos e as ideologias uma valente trampa.
ResponderEliminarSe a Verdade é só uma, para que servem estas divisões? De onde vieram? Quando e onde começaram?
«PS: A "nação" americana tem as suas (chamemos-lhe assim) idiossincrasias muito peculiares. Penculiares, dirá Vc. Eu acho que aquilo é o mais antigo dos "internacionalismos" e a sua dinâmica particularmente avassaladora resulta do caso de serem uma praga em movimento: os "estados Unidos da América" têm como destino manifesto o devirem "Estados Unidos da Terra". Parece que a Maçonaria chegou lá antes dos seus amiguinhos. Convém não subestimar este caldo de gnose e calvinismo. Garanto-lhe que é uma receita explosiva. Como, de resto, podemos comprovar a cada telejornal que passa.»
ResponderEliminarDo you believe in magick?
O melhor ou nada... Grande blog, Grande Dragão.
ResponderEliminar"A parvoeira (e capoeira) europeia foi concedida como recreio aos alemães (até que ao interesse hegemónico convenha; o gatilho da guerra civil europeia está sempre à mão)."
Sobre a geopolítica europeia importa saber e recuar até aqui:
A Grande Guerra 1914-1918 – A actualidade das suas consequências:
http://espectadorinteressado.blogspot.pt/2014/07/a-grande-guerra-1914-1918-actualidade.html
É inteiramente pertinente a análise crítica do Dragão à este momento crucial da Europa e antes já tentado pelo Napoleão com o objectivo máximo, a destruição da Monarquia Europeia.
a hybris sera castigada outra vez , certamente. e com a globalizaçao vao ser expulsos eh do planeta.
ResponderEliminarOtelo admite nova revolução com perda de direitos dos militares
ResponderEliminarhttp://www.sol.pt/noticia/16656
Ahaha! Otelo "admite"...
ResponderEliminarMas os militares já não têm vindo a perder direitos uns atrás dos outros? Pelo que vou lendo, ainda vão tendo o direito de existir, mas sem dar muito nas vistas... e por quanto tempo ainda?
Depois, quem no estrangeiro é que tem interesse cá em revoluções? A última foi tão boa...
Mas é engraçado ver a ilustração do que escreveu o Dragão: o brigadeiro instantâneo a dizer que os QP é que "davam no duro" - embora os outros tivessem andado em África (presume-se que a dar no "mole") durante anos.
É evidente essa desproporção.
ResponderEliminarPorém, continuo na minha. Não vejo avanço nos interesses correspondente à desproporção militar.
Mas eles fizeram-se - ou fizeram-nos - chefes do ocidente, ou não foi? Pode dizer-se que são traiçoeiros e prejudicam tanto amigos e aliados como os outros. Pois a mim me parece mais ainda: prejudicam mais os amigos e aliados que os outros.
Mas mais que tudo, prejudicam-se a eles próprios. Ou então não alcanço eu a lógica por detrás de os interesses americanos estarem tão ferrados em destroçar o próprio país.
Para mim a explicação óbvia é que não são interesses americanos. Ou apenas americanos.
Pode ser essa tal combinação de que fala o Dragão, mas isso não impede que sejam tão usados como quaisquer outros... Tal como os interesses da Rússia não eram os da União Soviética.
V. poderá dizer que, ao contrário da URSS, os EUA nunca foram outra coisa: é verdade. Mas nem por isso deixam de muito diferentes do que já foram.
Quanto a Estado Unidos da Terra, pois não me espanta nem admira. Porém, assim sendo, não esqueça então que essa empresa já há quem na venha desenvolvendo desde há muito tempo e de formas muito penculiares, como o caro observa bem. Portanto, eu dou procedência a esses que têm muito treino - know-how como se dizia - mas, sobretudo, muita vontade.
Aliás, não há como a política externa para se ver em que param as modas. E a verdade é que não se pode dizer que haja verdadeiramente uma política externa americana. A América pratica uma política externa sim, mas não é americana.
Para dar um exemplo concreto do que estou a falar: um Soros, é um interesse americano ou não é?
ResponderEliminarEu acho que não é, embora não consiga muito bem arranjar alternativa...
Eles não são os "chefes" do Ocidente: são os criadores do "Ocidente".
