segunda-feira, abril 07, 2008

A ciência e a moral

Se, por essência, o domínio da ciência é epistemológico e o da religião é moral donde surge, então, o litígio?... Porque a religião teima em exercer uma tutoria moral sobre a ciência, prejudicando assim a livre busca do conhecimento? Porque a ciência estabelece as regras e os limites, por isso não tem que se submeter a eles?
A verdade é que a ciência se submete à política e à economia. Tanto quanto um armazém de técnicas, teorias e conhecimentos, é um instrumento - a não ser que aqueles senhores de bata branca da Nasa, do Pentágono, dos laboratórios da grandes farmacêuticas, da Monsanto, da General Dynamics, etc., não sejam cientistas, ou mesmo as grandes universidades e centros de investigação científica por esse mundo fora, afinal, sejam mosteiros capuchinhos.
Mas, então, se aceita, canina e mansamente, o jugo da política e da economia porquê tamanha alergia e escândalo à moral? Na realidade, é a ciência ou a política através da ciência que está a tentar desembaraçar-se da moral?
Por outras palavras, se não existe isso de "busca livre do conhecimento" como é que a religião ameaça algo que não existe? E se a ciência não tem sequer autonomia epistemológica -basta atentarmos no circo da teoria do "aquecimento global"; ou nas "novas pandemias" -, como pode arvorar-se em baluarte da emancipação moral?
Vamos agora instaurar uma puta relaxada no pedestal da virtude só porque ela regala as elites?...

96 comentários:

  1. Baforada a ferver, ao novo bezerro de ouro...

    ResponderEliminar
  2. «Se, por essência, o domínio da ciência é epistemológico e o da religião é moral donde surge, então, o litígio?»

    Se a religião só se reservasse esse domínio, as coisas eram bem mais simples.

    Para quê confundir ainda mais as coisas? Epistemologia e moral? Acho que o Ludwig foi bastante claro ao explicar porque disse que umas teorias são melhores que outras.

    «A verdade é que a ciência se submete à política e à economia.»

    Em que termos? Se se está a insinuar que a verdade vai a leilão ou que quem dá mais formata a realidade, nem sei o que dizer...

    Aquecimento global e pandemias? A Ciência não é o Discovery Channel.

    ResponderEliminar
  3. Caro Francisco,

    "Estou a insinuar"???!!...

    Não estou a insinuar: estou a observar na realidade. Estou a ser científico. Ou a observação empírica já não serve para nada? Desculpe lá se isso interfere com a sua mística.
    Não é minha intenção, acredite. Como dizia o Sterne, o cavalinho de pau de cada qual é sagrado.

    ResponderEliminar
  4. ahahaha

    Onde é que há dúvidas.

    ResponderEliminar
  5. Segundo a fenomenologia há a "imanência"...

    Porra! O livro "A ideia da fenomenologia", é ilegível. A tradução é de Artur Morão. Edições 70. de Janeiro de 2008.

    O problema proposto é sobre a possibilidade do conhecimento...

    ResponderEliminar
  6. Basta atentarmos no circo da teoria do "aquecimento global"

    De todas as afirimações do Dragão, essa é a única em que eu discordo.

    Quando o homem cortar a última árvore o mundo será um lugar melhor?

    A Lua é um lugar habitável?

    ResponderEliminar
  7. Um pouco à margem desta discussão, ou talvez não, acabo de ler agora aqui no noticiário ao lado a confirmação daquilo que desde há muitos anos já venho ouvindo nos círculos ligados ao naturismo e outras "pseudo-ciências" démodés, em que os sábios de agora tanto gostam de malhar forte e feio com gosto e satisfação!

    "Food additives could be as damaging as lead in petrol"

    A notícia refere-se aos corantes artificiais, que são talvez o aditivo mais estúpido e inútil e, infelizmente, criminoso, com que a indústria alimentar nos bombardeia sei lá eu desde há quantos anos!

    Por que será que demorou à "ciência" tanto tempo a chegar à mesma conclusão que a evidência empírica há muito já tinha apontado?! Por exemplo, a tão falada hiperactividade das crianças, em especial a patológica (TDAH), tem possivelmente uma importante relação causal com esses venenos que emporcalham os "alimentos", em nome da maior atractividade visual que provoca a apetência infantil para os mesmos.

    E veremos ainda o que se vai seguir, já que aos estudos científicos se seguem outros mais estudos, patrocinados pelas indústrias afectadas, ora bem, tipo análise e contra-análise ao doping, por exemplo. E se ainda demorassem poucos meses, mas no rigor das observações e testes passam-se anos, enquanto se vão estropiando os que na vil doçura se estão envenenando...

    ResponderEliminar
  8. Caro dragão,

    «Não estou a insinuar: estou a observar na realidade.»

    Quer então dizer que se a McDonald's pagar para investigar se o glutamato monossódico ou o aspartame fazem mal à saúde, a Ciência é fast-food.

    Se a Danone resolve inventar benefícios de bactérias com as quais já nascemos no nosso intestino, a Ciência é uma burla.

    E eu que pensava que os glutões do Presto eram partículas fundamentais... Lá se foi a minha mística - a culpa é da Ciência!

    A Ciência é financiada. É preciso dinheiro e as empresas que prevêem dividendos futuros estão dispostas a financiá-la. Esta constatação parece-me ficar um tanto ou quanto aquém de uma mística.

    Seja como for, o que é que isso tem a ver com as conclusões a que a Ciência chega? A uma teoria da conspiração em que se compram factos a granel? Em que os políticos é que decidem se há ou não aquecimento global ou se o H5N1 existe ou não?

    Veja a política africana e como se está a dar ao afirmar que HIV não existe, ou que a SIDA é mentira. Para essa realidade o dragão já não olha?

    ResponderEliminar
  9. Caro rui leprechaun,

    Histórias de aditivos fazerem mal à saúde já são velhas. Comemos mais corantes numa cenoura do que numa gelatina.

    Existem, no entanto, aditivos que fazem realmente mal. Um exemplo é o sal - mas isso ninguém se importa de comer, pois não? É mais fácil pôr a culpa nos És e nos químicos que ninguém reconhece.

    ResponderEliminar
  10. Mas é isso mesmo, ó Francisco, os factos e a sua interpretação ou a dificuldade da unanimidade na mesma conclusão!!!

    Ou seja, como estabelecer relações causais evidentes quando a complexidade dos fenómenos causa-efeito é muito vasta?!

    Esse exemplo atrás dos corantes - um aditivo TOTALMENTE dispensável! - pode ser mais um case study óbvio, veremos. Depois, e corroborando essa ligação da economia e política à ciência, que o Dragão também aponta, haverá mesmo vontade política para suprimir de vez o que vier a ser considerado letal para a saúde humana?! Que farão os potentados económicos que se considerem afectados?!

    Aliás, como foi então permitido que esses tais venenos fossem adicionados aos alimentos, que testes ou que ciência os permitiu?!

    E não se afirma sempre que a ciência evolui, não sendo um edifício monolítico como a religião, por exemplo?! Nada a apontar quanto a isso, mas a verdade do que é e não é por certo não muda, apenas o nosso falível conhecimento "científico" dessa mutabilidade, afinal.

    Por fim, a ciência é amoral, mas talvez também não seja tão independente assim, afinal... E dispensar o bom senso e a prudência também tornam imoral certa pretensa "ciência"!

    Meaning... quem inventou esses aditivos químicos venenosos e para quê?!

