Agora, vá de estudarem e descobrirem cientificamente o contrário daquilo que apregoavam antes. Afinal, a soja geneticamente manipulada produz menos que a soja natural (peço desculpa se ofendo alguém ao escrever "natural").
Mas lá está a questão filosófica: a finalidade da Manipulação genética. Manipularam-na para dar mais produção ao agricultor? Não manipularam-na para resistir ao herbicida vendido pela Monsanto, ou seja, para dar mais lucro ao proprietário da tecnologia. Note-se, entretanto, a ambiguidade e a ambivalência científica: por um lado, a ciência a soldo da indústria, na manipulação genética; por outro, a ciência desmascaradora do mito e denunciadora do embuste, por intermédio da Universidade. Moral da história?...
Dragão,
ResponderEliminarPara compreender exactamente o que estás interessado em discutir, deixei num post anterior uma série de três questões sobre as quais eu queria mesmo mesmo mesmo uma consideração tua. Repescando-as:
1) Devemos tentar estudar e compreender a natureza, sabendo que do conhecimento obtido é consequência a capacidade de a manipular?
2) Sendo "sim" a resposta à primeira pergunta, é a ciência o melhor que temos para esse estudo ou há alternativa que nos dê respostas mais próximas da realidade?
3) Sendo absolutamente inegável que a ciência tem vindo, ao longo da história, a ser mal aplicada, nomeadamente em tecnologias bélicas, como devemos agir para limitar os seus objectos de estudo e controlar a sua aplicação? E em que base sustentamos esses limites?
É que com este post voltas a mais do mesmo.
peço desculpa se ofendo alguém ao escrever "natural"
Pessoalmente, parece-me muito menos ofensivo que escrever "artificial" quando te referes a toda a "electricidade" :')
Eu disse, e está lá a definição:
ResponderEliminarartificial = produto resultante da transformação e da indústria humana. A electricidade do raio, ou da enguia, é natural; a electricidade hidroeléctrica é artificial.
O caro amigo é que referiu a electricidade da casa das pessoas como natural. Eu até gozei imaginando-o à espera dum raio para ligar o televisor.
Sobre o que está a acontecer no "As Vicentinas de Braganza", agradecia que nos visitassem, e se pronunciassem, caso vos interesse o nosso novo dilema/problema
ResponderEliminarhttp://asvicentinasdebraganza.blogspot.com/2008/04/nota-constitucional.html#links
Eu até gozei imaginando-o à espera dum raio para ligar o televisor.
ResponderEliminarHá quem ande a equacionar a hipótese de aproveitamento de "raios" para fins energéticos! :)
De qualquer modo estava mais interessado nas tuas considerações relativamente às outras questões.
É como a água do Luso. Também é artificial.
ResponderEliminar;-)
Com tanta merda que a Monsanto faz não percebo como o Dragão não escreve um post por dia só sobre eles. Embrulha tudo na moral distorcida da coisa e no fim do mundo que vem aí à conta da cegueira dos cientóides e tem aí matéria para uns anos.
ResponderEliminarE parece que a chama das velas também é artificial.
Nonsanto.
Electricidade artificial é bom e do melhor.
ResponderEliminarNão me parece uma distinção tão absurda quanto isso e depende sempre da definição que damos aos termos: quando algo é produto da técnica humana (como uma corrente eléctrica gerada por uma pilha) é artificial, mas quando não é (como uma corrente gerada por uma enguia) é natural. Compreendo a distinção que ele quer fazer e não discordo totalmente dela.
O problema é que soja "artificial" é mesmo diferente da soja "natural". Não são sojas iguais geradas por processos diferentes. Já uma corrente eléctrica é sempre a mesma coisa, seja gerada de que modo for.
Mas há situações que desafiam, de certo modo, essa distinção: quando ligamos uma ventoinha temos algo que se poderá chamar "vento artificial". É em tudo igual ao "natural", mas gerado artificialmente. Mas e o "vento" gerado por uma mão a abanar? E se usarmos as descargas de uma enguia para acender uma lâmpada? É só a lâmpada que é artificial ou a própria corrente passa a considerar-se artificial quando atravessa a lâmpada?
Foda-se... detesto anónimos :\
ResponderEliminarOnde é que eu escrevi que ele ganhou um prémio por aquela descoberta?
ResponderEliminarE é ou não é um cientista?
Não podia ganhar nenhum prémio porque fez aquela asneira, quando o v. argumento é que a asneira é a prova que a ciência é racional e aberta a corrigir erros?
Então em que é que se fica? Foi estigmatizado porque se limitou a inventar uma teoria estapafúrdia como milhares de outras teorias estapafúrdias que os cientistas inventam?
.........
Não há por aqui grande plural de "anónimos", a menos que o dito tenha trazido os burros e cabras de Macieira de Cambra atrás.
Fora isso, o Professor von Patrono trata-me sempre por zazzie com dois zz, ainda que eu nunca tenha dialogado com ele.
É elucidativo quando os escuteiros mirins do Professor Karamba, tão científicos da silva, entendem a palavra "artificial" pejorativamente. Como se significasse necessariamente um mal. Como se a distinção fosse minha ou inventada por mim. Santa imbecilidade!
ResponderEliminarUm anormal fala da água do luso - a água do luso deve vir a voar directamente da fonte para a boquinha dele; magia, decerto. Outro imbecil fala da luz das velas: porque as velas colhe-as ele da árvore que dá velas.
A água do luso não é um produto e o dromedário não paga por ele; a outra besta não compra as velas. É tudo natural.
Estamos portanto ao nível do jardim escola mental.
Dragão, menino, seja mais claro e menos birrento nas respostas, se fizer o favor :\
ResponderEliminar«a água do luso deve vir a voar directamente da fonte para a boquinha dele»
Imaginemos o seguinte: a minha avó vai à fonte da aldeia buscar água. Leva, com ela, um garrafão. Enche o garrafão. Traz para casa. Em casa, deita umas gotinhas de lixívia no garrafão para "matar os bichos".
Ora, podemos agora dizer que algo deixa de ser natural a partir do momento que chega até nós por meios não naturais (a água passa a ser artificial no momento em que entra no garrafão), ou consideramos artificial apenas o que foi fabricado ou alterado pelo engenho humano* (a minha avó deita gotinhas de lixívia na água). Se escolhermos o primeiro, então falar em "soja natural" deixa de fazer sentido; se escolhermos o segundo, somos obrigados a repensar a "artificialidade" das correntes eléctricas que temos em nossa casa.
Pessoalmente tenho mais interesse na segunda distinção. Porquê? Porque interessa-me saber exactamente se algo foi ou não fabricado ou alterado pelo homem, ou seja, interessa-me a distinção entre um sumo de laranja natural (que já existia na natureza e alguém se limitou a enfiá-lo num copo) e uma fanta de laranja.
* Repara, Dragão, que esta foi a definição que tu deste: artificial = produto resultante da transformação e da indústria humana. A água que se encontra no garrafão da minha avó, antes de ser lavadinha com lixívia, não é propriamente um produto da transformação e indústria humanas; ou é?
«A água que se encontra no garrafão da minha avó, antes de ser lavadinha com lixívia, não é propriamente um produto da transformação e indústria humanas; ou é?»
ResponderEliminarBem, depende, falta um detalhe específico: a avó é da parte da mãe ou da parte do pai?
Olha olha o filtro!
ResponderEliminarAgora tudo é filtrado eheheheh
Muito bom esse argumento do filtro.