ResponderEliminarTem que ver o que significa a "nação" americana. perspectivá-la como uma qualquer outra nação tradicional é capaz de induzir em erro. Aquilo é todo uma caso sui generis. Valerá a pena, se calhar, fazer aqui uma retrospectiva histórica daquele caravançarai. A ver se tenho tempo.
Em todo o caso, sabe o que é uma quimera? Não penas na mitologia, mas na fruticultura?... - É uma árvore em cujos ramos se enxertam vários tipos de outras espécies compatíveis. Pelo que, por exemplo, um limoeiros, pode dar limões, laranjas, tangerinas e toranjas. Pois os Estados Unidos, ao longo do tempo, têm muito disso: os penculiares são apenas um dos enxertos. Nem sei se serão os mais importantes (duvido até); são apenas os que dão mais nas vistas. Se a coisa der para o torto (a limite, vai acabar por dar sempre para o torto), sacrificam-se. Assumem, como de costume, a sua função atávica: bode expiatório. Não todos, evidentemente: apenas os descartáveis.
O Soros não passa dum atestado ambulante à decadência mais completa dos serviços de informação. Há muito que devia ter sido erradicado. Todos ganhariam com isso.
Creio que a nossa discordância é então em saber quem são os mais importantes.
ResponderEliminarOu posto de outra forma: eu acho que os Estados Unidos também são descartáveis. E não serem uma nação tradicional apenas o torna mais fácil, parece-me.
É a questão entre o parasita e o hospedeiro. Acha que o minúsculo pode descartar o maiúsculo?
ResponderEliminarE a seguir fazem o quê: imolam-se num holocausto nuclear?
Mas, já agora, o Muja encet o seguinte exercício:
ResponderEliminarobserve todo o contingente anglo-saxónico - não apenas os States, mas também o Reino Unido, o Canadá (eu sei que tem parte francesa), a Austrália e a Nova Zelândia. E depois enumere os partidos comunistas, socialistas e assim, mais os sindicatos operários da ordem, que por lá se viram nos últimos cento e cinquenta anos. O último sindicato com alguma força no RU (o dos mineiros, que estava longe de ser comunista) foi a tarefa da vida da senhora Tatcher.
Porque será?
Sabe decerto como eles dizimaram os indígenas norte-americanos (entre outras manigãncias)... Forneceram-lhes cobertores contaminados.
O Trotsky foi dos Estados Unidos para a Revolução Russa. E o Lenine, depois de ter estagiado na América, fez escala em Inglaterra.
Pimenta no cu dos outros é refresco.
Quanto a parasitas, o minúsculo pode sempre mudar de maiúsculo... ehehe
ResponderEliminarQuanto ao exercício, pois não é coisa que me já não tivesse ocorrido. Mas isso só quer dizer, como aliás os exemplos do Trotsky e do outro (pode dizer-se que a grande parte dos revolucionários russos vieram do Lower East Side de Manhattan) apontam, que esses sítios tiveram parte activa no fomento dessa pestilência. Não quer necessariamente dizer que sejam a origem. Antes de irem para Nova Iorque os revolucionários vieram dos ghettos na Rússia...
A mim, o que me parece é que seja quem for que se dedica a organizar estas avarias, tem um projecto político transgeracional. Porque isto é empresa que já é de várias gerações, e certamente tem lá para mais algumas. Mas se no caso penculiar eu consigo vislumbrar o objectivo de um tal projecto, nos outros já não. Nem objectivo nem meios. Não são certamente os espécimens que se fazem alcandorar para as presidências, senados, etc quem dirige a orquestra...
Há um personagem curioso, um tal coronel House que puxava muitos cordelinhos no tempo da 1ª GG, e mesmo depois. Ora, se é certo que os puxava, nem por isso se lhe conhece grande ideal. Parece que gostava de ser uma espécie de Maquiavel e não vai muito além disso a motivação que se lhe conhece. Portanto também não era maestro.
A questão, tanto quanto eu consegui apurar até hoje, é que encontramos muitas vezes estas elites anglo a puxar cordelinhos, mas muito raramente, para não dizer nunca, se lhes percebe directamente a motivação que os faz puxar para um lado ou outro. Os efeitos, esses, tendem a dar geralmente para penculiaridade. No cui bono, o bono tende a sempre deles...