    Quer então dizer que se a McDonald's pagar para investigar se o glutamato monossódico ou o aspartame fazem mal à saúde, a Ciência é fast-food.

    May be, yes, may be this is so... how do we know?!

    ResponderEliminar
  11. Mas estamos a brincar ou quê?

    Quem é que desconhece a obrigatoriedade de sigilo dos cientistas que trabalham em locais como a NASA ou dezenas de outros?
    Quem é que desconhece os projectos de clonagem com finaciamentos clandestinos e até incluindo seitas de adoradores de OVnis e ETs?

    Alguém é capaz de negar que sempre foi em tempo de guerra que a Ciência avançou?

    Há poder maior que esta mistura entre política e ciência sem freio?

    E mesmo essa historieta das crianças hiper-activas dá para os dois lados. Também se inventam doenças para alimentar psicos.
    Agora está na moda ter-se um filho superdotado e outro com síndrome de hiperactividade.

    ResponderEliminar
  12. Bastava juntar o armamento militar, às doenças e vacinas, mais a eugenia e clonagem para se mandar os anjinhos de procissão para o canto.

    O que irrita no cientismo é mesmo isto. Esta pancada de atribuir uma aura de super-herói a uma actividade, como se fosse a cúpula da abóbada de tudo o resto.

    Isto sim, é a velha continuação do positivismo comtiano e é daqui que "filosofam" os novos frankenstoinos e ateus militantes.

    Por isso é que nunca conseguem formular uma questão metafísica e beatificam a ciência com esta duplicidade de julgamento.

    Tanto é neutra como é samaritana. O mal vem sempre das "trevas medievais" do obscurantismo religioso.

    Foi precisamente esta frase que o Murcho me disse, para completar o mesmo julgamento.
    Quando lhe perguntei se o Von Braun também tinha feito todas aquelas descobertas à conta do obscurantismo religioso apagou-me o comentário.

    ResponderEliminar
  13. O sal um aditivo?! Essa agora! Bem, só se for um sal sintético, claro, nem sei se há tal!

    O cloreto de sódio é naturalíssimo na nossa alimentação e ambos os elementos são vitais ao organismo. O único mal será proveniente do seu excesso, o que se verifica igualmente com muitos outros nutrientes, claro está. Ou o óptimo é inimigo do bom, afinal.

    Não é de NADA disso que se trata aqui. Nem dos corantes naturais e biológicos das cenouras e demais alimentos, claro. Aliás, por que razão não são eles utilizados na indústria alimentar, afinal? Ou seja, é provável que até haja alguns de origem natural, não sei.

    Ou ainda, daquilo que a terra nos dá está o nosso organismo habituado, fruto ou não da evolução mais isso da mutação! A questão óbvia dos aditivos sintetizados quimicamente, algum dos quais têm uma utilidade ou propósito inegáveis, é mesmo saber se são ou não adequados ao organismo humano, só isso!

    Por exemplo, mesmo os medicamentos têm os seus efeitos nocivos, como produtos de síntese artificial que são. E passam sempre por testes longos e muito apertados antes de poderem ser lançados no mercado. Sendo que alguns nunca chegam sequer a ser aprovados.

    E no que concerne aos aditivos?! Haverá um controlo assim tão rigoroso?! Ou outros interesses serão postos à frente da saúde pública, afinal?!

    Por último, esse estudo de que fala a notícia é ou não científico?! Conclusivo ou não?! Ou existe também ciência e contra-ciência?!

    E, finalmente, qual é mesmo o papel dos corantes artificiais nos alimentos?! Deveras, de todos a panóplia dos aditivos alimentares, os corantes artificiais sempre foram os mais suspeitos e encarados como inúteis acrescentos, apenas para cativar o olhar.

    Ora assim, será mesmo tão neutra a ciência... é imparcial e amoral a sua essência?!

    ResponderEliminar
  14. «A Ciência é financiada. É preciso dinheiro e as empresas que prevêem dividendos futuros estão dispostas a financiá-la. Esta constatação parece-me ficar um tanto ou quanto aquém de uma mística.»

    Exactamente. Ainda bem que concordamos.

    ResponderEliminar
  15. O que não deixa de ser um enorme paradoxo esta moda do positivismo científico num país com uma taxa de analfabetismo científico e matemático como o nosso.

    Porque realmente, nada disto tem a ver com investigação e trabalho científico mas com proselitismo ideológico às cavalitas dessa chave da cúpula de tudo- a dita Ciência e a dita Razão.

    Isto é que é espírito religioso- pegar-se num qualquer saber e fazer dele o único, usando-o como doutrina.

    Porque também não acredito em nenhum saber que não seja capaz de se questionar a si próprio. Tanto mais quando o considera superior precisamente por dizer que assenta na crítica racional e não na fé.

    ResponderEliminar
  16. Veja a política africana e como se está a dar ao afirmar que HIV não existe, ou que a SIDA é mentira. Para essa realidade o dragão já não olha?

    Essa negação da SIDA até começou por ser política. Ainda tenho para aí, algures, os textos do Louçã e dos m-l cá da terrinha a dizerem que era uma invenção religiosa para meter medo à emancipação sexual.

    ResponderEliminar
  17. Mas nem sei que política africana é que nega a SIDA...

    De resto, dá para colocar no prato da balança com as doenças muito engraçadas que afinal vieram de experiências científicas.

    ResponderEliminar
  18. Luis, desiste pa! Este dragaozito nao passa de um lysenkoino disfarcado. Nao ha volta a dar. Ele vai sempre ter uma falacia iluminadora para destruir qualquer argumento logico.

    ResponderEliminar
  19. E mesmo essa historieta das crianças hiper-activas dá para os dois lados. Também se inventam doenças para alimentar psicos.


    Isso é outra coisa! Aliás, até talvez esteja tudo ligado, sim.

    Na medicina mais tradicional, hoje em dia tão desprezada, a alimentação era vista como tendo um papel importantíssimo no equilíbrio do corpo humano.

    "Que o teu alimento seja o teu medicamento" sempre foi um dos mais importantes preceitos hipocráticos.

    A questão dessa invenção de síndromes e mais síndromes, nem se restringe só às ciências médicas da psique, nas patologias físicas há também uma inflação de novas doenças a granel.

    Infelizmente, de alimentação já nada ou muito pouco sabem os médicos hoje em dia, que passam a bola aos novos nutricionistas, mais uma especialidade a juntar a tantas outras.

    Logo, e voltando à hiperactividade (TDAH), o busílis é sempre estabelecer as relações causais, que podem ser múltiplas e não só uma, claro. O certo é que, em termos práticos, muitos pais se vêem em situações críticas com filhos muito pequenos que têm extrema dificuldade em conciliar o sono e repousam pouquíssimo, tipo MRS em potência!!!

    Claro que os famigerados aditivos até podem ser apenas uma parte do problema, mas a sua patente inutilidade deveria ser suficiente para a aprovação de tais corantes não ser feita de ânimo leve, melhor ainda, serem apenas aprovados os de origem natural. Pelo menos, a esses o organismo são e normal já está habituado, menos mal!

    ResponderEliminar
  20. Portanto, a Ciência é mesmo o bezerro de ouro, como muito bem disse o José. E os anjinhos de procissão tanto a tratam como neutra ou samaritana.

    Já que o grande problema é o "demo" deles:

    «Se a religião só se reservasse esse domínio, as coisas eram bem mais simples.»


