sábado, março 20, 2010

Cultura protestante, ou o estahvé policial recauchutado


O Pedro Arroja refere, e bem, uma « cultura da bufaria (que) não acredita que possa haver justiça que não seja praticada pelo povo e pelo seu Estado democrático.»

Nesta singular notícia podemos ver um exemplo típico dessa cultura em plena acção:
"Namorados barulhentos proibidos de fazer sexo"


Transportar-nos-ia igualmente a algumas considerações eventualmente mordazes sobre a tão cantada "liberdade de expressão". Quando alguém já nem na própria cama pode gemer à vontade, impossível não rir a bandeiras despregadas daquela balela tão ao gosto dos nossos liberdadeiros de plantão - exactamente: aquela onde salmodiam, com ranço garantido, que "a nossa liberdade termina onde a dos outros começa" (eles geralmente usam a fórmula "os limites da minha liberdade são a liberdade dos outros", mas vai dar ao mesmo).
A prazo, já não muito longínquo, a concretização prática duma sociedade regida por uma tão bela fórmula será qualquer coisa do ordem da fotografia em epígrafe. Um descanso. É só o tempo dos zombis abdicarem do seu estado - por enquanto - ambulatório.

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