sábado, março 12, 2011

A propósito da juventude

Como há muito tempo não vos submeto a questionários culturais, adivinhem lá quem é que escreveu isto:

«Passa-se pela juventude como por um deserto: sedentos e famintos de oásis, a vaguear, perdidos, atrás de miragens. É só no fim da travessia - se por sorte ou acaso não rebentarmos ou fenecermos antes - quando finalmente nos debruçamos sobre um inequívoco charco real, na fronteira para um novo tempo, que um primeiro reflexo da nossa imagem nas águas como que nos abala e desperta. E não, não é a figura do peregrino, nem do tuaregue, ou muito menos do profeta incendiário, o que o espelho líquido, com crueza escarninha, nos mostra: é, tão só e sordidamente, a de um exausto e vulgar camelo.»

Prémio mistério para o primeiro a adivinhar, excepto a Zazie que faz invariavelmente batota.

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