    Que raio de domínio é que a religião invade que tanto pavor lhes causa?

    Qual?

    Então é tudo amoral quando se trata de trabalho científico já que o uso é que é político e a moral só entra na política. Fora disso é com cada um.

    Mas... se a religião sair da toca...

    Onde é que está o perigo religioso a invadir terrenos no século XXI?

    Alguém é capaz de os sistematizar sem vir com poesia.

    Ou preferem que se sistematize sem poesia todos os lugares em que a ciência também entra e anda à trela e onde a moral tem de ficar à porta?

    É que depois não dá para acreditar que não façam qualquer oposição entre a adoração científica e a sua concorrente da fé religiosa.

    Porque fazem. E temem a concorrência. Só nunca explicam porquê.

    Porque aqui o Dragão explicou- a religião mete o bedelho quando condena as experiências científicas imorais.

    Mera condenação de palavra, já que não tem meios práticos para a travar.

    Mas os ateístas qeu se encavalitam na bezerro de ouro da ciência, como é? não têm legislação nem lobbies nem se intrometem no poder político para silenciar a religião?

    Eu acho que sim. E basta pegar no exemplo de Portugal. Quer no seu passado quer mesmo neste presente.

    Tivemos um referendo abortista, propagandeado pelo poder político e legitimado pelo progresso das "descobertas científicas", por exemplo. E igualmente defendido como uma medida necessária para termos um "estado de direito moderno, laico e higiénico".

    ResponderEliminar
  21. Essa historieta das crianças hiper-activas não acredito pela simples razão que já os vi e eram perfeitamente iguais a tudo o que é criança.

    Quem era diferente eram os pais. Há pais que inscrevem os filhos em grupos de sobredotados mal eles são capazes de alinhavar umas letras.

    Parece gozo mas é verdade. Já conheci vários malucos desses. E depois também chamam hiperactividade a destrambelhamento normal. São os mesmos que também já acreditam que os jovens criaram novas emoções e se apegam aos telemóveis como autênticos diários íntimos.

    Claro que os psicos vivem destas macacadas. Destas e dos observatórios. È sempre grande tacho sacar-se um bom observatório. Parece que o de droga já foi para o irmão do nosso Primeiro.

    Temos de ser uns para os outros, né?

    ResponderEliminar
  22. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  23. Mas é claro que enchendo-os daquelas gomas todas, também há-de sobrar alguma que se escape para o cérebro...

    ResponderEliminar
  24. Caro leprechaun,

    «Esse exemplo atrás dos corantes - um aditivo TOTALMENTE dispensável!»

    A questão não é ser dispensável ou não. É saber se faz mal ou não. É como a maquilhagem.

    «O cloreto de sódio é naturalíssimo na nossa alimentação e ambos os elementos são vitais ao organismo. [...]

    Não é de NADA disso que se trata aqui. Nem dos corantes naturais e biológicos das cenouras e demais alimentos, claro.»


    Naturais? São muitas vezes sintetizados e iguais aos que se encontram na Natureza. A vanilina, por exemplo, é natural ou artificial? E o caroteno?

    O sal é um aditivo, sim. É uma substância como as outras que é adicionada aos alimentos de propósito para lhes modificar o sabor. Até o chocolate culinário tem sal. É um aditivo do qual se abusa. É a Ciência que diz que faz mal, contra a "opinião" da indústria alimentar, e um contra-exemplo do argumento do dragão. O mesmo em relação ao açúcar. Durante quanto tempo as tabaqueiras não minorizaram os malefícios do tabaco para a saúde?

    «Aliás, como foi então permitido que esses tais venenos fossem adicionados aos alimentos, que testes ou que ciência os permitiu?!»

    Ou seja, quando a indústria alimentar sintetiza um novo composto e ninguém o testa antes de o enfiar na comida, a culpa não é dessa indústria nem dos seus decisores, é da Ciência. Isso é uma nova versão do argumento da bomba atómica.

    ResponderEliminar
  25. Cara zazie,

    «Mas estamos a brincar ou quê?»

    Se me pergunta

    «Quem é que desconhece os projectos de clonagem com finaciamentos clandestinos e até incluindo seitas de adoradores de OVnis e ETs?»

    devolvo-lhe a pergunta.

    ResponderEliminar
  26. zazie,

    «Essa historieta das crianças hiper-activas não acredito pela simples razão que já os vi e eram perfeitamente iguais a tudo o que é criança.»

    Também me parece. Mais uma vez, o erro está nas decisões que alguma parte da classe médica faz. O mesmo se aplica ao abuso de anti-bacterianos e ao incorrecto uso do DDT (que podia ter erradicado a Malária), por exemplo.

    «Que raio de domínio é que a religião invade que tanto pavor lhes causa?

    Qual?»


    Não é uma questão de pavor. Mas a constante crítica de que a investigação científica não pode passar sem Deus (e nem vou mencionar os EUA) é a prova de que alguém se sente afectado e isso reflecte-se nos desafios às descrições científicas do mundo.

    ResponderEliminar
  27. «A Ciência é financiada. É preciso dinheiro e as empresas que prevêem dividendos futuros estão dispostas a financiá-la.»

    Bem vistas as coisas, a Ciência está atrelada à junta de bois da Economia, um paradoxo flagrante, Ciência a reboque de pseudo-ciência.
    Os buracos feitos na estrada pela junta de bois nunca poderão ser tapados pela rodas da carroça que puxa.
    A Ecomomia Neoclássica que é raínha do "desenvolvimento e progresso" moderno, é um conjunto de superstições sem bases físicas sólidas. Quando a junta de bois é composta por uma parelha de vacas loucas, a carroça vai sem rumo...

    The Economist Has No Clothes:

    «The 19th-century creators of neoclassical economics—the theory that now serves as the basis for coordinating activities in the global market system—are credited with transforming their field into a scientific discipline. But what is not widely known is that these now legendary economists—William Stanley Jevons, Léon Walras, Maria Edgeworth and Vilfredo Pareto—developed their theories by adapting equations from 19th-century physics that eventually became obsolete.»

    http://www.sciam.com/article.cfm?id=the-economist-has-no-clothes

    http://www.sciam.com/article.cfm?id=brother-can-you-spare-me-a-planet

    ResponderEliminar
  28. Nos EUA?

    Mas alguém se vai preocupar com religiões e ciências de ETs nos EUA?

    Pois se aquilo funciona tudo a vozes até para a guerra, não havia de funcionar para ateísmos e seitas.

    Os ETs e o Watson já tiveram post no Cocanha.

    Quando tiver tempo posso voltar a linká-lo. Mas até fazem parte de uma série que dediquei à eugenia. Falta-me é tempo porque gostava de pegar nessa utopia liberal e eugenista do Galton e dos seus continuadores no presente.

    Agora se o problema religioso é só com reverendos-coisos americanos, fónix, nesse caso v.s gostam é de perder tempo com novela...

    ResponderEliminar
  29. E eu a pensar que estavam a falar de Religião à séria...

    Afinal é medo de entertainment...

    E nem sei porquê. Aquilo por lá há lugar para tudo em concurso de tv.

    Quanto às síndromes infantis, sim. Custa-me a acreditar. Mas já não digo nada. Nem sei como é que os putos ainda dormem depois de passarem o dia frente ao televisor.

    As gomas e corantes ao pé disto, são aguinha da fonte.

