domingo, maio 30, 2010

Maiêutica democrática

De Inglaterra, o berço da para-lamentação que nos desalumia e do liberdadeirismo que nos transvaza, arriba-nos mais uma história de austera e edificante moral.
Ministro pagou quarto de namorado com dinheiro do Estado.

Ou de como na espécie humana, à medida que se atrofiam os olhos da cara (por míngua, entre outras coisas, da vergonha que nela mora ausente), mais decreta e exorbita o olho do cu.

Entretanto, no Malawi fica a prova: afinal, há uma globalização que, apesar das crises (reais e imaginárias), até vai de vento em popa - a da gayzice. Mais uma vez, a lógica imaculada rege: à medida que a malha em redor do estômago e da mioleira, à escala mundial, se estreita e aperta, o freio ao olho do cu - e respectivos derivados e constelações - relaxa-se. Ou de como as comunidades locais e nacionais concretas cedem cada vez mais as rédeas a uma comunidade fictícia, inefável que ninguém sabe realmente o que seja ou quem represente: a "Comunidade Internacional".

Já entre nós, à conta de idênticos folclores, o Príncipe (retrosculado pelo lobi, presumo) transformou-se em sapo. Ou, dito por outras metáforas, a república pariu um rato.

Bom dia. O meu nome é César Augusto Dragão. Estou a ficar realmente zangado. A demolição segue dentro de momentos.

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