sábado, abril 26, 2008

Dia da Carochinha (rep)



Nem reparei, mas parece que ontem foi Dia da Carochinha...
Cantemos, pois:

Da Nação fizeram Nacinha.
Por via de Revolução?
Não,
por via de revolucinha.

Do farão ficou farinha.
Cabe dentro dum caixão?
Não,
cabe dentro duma caixinha.

Da intenção restou sentencinha.
Trataram do povão?
Não,
trataram da vidinha.

E a Grande Marcha (do Pogresso) ficou murchinha.
Perderam a tesão?
Não,
perderam a espinha.

Salvou-se a corrupção agora rainha.
Venderam-se em leilão?
Sim,
e mais à puta da alminha.

13 comentários:

  1. O presidente do poço de Boliqueime, que também jura a pés juntos, ser presidente da nacinha e ter sido eleito democrática-mente, afirmou, parece que num lindo discurso, ter ficado impressionado pela ignorância dos jovens sobre o 25/4.
    Eu também juro que estou impressionado. O ensino tem melhorado a olhos vistos, a qualidade dos políticos raspas idem, a verdade é sempre contada, a honra, a dignidade, etc são regras indissociáveis do estrato (não escrevo classe, porque não quero denegri-los) social que governa o país. Impressionante a forma como se agarram aos mais altos cargos... esta minha má língua, valores, enfim a vida deu um passo de gigante.
    No outro dia recebi este mail que também me deixou impressionado. Embora não seja sobre nosso país ou portugueses
    .
    Como vêm os vossos votos são sempre bem aproveitados...
    Fernando Nogueira:
    Antes -Ministro da Presidência, Justiça e Defesa
    Agora - Presidente do BCP Angola

    José de Oliveira e Costa:
    Antes -Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
    Agora -Presidente do Banco Português de Negócios (BPN)

    Rui Machete:
    Antes - Ministro dos Assuntos Sociais
    Agora - Presidente do Conselho Superior do BPN; Presidente do Conselho Executivo da FLAD

    Armando Vara:
    Antes - Ministro adjunto do Primeiro Ministro
    Agora - Vice-Presidente do BCP

    Paulo Teixeira Pinto:
    Antes - Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
    Agora - Presidente do BCP (Ex. - Depois de 3 anos de "trabalho", Saiu com 10 milhões de indemnização !!! e mais 35.000€ x 15 meses por ano até morrer...)

    António Vitorino:
    Antes -Ministro da Presidência e da Defesa
    Agora -Vice-Presidente da PT Internacional; Presidente da Assembleia Geral do Santander Totta - (e ainda umas "patacas" como comentador RTP)

    Celeste Cardona:
    Antes - Ministra da Justiça
    Agora - Vogal do CA da CGD

    José Silveira Godinho:
    Antes - Secretário de Estado das Finanças
    Agora - Administrador do BES

    João de Deus Pinheiro:
    Antes - Ministro da Educação e Negócios Estrangeiros
    Agora - Vogal do CA do Banco Privado Português.

    Elias da Costa:
    Antes - Secretário de Estado da Construção e Habitação -
    Agora - Vogal do CA do BES

    Ferreira do Amaral:
    Antes - Ministro das Obras Públicas (que entregou todas as pontes a jusante de Vila Franca de Xira à Lusoponte)
    Agora - Presidente da Lusoponte, com quem se tem de renegociar o contrato.

    etc etc etc...
    Se isto acontecesse em Portugal tínhamos outra revolução, graças aos valores impostos pelo 25/4
    *
    “Porque decidiram Bush, Blair e Aznar, nos Açores, a invasão do Iraque? A resposta pode estar numa condição conhecida como Síndrome de Hubris.”
    http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.st
    ories/302853
    :):) Sendo um síndrome, tornam-se inimputáveis...? :):)
    Carlos

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  2. Um epitáfio a uma revolução.

    Mas houve revolução, de facto. Nos costumes, pelo menos.

    De um dia para o outro, podia ouvir-se música probida. De uma semana para a outra, podiam ler-se certos livros censurados. Acho que tenho um desses aqui à mão - A revolta de Maio em França, dos cadernos d. Quixote, com textos da Le Nouvel Observateur e L´Express, traduzidos entre outros, por Diana Andringa.
    De uma mês para o outro, podiam ver-se filmes proibidos, como o Último Tango em Paris, uma bela seca, de um Bertolucci apagado e um Brando cabotino. Ninguém ia ver estes dois, aliás. Apenas as curvas da rapariga do filme, cujo nome já nem lembro.

    Tirando isso, foi sempre a descer, na cultura e no desenvolvimento social.

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  3. Maria Schneider, se bem me lembro. Não eram bem as curvas que vendiam os bilhetes, mas sim um pacote de margarina...

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  4. aahhaha
    O noso Tim é tão engraçado

    ":O)))

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  5. Era a Schneider, pois. E diz a moça que entou numa decadente à custa do filme.

    Quanto às memórias estou mais ou menos como o José- tirando os filmes,músicas e as "performences" artísticas, nem sequer os livros me pareceram grande novidade, já que tudo isso se vendia às escondidas.

    De resto, viver o PREC é lição para a vida- tudo o que se seguiu e tudo o que consiste o arrivismo pelo poder foi possível observar-se em laboratório nessa altura.

    Razão pela qual, nunca entendi como podem existir idealismos com essa fundação. Vacina sim, daquela que nem precisa de actualizações periódicas.

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  6. Ele queria dizer "fassista" e trocou os bb pelos vv.

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  7. Brilhante!

    (esqueceu-se é de referir que não vivemos em Democracia mas sim em democracinha)

    E o comentador Timshel (certamente por distracção) esqueceu-se da restante (e «obrigatória») adjectivação, a saber: xenófobo+demagogo+populista+nazi, etc, etc, etc...

    lol

    :)

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  8. Tudo isso fica subentendido.

    :O)

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  9. ó dr. agnóstico

    eu só não disse isso e muito mais porque não sabia se estava a gastar o meu latim para o boneco e o dragão ia usar o lápis azul e mandar tudo para o lixo

    mas estou a preparar um post sucinto (em estilo contraposto à verborreia do dragão) a denunciar o seu carácter reaccionário

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  10. O horror, a tragédia...

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  11. A denunciar ao mundo

    Está cada vez mais maluquito este Tim

    ":O))))

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