    ResponderEliminar
  30. Caro doomer,

    Parece-me um pouco exagerada essa encadeamento de dependências. Não é a Economia que está a financiar a Ciência nem ideias económicas que decidem onde fazer investigação. São investidores que em princípio sabem o que querem. Materiais mais adaptados, químicos mais eficientes, alimentos mais saborosos, tecnologia mais robusta, etc.

    ResponderEliminar
  31. zazie,

    Não interessa se se acha esta ou aquela religião séria - os seguidores acham sempre que sim. A questão relevante é se têm sérias hipóteses de colocar um empecilho à investigação.

    Dou-lhe o exemplo da clonagem terapêutica e investigação em células estaminais, cujo rumo várias vertentes religiosas pretendem alterar. Essa interferência não existe só nos EUA. O argumento que se opõe a estas práticas é o da sacralidade da vida humana debaixo da óptica de uma determinada construção teológica.

    ResponderEliminar
  32. Pois claro que não é a Economia: são investidores.
    Assim como não é a Ciência: são uns tipos que burilam novos produtos e mercadorias, e catalizam novos lucros e necessidades.

    Mas, entretanto, onde é que ficamos quanto aos "conhecimentos livres e puros"?...

    :O)

    ResponderEliminar
  33. Caro dragão,

    «Mas, entretanto, onde é que ficamos quanto aos "conhecimentos livres e puros"?...»

    Conhecimento livre e puro? Por oposição a quê? Para mim conhecimento é conhecimento.

    Se a EDP financiar um projecto de investigação em plasmas, em que é que isso torna a investigação mais conspurcada? Se a BASF quer novos polímeros, isso é escravizar a Química? Não me parece.

    Mas se se está a referir à investigação fundamental, ela continua. As publicações continuam. A montagem de experiências mantém-se.

    ResponderEliminar
  34. Pois então porque é que não colocas a questão ao Watson?

    È que esse sim, esse tem religiosos a apadrinharem-lhe o projecto e a clonagem não é ficção.

    E eu acho muito bem que se mantenha a sacralidade da natureza. Aliás, é mesmo a forma mais correcta de se manter a tal lei natural que tanto me agrada.

    O z dizia-me ontem, no Cocanha, que andava a defender essa ideia em termos de preservação da natureza. De facto, como ele diz e muito bem, o valor monetário da floresta não pode ser contabilizado à escala humana- necessita de um lado sagrado a acompanhá-lo.

    Que ele diga isto, dizendo-se pagão, é secundário, o que importa é que o sentido de Ordem que a Religião tende a preservar é o mesmo.

    E estamos a falar apenas em religião católica ou cristianismo, porque o resto do planeta tem muito mais religiões e até é devido à manutenção desses legados naturais que muita coisa ainda é preservada.

    Dou-te já um exemplo- Timor. Aquele mar só será destruído, quando o burguês do lucro científico destruir a boa harmonia católico-e tradições naturais.

    E, se não chegasse, tinhas o exemplo das catástrofes ecológicas com a boa ditadura ateia e comunista a fazer do homem deus, para a boa da exploração e domínio tecnológico da natureza.

    É que, sem perspectiva histórica, vs. limitam-se a mandar umas bocas pefeitamente descabeladas em questões que nem nos dizem respeito.

    Que raio é que um tuga pode fazer em relação à pancada religiosa dos EUA?

    sabes-me dizer?

    e novela. é puro gosto de novela para se tornar ideologia o cientismo.

    Agora se pegassem nos exemplos passados e traçassem a história das verdadeiras destruições e cataclismos comandados pelo divinização do humano e do cifrão, sim, sempre faziam alguma coisa de útil.

    Assim, para falar com toda a sinceridade, parece-me concorrência à pastorícia evangélica. E já nos bastam pastores de garagem. Ainda tinhamos de aturar gurus científicos e ateus, em cima das árvores?

    ResponderEliminar
  35. O MP-S diz o mesmo. Quando se lhe fala na farmacêutica diz logo que isso não é ciência

    ehehe

    Mudam os nomes porque os gurus nunca gostam de sujar as mãos com essa vergonha do carcanhol.

    ResponderEliminar
  36. Mas bem que me intigra esta geminalidade entre revendo-coisos cheios e medo da ciência por causa da Bíblia e reverendo frankenstoinos cheios de medo da Búblia por causa da sacralidade e liberdade científica...

    Parece que naquelas cabecinha não há lugar para a fantasia. Como se toda a gente não conseguisse viver com o Pai Natal mais o menino Jesus e o deus comércio em época festiva.

    ResponderEliminar
  37. zazie,

    «O z dizia-me ontem, no Cocanha, que andava a defender essa ideia em termos de preservação da natureza. De facto, como ele diz e muito bem, o valor monetário da floresta não pode ser contabilizado à escala humana- necessita de um lado sagrado a acompanhá-lo.»

    A ideia de pedir auxílio à religião no que toca à conservação da Natureza é relativamente nova. Muitos membros do clero católico e evangélico já abraçaram a ideia de se juntaram à luta contra o aquecimento global.

    «Que raio é que um tuga pode fazer em relação à pancada religiosa dos EUA?»

    Não está em causa o que é que um indivíduo pode fazer. Estava-se a falar da existência, ou não, de pretenções religiosas em interferir na Religião. E isso afecta-nos porque se um país que tem meios para desenvolver terapêuticas úteis à Humanidade são impedidos por um grupo de religiosos empunhando sagrados e crenças, temos todos a perder.

    ResponderEliminar
  38. Mas desde que o bacano do MP-S também me disse que a arte devia acompanhar as descobertas científicas, estou por tudo.

    Defender as religiões pode ser uma necessidade vital como seria evitar-se pintarem a Capela Sistina com a evolução da macacada.

    Tinhamos um património cultural e artístico espectacular, se o ateísmo não tivesse sempre sido coisa de cagot ou de mija-nos-finados.

    ResponderEliminar
  39. Correcção: Estava-se a falar da existência, ou não, de pretenções religiosas em interferir na investigação.

    ResponderEliminar
  40. E depois? volto a perguntar. Se isso é pretenção num país onde até a Casa Branca é aconselhada por reverendo-coisos e o multiculturalismo impede qualquer totalitarismo estatal, qual é o problema?

    Querem sociedades totalitárias ateias, para controlarem essas pretenções apenas quando vêm de religiosos?


    E depois como é? É que a natureza tem horror ao vazio. na Suécia já rezam ao ateísmo e depois dá para ver para onde caminham. Nos EUA aquilo tem lugar para tudo, não sei que raio de moralismo totalitário pode preocupar um cientista.

    Olha lá, se precisares de boa bolsa de investigação vais pedi-la a quem? ao lobbye ateu ou aos americanos?

    E não te deixam trabalhar? os reverendos. boicotam, é? Pois bem que podiam boicotar muito tarado que por lá anda livremente a brincar com genéticas e com armas químicas e mais com essa palhaçada da indústria farmacêutica.

    Nunca se viu tanta maleita com tanto expert em tratamento.

    ResponderEliminar
  41. Mas há aqui de facto uma contradição muito gira que tu devias caçar já que nem és comuna.

    O ateísmo tem essa raiz comuna agarrada à pele. Não vaele a pena dar-lhe a volta porque a História confirma-o.

