- Diz, hoje, no DN, o Papá da Democracia.
Os Finlandeses, parece-me, não estão convencidos de coisa nenhuma. Estão apenas determinados a não pagar os vícios e os luxos dos outros, que é como quem diz, do dr. Mário Soares e amigos democratas, sejam eles do albergue do "socialismo democrático", sejam eles da hospedaria da "direita democrática". E não se percebe porque raio é que os finlandeses haveriam de entregar mais dinheiro a toda esta esponja. Equivaleria a dar heroína a um junkie. Se são nossos amigos, ou por nós nutrem qualquer resquício de respeito e caridade, por amor de Deus, não nos dêem (isto é, não lhes dêem em nosso nome), emprestem, ou por qualquer outro meio façam chegar às unhas, dinheiro nenhum!
Aliás, deixem que pergunte: foram os finlandeses que malbarataram as finanças públicas e deixaram Portugal na bancarrota? Foram eles que geriram, administraram, ministeriaram e governaram a nossa república nos últimos trinta anos? As fundações, os institutos, as parcerias, as obras públicas, as estradas, auto-estradas, rotundas, estádios, as expos, pontes, repontes e tripontes, etc, etc, etc, foram os Finlandeses? Os assessores, consultores, avençados, parecereiros e outros que tais, afinal, eram todos finlandeses?
E agora o FMI, mais o FMO e o FMU vão despejar dinheiro em cima de quem? Vão entregá-lo aos mesmos que já refundiram e esponjaram as bateladas anteriores?Ah, e uma derradeira questão: "os mercados especulativos e as criminosas agências de rating" não podem destruir nações quase com nove séculos de história independente, porquê? Só o Doutor Mário Soares, amigos, compadres e vizinhos é que podem? Ilusão, a haver, é bestialmente sua. Afinal, verifica-se e consuma-se agora, andou a destruir a crédito. Foi tudo de empréstimo: as ideias e o resto. Foi de aluguer - renting, como está na moda dizer-se. Franchising, quiçá. Queixa-se então de quê, o paizinho da cegada? Deles virem receber a conta?
É o argumento final de Fausto: a Amnésia.
Entretanto, detrás da cortina escuta-se um riso escarninho: "a letra era a dele, mas o sangue é o vosso!...
É o argumento final de Fausto: a Amnésia.
Entretanto, detrás da cortina escuta-se um riso escarninho: "a letra era a dele, mas o sangue é o vosso!...
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