Parece que o José Eduardo dos Santos, perdão, os angolanos andam a comprar empresas portuguesas a preço de saldo. Julgo tratar-se de mais uma maravilha da moderna economia pretoguesa. Ora, este tipo de lubrificação com intuitos futuros pode ter duas leituras: a realista - "mau, não tarda estão a sodomizar-nos tranquilamente!; e a liberalóide - "que bom, vão investir em nós!"
Todavia, tivessemos nós um governo vertebrado, dotado de mais que três neurónios e meio, vá lá, e estaria aqui uma bela oportunidade de negócio. Na verdade, poder-se-ia até resolver o défice duma assentada. O primeiro-ministro - um primeiro-ministro a sério . propunha ao José Eduardo dos ..., quer dizer, aos angolanos, o seguinte: Portugal inteiro, pela módica quantia de trezentos mil milhões de euros. Uma pechincha, em suma. Portugal ao preço da loja dos trezentos. O super-soba nem pestenejava: toma lá o cheque. Depois, devidamente arrecadada a massa (nunca fiando!), o Governo português - um governo a sério -, no dia seguinte, com revolucionária pompa e libertadora circunstância, nacionalizava o país! Estão a ver? Num ápice, transformavamos o défice em superavit. E o super-soba, se protestasse que era uma roubo, um assalto, uma grandessíssima golpada, Portugal, em coro, respondia: "Então, zé, camarada, golpada? Nem por sombras, amigo: descolonização. Ou já te esqueceste?
Realmente, uma boa descolonização é o que este país está mesmo a precisar!...
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