    Ora, uma das características principais do comunismo é o velho moralismo. Tudo tem de ser atirado à cara com as famosas "desmistificações" ou o "desmascarar da hipocrisia". Porque sempre foi com este papão da moral, colocando-se eles no tal estratosfera dos que nascem com a superioridade moral, que sempre combateram a religião.

    ora, o que se passa com este neo-ateísmo é que já não é fruto do comunismo nem do moralismo tradicional da esquerda anti-capitalista.

    Então caem nestes paradoxos liberais. por um lado defendem a amoralidade científica e o tal mito da liberdade total- relativizando todos os valores. Mas depois, para justificarem o proselitismo das raivinhas anti-religiosas têm de sacar da velha e sempre eficiente vitimização.

    E vá então de encontrarem mil perigos e mil imoralidades em potência por parte da religião! e vá de agitarem as velhas bandeiras do controle totalitário do "esado laico".

    É esta a presente palhaçada do ateísmo militante burguês e ultramoderno.

    ResponderEliminar
  42. estado laico. Este estado laico é cá um novo tropos que faz favor. Dá para tudo. É ele e a "liberdade". Nunca se viu tanta liberdade e tanto estado laico a sair da boca desde a revolução cultural chinesa. Essa também era laica, científica, popular e de massas.

    ResponderEliminar
  43. «E depois? volto a perguntar.»

    A investigação que se faz nos EUA também é útil para quem vive no Japão. Eu gostava de acabar com o Alzheimer o mais depressa possível, por exemplo. Parece-me um objectivo ao qual ninguém se opõe. A não ser, claro, os que acham que clonar células humanas é mais grave que deixar pessoas definhar com doenças neuro-degenerativas.

    Não é certo que a resposta chegue cedo. Mas é certo que não investigar não dá em nada.

    «Nunca se viu tanta maleita com tanto expert em tratamento.
    »


    Não se estará aqui já a bater no fundo?

    ResponderEliminar
  44. Tu gostavas de acabar com o Alzheimer e a culpa é da religião que não te deixa?

    eehehe

    Quem sai aos seus não degenera
    ":O)))

    Essse malandro desse teu antepassado botou semente megalómana que há-de chegar à eternidade. Fica cool.
    Curte e reproduz-te, que se não descobrires tu, descobre um descendente. A malta grava aqui na www que a ideia até foi tua

    ":O)))

    És muito engraçado.

    Como se o dinheiro não comprasse tudo. Até a nossa Clarinha da genética dizia que era possível criar-se nas calmas, em qualquer parte do mundo, um clone humano- Assim chegassem á formula, porque controle é que não é problema.

    (afinal sempre és um niquinho de vítima. Tinha de ser. Não há proselitismo sem mártires e grandes rabulas de coitadinhos)

    ResponderEliminar
  45. Bem, vou indo, ó Sir Francis. Não digas que eu não tive olho quando achei logo à primeira que tu nasceste para Sir

    ":O)))

    ResponderEliminar
  46. «Eu gostava de acabar com o Alzheimer o mais depressa possível»

    Isso com um cafézinho diário resolve-se. Dizem os cientistas. Julgo que o Papa não se opõe.

    http://www.dailymail.co.uk/pages/live/articles/health/healthmain.html?in_article_id=555131&in_page_id=1774

    Mas devem andar preocupadíssimos com o Alzheimer, os investidores, ó -como diz a Zazie - Sir Francis!...

    :O)

    ResponderEliminar
  47. Não te canses Francisco. O Dragão não passa de um lysenkoino,e a zazie é uma beata ressabiada (ela é que ainda não percebeu). O que têm em comum é não perceberem nada de ciência (este último comentário do Dragão mostra isso mesmo, o tipo nao percebeu patavina do que estava escrito na notícia), e acharem que as suas filosofias baratas têm resposta para tudo . Nisso concordo com o Dragão, com tanto campo para cultivar e estes meninos andam aqui a brincar aos intelectuais. Mas deixa, tenho a certeza que quando a coisa apertar lá vão eles para o hospital pedir um antibiótico (mesmo que tenham apenas uma gripe).

    ResponderEliminar
  48. Mas acerca de que raio e' que estao a (des)conversar? (passaram-se todos)

    LItigio entre ciencia e religiao? Mas qual litigio? Existem varios litigios, funcao apenas dos artistas em protagonizacao. E, em alguns (os bons!) casos, nem sequer ha' questao.

    Agora, O litigio so' se evocarmos os dominios mitologicos do nevoeiro primordial.

    MP-S

    ResponderEliminar
  49. "Mas desde que o bacano do MP-S também me disse que a arte devia acompanhar as descobertas científicas, estou por tudo."

    zazie, devo-te dizer que o MP-S explicou-me tudo isso por miudos. E afinal ate' e' simples: ele queria dizer que nao seria ma' ideia a Arte tambem reflectir um pouco da visao do mundo que resulta da ciencia. E tambem os dilemas socio-culturo-politicos resultantes da interaccao entre esses melros das batas brancas e os leigos (alias nada que bestas quadradas como o Leonardo da Vinci e outros nao tenham ja' feito). O gajo, o MP-S entenda-se, nao estava a propor arte cientifica, nem ciencia artistica. Por ai;, podes descansar, pois.

    Professor D.D.

    ResponderEliminar
  50. "os dilemas socio-culturo-politicos "

    ahahahah, so' mesmo o Professor D.D. para se lembrar desta.... :O))

    MP-S

    ResponderEliminar
  51. ahahahaha

    Bem que estava à espera desta entrada do Professor Denzil Dexter, todo hippie, peace, misticismo das brumas de Avalon e um crânio de macacão, com touqinha de bordado da Ucrânia atrás das costas

    ":O)))))

    ResponderEliminar
  52. Nunca mais encontro aquela sessão em que ele decidiu beber urina, para comprovar que tinha um gosto muito mau.

    É tudo culpa "dos dominios mitologicos do nevoeiro primordial".


    ":O))))

    ResponderEliminar
  53. Vim aqui à procura de dragões: onde há fumo, há fogo. Aqui parece haver apenas nevoeiro.

    ResponderEliminar
  54. Então, ó sir, não enxerga?

    Experimente tirar os antolhos.

    ResponderEliminar
  55. Religião?!

    É só dar uma «volta» pelos blogues religiosos mais radicais (seja de que grupo religioso for) e ficamos pasmados com o chorrilho de inanidades que aquela ralé debita, embora tenha o seu lado cómico vê-los a vomitar as todas aquelas baboseiras.
    Os idiotas até são contra a «liberdade de consciência» (como se a liberdade de consciência fosse passível de ser regulamentada por um sujeitinho qualquer, esteja ele ao serviço de um Estado ou de uma qualquer Religião).

    Haja paciência. Para uns e para outros, sim, que ha por aí ateus (o ateísmo é uma forma de crença religiosa como qualquer outra) que conseguem ser, pelo menos, tão irritantes (e cómicos) como os religiosos.


    Um exemplo: segundo sei, já não são preciso embriões para obter células estaminais.
    Sempre quero ver agora qual a argumentação desse lumpen.

    ResponderEliminar
  56. Caro dr. agnóstico,

    Em relação às células estaminais, é verdade que não é obrigatório removê-las a partir de embriões. Podem remover-se de seres adultos ou do sangue de cordão umbilical, por exemplo.

    Mas estas têm desvantagens - são mais difíceis de obter, dividem-se mais devagar, podem estar poluídas, etc. As células estaminais de embriões são muitíssimo mais úteis.

    ResponderEliminar
  57. Que blogues religiosos, ó agnóstico?

