segunda-feira, junho 29, 2015

Condições concretas e objectivas



«a condição de escravatura antiga resultava, regra geral, dum contrato: o vencido trocava a vida pela liberdade. O vencedor poupava-o a troco dos seus serviços. O escravo sobrevivia por via da sua utilidade, pela graça de se poder tornar útil ao seu novo senhor. » (in postal anterior)


Todavia, por alturas da decadência grega, a escravatura principal não decorria, digamos assim, de agenciamento externo, mas interno: a maior parte dos escravos resultava de cidadãos insolventes que, por via de dívida, se viam degradados à condição de escravo. Ora, quando uma sociedade se entrega à autofagia, o fim não está longe.

Em todo o caso, a hierarquia entre os gregos clássicos, numa família, era a seguinte: O senhor e a senhora, os filhos, os escravos e os animais domésticos. 

Actualmente, entre nós, a hierarquia é a seguinte, nas famílias novo-ricas: a família, os animais de estimação e os "colaboradores" (a mulher a dias, o motorista, etc).

Chegou-se a este singular estado após quarenta anos de democracia e "social-democracia", preludiada por um marxismo redentor em via verde para o paraíso instantâneo. E isto sucede sob a veneranda guarda duma constituição socialista (ou socializante) e um estado de direito mais retorcido que os cornos dum carneiro montês.

Pois bem, neste tempo em que cada vez menos têm cada vez mais e cada vez mais têm cada vez menos, temos que perguntar aos nossos marxistas, socialistas, sociais-democratas e democratas-cristões (ou cristoinos, para sermos mais rigorosos), que merda colossal é que a andaram a fazer e que receita rançosa é que andaram a cozinhar este tempo todo. Aos marxistas e socialistas do descalabro inicial, então, o caso é ainda mais sério: apenas serviram de passadeira e ascensor às actuais bestas (não apenas à escala nacional, como planetária). Assim, limparem as patinhas à parede não basta: para serem sérios e justos era enfiarem mesmo a cabecinha no fogão. Quanto aos actuais internacionaleiros de plantão, dado que nem cabecinha têm (por completo desuso e ausência de coluna onde a plantar), recomendar-lhes-ia foguetes no cu, para efeitos de comemoração da façanha... Isto, bem entendido, caso arranjem um interstício no bacamarte estrangeiro com que, quotidiana e compulsivamente, o ocupam. E adestram.

5 comentários:

  1. O Dragão acha que essas gentalha vai parar para fazer uma reflexão?

    A gentalha vai continuar a chafurdar-se na merda colossal, não existe horizonte e muito menos uma luz espiritual para se encontrarem com a verdade.

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  2. Por falar na merda colossal, não posso deixar de partilhar esta pérola:

    "O marxismo existe para entregar o mundo nas mãos dos judeus."

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  3. «O Dragão acha que essas gentalha vai parar para fazer uma reflexão?»

    Não só não vão parar, como vão tentar arrastar outros à sua pocilga. É como o bêbado que não gosta de se enfrascar sozinho. Ou o junkie.

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  4. «Não só não vão parar, como vão tentar arrastar outros à sua pocilga. É como o bêbado que não gosta de se enfrascar sozinho. Ou o junkie.»

    O ladrão cuida que todos o são.

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  5. «O ladrão cuida que todos o são.»

    Diz o almocreve ao Dragão.

    PS:Deve ter lido na televisão.

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