Caso A:
E Caso B:
No grego, aptw significa atar, ligar, segurar; tal qual como no latim, apto, também significa ligar, ajustar, etc. Daí decorre, no português, o nosso "apto" - capaz, conveniente, com aptidão para.
Pegando na lei da "selecção natural actuando somente pela vida e pela morte, pela persistência do mais apto e pela eliminação dos indivíduos menos aperfeiçoados" (Darwin, "Origem das Espécies"), óbvio é constatar nos "large trader banks", nas grandes petrolíferas ou nas "giant agribusiness" -citando nomes, para melhor nos orientarmos: Goldman Sachs, Morgan Stanley, Exxon, Chevron, BP, Shell, Monsanto, Cargill, Archer Daniels Midland, etc -, os mais aptos. Mais aptos até, refira-se, não só no conceito actual mas também no mais arcaico, ou seja, mais "capazes", mais "convenientes", mas igualmente mais "atados", "ligados", "ajustados". Ao contrário, naturalmente, de todos esses indivíduos em riscos de perecer à fome, absolutamente incapazes, descartáveis, desligados e desajustados à nova realidade global.
Neste sentido, se aceitarmos toda esta evolução como uma transposição dos mecanismos de selecção natural para o mundo humano teremos que aceitar como plenamente racional e, eventualmente, necessário, que os mais aptos persistam e os menos aperfeiçoados sejam eliminados pela inefabilidade processual. Resta, não obstante, uma pergunta: Mais aptos em quê?
Bem, se é verdade que, por um lado, essas super-entidades estão cada vez mais "atadas" e "ligadas" entre si, por outro, torna-se cada vez mais evidente que também estão cada vez mais "desligadas" e " desatadas" da humanidade. Portanto, a aptidão da coligação revela, em tandem, uma crescente inaptidão da humanidade desligada para a sobrevivência.
De resto, a acção dos aptos coligados desenvolve-se em duas vertentes simultâneas e conjuradas: reforçar a sua coligação, de modo a transformar a sua aptidão em super-aptidão; e promover a dispersão, a desagregação - a limite, o confinamento em células individuais - da restante humanidade. Assim, à medida que se consolida e sofistica, a coligação dos aptos vai adaptando o mundo à sua conveniência - um mundo que lhe convém amorfo, mero plasma manobrável e manipulável, estrita matéria. Isto é, desligado de todo e qualquer antes -cultural, sobretudo-, tanto quanto de qualquer depois, mas apenas refém perpétuo dum presente cercado e sitiado pelas obscuridades do passado e pelos horrores e terrores do futuro. Para esse efeito, arfa, zumbe, silva e resfolega toda um propaganda constante, opressiva e miriafónica. Omnipresente. Compete-lhe desligar as pessoas. Reduzi-las a células presidiárias, meros compostos de células mecânicas. Este Des-ligar das pessoas consiste numa guerra permanente, envenenadora e insidiosa sobre tudo o que possa congregá-las ou re-ligá-las. Daí, entre outras, a campanha devidamente orquestrada e premeditada contra a "re-ligião". Porque estorva e dificulta a "des-ligião".
É neste enquadramento que se situam todos os quistos efervescentes de propaganda artificialmente empolada e superiormente dirigida, como são, por exemplo, as organizações LGTB ou as Ligas de Frenéticos e Convulsionários Ateístas. São tropinhas de choque do mercado e da indústria, autómatos-biscateiros programados e segregados pela coligação "super-apta". O seu público alvo está bem definido: as gentes naquela faixa etária mais vulnerável, crédula e dúctil - a adolescência (que agora, ainda para mais, se pretende que vá dos 4 aos 40). Os seus postos de emissão são bem visíveis: mass-media, escolas, universidades, meios "artísticos". Sabem o básico: se cantarem a contento, sobem a rigor. Reproduzem-se por coopção, mimese e osmose. Obedecem à regra do enxame.
Lembro-me de ouvir dizê-lo, ao vivo, ao Agostinho da Silva: "Idade das Trevas? Vocês vão ver o que é a Idade das Trevas."
Voltando, entretanto, à pergunta inicial - mais aptos em quê? Ora, está bem à vista: na predação. Intra-específica.
Religião: do latim “relegere”, recolher; religião é um escrúpulo que impede algo, uma vergonha que intimida (a relação entre religião e “religar” é incorreta e atribuída a Tertuliano e Lactâncio).
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