    É que eu estou bastante a leste. Se puder deixe aí link, sff. Não estou a ver que blogues religiosos é que por aí existem, tirando os evangélicos e mais um ou 2 católicos.

    ResponderEliminar
  58. E estão contra a liberdade de consciência? quem? nunca vi nada disso. A bem dizer nem blogues religiosos. O do Tim nem se nota muito e nunca disse coisas dessas.

    ResponderEliminar
  59. A menos que esteja a falar do servo arbitrio. Mas isso é mesmo questão teórica que separa protestantes de católicos.

    ResponderEliminar
  60. Ou seja, quando a indústria alimentar sintetiza um novo composto e ninguém o testa antes de o enfiar na comida, a culpa não é dessa indústria nem dos seus decisores, é da Ciência.

    Ó Chico!

    Mas essa síntese É ciência!!! E muito provavelmente sem consciência e em nome do sacrossanto lucro, como tem sido apontado aqui!!!

    Quanto à vanilina e caroteno mais sal e açúcar ou vitamina C e outros aditivos naturais, para dar sabor ou cor ou conservar, isso não tem problema de maior, claro, salvo o do seu eventual abuso. Não é destes aditivos que se fala quando o tema da sua perigosidade vem à baila, já que se trata de substâncias alimentares naturais e consumidas praticamente desde sempre, mas que podem ser adicionadas a outros alimentos pelas suas propriedades específicas, mormente conservarem-nos mais tempo, caso da salmoura ou o açúcar das compotas.

    Não faço ideia nenhuma se os novos aditivos de síntese são mais fáceis de fabricar ou ficam mais baratos ou por que razão são utilizados, mas também não se diz que todos são igualmente perigosos.

    É de notar que a notícia sobre os aditivos alimentares refere que apenas em 2000 o chumbo foi definitivamente retirado da gasolina, apesar dos estudos conclusivos sobre os malefícios para a saúde humana já datarem de há mais de 20 anos atrás!!! E aqui não se trata de nenhum dilema do tipo tabaco ou outro assim que dependa da livre escolha individual, um pouco aliás como esta questão dos alimentos, onde sempre podemos optar consoante o grau de informação e consciência de cada consumidor.

    Ainda a este propósito, e sendo esta uma decisão político-económica e não científica, por que razão existe oposição por parte das autoridades norte-americanas à menção explícita nos rótulos de alimentos que contenham OGM?! Trata-se de mera informação ao consumidor, como a da composição dos alimentos mais os respectivos aditivos e por aí.

    Logo, claro que é tudo ciência e esta não se pode desligar sem mais nem menos das suas consequências, óbvio!

    Ah! e atenção, porque no caso dos aditivos, tal como do malfadado chumbo e mercúrio de má memória, estamos a falar de toxicidade neurológica e isso não é brincadeira nenhuma! Daí a suspeita, no mínimo, da sua possível influência nos tais novos síndromes de hiperactividade e défice de atenção que implicam já alguma alteração neuronal. Ou ainda, para quê investigar a cura de maleitas que podem até provir, pelo menos em parte, da própria actividade científica desordenada e sem freio?! Ou como a Zazie disse atrás: Nunca se viu tanta maleita com tanto expert em tratamento.

    ResponderEliminar
  61. Ó zazie,
    eu sou ateu e Social Democrata (não deste populismo).

    Faço parte de um grupo de amigos quase todos ateus e nenhum, nem um, é comuna!

    Essa agora. Não estamos nos anos 70 do século passado!

    Continuo a achar que o autor deste blog e muitos dos que o comentam continuam sem preceber o que é ciência.

    Ó Dragão, sem ser necessário identificações, diz lá aí à malta que te lê o que estudas-te? Que curso ou que área? E os restantes comentadores façam o mesmo só para que fique claro o percurso académico de cada um (não está em causa se é licenciado ou doutor ou qualquer grau académico, só mesmo a área o mais pormenorizada possivel).

    Cumprimentos

    ResponderEliminar
  62. "A verdade é que a ciência se submete à política e à economia"

    Dahhhh só se eu fosse rico de todo podia estudar o que me desse na cabecinha. Essa frase é um bocado tosca mas seja como fôr eu também repondo de forma tosca numa só palavra: CERN!

    Ass:
    o anónimo que não é comuna (ainda me estou a rir com esta ó zazie)

    ResponderEliminar
  63. "o que estudas-te?" ???

    Esperei pela correcção, mas não apareceu.

    Quem assim escreve, fica diminuído na autoridade para eventuais explicações sobre o que é Ciência ou seja o que for.

    ResponderEliminar
  64. Eu por mim, já o declarei há muito: sou diletante.

    Estudo quando me apetece, o que me apetece. Leio de tudo. Até bd. Belga e francesa, já agora.

    Até a compro. Por exemplo, as histórias de Serpieri que sairam na Bodoï...

    ResponderEliminar
  65. Caro leprechaun,

    «É de notar que a notícia sobre os aditivos alimentares refere que apenas em 2000 o chumbo foi definitivamente retirado da gasolina, apesar dos estudos conclusivos sobre os malefícios para a saúde humana já datarem de há mais de 20 anos atrás!!!»

    E quem é que produziu esses estudos? Não foi a Ciência?

    «Ainda a este propósito, e sendo esta uma decisão político-económica e não científica, por que razão existe oposição por parte das autoridades norte-americanas à menção explícita nos rótulos de alimentos que contenham OGM?!»

    A menção ou não da presença de OGM prende-se com proteccionismo na agricultura. Cá na Europa cultiva-se o medo dos OGM porque a maior parte dos produtos OGM são americanos. Mas as conclusões científicas, americanas ou europeias, são idênticas - não apresentam risco para a saúde pública. Sugiro-lhe que consulte o site da Royal Society. Tem uma boa base de dados sobre OGM e a questão da saúde pública.

    Já agora, a título de curiosidade, a legislação é diferente para produtos OGM e seus derivados, como óleos ou extractos. Os últimos são bastante mais fáceis de analizar.

    ResponderEliminar
  66. leprechaun,

    «Ou ainda, para quê investigar a cura de maleitas que podem até provir, pelo menos em parte, da própria actividade científica desordenada e sem freio?!»

    Nem sei o que dizer. Parece que está a descrever um filme em que somos todos cobaias de Mengeles e afins. Se acha que essa caracterização da Ciência é realista, sinceramente, não sei o que mais lhe posso dizer.

    ResponderEliminar
  67. ahahaha

    Ó anónimo- tu "estudas-te" bem mas não apresentas nick, nem blogue, quanto mais currículo.

    ":O)))

    Há cada um.


    Lá se foi mais um pergaminho da militância pelo cano.

    ResponderEliminar
  68. Caro Ateu social democrata,

    não seja por isso...
    Não estudei, continuo a estudar: Kung-Fu.
    Actualmente vou algures entre o 2º e o 3º Dan.
    O estilo: Wing Chun e Jeet Kune Do.

    ResponderEliminar
  69. O Dragão estuda Wing Chun? Impossível, esse estilo não é leccionado em Portugal.

    ResponderEliminar
  70. Francisco Burnay disse...

    "A menção ou não da presença de OGM prende-se com proteccionismo na agricultura. Cá na Europa cultiva-se o medo dos OGM porque a maior parte dos produtos OGM são americanos. Mas as conclusões científicas, americanas ou europeias, são idênticas - não apresentam risco para a saúde pública. Sugiro-lhe que consulte o site da Royal Society. Tem uma boa base de dados sobre OGM e a questão da saúde pública."