Portanto, estamos nisto: os anglos puxam os cordéis, podemos assentar nisso, mas o que os leva a puxá-los?
> mas o que os leva a puxá-los?
ResponderEliminar"Because it's there."
É a natureza do animal (por enquanto, por enquanto).
«Portanto, estamos nisto: os anglos puxam os cordéis, podemos assentar nisso, mas o que os leva a puxá-los?»
ResponderEliminarMoney.
É o deus deles: o Money Mouce!...
:O)))
«Quanto a parasitas, o minúsculo pode sempre mudar de maiúsculo... ehehe»
Sim, lógico. Mas o problema é que na Terra não têm já alternativa. Bem esgaravatam na Rússia (não sei se por nostalgia, se por cautela), mas agora, estou em crer, ou aparece uma economia/oportunidade superior num outro planeta e eles emigram para lá (como sugeriu, com aquela subtileza olímpica que Deus lhe deu, a marina - sou fã número 1 desta moça, nunca é demais repeti-lo), ou têm que tratar o hospedeiro com uma certa gentileza. Até porque o hospedeiro, quando lhe dá para a brutalidade, não é flor que se cheire.
A minha corn flake declaration do dia:
ResponderEliminarnós, no Velho Mundo habituámo-nos a ver a economia como sujeita à política; eles, no Novo Mundo, inverteram a coisa: a política trabalha para a economia.
Se isto não é o ovo de Colombo, anda lá perto. Ou então é uma grande parvoíce. Agora vou dormir.
Ah, lembrei-me agora..
ResponderEliminarVou-lhe contar um episódio verídico passado em África. Num campo de minas (minas daquelas que explodem quando pisadas, entenda-se) que circundava e interditava uma zona diamantífera, um dia encontrou-se um zairense em trânsito. Trazia artigos mercantis para trocar por pedrinhas (autêntico quiosque ambulante)
Uma unidade de Segurança fazia patrulha na área, encontrou o sujeito naqueles propósitos suicidas e aprisionou-o. Interrogado sobre tamanha imprudência, o tipo, sibilino e peremptório, declarou:
"Oú est l'argent est l'homme!"
Tinha mais amor ao dinheiro que medo à morte. Uma moral lixada, esta.
Volto a estar em concordância com as observações de Muja. Ele tem uma visão dos problemas mundiais que não difere um milímetro da que eu própria partilho.
ResponderEliminarConheço bastante bem a mentalidade dos norte-americanos, tanto dos euro-americanos caucasianos (como eles próprios se auto-designam), como a d'alguns judeus americanos d'origem europeia. Como o eram quase todos. Há de tudo nestes grupos étnicos. Há os bons e os maus em ambos os lados. Há os euro-americanos que odeiam os que o não são e há os que se consideram e de facto são totalmente americanos, porque descendentes de antepassados já lá nascidos, mas que, sendo embora frequentemente humilhados, desconsiderados e até responsabilizados por todos os problemas sociais que acontecem no país, devotam no entanto uma tolerância relativamente aos que o não são que comove quem os ouve, encontrando-se neste grupo os cidadãos d'origem índia, os negros e os hispânicos. Os mesmos que não obstante são desprezados quando não ostensivamente vilipendiados pelo cidadão médio americano, com especial incidência para os judeus d'origem europeia e seus descendentes, salvo as excepções que confirmam a regra. Cito apenas um caso paradigmático, aproveitando o facto de se tratar d'alguém ligado à sétima arte conhecido no mundo inteiro.
