sexta-feira, junho 19, 2009

Com carácter de urgência e desígnio nacional





«Berlusconi suggests legal brothels».

Este Berluscoiso, ultimamente, tem subido na minha consideração. É verdade que tem muito que subir (até porque entre italianos e espanhóis nunca vi muita diferença -já entre italianas e espanholas ela é quase infinita), mas mesmo assim. De Berlusconas e Berluscoiso, pelo menos, já subiu.
Entretanto, se há duas coisas nesta vida, e neste cabrão deste país, cuja legalização considero , não só urgente, como imperiosa, elas são, por ordem de praticabilidade (o bom deve sempre preceder o óptimo): 1. Bordéis; e 2. Haréns. Os bordéis para quem tenha dinheiro (portanto, submetidos ao critério económico); e os haréns para quem tenha tesão imarcescível (por conseguinte, circunscritos ao puro mérito).
Posta esta evidência ululante, deixem que refira um fenómeno que, além de estranho (ou nem por isso), sempre achei sintomático:
Os nossos liberais (certamente haveis reparado), estão sempre a advogar a legalização das drogas como forma miraculenta de acabar com o tráfico de estupefacientes. Todavia, nunca os escutámos a defenderem a legalização de bordéis para se acabar com o tráfico humano. Porque será?
Vou primeiro dar voz às vossas teses. Só depois exporei a minha.

PS: Naturalmente, um dos sinais mais clamorosos da decadência civilizacional consistiu na repugnante e bárbara substituição dos bordéis por cinemas. É claro que na minha próxima abordagem não deixarei impune tamanha infâmia.

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