    LOL! Proteccionismo da agricultura??? Não será antes do negócio chorudo das multinacionais que lucram milhões com esta tecnologia à base de sementes patenteadas?!!!
    Já imaginou o mundo implorando por sementes à Deusa-Indústria toda poderosa?

    ResponderEliminar
  71. Ciência vs. Ciência... ou a moderna versão da casa dividida contra si própria!!!

    Ou seja, e de quem partiu a ideia de adicionar o chumbo à gasolina para lhe melhorar as tais octanas?! Trata-se de um aditivo que até é eficiente naquilo que faz, mas afinal parece ser perfeitamente dispensável, os motores não gripam sem o chumbo!

    Não sei se levou 20 anos entre a descoberta lá dos tetraetila e tetrametila e a sua incorporação no combustível. Mas demorou mais de 2 décadas a ser legalmente reconhecido um erro que para muitos foi fatal!

    E note-se que falamos de ciência pura e dura, atenção! Deixemos até de parte as criminosas poluições industriais e outras que tais, com mercúrios, dioxinas e outros milhares de toxinas!

    Mas que dizer do DDT e do famigerado "agente laranja", de onde provieram esses venenos letais?! Certo que a sua aplicação criminosa foi militar, em parte, mas isso não iliba a ciência de ajudar a matar!!!

    Ah, ironicamente até foi a impoluta Monsanto das sementes transgénicas quem comercializava as dioxinas alaranjadas, ora assim que garantia será dada da tal inocuidade apregoada?!

    Que dizer ainda dos vários desastres na indústria farmacêutica, onde aquilo que deveria servir a saúde e a vida é um factor que aproxima a morte?! Aqui os exemplos são TANTOS que nem vale a pena especificar algum, eles ocorrem em catadupa, comprovando a extrema debilidade de todos os múltiplos estudos anos a fio!

    De aditivos inúteis e prejudicais também estamos conversados e claro que guerras químicas e biológicas têm de ter o aval científico... nem que seja de cientistas renegados!

    Já agora, ainda a propósito dos OGM. A questão nem está em proteccionismos agrícolas ou a multinacionais ou na pretensa inocuidade dos mesmos, de certa forma isso é secundário, já que se houvesse perigo imediato e reconhecido para a saúde pública claro que não seriam comercializados.

    A ocultação dessa informação é totalmente indefensável, já que tal é negar um direito elementar aos consumidores, que podem querer optar ou não por esse tipo de produtos com ou sem OGM. Da mesma forma que se prefere uma marca a outras, por exemplo, ou se recusa comprar alimentos com aditivos perigosos e por aí.

    Alem do mais, o seguro morreu de velho e sabemos muito bem a validade dessas garantias de segurança, inocuidade e outras que tais. Basta tão simplesmente recordar que, em finais da década de 50, a indústria farmacêutica que desenvolveu a talidomida acreditou que o medicamento era tão seguro que podia ser prescrito a grávidas, para combater enjoos matinais. Certo que os testes não eram tão rigorosos como agora, etc. e tal... deu para o torto e fez mal!!!

    É isto um manifesto anti-ciência?! NÃO!!! Mas já é um panfleto contra a pretensão extraordinariamente arrogante e perigosíssima de que a ciência é o único ramo de conhecimento válido e garantido, quando a sua incomensurável falibilidade é tão grande ou maior do que a de qualquer outro ramo do saber, mesmo o empírico e ancestral com o qual convivemos milénios a fio!

    Por fim, como muitíssimo bem se salienta aqui, a ciência não é nenhum mundo estanque e ideal, ou um templo sacrossanto erigido num espaço intocável. Todo o conhecimento serve o Homem e é por ele usado, nem sempre para o bem comum da Humanidade mas também segundo critérios parciais e eticamente erróneos. Só por isto, a reflexão filosófica e o pensamento metafísico estão e estarão sempre acima da serva ciência, que a eles se deve submeter mais ainda do que ao mero jugo económico-político do qual não se consegue ainda separar!

    Gémeos siameses... muitas e demasiadas vezes!!!!!

    ResponderEliminar
  72. «O Dragão estuda Wing Chun? Impossível, esse estilo não é leccionado em Portugal.»

    Até há uma escola em Sintra. Com visitas frequentes de Sifus.

    Mas, em todo o caso, não é esse Wing Chun/Tsun comercial que estudo. O tipo com quem aprendi já morreu. E mestre só se chama a um.

    ResponderEliminar
  73. Eu conheço essa escola em Sintra, mas tenho dúvidas na qualidade daquilo que ensinam. Desculpe-me a indiscrição, mas a que linhagem pertencia o seu mestre e em que ramo de JKD é que treinou?

    ResponderEliminar
  74. "Ó Dragão, sem ser necessário identificações, diz lá aí à malta que te lê o que estudas-te? Que curso ou que área? E os restantes comentadores façam o mesmo"

    (Ups! Com esta e' que me arrumaram... )

    zazie, podes dar-me uma maozinha?

    Professor D.D.

    ResponderEliminar
  75. Então, o Yip Man, antes dele, ao tio Leung Bik e por aí fora, do Leung Jan até Ng'Mui. No JKD, não foi em nenhum ramo: foi mesmo na raiz.

    Mas você está mesmo a levar isto a sério...

    ResponderEliminar
  76. O Dragão quer-me fazer crer que estudou com Yip Man? :)
    Bom, o que acontece é que há já algum tempo que tenho procurado (sem sucesso) uma pessoa competente que ensine a arte em Portugal. Ou, em alternativa, que leccione Jun Fan Jeet Kune Do. Ainda acalentei esperanças que o Dragão me pudesse indicar alguém, mas vejo que apenas estava a ser sarcástico. :)

    ResponderEliminar
  77. Não estou a ser completamente sarcástico. A verdade é que, de facto, não estudei com Yip Man: dei-lhe apenas umas dicas. :O)

    Agora a sério, como deve saber, Jeet Kune Du não é propriamente um estilo. Está bem que eles baptizaram aquilo de "Jun Fan" em honra e memória do "pequeno dragão", mas não sei até que ponto é que não degenerou também em comércio. Já agora, sem querer ser indiscreto, você já praticou ou pratica alguma arte marcial?

    ResponderEliminar
  78. Pratiquei quando era petiz, mas a experiência não acabou bem. Mais concretamente, com um braço engessado durante dois meses. Mas sempre cultivei um interesse pelas artes marciais e gostava de voltar ao ponto de partida.

    ResponderEliminar
  79. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  80. Realmente foi um desleixo da minha parte. Esqueci-me de apresentar o caríssimo comentador DD.

    Aqui fica:
    Professor Denzil Dexter da Universidade da Califórnia do Sul.

    É um notável investigador. Esta experiência, por exemplo, faz parte dos anais da ciência californiana:

    «Prof. Dexter: We took four laboratory mice, and for six days exposed them to Mozart's Clarinet Quintet. After the six days was over, we then placed an actual clarinet inside the cage with the mice, to see if the mice had grasped the subtle nuances of classical music. The results were disappointing. Next time, we will feed and water the mice. Now, Dave with a sideways look at Deoxyribo-Nucleic-Acid. Dave...
    Why can't...why can't I just say DNA? It's so hard that.
    »
    .........
    Já agora, ele pode confirmar- Eu sou caçadora de gárgulas e também pratico um pouco de experiências botânicas nas horas vagas.

