sexta-feira, março 20, 2009

Disparatólogos cacomantes

Ao mais alto nível (objectivamente medido no sitemeter), é claro que, além dum asnódromo, a blogosfera, também pode ser definida como um ginásio para disparatólogos - tipos que adivinham o que quer que seja com base na copromancia da sua própria emissão de disparates. O basbaque ambulante e obsessivo, como qualquer auto-estrada ou ferrovia em hora de colisão podem comprovar à exuberância, papa qualquer coisa.
Tudo isto tem tanto a ver com a verdade, como a ala dos furiosos do Hospital Júlio de Matos tem que ver com a Academia de Platão. E apenas revela dois fenómenos essenciais, inerentes e cumulativos: a) uma falta deplorável de camisa-de-vénus no respectivo pai, por alturas da concepção; b) uma ainda mais calamitosa falta de camisa-de-forças no filho, por alturas do conceito.
No tempo da outra senhora, ainda era eu menino e auferi da minha saudável dose, a analfabrutice era mais ou menos contida à força de reguadas e palmatoadas nos alunos primários. Hoje em dia, para conter minimamente a epidemia, o regime, de todo asseado e recomendável, teria que ser estendido dos alunos a praticamente todo os intervenientes na cadeia do ensino. Grande parte dos professores universitários, por exemplo, à falta de pelourinho generoso, bem reclamam um tratamento reforçado de reguada nas patorras e ponteirada enérgica pelos cornos abaixo. Até porque, nos casos mais gritantes, ao contrário dos pequenos cábulas de outrora, agravam a burrice com um vício ainda maior e mais torpe: o exibicionismo.


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