Acabo de ter uma grande discussão com o Engenheiro-Arquitecto-Diácono (e agora também Webmonstro) Ildefonso Caguinchas. Cismou que "violência doméstica" significa arrear nas criadas, mulheres-a-dias ou serviçais congéneres. E dali não arredou pé.
-"Pois claro -bradou ele, cheio de brios dogmáticos -, violência doméstica significa dar porrada nas empregadas domésticas! Tu é que fazes confusão, como de costume. Aliás, sabes que é uma coisa necessária: se não se lhes chega a roupa ao pêlo de vez em quando, não mexem uma palha. Ficam para ali esparramadas, a rilhar telenovelas de empreitada!..."
-"Mas ó Engenheiro-Arquitecto-Diácono & Webmonstro... -tentei replicar pela enésima vez -, é público e notório que não é nada disso. Toda a gente sabe - menos, pelos vistos, Vossa Insolvência - que significa, isso sim, bater na mulher, na esposa, na amásia, na concubina, enfim, na respectiva acasalada, seja ela de facto ou de registo. Não me venha agora, o caro senhor, com invenções e baboseiras!..."
-"Isso é que era bom! - Troou. - Bater na mulher, o tanas. Bater na criada!"
-"Na mulher!" - Rugi eu, ainda mais alto.
-"Na criada!" - Trovejou ele, qual ciclone.
- "Na mulher!! - Urrei desmesuradamente. - E a prova disso é que o Ratolas, o teu grande amigo cadastrado, ainda há dias, quando foi a tribunal por bater sistematicamente na respectiva, ia acusado de quê, hein, não me dizes, ó Engenheiro-Arquitecto-Diácono & Webmonstro?!... Pois eu relembro-te: violência doméstica, aí tens. Até te fartaste de andar para aí, pela tasca, digo ciber-tasca, a clamar contra injustiça e a mariquice moderna que amputila as prorroncativas másculas e dinâmicas em patrocínio do Old Spice!..."
Julgava eu que o tinha encostado às cordas. Vã quimera.
-"O Ratolas...? - Nem se engasgou o safardana. - O Ratolas é um mister, um gentilmânfio, ora essa. É como se fosse meu irmão. Tu põe-te mas é em sentido quando falas do Ratolas. Trata-se é que o Ratolas anda com problemas de caixa. Não tem bago para contratar criadas, nem funcionárias das limpezas. Vai daí a mulher do Ratolas tem que desempenhar as funções dessa gadeza doméstica toda. Tremenda injustiça para o povo desabonado, bem se vê. Foi precisamente isso que ele, segundo me transmitiu, explicou ao juiz: "Meritório, eu em casa nunca lhe bato. À minha mulher? É que nem por sombras. É sagrada. Jamais seria capaz duma selvajaria dessas. É só no serviço, meriquíssimo, quando ela está a fazer as vezes da criada, da cozinheira ou da mulher-a-dias, aí é que, como Vossa Manjestade há-de comprender, tenho de lhe chegar, senão o estafermo não desenvolve!...Precisa dum estimulozinho extra. Anda a catalisador. Mas, repito, é só no horário de expediente: em casa, nunca."
E como eu pasmasse, o Caguinchas colmatou:
-"Portanto, até ia acusado de violência doméstica, só que, lá está: por bater na criada e não na mulher. Mas safou-se argumentando gestão neloliberal de recursos humanos."
Já perceberam quem é o guru desta besta?...
Disclaymore: considero um cobardia miserável qualquer agressão física dum homem a uma mulher, não obstante ambas as espécies serem cada vez mais raras hoje em dia. E também acho infame na versão caguinchiana de malhar na criada ou mulher-a-dias. Mesmo que a empregada doméstica seja um estafermo estúpido, pastelão e inepto. Pior que bater-lhe só vejo uma outra eventualidade ainda mais sinistra: colocá-la a desempenhar funções de ministro da república. Ainda por cima da Educação. No mínimo, é um incitamento à violência. Pública. E selvagem.
Leiam o Ideias Soltas. Está lá uma petição que merece ser assinada.
Parece que há gente lá da blogger ou o raio das entranhas do blogsofera, que não apreciam piratas...nem têm sentido de humor.
ResponderEliminarSe calhar querem apenas um ou dos dólares. Dá-lhes a esmola.
Ao dragão já se conheciam muitos crimes e infâmias, agora porém, como grafoclepto consegui coroar todas as suas malvadezas de forma inequívoca.
ResponderEliminarDepois da judiaria vai ser o sindicato de webdesigners a cair-lhe todo em cima e entre pencudos e bicudos venha o Diabo e escolha.
Digo, venha o Dragão e o quanto antes.
Burgueses ranhosos e esquisitos, é o que eles são!
ResponderEliminarVir chamar pirata a um pirata, olha que grande vitupério!
Não pode um gajo exercer o ofício, que vêm logo os invejosos, somíticos e unhas-de-porco!...
:O)))
O Ratolas, isto é cada personagem que aparece na ciber-tasca
ResponderEliminar":O)))
hummm... agora já entrámos na barca...
ResponderEliminarEste template é só surpresas. E cada vez mais conseguidas.
"considero um cobardia miserável qualquer agressão física dum homem a uma mulher(...)
ResponderEliminarLá vem a cedência ao politicamente correcto...
eheh
ResponderEliminarEste template mexe-se sozinho. Agora engordou um bocadão.
"Mulher de policial quando não apanha em casa, atira uma cadeira nas costas."
ResponderEliminar"Mulher do policial a este quando ele chega em casa e não bate em sua amada: 'Querido, você não me ama mais?'"