    ResponderEliminar
  81. Digamos assim, todas as artes marciais -ou ciências de combate, também lhes podemos chamar em atenção à vertente investigação -, têm pontos fortes e pontos fracos. Porque existem três distâncias essenciais: afastada, próxima e agarrada/no chão. Dou um exemplo, se um tipo do Jiu-Jitsu deita a luva a um valente do Tae Kwon Do este fica em maus lençóis. Porque o Jiu Jitsu é mais eficaz na luta agarrada ou no chão do que o Tae, que é mais forte nos golpes a maior distância. Correlações destas existem entre todas as artes. Quando o Bruce Lee engendrou o Jeet Kune Do, pretendeu criar um "não-estilo" - na medida em que não era um estilo propriamente novo, mas uma forma aberta de reunir todos os pontos fortes de todas as artes - que não tivesse pontos fracos. A mais completa e eficaz forma de combate.
    Eu penso que é. Mas não sei se recomendaria começar-se por lá. Provavelmente, não. Se é o Tao que procura.
    Se é meramente um método de defesa pessoal, então, não hesite.

    ResponderEliminar
  82. leprechaun,

    «Certo que a sua aplicação criminosa foi militar, em parte, mas isso não iliba a ciência de ajudar a matar!!!
    »


    Ou seja, sempre que uma pessoa é esfaqueada, é de culpar o agressor, mas os ferreiros e cutileiros não ficam ilibados de ajudar a matar!

    Debater nestes termos não vale a pena...

    ResponderEliminar
  83. Cara Zazie:
    http://vetusordo.blogspot.com/
    http://emdefesadelefebvre.blogspot.com/
    http://www.jhm.org/ME2/Default.asp

    (respectivos links e comentários ssão também dignos de leitura)

    Caro Francisco Burnay, neste momento já se trabalha em iPSCs (Induced pluripotent stem cells).
    Outro «campeonato», já.

    http://images.cell.com/images/Edimages/Cell/IEPs/3661.pdf

    ResponderEliminar
  84. Obrigadíssima. Não conhecia nada disso.

    Deixo-lhe aqui outro link que vale a pena:

    http://proslogium.blogspot.com/

    E o nosso Tim, claro. (timoteoshel.blogspot.com) Principalmente quando está bem empipado.

    ResponderEliminar
  85. De qualquer forma eu sou pré-trentina e católica tão badalhoca que duvido que algum me aceitasse.

    E também pouco me interessam questões da Igreja actual, tirando o Ratzinguer porque é um grande intelectual.
    Fora isso, prefiro a minha boa Idade Média.

    ResponderEliminar
  86. Por falar no Desfazdor. Aqui fica o link para outro blogue católico que vale a pena.

    http://opiniondesmaker.blogspot.com/

    Engraçado que todos os que me lembrei não fazem parte da lista oficial.

    ResponderEliminar
  87. Cara Zazie, por mera curiosidade lhe pergunto:

    - como encara algumas coisas menos «agradáveis» (passe o eufemismo) que a Igreja fez na Idade Média.
    Lembro-me, assim de repente, do sucedido aos Cátaros (Béziers!) e das perseguições implacáveis a quem, muito simplesmente, não se curvasse perante o Bispo de Roma.

    (É certo que as outras religiões (incluindo os outros grupos cristãos) não se portaram melhore, logo não me move qualquer preconceito contra o catolicismo em particular, note-se.)

    Cumprimentos

    ResponderEliminar
  88. Encarar não encaro, porque é passado. Agora se me pergunta se o ser humano era melhor na Idade Média do que hoje em dia, digo-lhe já que há-de ser igual, sendo até mais valente nessas épocas.

    Quanto a perseguições a heresias, tirando o aspecto de tanto serem feitas por religiosos como não, claro que só poderia ser contra.

    Aliás, que me lembre li uma vez alguém a defender que de outro modo a própria Igreja poderia ter acabado.

    É óbvio que nunca poderia dar cobertura benéfica a argumentos do género.
    Mas, as grandes perseguições e a própria Inquisição não são medievais, são modernas. E até foi nos países protestantes que mais bruxas e bruxos foram queimados.

    Por exemoplo- entre nós e Espanha não há conhecimento de nenhum caso.

    Mas o meu gosto pela Igreja Medieval nem vem propriamente daí. Vem de ser uma Igreja muitíssimo mais livre e popular que a pós-trentina.
    E sei que se passa uma imagem contrária desde as "luzes".
    Um dos aspectos que mais me interessa é a mistura entre sagrado e profano, erudito e popular.
    Pode encontrar no Cocanha postezinhos com exemplos.

    ResponderEliminar
  89. Mas, neste caso, referi a Medieval um pouco no gozo. O que eu queria dizer é que estou bastante a leste das questões religiosas, já que apenas fui baptizada.

    ResponderEliminar
  90. E duvido que alguma vez conseguisse aproximar-me de "grupos" de reflexão ou coisa que o valha. Gosto da religião católica mas sempre nas suas raízes bem populares e sempre em igreja de porta aberta. Grupinhos de crentinhos não fazem o meu género. Como não faz qualquer grupo. Seitas então, tenho pó.

    ResponderEliminar
  91. O que nunca percebi é se quem faz estas perguntas desconhece a mortandade feita por iluminados e racionalistas, perfeitamente ateus.

    Quero eu dizer- não imagino que o mundo fosse melhor por não existirem religiões. Até tenho um post recente no Cocanha que, por portas travessas, levanta esse quetão.

    A das tribos africanas dos Bechunanas confrontada com as outras tribos de povos primitivo da África do Sul, como os cafres, descritos pelos exploradores.

    Os únicos que desconheciam divindades eram os bechunanas- E também eram os únicos que não poupavam qualquer criança defeituosa à nascença ou mais tarde. Apenas porque nos outros povos os monstros eram manifestações do sagrado e respeitados nessa diferença. Entre os bechunanas a moral e o destino estava apenas na mão dos homens.

    Mas, o mais estranho (e que até poderia dar que pensar) é que os bechunanas sempre foram tidos por muito mais inteligentes.

    ResponderEliminar
  92. questão e outras gralhas.

    ResponderEliminar
  93. Agora que em poucos meses morreu mais gente a ser libertada das trevas pelos revolucionários da tricolor que em anos de Inquisição, toda a gente sabe.

    Mas tende-se a esquecer essa barbárie feita por espíritos mais evoluídos que nem tinham a desculpa da brutalidade e ignorãncia dos outros mais primitivos. As nossas memórias de grandes chacinas recentes são todas elas feitas por Estados laicos.
    E é por isso que nunca percebo porque é que tanto ateu (não é o seu caso) faz disso um hiato.

    ResponderEliminar
  94. "O que nunca percebi é se quem faz estas perguntas desconhece a mortandade feita por iluminados e racionalistas, perfeitamente ateus."

    Não, minha cara, não desconheço.

    Afinal, basta olharmos para o século XX.
    Foi tudo (coitadinhos) em nome da «iluminação» (que gente tão bondosa!!)

    Os habitantes deste pobre planeta, certamente deslumbrados perante tamanhas, tão beneméritas, tão prodigiosas e tão «revolucionárias iluminações», desataram a matar-se às dezenas de milhões em nome dos diversificados messianismos da «iluminação».

    É claro que não desconheço.

    cumprimentos.

    ResponderEliminar

Tire senha e aguarde. Os comentários estarão abertos em horário aleatório.