Orson Wells foi um ser humano extraordinário, um daqueles cidadãos que sendo d'origem irlandesa com algumas costelas africanas, não só considerava todas as raças que compõem aquele povo como seus irmãos, como também os valorizava como pessoas. Este seu modo de ser fê-lo desenvolver um ódio de estimação por parte dos produtores judeus hollyoodescos da época, racistas e elitistas que eram até à medula. Após Wells ter produzido, filmado e interpretado Citizen Kane, expondo os podres do magnata da Imprensa R.Hearst e do seu império, sendo este um aliado fiel dos poderosos de Hollywood, esse crime de lesa-majestade jamais lhe foi perdoado o que originou que a partir d'então tenha sido ostracizado pelos respectivos produtores e semi-afastado dos Estúdios e passados uns tempos (perante o estrondoso exito deste filme a nível mundial, o que aliás já havia acontecido em grande parte com os seus filmes anteriores e confrontados com o seu imenso prestígio adquirido como realizador e intérprete e sentindo-se impotentes para lhe anular definitivamente os contratos) resolveram enviá-lo ao Brasil para fazer um documentário sobre o Rio de Janeiro. Orson escolheu filmar o Carnaval brasileiro porque este o atraía e era já então famosíssimo, facto que enfureceu os seus patrões, ridicularizando ao máximo o seu trabalho e ferindo o seu amor próprio, além de ofenderem o seu orgulho como pessoa e como profissional, levando-os a desclassificar o documentário, proibindo a sua exibição e acusando-o de ter ido filmar "ùnicamente pretos aos saltos"... Wells respondeu, defendendo-se em entrevistas e aos próprios, que "nós somos iguais a eles", especificando que os norte-americanos eram uma mistura de raças, tal como o eram os brasileiros. Ui!, o que ele foi dizer. A partir daí foi completamente afastado dos Estúdios e sem trabalho viu-se na necessidade de partir para a Europa para realizar e filmar neste Continente. Claro que a sua saúde ressentiu-se e de que maneira e poucos mais filmes fez.
(cont.)
ResponderEliminar(conclusão)
Foi assim que a América perdeu um génio do cinema (e por razões semelhantes perdeu o genial Charlie Chaplin e muitos anos antes o mesmo aconteceu a outro génio da comédia, Buster Keaton e muitos anos depois destruiríam a carreira do grandioso e insubstituível Mario Lanza, de Farley Granger, de Edmund Purdon e de a muitos outros mais) e os cinéfilos e seus milhentos admiradores ficaram sem um extraordinário realizador e intérprete, tudo por culpa dos déspotas produtores de Hollywood. Os mesmos que não por acaso sempre tiveram uma palavra a dizer na condução da política norte-americana a partir do dia em que, como bons judeus se tornaram seus influentes e imprescindíveis conselheiros políticos, fundaram a fabulosa e simultâneamente criminosa indústria - fazedora e trituradora de corpos e almas - da Meca do Cinema.
Há porém num certo grupo de americanos, na realidade judeus-americanos, que representando uma percentagem mínima - cerca de 0,5% - dos mais de trezentos milhões de americanos na totalidade, padecem de um defeito particularmente criticável e indignante, uma doença incurável que os torna verdadeiramente odiados e eles nem a escondem nem sequer se importam com o facto. E esta gente, que não sendo americana d'origem ou seja, que não é descendente directa dos europeus que demandaram aqueles territórios inóspitos, na altura apenas habitados por índios seus lídimos donos, para fundar a grande Nação, pelo contrário a ela sòmente aportou a partir dos finais do séc. dezanove e com maior expressão (mas curiosamente em pequeníssimo número) em princípios do vinte, idos sobretudo da Rússia, da Alemanha e alguns poucos da Inglaterra, é precisamente essa gente - inicialmente composta por meia dúzia de pessoas e actualmente, dos trezentos de há alguns anos, passaram a duas centenas de gurus com poderes quase sobre-naturais, processo este que já se vem desenvolvendo à velocidade da luz desde os anos cinquenta - na continuação dos seus antecessores, que vem comandando os destinos deste País desde há pelo menos duzentos anos. E dado o domínio absoluto que esse grupo de pessoas, judeus-sionistas/maçonaria mundial, detém junto dos governantes deste país, que é conhecido pelo polícia do mundo, que por arrasto o exercem também e por interpostos mandaretes em todas as democracias do Planeta. Poderio esse que por falta das forças políticas e militares necessárias para o neutralizar e, diga-se de passagem, por completa inépcia (intencional?) de quem o podia e devia fazer para cortar o Mal pela raíz e não o faz, porque é do Mal que se trata, que aquele se vai tornando igualmente extensível e já não apenas às democracias mas também e pràticamente a todas as ditaduras e tiranias do Globo.
Maria
http://captiongenerator.com/50538/Hitler-descobre-que-por-acaso-foi-ideia-de-Passos
ResponderEliminar